DA MÍDIA SEM MORDAÇA - 30-6-12

COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO

Noves fora, nada: punição ao
Paraguai é inócua


A “punição” do Mercosul ao Paraguai, anunciada em Mendonza, não produzirá qualquer efeito, exceto pelo gesto político de solidariedade ao ex-bispo Fernando Lugo. Agonizante, o Mercosul já não existe como sugere a expressão “mercado comum”, que o inspirou, em razão de medidas protecionistas de todos os países-membros. O organismo hoje é só uma espécie de convescote onde presidentes fingem unidade.

Já morreu


A idéia de “mercado comum” foi substituída por uma tentativa ainda mal sucedida de “união aduaneira”, sempre sabotada pela Argentina.
Mais o que fazer


Afastar o Paraguai do Mercosul significa, na prática, que seu presidente apenas será poupado de participar de reuniões com demais colegas.
Apequenou-se


“Maria-vai-com-as-outras”, o Brasil ignorou os brasiguaios, mais de 400 mil brasileiros perseguidos por Lugo, e que apóiam o atual governo.
Tiro no pé


Além de curvar-se, o Brasil deu um “golpe” na sua tradição diplomática: o Paraguai não votou a própria saída e a Venezuela entrou pela janela.


Delta recebeu
quatro vezes mais
em 2011, no DF


O governo do Distrito Federal pagou mais de R$ 92,8 milhões – dos R$ 111,2 milhões empenhados – à empreiteira Delta Construções S/A em 2011, primeiro ano de gestão de Agnelo Queiroz (PT). Segundo dados do Tribunal de Contas do DF, encaminhados à CPI mista do Cachoeira, o valor é quatro vezes maior que o total pago à Delta em 2010, quando foram repassados R$ 19,4 milhões, dos R$ 25,7 milhões empenhados.


Recordista


O governo do DF pagou à Delta em 2011 o maior valor dos últimos dez anos. Em 2009, os pagamentos chegaram a R$ 46,9 milhões.


Contratos milionários


Em 2012, dos R$ 45,8 milhões empenhados, foram pagos R$ 27,5 milhões à Delta, segundo levantamento do Tribunal de Contas.


Gestões anteriores


Agnelo Queiroz negou, em depoimento à CPI do Cachoeira, que seu governo tenha assinado quaisquer contratos com a Delta.


Renovação


O Senado vai gastar R$ 558 mil com fornos de micro-ondas e elétricos, cafeteiras, frigobares, fogões e freezers, além de cabeceiras de camas king-size para os ilustres garantirem noites tranquilas de sono.


O céu na Terra


Se aprovada a aposentadoria só aos 60 para mulheres e 65 para homens, o leitor Delmiro Gouveia, de Maceió (AL) acredita que para se aposentar bastará aos brasileiros apresentar atestado de óbito.


Telhado de vidro


O gasto inútil da Rio+20 se reflete até na falta de planejamento: alugaram toldos por R$ 509,5 mil, na última hora, sem licitação, para o Riocentro. Alguém pensou que poderia chover, ou fazer sol...


Os novos ricos


Cresce o número de roubos a brasileiros em Paris. A embaixada não dá conta das queixas: gatunos afanam no metrô, na Torre Eifell, nos restaurantes e em lojas no Champs- Élysées, e violam malas nos hotéis.
Pensando bem...


...com a entrada de Hugo Chávez no Mercosul, o Brasil, além do “pai” e da “mãe” dos brasileiros, agora também tem o “tio”.

Envolvidos no esquema 'Caixa de
Pandora' são denunciados pelo MP



O Ministério Público denunciou nesta semana 38 pessoas envolvidas na Operação Caixa de Pandora – esquema de corrupção, também conhecido como "Mensalão do DEM", que ocorreu na gestão do ex-governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda. A informação foi confirmada nesta sexta-feira (28) pelo procurador-geral da República, Roberto Gurgel. Segundo o procurador, as apurações provaram que empresas beneficiadas em contratos sem licitação com o governo do DF pagavam propina a políticos aliados do governo. Os envolvidos foram denunciados pelos crimes de corrupção ativa (empresários) e passiva (políticos) e lavagem de dinheiro.


