SEGUNDA EDIÇÃO DE SÁBADO, 18 DE ABRIL DE 2020

NA COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO
Sábado, 18/04/2020
O governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), admirava o trabalho desenvolvido pelo ex-ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, “na fase pré-coronavírus”, quando reestruturava o atendimento básico de saúde, “mas com a chegada da crise, ele acabou pegando um vírus, talvez o vírus da mídia ou o vírus da política e aí poluiu um pouco o seu trabalho”, lamentou. Para Ibaneis, Mandetta demorou demais a sair.

18/04/2020
Crítico de Mandetta na gestão da pandemia, o governador acha que o ex-ministro se perdeu, apesar do bom trabalho que vinha fazendo.

18/04/2020
Em sua opinião, Mandetta sai perdendo nessa crise, "mas perde também o presidente Jair Bolsonaro, pela demora na definição do problema."

18/04/2020
O governador do DF teve uma primeira impressão positiva de Nelson Teich, novo ministro. 
“Ele tem tudo para nos ajudar a sair dessa crise”.

18/04/2020
Ibaneis pediu ao presidente Bolsonaro que recomende ao novo ministro que converse com os governadores. 
“Precisamos sair juntos dessa crise”.

18/04/2020
Para quem divergia publicamente de Jair Bolsonaro, com malcriações que faziam a alegria dos opositores do presidente, Luiz Henrique Mandetta mostrou na saída do cargo que, como ministro da Saúde, foi apenas um marqueteiro: na quinta (16) à noite, um pouco antes de deixar o ministério, ele confraternizou com assessores, com distanciamento zero e abraços apertados, exatamente como criticava em Bolsonaro. No escondidinho do ministério, onde reinou por 15 meses, a máscara caiu.

18/04/2020
Não há cuidados contra o covid19, no vídeo da festinha de Mandetta, cuja gestão “comeu mosca” na compra de máscaras, por exemplo.

O esperto ex-deputado do DEM-MS deixou o ministério da Saúde fazendo lembrar o velho adágio: “Faça o que digo, não o que eu faço”.

18/04/2020
As cenas de Mandetta confraternizando em sala apertada do ministério da Saúde, abraçando assessores, todos sem máscaras, e até cantando, foram vistas por vários repórteres. Mas ninguém divulgou a presepada.

18/04/2020
Agora, “escanteado” da cena política, Luiz Mandetta ficará longe dos holofotes. A eleição de 2022 está muito distante.

18/04/2020
Em artigo recente, o agora ministro Nelson Teich disse que o problema da polarização entre saúde e economia “é desastroso porque trata estratégias complementares e sinérgicas como se fossem antagônicas”.

18/04/2020
Nelson Teich afirmou antes de virar ministro que distanciamento social “é a melhor estratégia no momento”. Para ele, faltam informações completas do comportamento, morbidade e letalidade da covid-19.

18/04/2020
Na Bahia, o governo do petista Rui Costa determinou que pessoas que estiverem na rua sem equipamentos de proteção individual (EPI), como máscara e luvas, sejam presas. Luiz Mandetta, na Bahia, seria preso.

18/04/2020
No início do impacto do coronavírus na economia, umas das principais preocupações era o petróleo. De lá para cá, o tema foi esquecido por quase todos, mas não pela Petrobras, que realizou “coletiva-live” para tratar de ações contra o vírus e o “choque de preços do petróleo”.

18/04/2020
Segundo o ministro Tarcísio Freitas (Infraestrutura), com a ajuda do Sest/Senat foram realizados mais de 220 mil atendimentos, a maioria de caminhoneiros, desde o início da pandemia do novo coronavírus.

18/04/2020
Esta segunda-feira 20, marca o Dia do Holocausto, para lembrar vítimas dos nazistas e mártires da II Guerra. A homenagem do Congresso vai se limitar a projeção luminosa. Parece feita apenas “por obrigação”.

18/04/2020
O Comando Conjunto Sul, por intermédio do 3º Regimento de Cavalaria de Guarda do Exército desinfetou as ruas perto da Policlínica Militar de Porto Alegre para combater a proliferação do coronavírus.

18/04/2020
...se somar Bolsonaro a Mandetta e dividir por dois der Nelson Teich, terá sido uma boa troca.

