SEGUNDA EDIÇÃO DE QUARTA-FEIRA, 19 DE DEZEMBRO DE 2018

NO O ANTAGONISTA
Sem imagens de Queiroz
Quarta-feira, 19.12.18 11:18
Ninguém da imprensa terá acesso a Fabrício Queiroz, diz O Globo.
“Se tudo ocorrer como as autoridades imaginam, nem mesmo imagens dele serão feitas”.

Ação no STF pede suspensão imediata do auxílio-moradia
19.12.18 11:16
Em mandado de segurança coletivo, o advogado Alexandre Klomfahs entrou no STF com pedido liminar para que seja decretada a suspensão imediata das resoluções do Conselho Nacional de Justiça e do Conselho Nacional do Ministério Público que ressuscitaram, ontem, o pagamento de auxílio-moradia a juízes, promotores e procuradores.
O advogado, noticia o Estadão, alega que as resoluções são “eivadas de inconstitucionalidade formal, pela não submissão ao decidido interinstitucionalmente entre STF, Câmara dos Deputados e Presidência da República, e material, pela violação ao princípio da proporcionalidade, razoabilidade, boa-fé, soberania popular e ao Estado Democrático de Direito”.

Genro de Silvio Santos não foi alvo de buscas da PF
19.12.18 11:04
O governador do Rio Grande do Norte, Robinson Faria, e seu filho deputado federal Fábio Faria, ambos do PSD, não foram alvos da operação da Polícia Federal de hoje, como o G1 noticiou e reproduzimos.
Ricardo Saud, da JBS, contou, em delação premiada, que repassou 10 milhões de reais em propina para pai e filho, que consideram a acusação “absurda” e alegam que o repasse foi doação eleitoral.

Viva o cinema nacional
19.12.18 10:40
A polícia está na sede da Ancine, a Agência Nacional do Cinema.
Segundo a Folha de S. Paulo, os agentes “recolhem computadores, HDs, livros contábeis e outros itens utilizados por cinco integrantes da entidade, incluindo seu presidente, Christian de Castro”.
É o melhor filme nacional de todos os tempos.

Bolsonaro e o auxílio-mudança
19.12.18 10:26
Pelas normas da Câmara, por estar deixando o mandato de deputado federal, Jair Bolsonaro terá direito a 33,7 mil reais de auxílio-mudança (não confundir com auxílio-moradia), um benefício pago a todos os parlamentares desde fevereiro de 2015, no início e no término de cada mandato, para “compensar as despesas com mudança e transporte”.
Quando noticiamos ontem esse benefício esdrúxulo — que pode ser embolsado, sem necessidade de prestação de contas, até mesmo por quem é reeleito ou por quem tem moradia em Brasília –, a reação de muitos leitores foi de que Bolsonaro “vai acabar com isso aí”.
Qualquer mudança nos benefícios depende da própria Câmara, não do Executivo.
Mas o presidente eleito poderia abrir mão do auxílio-moradia, como já o fizeram, por exemplo, os senadores Randolfe Rodrigues (Rede), Reguffe (sem partido) e Eduardo Braga (MDB).
Ou ele vai precisar desse dinheiro para fazer a mudança para o Alvorada?

PF apreende R$ 300 mil na casa de Kassab
19.12.18 10:02
A PF apreendeu 300 mil reais em dinheiro vivo no apartamento de Gilberto Kassab, informa o G1.

Do PT para Kassab
19.12.18 09:14
Gilberto Kassab é acusado de ter vendido seu apoio a Dilma Rousseff, em 2014, por 54 milhões de reais.
A suspeita embasou os mandados de busca cumpridos pela PF nesta quarta-feira, autorizados por Alexandre de Moraes.
“Segundo o documento enviado pela PGR ao Supremo”, diz o G1, “Gilberto Kassab teria recebido uma mesada de R$ 350 mil entre 2010 e 2016. Ao todo, o valor recebido pelo ministro teria chegado a R$ 30 milhões. De acordo com os delatores, os repasses mensais tinham como objetivo ‘eventual influência política futura em demandas de interesse da JBS’. Para viabilizar os repasses, os delatores narraram que foram firmados contratos fictícios de prestação de serviço entre a JBS e uma empresa da qual Kassab foi sócio até 2014.”
O PSD teria recebido outros 28 milhões de reais.

Cidade maravilhosa
19.12.18 09:28
O assessor de Flávio Bolsonaro “fez um tour pelo Rio de Janeiro para sacar dinheiro vivo”, diz O Globo.
“Ao longo do período analisado pelo Coaf, Fabrício Queiroz fez saques em 30 diferentes agências bancárias localizadas em 14 bairros cariocas.”