BLOG DO CORONELEAKS

Perdeu, Zé, perdeu.

Vou postar em código. O chefe de uma sofisticada organização criminosa peitou um certo ministro de uma certa suprema corte para que ele sentasse em cima do processo que concedia tempo de TV para um novo partido político. O chefe da SOC obedecia ordens de um chefe maior, que é o verdadeiro pai do esquemão. Uma certa autoridade, que tem o mesmo peso do verdadeiro pai do esquemão, fez chegar ao ministro empata-foda que ele deveria liberar o tempo e o fundo partidário deste certo novo partido. Entre um rei posto e uma rainha entronada, o ministro empata-foda achou por bem fazer o processo andar. Pressionado, o juiz estafeta não aguenta o tranco. O resultado está aí. Venceu a rainha empossada, perdeu o rei posto e é assim que, lá nos bastidores, já existe uma luta surda por 2014, no reino dos bucaneiros. Deu para entender? Não deu? Bem, mais não posso dizer.Só posso dizer; perdeu, Zé, perdeu. E em agosto tem mais!


BLOG DO REINALDO AZEVEDO

EXCLUSIVO NA VEJA ONLINE — CHÁVEZ TENTOU PROMOVER UM GOLPE MILITAR NO PARAGUAI. DADOS OS EVENTOS DE HOJE, CONTOU COM O APOIO DE DILMA! É O FIM DA PICADA!!!

Atenção! Ao suspender o Paraguai do Mercosul e promover o ingresso da Venezuela, os presidentes José Mujica (Uruguai), Dilma Rousseff (Brasil) e Cristina Kirchner (Argentina) estão endossando o estímulo a um golpe militar promovido por um país estrangeiro. Como? É isto mesmo: a repórter Carolina Freitas, da VEJA Online, informa que Nicolas Maduro, diplomata venezuelano, se reuniu secretamente com a cúpula militar paraguaia, incitando-a a não aceitar a eventual deposição de Fernando Lugo pelo Congresso. Como esta se deu segundo o que prevê a Constituição, Chávez estava tentando armar um golpe militar no Paraguai. Eis aí: estamos sob a égide do imperialismo bolivariano!

Leiam a reportagem:

A ministra da Defesa do Paraguai, María Liz García, confirmou em entrevista à imprensa de seu país um rumor que vinha tomando corpo nos últimos dias em Assunção: o diplomata venezuelano Nícolas Maduro reuniu-se com a cúpula das Forças Armadas paraguaias no mesmo dia em que o Congresso votava o impeachment de Fernando Lugo. O chanceler tinha um pedido para fazer aos comandantes: que os militares reagissem caso Lugo fosse de fato deposto.

As tentativas de intervenção dos presidentes de países vizinhos vêm causando indignação — embora os discursos se mantenham diplomáticos — entre as autoridades paraguaias desde que Federico Franco assumiu o poder na semana passada. A ousadia dos encrenqueiros latino-americanos, no entanto, chegou a seu ápice nesta sexta-feira, quando veio à tona uma tentativa de golpe militar no Paraguai comandada por ninguém menos que o chanceler da Venezuela - país de Hugo Chávez.

O principal alvo de críticas entre os paraguaios vinha sendo Christina Kirchner por sua atitude de rejeição radical ao novo governo. Até a confirmação da ação do chanceler venezuelano junto ao Exército paraguaio, o imperialista bolivariano Hugo Chávez não se encontrava no centro das preocupações das autoridades paraguaias, que punham suas declarações igualmente inflamadas na conta de sua notória fanfarronice.

A frase de um influente empresário paraguaio durante encontro com o chanceler do Paraguai, José Félix Estigarribia, na quinta-feira resume o sentimento vigente até ontem: “Andam por aí falando da nossa democracia quando têm sua própria democracia cheia de problemas.” As declarações da ministra da Defesa exacerbam esse quadro.

