DA MÍDIA SEM MORDAÇA - 17-5-2013

NA COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO

MP dos Portos:radicalismo e ignorância

Estoicismo, obstinação e sacrifício podem definir a longa sessão de quase 23 horas na Câmara dos Deputados, encerrada às 10 horas da manhã de ontem. No reverso da medalha, verificou-se fisiologismo, radicalismo e ignorância. Radicalismo das oposições que quase conseguiram obstar a aprovação da MP, dizendo-se em obstrução e não aceitando entendimento com as bancadas oficiais. E ignorância do governo e seus coordenadores políticos, infensos a entender-se com os grupos descontentes de sua própria base parlamentar e, mais do que isso, fornecendo aos jornais de ontem manchetes como a de que o Executivo estava pronto para vetar artigos do texto a ser aprovado, mesmo sabendo provir de amplo acordo entre os partidos que o apóiam. Leia o artigo completo do jornalista Carlos Chagas.

MP dos Portos: governo vence, mas sai debilitado

A votação da MP dos Portos, que durou 22 horas na Câmara, serviu para expor o baixíssimo “Índice de Satisfação” da base aliada com o governo Dilma. Todo barulho era liderado por cerca de vinte deputados de oposição, cujas manobras protelatórias foram alegremente seguidas por governistas revoltados com o conhecido desdém do Palácio do Planalto. O governo venceu, mas seu “exército” quase foi dizimado. A situação tende a se agravar, com a aproximação das eleições de 2014.

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Arrogância ou burrice?

A rebelião dos aliados ocorre em um governo com a mais confortável maioria e a oposição mais insignificante da nossa História recente.

Cartão corporativo pagou mordomia
em carros e hotéis

Somente o aluguel de carros consumiu em 2003, primeiro ano do governo Lula, mais de R$ 1 milhão e 557 mil nos gastos com cartões corporativos confiados a onze funcionários do governo, sendo oito da Presidência da República. Dez anos depois, todos foram condenados pela Justiça Federal a devolver mais de R$ 2 milhões aos cofres públicos. O pagamento de diárias em hotéis chegou a R$ 147,8 mil.

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Mordaça

Após as primeiras denúncias, o então presidente Lula tornou “secretos” os gastos com cartões corporativos, em nome da “segurança nacional”.

Abusos

Cartões corporativos pagaram tapioca, cabeleireiro, mordomias, resorts de luxo etc. Em 2007, a Marinha chegou a comprar ursinho de pelúcia.

Ninguém aguenta

Em meio à guerra com o Legislativo para aprovar a MP dos Portos e a proposta de ICMS, a presidenta Dilma não deu tréguas. Quem esteve com ela nos últimos quinze dias diz que o convívio está insuportável.

Carteirada

A deputada Andreia Zito (PSDB-RJ) armou barraco no aeroporto de Brasília após funcionário exigir do seu namorado cartão de embarque. Acabou perdendo o voo e tendo de se explicar à Polícia Federal.

NO BLOG DO NOBLAT

Na Argentina, Lula ataca imprensa e defende Cristina de acusações

Janaína Figueiredo, O Globo
Em meio a fortes rumores sobre uma eventual intervenção estatal do grupo de meios de comunicação Clarín, o mais importante da Argentina, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva solidarizou-se com a presidente Cristina Kirchner em seu primeiro dia de visita ao país nesta quinta-feira, e aproveitou para atacar a imprensa brasileira e defender publicamente as posições da Casa Rosada. Durante um discurso na inauguração da primeira universidade sindical da América Latina, Lula assegurou que "às vezes tenho a impressão de que a imprensa está exilada dentro de meu pais".
— Quando nós os criticamos (aos meios de comunicação) eles dizem que estão sendo atacados. Quando nos atacam, falam em democracia — declarou Lula, aplaudido de pé várias vezes pela plateia de sindicalistas, congressistas, ministros e funcionários do governo kirchnerista.