João do Cheque
19.12.18 08:05
O juiz Jairo Ferreira Júnior, que negou o pedido de liberdade de João de Deus, revelou que o suspeito de estupro tinha em sua posse um cheque no valor de 35 milhões de reais.
A decisão, citada por O Globo, diz que João de Deus teria “efetuado saques de todas as aplicações financeiras em instituições bancárias no País, mediante emissão de cheque de ordem de pagamento, em favor próprio, conforme alerta do Conselho de Controle de atividades Financeiras (COAF)”.

“Penas cumpridas em regime fechado para autores de crimes graves”
19.12.18 07:35
Sérgio Moro, em entrevista ao Valor, detalhou alguns pontos de seu pacote contra o crime:
“Atualmente, muitas penas são fantasiosas. Trinta anos de prisão, na prática, representam cinco anos. Doze anos de pena são dois anos de prisão. Parricidas cumprem menos de dez anos de prisão. A ideia é aumentar as exigências de penas cumpridas em regime fechado para autores de crimes graves, como nos casos de grande corrupção e de crimes dolosos com resultado de morte.”
Ele vai atacar também grupos mafiosos como o PCC:
“Um dos focos será o endurecimento ao crime organizado, com projeto de lei contendo medidas contra essas facções. Por exemplo, a proibição da progressão de regime para presos que mantenham vínculo com organizações criminosas. Isso manda um recado claro ao detento, que essa associação terá um preço. Há também medidas executivas, como a criação de forças-tarefa no mesmo modelo da Lava Jato.”

NA COLUNA DO PAULO CEZAR CAJU 
O futebol está contaminado
A novidade da vez é a criação do curso para treinadores. Já elitizaram os estádios e, agora, criam um grupo de “professores riquinhos”
Por Paulo Cezar Caju
Quarta-feira, 19/12/2018 - 04:59
Final de temporada as pessoas ficam mais emotivas, lembram-se dos que partiram, dos que chegaram, e apostam todas as fichas no ano seguinte. Também sou um sonhador e sempre acredito em um país com mais amor, justiça, compreensão e menos roubalheira. Mas não gasto minhas energias canalizando isso para o futebol, minha grande paixão. Desse, já desisti. Está totalmente contaminado, e em todas as esferas. A CBF deveria ser cercada por uma tornozeleira gigante, uma devassa deveria ser feita em sua administração.
A novidade da vez é a criação desse curso para treinadores sob sua própria chancela. Caríssimo, dez mil reais! Quem não fizer estará impedido de atuar, ficará desempregado. Já elitizaram os estádios e, agora, criam um grupo de “professores riquinhos”. Na verdade, isso é um rebanho! O técnico da seleção é um pastor, a CBF, uma igreja, e os treinadores agora pagam seus dízimos para garantir seu lugar no céu.
Por que, ao invés de pagar, eles não pensaram na categoria como um todo? Por que não pensaram naqueles profissionais que moram em um fim de mundo e sequer têm dinheiro para sustentar a família? Ou vai virar moda os técnicos ganharem um milhão por mês? Isso é uma covardia, e não é possível que o Ministério Público continue deixando a CBF zombar de nossa cara dessa forma escancarada! E vem o Tite dizer que não aceita receber o presidente Jair Bolsonaro na Granja Comary! Isso é hipocrisia ao cubo. Não quero saber de Bolsonaro e político nenhum, mas ele foi eleito presidente e, se quiser visitar a Granja, visitará! O Tite gosta de fazer esse jogo de cena. Deve ter um pesquisador ao lado ditando como deve agir. “Sorria!”, “Faça cara de malvadão!”, “Triste!”, “Indignado!”, Kkkkk!!!
É porque o povo tem memória curta, mas existia um movimento de moralização do futebol chamado “Bom Senso”, liderado pelo Paulo André, Juninho Pernambucano etc etc etc. Todos sumiram, desistiram, ou sei lá o quê. O Tite tinha voz ativa. Queridinho da imprensa, usava seu tom professoral para listar tudo de errado. Aí, a CBF resolveu o problema rapidinho o convocando para ser técnico da seleção. Hoje, ele se submete a tudo: amistosos medíocres, empresários dando as cartas, e todo o resto que é noticiado diariamente nos jornais. O Tite já não aconteceu e pronto.
O mais ridículo de tudo são as convocações. A última novidade foi o Alan, do Vasco. “É um jogador moderno”, constatou alguém da comissão técnica. Peraí, o Alan tem quase 30 anos e desde que, garoto, atuava no Vasco, jogava dessa forma, lateral, meio e até ataque. O mistério é porque só agora foi convocado. Mudou de empresário?
Me digam o que foi feito após o 10 x 1 (teve mais três da Holanda). Respondam, sem pensar! Absolutamente nada! Outro dia, liguei a tevê e ouvi um desses comentaristas, sei lá de onde, elogiando a atuação do David Luiz. “Não acham que ele merecia uma nova chance?”, perguntou para os amigos da bancada. Olha, eu não tenho o poder de mergulhar na tela e sair lá do outro lado. Se tivesse, certamente vocês veriam o negão aqui causando um alvoroço tremendo na emissora. Ia preso, mas ia feliz, Kkkkkk!!!

