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Mostrando postagens de julho 18, 2014

A ÚLTIMA COLUNA DE JOÃO UBALDO RIBEIRO

O Correto Uso do Papel Higiênico Esta foi a última coluna escrita por João Ubaldo Ribeiro, que seria publicada no dia 20 de julho O título acima é meio enganoso, porque não posso considerar-me uma autoridade no uso de papel higiênico, nem o leitor encontrará aqui alguma dica imperdível sobre o assunto. Mas é que estive pensando nos tempos que vivemos e me ocorreu que, dentro em breve, por iniciativa do Executivo ou de algum legislador, podemos esperar que sejam baixadas normas para, em banheiros públicos ou domésticos, ter certeza de que estamos levando em conta não só o que é melhor para nós como para a coletividade e o ambiente. Por exemplo, imagino que a escolha da posição do rolo do papel higiênico pode ser regulamentada, depois que um estudo científico comprovar que, se a saída do papel for pelo lado de cima, haverá um desperdício geral de 3.28 por cento, com a consequência de que mais lixo será gerado e mais árvores serão derrubadas para fazer mais papel. E a maneira certa

"NUNCA VI TANTO DINHEIRO"

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Janot, sobre desvios descobertos pela Lava-Jato: 'Nunca vi tanto dinheiro' Para procurador-geral da República, esquema desbaratado pela PF se assemelha, em volume de dinheiro movimentado, ao escândalo do Banestado Laryssa Borges, de Brasília Rodrigo Janot (Sergio Lima/Folhapress) O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, afirmou nesta sexta-feira que o esquema desbaratado pela operação Lava-Jato da Polícia Federal se assemelha, em volume de dinheiro movimentado, ao escândalo do Banestado . “A operação Lava-Jato tem dimensão bastante grande. Eu nunca vi tanto dinheiro na minha vida e vou morrer sem ver”, disse. O esquema do Banestado movimentou nos anos 90 cerca de 30 bilhões de dólares por meio do uso fraudulento das extintas contas CC-5. Quando deflagrou a Lava Jato, em março, a Polícia Federal estimava que o esquema de lavagem de dinheiro houvesse desviado ao menos 10 bilhões de reais. De acordo com o chefe do Ministério Público, que acompanha as investigações do cas

GUERRA INTERNA NA CAMPANHA DE DILMA

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Nos bastidores, campanha de Dilma tem guerra por poder Grupos ligados à presidente e a Lula vivem queda de braço e clima é tenso Presidente Dilma Rousseff e o Ministro da Casa Civil Aloizio Mercadante  (Valter Campanato/Agência Brasil) A campanha de Dilma Rousseff à reeleição vive uma disputa interna entre dois grupos. Um ligado à presidente e outro mais próximo de seu antecessor, Luiz Inácio Lula da Silva. Embora o coro de "volta, Lula" tenha sido abafado na convenção que oficializou a candidatura de Dilma, em 21 de junho, a queda de braço entre as duas alas continua nos bastidores. Em conversas reservadas, dirigentes do PT dizem que amigos de Lula são alvo de "armação" dos "dilmistas". A rede de intrigas aborrece Lula, que tem uma sala montada para ele no comitê da reeleição, em Brasília, mas nenhum compromisso previsto para ocupá-la. O ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência, Gilberto Carvalho, esteve na quarta-feira no comitê. Conv

MORREU JOÃO UBALDO RIBEIRO

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Viva João Ubaldo Ribeiro (1941-2014) Contudo, o escritor baiano João Ubaldo Ribeiro, que morreu esta madrugada no Rio de Janeiro, de embolia pulmonar, aos 73 anos, deixa uma obra-prima incontornável da literatura-brasileira: o romance “Viva o povo brasileiro”, tijolo de 673 páginas lançado em 1984. Eleito para a Academia Brasileira de Letras em 1993 e vencedor do Prêmio Camões em 2008, Ubaldo era “imortal” apenas no título honorífico. Seu principal romance – que tem um começo  famoso, com a conjunção adversativa “contudo” introduzindo a frase de abertura, como neste artigo – é imortal literalmente. Épico da nacionalidade, com sua narrativa espalhada por quatro séculos de História do Brasil e amarrada com o fio mítico e lírico, mas também cômico e irreverente, da reencarnação dos personagens segundo a compreendem as religiões afro-brasileiras, “Viva o povo…” é provavelmente a última – e brilhante – tentativa feita por nossa literatura de dar conta do País como um todo, respondend

DA MÍDIA SEM MORDAÇA - 18-7-14

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NA COLUNA DO AUGUSTO NUNES Estelionato coletivo: a turma da Papuda sem grades resolveu ampliar o prontuário com três meses de férias remuneradas Por fora, o Congresso Nacional é uma das mais sedutoras criações da grife Niemeyer. Por dentro, lembra um ajuntamento de meliantes que, em vez de “mano” ou “brother”, usam o tratamento de Vossa Excelência. Pode-se identificar os inquilinos pelo terno escuro que jamais se entende com a gravata, pelo sorriso de aeromoça, pela expressão confiante de quem se acha condenado à perpétua impunidade e pelos cabelos adubados por implantes, pintados de preto-graúna ou descambando para o amarelo-icterícia. Dependendo da lista de presentes, a sede do Parlamento é uma Papuda sem grades. Em princípio, portanto, a decretação do “recesso branco” que suspenderá até outubro as atividades da Câmara e do Senado é notícia boa. Pelo menos por três meses, o país que só cresce à noite porque o governo está dormindo ficará menos intranquilo durante o dia graças à

REFLEXÃO CRISTÃ - 18-7-14

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Se tiveres amor Se tiveres amor, caminharás no mundo como alguém que transformou o próprio coração em chama divina a dissipar as trevas... Encontrarás nos caluniadores almas invigilantes que a peçonha do mal entenebreceu, e relevarás toda ofensa com que te martirizem as horas... Surpreenderás nos maldizentes criaturas despreve­nidas que o veneno da crueldade enlouqueceu, e des­culparás toda injúria com que te deprimam as espe­ranças... Observarás no onzenário a vitima da ambição des­regrada, acariciando a ignomínia da usura em que ator­menta a si próprio, e no viciado o irmão que caiu vo­luntariamente na poça de fel em que arruína a si mesmo... Reconhecerás a ignorância em toda manifestação contrária à justiça e descobrirás a miséria por fruto dessa mesma ignorância em toda parte onde o sofrimento plasma o cárcere da delinquência, o deserto do deses­pero, o inferno da revolta ou o pântano da preguiça... Se tiveres amor saberás, assim, cultivar o bem, a cada in