Jornalistas têm problemas para obter dados no Executivo

José Roberto de Castro, Estadão
Um ano após a Lei de Acesso no Brasil entrar em vigor no Brasil, jornalistas ainda têm dificuldades para obter informações em órgãos públicos. Uma pesquisa feita pela Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji) mostra que dois terços dos jornalistas declaram ainda ter problemas na obtenção de dados do poder Executivo nas esferas federal, estadual e municipal.
No formulário de pesquisa, os jornalistas foram perguntados e apontaram espontaneamente os órgãos que consideram mais problemáticos. Casa Civil e Presidência da República foram os mais citados, com quatro menções. A Assembleia Legislativa de São Paulo vem logo abaixo com três.



Passageiros de voo são presos com R$ 465 mil na cueca em Brasília

Dois homens tentavam embarcar no aeroporto em direção ao Rio
Jailton de Carvalho e Evandro Éboli, O Globo
A Polícia Federal flagrou nesta quinta-feira de manhã dois homens tentando embarcar num voo de Brasília para o Rio de Janeiro com R$ 465 mil em espécie escondidos em meias, cuecas e outras peças de roupa. Um dos homens, que se identificou como Michel, disse ao GLOBO que portava R$ 229 mil.
O economista e empresário Eduardo Lemos, dono da Fides Advisor Consultoria Financeira, se apresentou como dono do dinheiro. A polícia abriu inquérito para investigar a origem dos recursos.
Em 2005, um funcionário do deputado José Guimarães, atual líder do PT na Câmara, foi preso com dólares na cueca no Aeroporto de Congonhas, em São Paulo, pouco antes de embarcar para Fortaleza, num caso que ficou conhecido em todo o país.
Guimarães, irmão do deputado José Genoino, réu do mensalão, chegou a ser processado por improbidade administrativa, mas foi inocentado em 2012 pelo Superior Tribunal de Justiça.




BLOG DO REINALDO AZEVEDO

Ela nos odeia. Ela nos abomina. Ela quer o nosso fim! Ou: Por que Marilena não nos conta quanto ganha com os livros didáticos adotados pelo MEC?

