PÉROLAS DA POESIA CONTEMPORÂNEA
A CURA QUE MAIS QUERO Por Wanderley Pereira (*) Fico feliz, Senhor, pois reconheço A fé que Tu me dás ante a doença, Pois sei que minha dor seria imensa Não fora a fé no Teu divino apreço. Sei que a doença é justa, que a mereço; Que a culpa cobradora não dispensa A dor como aguilhão à indiferença Nas vidas pontilhadas de tropeço. Porém, ao mesmo tempo em que pelejo, Tenho as lições colhidas neste ensejo Da dor que aperfeiçoa a experiência. A cura pela qual eu me interesso Não é somente a física, confesso, Mas da libertação da consciência. Fortaleza, CE, 10 de maio de 2013. (*) Wanderley Pereira é jornalista, poeta e escritor. Cearense, reside em Fortaleza, Ceará.