Alto comando — O pedido do chanceler foi feito durante uma reunião na tarde da quinta-feira da semana passada, mesmo dia em que o Congresso aprovou o impeachment de Lugo. De acordo com o jornal Última Hora, o embaixador do Equador, Julio Prado, e Miguel Rojas, secretário privado de Lugo, participaram do encontro, no Palácio de López, sede do governo do Paraguai.

O encontro foi convocado pelo chefe do gabinete militar da Presidência, Ángel Vallovera. María Liz assegurou que o conteúdo da conversa não chegou aos quartéis. Em entrevista a uma rádio local, a ministra informou que os comandantes das Forças Militares se negaram a cumprir o pedido do chanceler da Venezuela . “Não houve qualquer tipo de sublevação. Asseguro que os chefes militares decidiram respeitar a Constituição”, afirmou María Liz.

O presidente do Paraguai, Federico Franco, rechaçou a atitude da Venezuela, a que classificou como uma “intromissão clara nos assuntos internos” do país. “Vamos tomar medidas institucionais.” Franco afirmou que agirá de forma enérgica contra os militares que tentarem agir contra a lei. “Vamos terminar com a manipulação política das Forças Armadas”, afirmou o presidente. “Somos um país livre.”


BLOG DO JOSIAS


Espião de Cachoeira, Dadá é amigo do servidor do Senado que vigia a sala-cofre da CPI à noite


Há nove dias, o deputado Odair Cunha (PT-MT), relator da CPI do Cachoeira, viajou a Goiânia para recolher na 11aVara Criminal de um lote de 54 CDs. Continham a íntegra dos diálogos grampeados pela Polícia Federal na Operação Monte Carlo. Esse material, sem cortes ou edições, foi armazenado na ‘sala-cofre’ da CPI.

Apenas os parlamentares que integram a comissão e um seleto grupo de assessores têm autorização para entrar na ‘sala-cofre’ e noutros dois ambientes onde rodam, no subsolo do Senado, dez computadores apinhados de arquivos confidenciais digitalizados.

Por ordem do senador Vital do Rêgo, presidente da CPI, agentes da Polícia Legislativa do Congresso vigiam o entra-e-sai. Chama-se Yanko de Carvalho Paula Lima o chefe do policiamento no turno da noite. Por mal dos pecados, descobriu-se que a voz de Yanko soa nos grampos que lhe coube vigiar.

Em notícia veiculada na noite passada, o repórter Hudson Corrêa conta que a Polícia Federal pilhou o guardião dos arquivos sigilosos da CPI em diálogos mantidos com Idalberto Matias de Araújo, o Dadá (na foto). Vem a ser o sargento reformado da Aeronáutica que exercia na quadrilha de Carlinhos Cachoeira a função de araponga.

As conversas de Yanko com Dadá foram captadas pelas escutas telefônicas da PF em abril de 2011. Nelas, o servidor do Senado, que viajaria para Las Vegas (EUA) com a família, pede ajuda ao comparsa de Cachoeira para apressar a emissão dos passaportes de dois filhos, um adolescente e uma bebê.

Personagem de amizades múltiplas, Dadá dispunha de uma rede de contatos no serviço público. Entre eles, um funcionário do setor administrativo da Polícia Federal: Anderson Aguiar Drumond, hoje afastado. Foi a ele que o araponga recorreu para furar a fila dos passaportes e socorrer o amigo Yanko.

N noite de 18 de abril de 2011, sem saber que se encontrava sob grampo, Dadá tocou o telefone para Anderson. “Amanhã te passo o negócio lá do Yanko, dos filhos dele”, disse. E o interlocutor: “Ah, tá. Tá joia. Se quiser mandar por e-mail. Quer anotar aí?”