O sociólogo Emir Sader, emérito torturador da língua portuguesa, é organizador de um Livro de artigos intitulado “10 anos de governos pós-neoliberais no Brasil: Lula e Dilma”. Não li os textos, de vários autores (dados alguns nomes, presumo o que vai lá). O título é coisa de beócios. Para que pudesse haver esse “depois”, forçoso seria que tivesse havido o “antes”. Como jamais houve liberalismo propriamente dito no país — o “neoliberalismo” é apenas uma tolice teórica, que nunca teve existência real —, a, digamos assim, “obra” já nasce de uma empulhação intelectual. Pode até ser que haja no miolo, o que duvido, um artigo ou outro que juntem lé com lé, cré com cré, o que não altera a natureza do trabalho. Quem foi neoliberal? Fernando Henrique? Porque privatizou meia-dúzia de estatais? A privatização de aeroportos e estradas promovida por Dilma Rousseff — e ela o fez mal e tardiamente — é o quê? Expressão do socialismo? Do “neonacional-desenvolvimentismo”? Sader se orienta no mundo das ideias com a mesma elegância com que se ocupa da sintaxe, da ortografia e do estilo.
Na terça-feira passada, um evento no Centro Cultural São Paulo marcou o lançamento do livro. Luiz Inácio Lula da Silva (quando Sader está no mesmo texto, eu me nego a chamar Lula de “apedeuta”!) e Marilena Chaui estavam lá para debater a obra. Foi nesse encontro que a professora de filosofia da USP mergulhou, sem medo de ser e de parecer ridícula, na vigarice intelectual, na empulhação e na pilantragem teórica. Se eu não achasse que estamos diante de um cárter típico, seria tentado a tipificar uma patologia. Republico o vídeo. Volto em seguida.
Voltei
Trata-se de uma soma estupefaciente de bobagens — sim, há método em tudo isso — de que me ocupo daqui a pouco, embora Marilena não merecesse muito mais do que farei neste parágrafo e no próximo: pegá-la no pulo. Os livros didáticos e paradidáticos de filosofia desta senhora são comprados pelo MEC e distribuídos a alunos do Brasil inteiro. Quanto dinheiro isso rende à nossa socialista retórica, que só se tornou uma radical de verdade quando ser radical já não oferecia nenhum perigo? Marilena é professora da USP desde 1967. É só no começo dos anos 80, com o processo de abertura em curso — lembrem-se que, em 1982, realizaram-se eleições diretas para governos de Estado —, que se ouve falar da tal Chaui. E não! Ela não exercia ainda esse esquerdismo xucro, mixuruca, bronco. Seu negócio era falar de Merleau-Ponty, dos frankfurtianos, de Espinoza, confrontando a ortodoxia marxista… À medida que foi se embrenhando na luta partidária, tornou-se uma proselitista vulgar, “intelectual” demais para ser um quadro dirigente do partido, partidária demais para ser considerada uma intelectual — cuja tarefa principal, sim, senhores!, é pensar com liberdade.
Marilena poderia revelar à classe média que ela odeia quanto dinheiro ganhou com os seus livros didáticos e que nobre destino deu à grana. E acreditem: não é pouco. Autores que têm a ventura de ser incluídos na lista do MEC podem ficar ricos. Socialista que é, ortodoxa mesmo!, impiedosa com a “classe média”, não posso crer que ela tenha se conformado com os fundamentos reacionários do processo de herança, enriquecendo filhos e netos. O dinheiro amealhado deve ter sido doado a alguma entidade revolucionária, a algum sindicato, a alguma ONG que lute contra as desigualdades. Não posso crer que Marilena se conforme em transformar aquela bufunfa em consumo, viagens ou bens imóveis.
Pilantragem intelectual
Vamos ver. Foi o PT quem mais se beneficiou politicamente com a suposta existência da tal “nova classe média”, conceito que já ironizei aqui, mas por motivos diversos dos da destrambelhada que fala acima. A rigor, essa é uma criação da marquetagem partidária.
Inventou-se uma tal classe média que já corresponderia a 54% da população brasileira. E que classe é essa? Segundo a SAE (Secretaria de Assuntos Estratégicos), são as famílias com renda per capita, atenção!, entre R$ 300 e R$ 1.000. Um casal cujo marido ganhe o salário mínimo (R$ 678) — na hipótese de a mulher não ter emprego — já é “classe média” — no caso, baixa classe média (com renda entre R$ 300 e R$ 440). Se ela também trabalhar, recebendo igualmente o mínimo, aí os dois já saltarão, acreditem, para o que a SAE considera “alta classe média” (renda per capita entre R$ 640 e R$ 1.020). Contem-me aqui, leitores, como vive e onde mora quem tem uma renda per capita de R$ 640? O aluguel de um único cômodo na periferia mais precária não sai por menos de R$ 250… Assim como decertou que a maioria dos brasileiros está na classe média, o governo petista está preses a decretar o fim da miséria — governo, insista-se, de que Marilena é mero esbirro.
Logo, à diferença do que sugere a sem-remédio que fala no vídeo, a “nova classe média” não é uma invenção da “direita”, dos “conservadores” e dos “reacionários”, que ela também odeia, mas do lulo-petismo, que ela tanto adora.
Confusão
