TERCEIRA EDIÇÃO DE SÁBADO, 18 DE ABRIL DE 2020

NA COLUNA DO EGÍDIO SERPA
No Diário do Nordeste
O coronavírus, a solidariedade e as corporações do serviço público
Os trabalhadores da iniciativa privada, em favor da manutenção da atividade econômica e do seu emprego, estão tendo seus salários reduzidos pelo prazo que durar a pandemia.
Por Egídio Serpa, egidio.serpa@svm.com.br 
Sábado, 06:00 / 18 de Abril de 2020 ATUALIZADO ÀS 06:00
Não há, na política brasileira, quem tenha mais força do que as corporações do serviço público federal, estadual e municipal.
Essas corporações apropriaram-se da estrutura administrativa dos três poderes da República - Executivo, Legislativo e Judiciário - de tal maneira que é impossível promover o sonhado ajuste fiscal nos governos da União, dos estados e dos municípios.
Parece existir no Brasil um sistema invisível - qual o coronavírus - destruidor das células vivas do organismo nacional.
Todas as tentativas - contemporâneas e remotas - já feitas no sentido de consertar essa mazela frustraram-se pela ação deletéria do corporativismo.
Neste momento em que milhões de trabalhadores - sobreviventes, mas vitimados também pelos efeitos colaterais da pandemia do coronavírus - perderam seus empregos na iniciativa privada e viraram apenas referências estatísticas, há uma corrente de solidariedade à qual nega adesão a corporação dos servidores públicos.
Os trabalhadores da iniciativa privada, em favor da manutenção da atividade econômica e do seu emprego, estão tendo seus salários reduzidos pelo prazo que durar a pandemia.
Mas os servidores públicos - cujos vencimentos e proventos são maiores do que os do setor privado e pagos com o imposto de toda a sociedade - recusam colaboração a esse sacrifício.
O governante que tenta essa iniciativa esbarra no muro das corporações, que seguem crescendo e ainda mais poderosas.
Resumo: reduzam-se os salários dos trabalhadores da empresa privada; os vencimentos dos servidores públicos, não.
Um lembrete: este é um ano de pandemia.... e de eleições.
CAMARÃO
Anuncia a ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, a matogrossense do Sul Tereza Cristina:
O governo da República da Coreia do Sul (capital Seul) abriu seu mercado de 48,3 milhões de consumidores para o camarão brasileiro.
É uma boa notícia para a carcinicultura nordestina - a do Ceará, líder do setor, no meio.
Esta coluna pode informar que empresas cearenses criadoras de camarão já tomam providências para credenciar-se junto àquele ministério com o fim de vender seu produto para os coreanos.
O grupo Samaria - do empresário Cristiano Maia, maior produtor de camarão do País - está na lista dessas empresas.
MARKETING
A Associação dos Jovens Empresários de Fortaleza (AJE) mantém sua programação de cursos online via redes sociais.
Para isso, a AJE Fortaleza conta com especialistas em marketing, que abordam - por vídeoconferências - a gestão financeira em tempos de crise, as técnicas de vendas e o marketing digital.
Sai crise, entra crise, mas a vida segue.
SHOPPING
Lojistas do Shopping Eusébio reuniram-se com o superintendente do BNB, Rodrigo Bourbon.
Ouviram dele explicações sobre as linhas de crédito que o banco tem para a atual crise.
Além da repactuação de dívidas com a suspensão das parcelas por até seis meses, o BNB tem crédito de capital de giro com carência de seis meses para antigos e novos clientes e o FNE Giro.
NORMALIDADE
No interior do Estado, é como se não houvesse a pandemia do coronavírus.
Com exceção de algumas cidades, na maioria delas o ambiente, neste fim de semana, é de festa, com feiras, bares e restaurantes abertos.
Saberemos em pouco tempo se essa desobediência civil é a favor ou contra a propagação do coronavírus.

NA JOVEM PAN
Sábado, 18/4/2020

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