Em vez de enviar a mensagem eletrônica, Dadá preferiu ligar novamente na manhã seguinte. Passou o número do protocolo dos passaportes, os nomes completos dos filhos de Yanko e o número do telefone celular dele. Prestimoso, Dadá teve o cuidado de contactar Yanko para certificar-se de que repassara ao seu contato na PF os dados corretos.

Procurado na semana passada, o servidor do Senado reconheceu ser amigo de Dadá. A amizade, disse ele, não compromete sua atividade na vigilância da ‘sala-cofre’. “A chave fica com o presidente da CPI. Minha relação com Dadá é só de amizade. Não tem nada a ver com minha função no Senado. O favor que pedi a ele foi há mais de um ano. Não houve pagamento de dinheiro.”

Yanko contou ao repórter que já sabia que o número do seu telefone constava de relatório da PF. Comunicou aos seus superiores? “Vou fazer isso agora”, respondeu, evidenciando que fazia segredo de algo que, cedo ou tarde, viria à luz.

Ouvido, o presidente da CPI não gostou da novidade. “Vou mandar imediatamente a Polícia do Senado apurar essa história”, disse Vital do Rêgo. “Vou pedir providências. A gente manda afastar o rapaz.” Como se vê, é infinito o potencial dos grampos da Monte Carlo para produzir surpresas.


Recife: Eduardo Campos convida o PSDB para compor coligação do PSB e Aécio opera contra




A campanha municipal de Recife ganhou um contorno definitivamente nacional. Após declarar guerra ao PT local, o governador Eduardo Campos, cultor de um cada vez mais explícito projeto presidencial, achegou-se ainda mais às legendas que representam a oposição em Pernambuco e no plano federal.

Eduardo já recepcionou o PMDB do senador Jarbas Vasconcelos na coligação de Geraldo Júlio, o candidato tardio do seu PSB à prefeitura. Na noite passada, o governador convidou os oposicionistas PSDB e PPS a incorporar-se à caravana antipetista de Recife.

Em Pernambuco, o PSDB é comandado por seu presidente nacional, o deputado Sérgio Guerra. Eduardo vinha trocando telefonemas com ele. Na noite passada, recebeu-o no Palácio do Campo das Princesas, sede do governo pernambucano. Nessa conversa, formalizou a proposta de aliança.

Candidato à Presidência da República pelo PSDB, o senador Aécio Neves (MG) farejou, à distância, o cheiro de queimado. Em contatos com Sérgio Guerra, instou-o a associar o tucanato com o candidato a prefeito do DEM, o deputado Mendonça Filho, confirmado em convenção realizada nesta sexta (29). O senador Jose Agripino Maia (RN), presidente do DEM federal, ecoou Aécio junto a Sérgio Guerra.

Antes de trocar ideias com o mandachuva dos tucanos, Eduardo Campos recebera em palácio, ainda na noite passada, o ex-deputado Raul Jungmann, que preside no Estado o proto-oposicionista PPS. Instou-o a também cerrar fileiras na trincheira do PSB.

Enquanto Eduardo tricotava com os ex-adversários, o ex-aliado PT ratificava, em evento transmitido ao vivo pela internet, a candidatura do senador Humberto Costa. Rui Falcão, o presidente do PT federal, anunciou à militância presente ao ato a grande novidade da noite: o vice na chapa de Humberto será o deputado João Paulo, um popularíssimo ex-prefeito de Recife.

João Paulo comandou a prefeitura por dois mandatos (2001-2008). Concluiu o ciclo com altos índices de aprovação. A popularidade permitiu-lhe eleger como sucessor um companheiro João da Costa, que se revelaria um gestor insosso. Passada a eleição, brigaram. O desentendimento produziu o isolamento do prefeito.

João da Costa apartou-se de tal forma do comando do PT que, em movimento avalizado por Lula, o partido sonegou ao seu prefeito o direito de disputar a reeleição. A cúpula nacional impôs Humberto, o outro Costa. A divisão petista serviu de pretexto para o rompimento de Eduardo, que cunhou uma frase de efeito: “Podem me pedir tudo, menos para perder.”

