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Mostrando postagens de junho, 2012
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A guarânia do engano 29 de junho de 2012 Por Chiqui Avalos (*) “A história do Brasil, vista desde o Paraguai, é outra” (Millôr Fernandes ) Como num verso célebre de meu inesquecível amigo Vinicius de Moraes, “de repente, não mais que de repente”, alguns governos latino-americanos redescobrem o velho e sofrido Paraguay e resolvem salvar uma democracia que teria sido ferida de morte com a queda de seu presidente. Começa aí um engano, uma sucessão de enganos, mentiras e desilusões, em proporção e intensidade que bem serve a que se companha uma melodiosa guarânia, mas de gosto extremamente duvidoso. Sucedem-se fatos bizarros na vida das nações em pleno século XXI. Uma leva de chanceleres, saídos da espetaculosa e improdutiva Rio+20, desembarca de outra leva de imponentes jatos oficiais no início da madrugada de um incomum inverno, e - quem sabe estimulados pela baixa temperatura  - se comportam com a mesma frieza com que a “Tríplice Aliança” dizimou centenas de milhares de guarani
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O golpe do MERCOSUL e do Foro de São Paulo 30 de junho de 2012 Por Graça Salgueiro (*) Como era previsível, o ex-bispo Fernando Lugo, conhecido como “pai da pátria” por seus incontáveis filhos ilegítimos ainda quando era bispo, foi defenestrado do cargo de Presidente da República do Paraguai, após um legítimo e constitucional julgamento político. Fernando Lugo foi o candidato do Foro de São Paulo (FSP) e, como tal, tinha uma plataforma política estabelecida pelos ditames dos encontros anuais. Em seu mandato, a primeira providência foi romper o acordo sobre Itaipú obrigando o Brasil a pagar pela energia consumida, ferindo de morte o contrato feito na época de sua criação. Como todo comunista apátrida, o então presidente Lula advogou pelo seu camarada do FSP em detrimento dos direitos legais e prejuízos brasileiros. Adepto da malfadada “teologia da libertação”, Lugo levou esses quatro anos de mandato governando apenas para seus camaradas de ideologia, os “Carperos” (Acampa
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Charge do Sponholz
Antero de Quental e a convivência com os mortos Como dizia Rubem Braga, a poesia é necessária. Vamos então publicar um soneto do genial poeta, filósofo e político português Antero de Quental, que viveu entre 1842 e 1891. ### COM OS MORTOS Os que amei, onde estão? Idos, dispersos, arrastados no giro dos tufões, Levados, como em sonho, entre visões, Na fuga, no ruir dos universos… E eu mesmo, com os pés também imersos Na corrente e à mercê dos turbilhões, Só vejo espuma lívida, em cachões, E entre ela, aqui e ali, vultos submersos… Mas se paro um momento, se consigo Fechar os olhos, sinto-os a meu lado De novo, esses que amei vivem comigo, Vejo-os, ouço-os e ouvem-me também, Juntos no antigo amor, no amor sagrado, Na comunhão ideal do eterno Bem. Antero de Quental, in “Sonetos” Da 'Tribuna da Internet' de 30-6-12
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Cachoeira à beira de um ataque de nervos Foto: Lia de Paula/Agência Senado REPORTAGEM APONTA QUE ELE JÁ CUSPIU NA CARA DE UM CARCEREIRO, VEM TOMANDO ANTIDEPRESSIVOS E JÁ NÃO TEM MAIS UMA BOA RELAÇÃO NEM MESMO COM A ESPOSA ANDRESSA; O MOTIVO DA REVOLTA: APESAR DOS R$ 15 MILHÕES EM HONORÁRIOS A MARCIO THOMAZ BASTOS, ELE SEGUE PRESO 30 de Junho de 2012 às 08:52 247 –  Reportagem da revista Istoé deste fim de semana mergulha na intimidade do presidiário Carlos Cachoeira no presídio da Papuda. Segundo o texto, o bicheiro está à beira de um ataque de nervos. Leia: Presidiário-problema Claudio Dantas Sequeira Quando foi preso no dia 29 de fevereiro, o bicheiro Carlos Augusto de Almeida Ramos, o Carlinhos Cachoeira, estava tranquilo. Sabia com antecedência da investigação da Polícia Federal e que sua prisão era inevitável. Também estava confiante de que bastariam alguns telefonemas para recuperar a liberdade. Mas não foi isso o que aconteceu. Passados quatro meses, o con

DA MÍDIA SEM MORDAÇA - 30-6-12

