JOIAS DA POESIA CONTEMPORÂNEA
“Gloria victis” Cruz e Souza Glória a todas as almas obscuras Que caíram exânimes na estrada, Onde a pobre esperança abandonada Morre chorando sob as desventuras. Glória à pobre criatura desprezada, Glória aos milhões de todas as criaturas, Sob a noite das grandes amarguras, Sem conhecer a luz de uma alvorada. Glória Victis! Hosana aos desgraçados Que tombaram sem vida, aniquilados, Nos sofrimentos purificadores; Que o Céu é a pátria eterna dos vencidos, Onde aportam ditosos, redimidos, Como heróis dos deveres e das dores! Catarinense, funcionário público e poeta de emotividade delicada, Cruz e Souza encarnou em 1861 e desencarnou em 1898, em Minas Gerais. O soneto acima integra o Parnaso de Além-Túmulo , obra psicografada por Francisco Cândido Xavier. Da Revista O Consolador, Joias da poesia contemporânea Ano 7 - N° 324 - 11 de Agosto de 2013