Marilena faz uma confusão estúpida entre a separação das “classes” por renda e o conceito marxista de “classe”. A primeira é só uma divisão estabelecida segundo faixa de renda e padrão de consumo. Não é nem nunca foi uma abordagem política. Assim, a sua diatribe segundo a qual a “nova classe média” seria, na verdade, “classe trabalhadora” é manifestação da mais alvar burrice. Ora, um operário especializado que ganhe R$ 5 mil deve ser tão “trabalhador” quanto outro que receba o salário mínimo. Há, no que concerne a renda e consumo, diferenças importantes entre ambos, não?, embora Marilena certamente sonhasse em ver os dois irmanados no mesmo projeto socialista. E isso explica o seu “ódio” — que, no fundo, é ódio de sua própria falência como intelectual.
O ódio
A forma como Marilena se dirige à plateia reproduz, acreditem, o método que emprega em suas aulas. Sei porque já  vi. Ela busca, nas suas exposições, o momento da apoteose, do aplauso. Depois de ter feito uma salada entre “classe social”, segundo a visão marxista, e uma mera divisão segundo faixa de renda, ela mesma pergunta:
“E por que é que eu defendo esse ponto de vista?”
Hábil manipuladora de plateias, treinada nas salas de aula para fazer com que seus próprios preconceitos pareçam pensamentos e para confortar a ignorância daqueles que a ouvem embevecidos, ela ainda criou um certo suspense, descartando respostas que seriam óbvias:
“Não é só por razões teóricas e políticas.”
SUSPENSE!
Nesse momento, até o público presente, que estava lá para aplaudi-la, pouco importando a bobagem que dissesse, deve ter ficado à espera de um aporte teórico novo ou de uma chave que abrisse as portas da compreensão. Afinal, estavam diante de uma das mais incensadas professoras de filosofia do país, um verdadeiro mito da universidade nos tempos da barbárie intelectual petista. Se as restrições que fazia ali não estavam fundadas nem na teoria nem na política, o mais provável é que se estivesse prestes a ouvir uma revelação. E Marilena, ao menos para os padrões da academia, não decepcionou. Compareceu com uma categoria de pensamento nova.
“É porque eu odeio a classe média. A classe média é um atraso de vida. A classe média é a estupidez. É o que tem de reacionário, conservador, ignorante, petulante, arrogante, terrorista. É uma coisa fora do comum a classe média (…) A classe média é a uma abominação política porque ela é fascista. Ela é uma abominação ética porque ela é violenta. E ela é uma abominação cognitiva porque ela é ignorante”.
Aplausos e risos
Sua teatralidade bucéfala lhe rendeu aplausos entusiasmados. Não há nada mais degradante do que levar uma plateia de idiotas a rir de si mesma na suposição de que idiotas são os outros. Afinal de contas, a oradora e aqueles que a aplaudiam são o quê? Pobres? Marxistas revolucionários? Ah, mas aí vem o truque principal dos vigaristas intelectuais que ouvem e da vigarista intelectual que fala.
É certo que operários não são. É certo que são da “classe média”, só que se distinguiriam daqueles a quem “abominam” porque supostamente dotados de uma consciência superior. O filho revolucionário do banqueiro, nessa perspectiva, não teria o menor pudor de chamar de “classe-média reacionário” o gerente do banco do pai — enquanto, como diria Fernando Pessoa, “mordomos invisíveis administram a casa”.
Marilena teme que um trabalhador de classe média perca o seu natural pendor revolucionário, como se o natural pendor revolucionário dos trabalhadores não fosse, no fim das contas, uma ilusão de intelectuais de… classe média! No fundo, Lula e Dilma, celebrados no livro que reuniu a turma, evidenciam a falência do pensamento da sedizente filósofa. O modelo petista está ancorado na expansão do consumo, e Marilena acha profundamente reacionário que alguém possa se interessar mais por uma geladeira nova do que por suas ideias abstratas de justiça. É que, quase sem exceção, os que fomentam ideias abstratas de justiça já têm geladeira nova.
Lula estava presente. Consta que riu, com a mão cobrindo o rosto. Teria dito depois que, agora que é de classe média, começam a falar mal da dita-cuja. As bobagens de Marilena Chaui não são irrelevantes. Servem para criar a mística de que o PT ainda é um partido de pendor revolucionário — ainda que a revolução possível. Besteira! O que ele é, sim, é um partido autoritário, que não é avesso, se as condições forem favoráveis, à violência institucional. Está em curso, por exemplo, a pregação em favor do controle da mídia e do controle do Judiciário. Marilena, com sua picaretagem teórica e intelectual, faz crer que esses são desígnios da progressista classe operária.
Achei que essa senhora, a quem voltarei mais tarde, já tinha chegado ao fundo do poço durante a campanha à Prefeitura, no ano passado. Ainda não! Ela demonstrou que seu abismo intelectual não tem fim. Eu não odeio Marilena. Chego a sentir pena. Deve ser muito triste chegar a essa idade carente desse tipo de aplauso. Em vez da serenidade madura que instrui, a irresponsabilidade primitiva que desinforma. Pena, sim! Menos de sua conta bancária.