NO O POVO
Dono das farmácias Pague Menos deixará presídio para cumprir prisão domiciliar
Há três meses, Deusmar de Queirós estava preso por condenação de crime contra o sistema financeiro
Terça-feira, 14:15 | 18/12/2018
O empresário Deusmar de Queirós, dono da rede de Farmácias Pague Menos, deverá deixar o presídio Irmã Imelda, na Região Metropolitana de Fortaleza, para cumprir pena em regime semiaberto. 
Como sistema penitenciário no Ceará não tem presídio apropriado para cumprimento do regime semiaberto, Deusmar de Queirós deverá completar o restante de sua pena em prisão domiciliar. Ele poderá trabalhar durante o dia e à noite retorna para o cárcere domiciliar. 
Uma liminar de hoje, concedida pelo Tribunal Regional da 5ª Região/Recife (TRF-5), garantiu a mudança do regime fechado para o semiaberto. Deusmar de Queirós estava preso desde setembro deste ano condenado nas três instâncias por crime contra o sistema financeiro. Ele pegou 9 anos e 2 meses de prisão.

NO PUGGINA.ORG
A GRANDE IMPRENSA EM CRISE DE CONFIANÇA
Por Percival Puggina (*) 
Artigo publicado terça-feira, 18.12.2018
Em 2015 compareci a um almoço dos colunistas de Zero Hora. Era um evento de confraternização com a direção da empresa. Mesmo sendo colunista da edição dominical havia nove anos, não tinha ideia de que fossem tantos os meus colegas naquele ofício de rechear com opiniões pessoais as edições do jornal. Eu fora contratado em substituição ao amigo Olavo de Carvalho imediatamente após seu rompimento com o veículo em 2006.
Pois bem, ao término do almoço, iniciou-se uma brincadeira. Dois repórteres, de modo aparentemente aleatório, escolhiam colunistas para ouvi-los sobre assuntos variados. Fui um dos convocados e a pergunta me veio assim: “Puggina, Zero Hora é um jornal de esquerda ou de direita?”. Todos riram, e eu também, pela oportunidade que a indagação me proporcionava. Respondi: “O jornal, diferentemente do Estadão e da Folha, por exemplo, não tem um alinhamento editorial nítido. No entanto, pelo somatório das opiniões dos colunistas, acaba sendo claramente de esquerda”.
Era o que eu pensava e penso ainda hoje, quando não mais escrevo para ZH, ao ler cada exemplar do jornal. Na ocasião, após os risos e restabelecido o silêncio, continuei: “Essa, aliás, é a opinião do próprio jornal. Leitores me contam que ao telefonar para reclamar do viés esquerdista de ZH, ouvem da pessoa que os atende o esclarecimento – ‘É, mas tem o Puggina’”... E completei: “Eu sou o pluralismo de Zero Hora”. Seguiram-se muitas gargalhadas entre as quais discerni alguns poucos aplausos.
Menciono esse curioso episódio porque ele tem muito a ver com algo que já então fazia parte de minhas pautas preferidas: o uso da imprensa profissional, dos grandes órgãos de comunicação, para atender conveniências ideológicas e partidárias. E note-se, para atender menos às respectivas empresas e mais, muito mais, ao paladar político de seus redatores e colunistas permanentes. O resultado é uma perda de poder dos veículos, que veem reduzida sua credibilidade e influência.
A posição unânime de todos os profissionais da RBS, em rádio, jornal e TV, a favor da manutenção da exposição do Queermuseu foi episódio paradigmático no Rio Grande do Sul. Lembro o modo vigoroso como se opuseram à imensa maioria da opinião pública que, pelas redes sociais, exigiu do Santander Cultural o fechamento da mostra. Como exibiam tais conteúdos sem restrição de faixa etária? Ficou visível, ali, a estupefação. Foi como se, de um modo ou outro, todos exclamassem: “Que é isso? Não nos ouvem mais?”. Não.
Recentemente, dois jornalistas pelos quais tenho admiração – J.R. Guzzo (Veja) e Carlos Alberto Di Franco (Estadão), comentaram a cegueira da mídia convencional em relação ao que se passava na cabeça dos brasileiros durante o período eleitoral. A grande mídia estivera empenhada numa luta do bem contra o mal. Seus jornalistas sustentavam que Bolsonaro não teria a menor chance. Apoiados nas desacreditadas pesquisas, afirmavam que ele perderia para todos no segundo turno. Insistiam em apresentar Lula como um candidato imbatível, impedido por isso mesmo de concorrer. Calavam sobre sua condição de criminoso sentenciado, que usou o processo eleitoral para uma derradeira fraude. Segundo Guzzo, comunicadores brasileiros “tentaram provar no noticiário que coisas trágicas iriam acontecer no País se Bolsonaro continuasse indo adiante”. E eu completo: dir-se-ia, ao lê-los, que ele ameaçava um seguro convívio social e um benemérito círculo de poder.
“É preciso informar com objetividade. Esclarecer os fatos sem a distorção das preferências e dos filtros ideológicos”, escreveu Di Franco em “Imprensa, autocrítica urgente e propositiva”. É o que também penso enquanto observo o crescimento vertiginoso da democratização da informação através das redes sociais. Tenho cá minhas dúvidas, muitas dúvidas, sobre se a perversão das fake news, recorrentes nessas novas mídias, é mais nociva do que a ocultação dos fatos, a maliciosa seleção das matérias e do vocabulário, e a distorção das análises, em tantos veículos da mídia tradicional.
Ou fazem esse autoexame ou serão desbancados pelos veículos, entre os quais grandes talentos profissionais e sucessos empresariais já se afirmam.
(*) Percival Puggina (74), membro da Academia Rio-Grandense de Letras, é arquiteto, empresário e escritor e titular do site www.puggina.org, colunista de dezenas de jornais e sites no País. Autor de Crônicas contra o totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia; Pombas e Gaviões; A tomada do Brasil. É integrante do grupo Pensar+.