Os últimos chuleios da custura antipetista de Eduardo Campos ocorreram horas antes do término do prazo para que os partidos realizem suas convenções. Pela lei, as legendas que quiserem apresentar candidatos precisam fazê-lo até este sábado (30).

O tucano Sérgio Guerra empina desde o início do ano a candidatura de Daniel Coelho, um jovem deputado estadual que o PSDB importou do PV. A conversa com Eduardo sobre a aliança com o PSB e os apelos de Aécio pelo acerto com o DEM emprestaram à opção própria dos tucanos a consistência de um pote de gelatina.

Pelo PPS, o próprio Raul Jungmann apresentava-se como candidato. Isolado, sem dinheiro e com estrutura precária, ele já informou ao partido que abdicou de suas pretensões. Defendia que a oposição se unificasse em torno de Raul Henry, um pupilo de Jarbas Vasconcelos que se apresentava como postulante do PMDB.

Essa alternativa ruiu na semana passada, quando o PMDB de Jarbas aderiu a Geraldo Júlio (PSB), o candidato do ex-desafeto Eduardo. A hipótese de empurrar o PPS para dentro da coligação do DEM não agrada a Jungmann. Restam-lhe duas opções: o apoio ao tucano Daniel Coelho ou a adesão ao candidato fabricado pelo governador.

Entre o PSDB e o PSB, Jungmann prefere a premeira alternativa. Vislumbra a hipótese de indicar o vice do neotucano Daniel Coelho. Algo que só poderá ocorrer se Sérgio Guerra resistir à sedução de Eduardo e aos apelos de Aécio. A convenção dos tucanos está marcada para hoje. Portanto, vai-se descobrir nas próximas horas que apito o presidente do PSDB decidiu tocar.

De concreto, por ora, apenas uma evidência: a movimentação de Eduardo Campos deixou o petismo indignado e a oposição perplexa. Ao romper com o PT, o governador pôs em risco o projeto do ex-aliado de manter-se no comando da prefeitura. E subtraiu dos ex-adversários o discurso de oposição.

Produziu-se uma polarização instantânea. De um lado, a trincada tropa do PT. Na trincheira oposta, o exército do PSB, adensado por 15 das 16 legendas que apoiavam a prefeitura petista de João da Costa e mais o PMDB.

Nas conversas com Sérgio Guerra e Raul Jungmann, Eduardo Campos deixou claro que não atravessou o Rubicão a passeio. Deseja ter toda a oposição do seu lado, exceto o DEM de Mendonça Filho, para tentar liquidar o PT já no primeiro turno. Ficou entendido que, se não for possível, conta com as adesões no segundo round.

Não são despropositadas, como se vê, as preocupações de Aécio. Se prevalecer sobre o PT na cidadela de Recife, Eduardo Campos vai às manchetes como opção do condomínio hoje reunido em torno de Dilma Rousseff para a sucessão de 2014. Ganhando com o apoio da oposição, ainda que no segundo turno, sinalizará para os rivais do PT que está aberto a composições múltiplas.

Tudo isso sem romper com o amigo Lula, com quem dividiu sorrisos numa reunião-almoço realizada na quinta-feira (28), em São Paulo. Ao discursar no ato em que formou com João Paulo uma ‘superchapa’ para enfrentar o PSB, Humberto Costa insinuou que Eduardo Campos carrega um poste.

Geraldo Júlio é um técnico. Antes de ser empurrado para o palanque, respondia pela Secretaria de Desenvolvimento Econômico do Estado. Jamais enfrentou o teste das urnas. 
”Aqui não é concurso público”, ironizou o candidato do PT. “É preciso ter história.” Por um instante, o senador esqueceu que Eduardo apenas mimetiza em 2012 o Lula de 2010. O que era Dilma senão uma técnica sem biografia política?

Humberto absteve-se de recordar também que Lula tenta repetir o feito nacional na praça de São Paulo, onde derrama suor num esforço para eletrificar o poste Fernando Haddad, um candidato de mostruário a qualquer “concurso público”.

