JULGAMENTO DO MENSALÃO - 06-8-12


06/08/2012
 às 16:16

Daqui a pouquinho…

… comento a defesa que Arnaldo Malheiros faz de Delúbio Soares. Estou anotando tudo direitinho. Este, sim, merece comentário cuidadoso. Assim que ele terminar, escrevo.
Por Reinaldo Azevedo
06/08/2012
 às 16:04

Começa o advogado de Delúbio Soares. Ou: A operação “conquista Celso de Mello”

Tem início a defesa de Delúbio Soares. O defensor é Arnaldo Malheiros, este, sim, bastante experiente. Também ele exalta as qualidades de Celso de Mello, decano do tribunal. Três advogados falaram até agora, e os três fizeram a mesma exaltação. Parece estar em curso uma operação “conquista Celso de Mello”. Chamou as provas contra seu cliente de “pífias”. Vamos ver.
Por Reinaldo Azevedo
06/08/2012
 às 15:59

Advogado de Genoino diz que reeleição de Lula e eleição de Dilma são evidências de que opinião pública não reconhece mensalão. Ou: “Um verdadeiro homem de esquerda”

Está caminhando para os “finalmentes” o advogado de defesa de José Genoino, Luiz Fernando Pacheco. Seu cliente, obviamente é inocente. Era presidente do PT, e os supostos empréstimos feitos pelo BMG e pelo Rural trazem a sua assinatura. Sustenta a tese de que, claro!, era Delúbio quem cuidava das finanças do partido. Genoino não saberia de nada.
Lembro uma entrevista verdadeiramente histórica de Genoino ao programa “Roda Viva”, concedida em 2005. Não teve dúvida: ele não apenas negou que tivesse havido mensalão como rechaçou até mesmo que o partido tivesse operado caixa dois.
O advogado de Genoino iniciou a sua defesa com uma tese realmente original: o fato de Lula ter sido reeleito em 2006 e de Dilma ter sido eleita em 2010 seriam evidências de que a opinião pública também não reconhece o mensalão. Seria a “absolvição das urnas”.
Sustenta ainda que ele só é réu porque foi presidente do PT. Seria, em suma, fruto do preconceito. No encerramento de sua fala, lê testemunhos em favor de Genoino, a maioria de petistas, claro! Cita uma advogada que deu o argumento definitivo sobre a honra de Genoino: “É um verdadeiro homem de esquerda”.
Por Reinaldo Azevedo
06/08/2012
 às 15:42

Defesa de Dirceu é fraca

A defesa que Oliveira Lima fez de Dirceu foi fraca. O seu grande esteio são os testemunhos de petistas, que negaram que Dirceu fosse o grande comandante do PT. A meu ver, isso significa atacar a ORDEM DOS FATOS.
Há uma falha lógica essencial na argumentação quando nega relação entre pagamentos a parlamentares e votações. Afirma, como se dissesse uma obviedade, que, nos períodos em que houve mais saques, o governo perdeu algumas votações. O que isso significa? Nada! Significa apenas que as votações eram difíceis.
Diz ainda que o governo só venceu certas votações porque contou com o voto das oposições, a exemplo do que aconteceu com a reforma da Previdência. Também isso não significa absolutamente nada! Até porque todos sabem que mais a oposição era favorável àquelas mudanças (muitas delas tentadas no governo FHC) do que a base aliada. Em que a lógica impede que a transferência de dinheiro buscasse garantir os votos dos beneficiados?
Ao explicar por que José Dirceu se encontrou com a direção do Banco Rural no período em que essa instituição fez um “empréstimo” ao partido, limitou-se a dizer que, entre as funções do ministro-chefe da Casa Civil, está o encontro com diretores de bancos. Pode ser. Ocorre que o Rural estava interessado numa decisão do governo sobre o Banco Mercantil de Pernambuco. O encontro aconteceu no momento em que o Rural, o banco por excelência do mensalão, fez um de seus falsos empréstimos ao partido.
Por Reinaldo Azevedo
06/08/2012
 às 15:18

O que é “Parquet”, de que tanto fala o advogado de Dirceu?

É jargão da “catchiguria”. Quer dizer “Ministério Público”.
Houaiss dá a origem:
fr. parquet (1366) ‘parte da sala do tribunal onde ficam os juízes’, (1549) ‘local onde ficam os magistrados do ministério público fora das audiências’, (1694) ‘os magistrados do ministério público’, (1836) ‘o ministério público enquanto órgão judiciário’; (1398) ‘painel de um retábulo’; (1664) ‘peças (geralmente de madeira) que se montam, apoiando-as sobre baldrames para servirem de assoalho’, dim. de parc‘parque’; ver parr-
Por Reinaldo Azevedo
06/08/2012
 às 15:09

Advogado de Dirceu evoca as seguintes testemunhas em favor de Dirceu: Lula, Dilma, Carlos Abicalil, Maurício Rands, José Eduardo Cardozo, Ideli Salvatti, Paulo Bernardo…

José Luís de Oliveira Lima andou fazendo curso de oratória para ganhar volume retórico, área em que é sabidamente ruim. Não chegou ao fim do curso pelo visto. O discurso é um tanto interrompido, e a entonação evoluiu com altos melódicos algo desafinados, pautados pela indignação.
Vamos ver. Embora eu torça para Dirceu ser condenado, confesso que tinha uma boa expectativa, do ponto de vista técnico, da intervenção de Oliveira Lima. O doutor deu tantas entrevistas que esperei ver a montanha. Não vi. Estou um pouco decepcionado. Ele já havia evocado em defesa de Dirceu os testemunhos de Lula e Dilma. Acaba de evocar as de:
– Carlos Abicalil, petista, membro da CPI dos Correios, que tentou impedir qualquer investigação do mensalão; o aloprado Carlos Veloso, um dos petistas presos, o acusou de ser o mentor daquele escândalo;
– Maurício Rands, deputado federal (PT-PE); também membro da CPI dos Correios;
– José Eduardo Cardozo, ministro da Justiça, também do PT;
– Ideli Salvatti, atual ministra das Relações Institucionais (PT), principal voz a tentar impedir o avanço da CPI dos Correios.
– Paulo Bernardo, também do PT, atual ministro das Comunicações.
Por Reinaldo Azevedo

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