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Mostrando postagens de outubro 30, 2012
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Os dois Demóstenes Sebastião Nery RIO – Demóstenes tinha uma rede de alto falantes no bairro da Liberdade, em Salvador, o mais populoso da cidade. Toda manhã, toda tarde, com o vozeirão poderoso, Demóstenes fazia propaganda de seus morins, seus sabonetes, seus perfumes. Até que a guerra acabou, vieram a anistia, a redemocratização, as eleições de 1945. Demóstenes foi para seus alto falantes e comunicou ao povo que era candidato a senador. Inscreveu-se no POT (Partido Operário Trabalhista) e começou a campanha. Passava manhãs e tardes falando. A campanha não pegou. Ninguém levou a sério. Demóstenes recuou. Anunciou que seria candidato a deputado federal. E entrava noite a dentro falando, falando.Ninguém acreditava que Demóstenes, apesar da força do nome, da beleza da voz e do poder da sigla, conseguisse se eleger. ### A FAIXA… Demóstenes recuou de novo. Disse que ia sair para deputado estadual. E continuou falando, falando, de manhã, de tarde, de noite, de madrugada.Nem
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Porque Palocci não deve desaparecer da mídia Paulo Nogueira   (Diário do Centro do Mundo) Palocci caiu, mas seu caso deveria permanecer no ar. Quais são seus clientes? Nenhum deles se manifestou, o que é expressivo. Houvesse uma relação saudável entre as partes e, até por solidariedade, eles tenderiam a dizer que contrataram os serviços de Palocci. Talvez até com algum orgulho.   Não se esqueçam dele… Mas não houve nada parecido com aquela passagem da vida de Espártaco, o escravo que liderou uma revolta contra os romanos. Derrotados os insurgentes, os romanos perguntaram quem era Espártaco. Seu rosto não era conhecido. Uma multidão de mãos se ergueu para dizer “sou eu” em resposta à pergunta dos romanos. A completa falta de transparência nos negócios privados de Palocci conta muito. É um lugar comum na política brasileira. Alguém conhece os clientes do consultor Zé Dirceu? É importante que a mídia traga à luz a clientela – que falta faz um Wikileaks nacional – para q
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EUA, eleições 2012: nas TVs comerciais, o jornalismo já naufragou em dinheiro! Jack Mirkinson   (The Huffington Post) As empresas de TV nos EUA jamais viram nada semelhante à enchente de anúncios de campanhas eleitorais que as está afogando na campanha eleitoral de 2012. São tantos anúncios, e aportam tal quantidade de dinheiro, que as redes locais têm tomado decisões sem precedentes para lidar com a situação.  Tudo por dinheiro… O Twitter explodiu na 4ª-feira, em torno de matéria publicada no Washington Post sobre o que o influxo de anúncios pagos está fazendo às empresas de TV que operam em Washington. Um dos canais retirou do ar episódios de “The Simpsons”, substituindo-os por edição expandida de noticiários – exclusivamente para conseguir pôr no ar a maior quantidade possível dos super lucrativos spots das campanhas eleitorais. A receita que chega da venda de tempo para anúncios dos candidatos sextuplicou, em relação a 2008. Não é difícil ver por que as redes comer

DA MÍDIA SEM MORDAÇA 30-10-12

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COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO Manguinhos: desapropriação é apenas factóide É uma enorme lorota publicitária, que não resistirá a ação na Justiça, a “desapropriação”, no Rio, dos 500 mil metros quadrados da refinaria de Manguinhos “para construir moradias”, como trombeteou o governador Sergio Cabral. A avaliação é de juristas. Brigar com empresários em nome de suposta “causa social” rende dividendos políticos, sobretudo em período eleitoral. A área é da União, por isso o governo estadual não pode torná-la “de utilidade pública para efeito de desapropriação”.     Nem pensar A área de Manguinhos é contaminada e as regras do programa “Minha Casa, Minha Vida” vetam a construção de casas em terrenos assim. Longo trabalho Resíduos de petróleo foram enterrados por décadas, em Manguinhos. Especialistas estimam em 15 anos o prazo para descontaminar a área. Bom direito Durante uma audiência, um ministro do STF ironizou a truculência na desapropriação: “Isso foi feito