NO BLOG DO CORONEL

Conselho Federal de Medicina representa na PGR contra vinda de médicos cubanos. Entre outras coisas, porque Cuba os submete a "condições de trabalho análogas à escravidão".

O Conselho Federal de Medicina (CFM) entrou, ontem, com uma representação na Procuradoria Geral da República (PGR) exigindo que os ministros da Educação, Aloizio Mercadante; da Saúde, Alexandre Padilha; e das Relações Exteriores, Antonio Patriota, expliquem a decisão de convocar médicos estrangeiros, principalmente de Cuba, para atuar no país sem a necessidade de validar o diploma. Recentemente, Patriota anunciou que o governo firmou um acordo para trazer 6 mil profissionais cubanos. Padilha e Mercadante, porém, frisam que o objetivo é atrair, prioritariamente, médicos de Portugal e da Espanha. Para o CFM, a decisão de isentar os médicos do exame para comprovar se o profissional está apto a atuar no país põe a saúde da população em risco.

O presidente do conselho, Roberto Luiz d’Ávila, acrescenta que, onde há missões semelhantes, como na Venezuela e na Bolívia, os médicos cubanos desertam e acusam esse países de conivência com as condições de trabalho, que consideram análogas à escravidão. “Essa é a primeira medida que estamos tomando, porque já estamos também preparando outras medidas judicias. Até mesmo uma ação direta de inconstitucionalidade (Adin) se, efetivamente, o governo federal insistir nessa sandice, nessa irresponsabilidade de trazer os médicos sem revalidação de diploma para atender o nosso povo”, frisa d’Ávila.

Na opinião dele, a falta de médicos disponíveis para algumas especialidades ou para atuar em regiões mais carentes do país é um problema estrutural, que tem origem na própria formação profissional, nos programas de residência e na falta de uma carreira de Estado que estimule a interiorização.

Ontem, o ministro da Saúde disse que o governo está disposto a esclarecer os fatos. “Esse debate tem que ser transparente”, disse. Padilha lembrou que ele e Mercadante já falaram sobre o tema no Congresso Nacional. “Estamos absolutamente abertos a fazer esse debate amplo e transparente com toda a população do país”, completou. O ministro também criticou a postura do presidente do CFM de chamar profissionais estrangeiros de pseudomédicos. “Um médico brasileiro que presta o exame nos Estados Unidos e não passa deve ser chamado de pseudomédico? Eu acho que não. Também acho que é arrogante chamar profissionais formados em outros países de pseudomédicos.”(Correio Braziliense)


NO BLOG UCHO.INFO

Truculenta conhecida, Dilma Rousseff se prepara para atropelar mais uma vez o Congresso

Vergonha nacional – Nas ditaduras modernas, que iludem a opinião pública com discursos mentirosos e concedem esmolas sociais que funcionam como anestésicos da consciência, o equilíbrio entre os Poderes é mera figuração.