NO JORNAL DA CIDADE ONLINE
Ex-vereador preso com fortuna enterrada no quintal: uma genuína produção petista
Por Amanda Acosta
Terça-feira, 18/12/2018 às 19:27
Tudo o que o PT fez em nível nacional sob o comando do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o cidadão José Eurípedes de Souza adequou para a realidade da Igarapava, município de pouco mais de 30 mil habitantes, localizado no interior de São Paulo, na região de Ribeirão Preto.
Zezinho, como é conhecido, de profissão dentista, foi eleito vereador em 2008, pelo Partido dos Trabalhadores.
Seguindo o exemplo vindo de Brasília, votava com o prefeito, mas exigia para tanto, um ‘mensalinho’.
Sem a mesma astúcia do Comandante Máximo, foi logo flagrado numa operação denominada ‘mensalinho de Igarapava’, teve o mandato cassado e foi preso, com menos de um ano no cargo, em 2009.
O ex-vereador acabou sendo condenado. A sentença do caso pontuou com extrema propriedade a natureza do crime:
“Trata-se, na verdade, de mais um triste episódio da História política brasileira em que políticos, integrantes do alto escalão de um dos Poderes da República, em nível municipal, não dissociam a esfera pública da esfera privada, utilizando-se daquela para auferir vantagens pessoais, em detrimento do interesse público.”
O ex-vereador recebeu pena de 05 anos, 08 meses e 12 doze dias de prisão, e obteve o direito de recorrer da sentença em liberdade. Em março deste ano, o Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) reduziu a pena para 02 anos e 05 meses de reclusão, em regime semiaberto.
A lição imposta pela Justiça não foi suficiente para inibir a prática delituosa. Pelo contrário, o aprendizado na ‘politicagem’ serviu para aprimorar a prática de inúmeras coisas erradas, inclusive agiotagem e lavagem de dinheiro.
Em dezembro do ano passado, Zezinho caiu novamente, desta feita na Operação Ágio, e permanece preso até hoje.
O Gaeco, desconfiado do destino da dinheirama que Zezinho movimentava e lavava, acabou encontrando nesta segunda-feira (17) a bagatela de 1,5 milhão enterrados no quintal da casa do ex-vereador petista.




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