A diferença é que, na cena paulistana, Lula “morde o calcanhar” do tucano José Serra com o conveniente apoio do PSB de Eduardo Campos. O mesmo Eduardo que, na seara pernambucana, busca uma parceria com o tucanato e Cia. para mastigar o calcanhar do PT.


BLOG DO NOBLAT

Declaração obtida por CPI mostra que Perillo dobrou patrimônio em 2011

Governador tinha no fim de 2010 R$ 1.548.227 em bens e direitos; valor saltou para R$ 3.182.549 no fim de 2011

Alana Rizzo e Fábio Fabrini, O Estado de S. Paulo

No ano em que assumiu o governo de Goiás e, segundo investigações da Polícia Federal, vendeu uma casa ao contraventor Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, o governador Marconi Perillo (PSDB) dobrou seu patrimônio com a compra de imóveis e cotas de participação numa empresa.

Suspeito de negociar a mansão no Condomínio Alphaville diretamente com o contraventor e por valor maior que o declarado, o tucano omitiu as transações realizadas em 2011 em depoimento à CPI do Cachoeira. Ano após ano, ele justifica a entrada de capital em suas contas graças a débitos contraídos com um de seus secretários.

Leia mais em Declaração obtida por CPI mostra que Perillo dobrou patrimônio em 2011


MP pode ainda tentar impugnar candidatos contas-sujas

No Rio, em 2010, 949 candidatos tiveram a contabilidade de campanha rejeitada pelo TRE

O Globo

A decisão do Tribunal Superior Eleitoral de liberar o registro dos chamados “contas-sujas” não impede que os casos graves sejam impugnados mais adiante. Essa é a opinião do presidente dos Colegiados dos Tribunais Regionais Eleitorais, o desembargador Marco Villas Boas.

— Penso que o tribunal pendeu para o controle de constitucional da resolução. De toda forma isso não impede que nos prazos para impugnação o Ministério Público questione o registro das candidaturas por prestação de contas irregulares — afirmou.

De acordo com o desembargador, o MP pode pedir impugnação dos registros até 13 de julho. Villas Boas ponderou, no entanto, os prós e contras da decisão.

— Sob o ponto de vista formal acho um retrocesso, mas havia um risco de todos os candidatos caírem numa vala comum. Agora é possível olhar caso a caso e discutir porque as contas foram reprovadas — explicou.

O presidente do TRE-RJ, o desembargador Luiz Zveiter, desceu o tom sobre o tema. Procurado nesta sexta-feira, limitou-se a dizer que cumprirá a decisão do TSE.

— A questão das contas tem que ser vista com muita cautela para não praticar injustiça. Nem todos os candidatos tem o mesmo nível e isso é diferente de quem é condenado por improbidade administrativa — disse Sveiter. No Rio, dos 2.527 candidatos nas eleições de 2010, 949 tiveram as contas rejeitadas.

Líderes tentam salvar o euro

Merkel cede e aceita ajuda a bancos, entre outras medidas. Bolsas têm forte alta no mundo

O Globo

Sob a ameaça de uma ruptura catastrófica de sua moeda única, os líderes da zona do euro optaram sexta-feira por tentar salvar o bloco. Entre as medidas aprovadas está a possibilidade de injeção direta de capital em bancos atingidos pela crise e a intervenção no mercado secundário de bônus soberanos para apoiar países-membros.







Politicamente, o acordo foi visto como uma vitória do primeiro-ministro italiano, Mario Monti, e do presidente de Governo da Espanha, Mariano Rajoy, sobre a chanceler alemã, Angela Merkel, que se opunha obstinadamente a essas alternativas emergenciais.

Os investidores reagiram com otimismo ao acordo e as bolsas subiram em todo o mundo. No Brasil, o Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores de São Paulo, fechou em alta de 3,23%, aos 54.354 pontos. O euro subiu quase 2%.

Leia mais em Líderes tentam salvar o euro







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