Sob o manto totalitarista do PT, o Brasil, que está a um passo de estrear no mundo das ditaduras ideais (sic), a truculência palaciana sequer incomoda o Legislativo e o Judiciário, como se administrar o País seguindo a cartilha de um boteco de porta de fábrica fosse a mais lógica das atitudes.
Na semana que ora se despede, os brasileiros acompanharam o triste espetáculo em que se transformou a votação da Medida Provisória 595 (MP dos Portos), marcada por denúncias de corrupção e a vexatória genuflexão da base aliada. Na Câmara dos Deputados, onde a base aliada tem 423 parlamentares, ficou evidente que o Brasil já vive uma ditadura que compra o silêncio do Legislativo de maneira escandalosa.
Com pouco mais de doze horas para votar a MP dos Portos, o Senado simplesmente agiu como carimbador de um projeto obtuso do governo, que diante da necessidade de fazer caixa para as campanhas do próximo ano se entregou escandalosamente às negociatas. Tudo sem o menor pudor, mostrando ao mundo que no Brasil corrupção é algo corriqueiro e sem qualquer possibilidade de punição.
Depois de horas de discussão na órbita da MP 595, o que exigiu dos parlamentares a dedicação interrupta ao tema durante duas longas madrugadas, a presidenteDilma Rousseff anunciou, através de seus assessores, que deve vetar pelo menos cinco itens da Medida Provisória. Ou seja, o Palácio do Planalto acionou o rolo compressor para garantir a aprovação da matéria, mas já tinha em mente o esbofetear do Legislativo.
O Brasil assiste a mais um escárnio patrocinado pelo governo petista de Dilma Rousseff, mas a sociedade, em sua extensa maioria, continua contemplando os desdobramentos dos fatos como se estivesse em um parque de diversões. O PT avança em seu projeto totalitarista de poder, mas poucos são os que desafiam os donos do poder. Enfim…


Sob o comando do bisonho Renan Calheiros, parcela amestrada do Senado endossa autoritarismo do PT

Chancela de encomenda – Refém dos infindáveis dossiês armazenados nos subterrâneos do Palácio do Planalto, o presidente do Senado Federal, Renan Calheiros (PMDB-AL), foi um servo obediente do governo de Dilma Rousseff e conduziu a votação da MP dos Portos de forma a contemplar os interesses dos palacianos e de meia dúzia de empresários espúrios que ultrajam a democracia quando o lucro patrocinado pelo vil metal entra em cena.

A postura genuflexa e covarde de Renan Calheiros, que ignorou de forma escancarada o regimento do Senado, permitiu ao governo de Dilma Rousseff ajudar o PT na implantação do projeto totalitarista de poder, o que em breve transformará definitivamente o Brasil em uma ditadura ideal, se é que esse tipo de modelo político pode ser classificado como tal.
A incompetência da equipe de Dilma Rousseff encontrou guarida na postura inescrupulosa dos partidos da base aliada, sempre ávidos por negociatas e acertos pouco ortodoxos. O Brasil foi arruinado em apenas uma década por obra do lobista fugitivo Lula, que retorna à cena política com cuidado e velocidade planejada. Mesmo assim, o ex-metalúrgico abusou da sua conhecida verve galhofeira e lançou o bordão “nunca antes na história deste país”.
Os portos brasileiros representam apenas um dos vértices do apagão logístico que emperra o desenvolvimento do Brasil, mas a incapacidade do governo petista de se agarrar ao planejamento faz com que a carroça seja colocada adiante dos muares. Para que qualquer mercadoria destinada à exportação chegue aos portos é preciso estradas e ferrovias, todas destruídas ou inexistentes.
O comportamento amestrado da base aliada autorizou o PT a transformar o Brasil em uma versão continental da Venezuela, reduto do socialismo do século XXI, sandice criada pelo finado caudilho Hugo Chávez, o defunto que continua dando ordens no Palácio de Miraflores. A esquerda brasileira avançou muito nos últimos anos na direção desse objetivo canhestro, mas ainda é possível reagir e impedir o pior. Basta que os brasileiros abandonem a letargia contemplativa e, de maneira organizada, partam para a ação.









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