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COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO Noves fora, nada: punição ao Paraguai é inócua A “punição” do Mercosul ao Paraguai, anunciada em Mendonza, não produzirá qualquer efeito, exceto pelo gesto político de solidariedade ao ex-bispo Fernando Lugo. Agonizante, o Mercosul já não existe como sugere a expressão “mercado comum”, que o inspirou, em razão de medidas protecionistas de todos os países-membros. O organismo hoje é só uma espécie de convescote onde presidentes fingem unidade. Já morreu A idéia de “mercado comum” foi substituída por uma tentativa ainda mal sucedida de “união aduaneira”, sempre sabotada pela Argentina. Mais o que fazer Afastar o Paraguai do Mercosul significa, na prática, que seu presidente apenas será poupado de participar de reuniões com demais colegas. Apequenou-se “Maria-vai-com-as-outras”, o Brasil ignorou os brasiguaios, mais de 400 mil brasileiros perseguidos por Lugo, e que apóiam o atual governo. Tiro no pé Além de curvar-se, o Brasil deu um “gol
O Evangelho Segundo o Espiritismo Deixar aos mortos o cuidado de enterrar seus mortos Disse a outro: Segue-me; e o outro respondeu: Senhor, consente que, primeiro, eu vá enterrar meu pai. — Jesus lhe retrucou: Deixa aos mortos o cuidado de enterrar seus mortos; quanto a ti, vai anunciar o reino de Deus. (S. LUCAS, cap. IX, vv. 59 e 60.) Que podem significar estas palavras: “Deixa aos mortos o cuidado de enterrar seus mortos”? As considerações precedentes mostram, em primeiro lugar, que, nas circunstâncias em que foram proferidas, não podiam conter censura àquele que considerava um dever de piedade filial ir sepultar seu pai. Tem, no entanto, um sentido profundo, que só o conhecimento mais completo da vida espiritual podia tornar perceptível. A vida espiritual é, com efeito, a verdadeira vida, é a vida normal do Espírito, sendo-lhe transitória e passageira a existência terrestre, espécie de morte, se comparada ao esplendor e à atividade da outra. O corpo não passa de sim
O Evangelho Segundo o Espiritismo Moisés Não penseis que eu tenha vindo destruir a lei ou os profetas: não os vim destruir, mas cumpri-los: — porquanto, em verdade vos digo que o céu e a Terra não passarão, sem que tudo o que se acha na lei esteja perfeitamente cumprido, enquanto reste um único iota e um único ponto. (S. MATEUS, cap. V, vv. 17 e 18.) Na lei mosaica, há duas partes distintas: a lei de Deus, promulgada no monte Sinai, e a lei civil ou disciplinar, decretada por Moisés. Uma é invariável; a outra, apropriada aos costumes e ao caráter do povo, se modifica com o tempo. A lei de Deus está formulada nos dez mandamentos seguintes: I. Eu sou o Senhor, vosso Deus, que vos tirei do Egito, da casa da servidão. Não tereis, diante de mim, outros deuses estrangeiros. — Não fareis imagem esculpida, nem figura alguma do que está em cima do céu, nem embaixo na Terra, nem do que quer que esteja nas águas sob a terra. Não os adorareis e não lhes prestareis culto soberano
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A exposição do comunismo de Bella Dodd ESCRITO POR HENRY MAKOW | 25 JUNHO 2012 ARTIGOS -  MOVIMENTO REVOLUCIONÁRIO Bella Dodd  foi uma líder do Partido Comunista dos Estados Unidos da America (CPUSA) nos anos 30 e 40. Seu livro, “School of Darkness” (1954), revela que o comunismo era um artifício perpetrado por financistas “para controlar o homem comum” e promover a tirania mundial. Naturalmente, este importante livro está esgotado e fora das livrarias ( N. do T. : eu o encontrei através de “interlibrary loan” [serviços entre bibliotecas]). Bella Dodd nasceu Maria Asunta Isabella Visono, na Itália, em 1904. Mulher brilhante e dedicada, ela obteve a graduação na Hunter College e na NYU Law School. Tornou-se chefe da New York State Teachers Union e foi membro do Conselho Nacional do CPUSA até 1949. Dodd descreve o comunismo como “um estranho culto secreto” cujo objetivo é destruir a civilização ocidental (isto é, cristã). Milhões de idiotas idealistas (“inocentes”) são enga
O clubinho dos socioditadores ESCRITO POR FELIPE MOURA BRASIL | 28 JUNHO 2012 INTERNACIONAL -  AMÉRICA LATINA Mas ai do Paraguaizinho, ai dele!, que ousa reagir depois que os sem-terra locais, vulgo  carperos , protegidos pelo presidente, matam 7 policiais e 10 camponeses... Quando um presidente que transgride a lei é destituído com base na Constituição, como Fernando Lugo no Paraguai ou Manuel Zelaya em Honduras, aqueles tão ou mais transgressores em seus países saem logo em sua defesa, vociferando contra o “golpe” e aplicando sanções. É um show de ataque histérico preventivo, com o objetivo declarado de desencorajar ações do gênero no continente. O lema é: “Se eu faço o mesmo que ele por aqui, melhor defendê-lo lá, para evitar que façam comigo o que fizeram com ele.” A manifestação de lealdade entre os transgressores da lei, principalmente quando agentes de uma mesma ideologia ou estratégia de poder continental, é, senão maior, mais imediata que a dos homens comuns,