NO DIÁRIO DO PODER
Cientista que descobriu HIV diz que covid-19 foi fabricado acidentalmente em laboratório
Luc Montagnier foi prêmio Nobel de Medicina de 2008. Infectologista afirma que "estamos em campo das especulações"
Da Redação
Sexta-feira, 17/04/2020 às 19:36 | Atualizado às 20:11
O cientista francês e prêmio Nobel de Medicina, Luc Montagnier, afirmou que o novo coronavírus foi fabricado artificialmente em um laboratório chinês, provavelmente no segundo semestre de 2019. As informações são da revista Istoé. O francês fez essa declaração à rádio Frequénce Médicale.
Segundo Montagnier: 
―“O laboratório de alta segurança da cidade de Wuhan é especializada nesse tipo de vírus, o coronavírus, desde o começo dos anos 2000. Eles têm expertise com isso. Isso me fez olhar de perto a sequência de RNA do vírus. Fiz essa análise, assim como o matemático Jean-Claude Perez, especialista em biomatemática”.
Ao analisar os detalhes da sequência, um grupo de pesquisadores indianos publicou uma pesquisa com o gene completo desse coronavírus, que demonstrava que ele incluía sequências de um outro vírus.
“Isso foi uma surpresa para mim, pois era exatamente o HIV.” Ele nega que possa ser uma mutação de algum paciente com aids. Afirma que, necessariamente, foi fabricado em laboratório a partir de um outro vírus.
“A história que veio de um mercado de peixes é uma lenda”, disse Montagnier. Ele especulou que os chineses estavam desenvolvendo uma vacina contra a aids, e usaram um coronavírus para isso. O coronavírus causador da covid-19 teria então sido desenvolvido por acidente e se espalhou.
A embaixada americana em Pequim já teria alertado há algumas semanas para a necessidade de maior controle sobre o Wuhan Institute of Virology (WIV), o centro que seria responsável pelo vírus.
Há informações de que a equipe que estaria à frente da produção do novo coronavírus seria multinacional, incluindo verba americana. O novo coronavírus teria sido produzido a partir de um coquetel de vírus que inclui o HIV e o coronavírus presente em morcegos, uma especialidade do WIV.
Campo das especulações
Para a doutora Alina Bernardes Habert, médica infectologista no Instituto Emílio Ribas, essas teorias de conspiração são muito atraentes, “mas envolvem assuntos delicados de xenofobia e séria briga econômica”.
Quanto ao vírus ela afirmou que ele é mutante, sofre alterações naturalmente, pressionados ou não por alterações ambientais ou farmacológicas. 
“Manipulação genética pode existir, mas só estamos no campo das especulações”.
Habert informou que que ficou surpresa com a fala do professor Luc Montagnier e pensou que fosse fake news.
O médico infectologista David Uip, referência na discussão do coronavírus no Brasil, também se disse surpreso com a afirmação do professor Luc Montagnier. Uip disse que não conseguiria opinar porque “não há embasamento científico” para a declaração do francês, disse.

STF dispensa o aval de sindicatos em acordos para suspensão de contrato
Foi uma goleada de 7x3 votos contra a liminar ativista de Ricardo Lewandowski
Da Redação
17/04/2020 às 18:46 | Atualizado às 20:48
Por 7 votos a 3, o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu nesta sexta-feira (17) que não depende do aval de sindicatos a validade dos acordos individuais entre empresas e empregados para redução de jornada e salários.
Com isso, derrotou a liminar de puro ativismo político concedida pelo ministro Ricardo Lewandowski concedendo a sindicatos o “direito de veto”. Isso acabou provocando uma série de chantagens de sindicalistas contra empresários, exigindo dinheiro para chanceler acordos.
Os acordos estão previstos na Medida Provisória (MP) 936/2020, editada para preservar o vínculo empregatício e permitir acesso a benefícios durante os efeitos da pandemia do novo coronavírus na economia.
No julgamento, prevaleceu o voto divergente do ministro Alexandre de Moraes. Para o ministro, se o acordo depender do aval dos sindicatos, os contratos poderão ser cancelados e provocar demissões em massa.
“Qual a insegurança jurídica que o empregador teria para fazer os acordos podendo ter que complementar [os salários]. Mas, complementar como se as horas trabalhadas não foram as horas integrais?”, questionou o ministro.
Luís Roberto Barroso também votou pela manutenção do texto da MP por entender que é desejável que os acordos individuais sejam intermediados pelos sindicatos, mas diante do impacto da pandemia na economia, as entidades não terão agilidade para evitar as demissões.
“Não há uma estrutura sindical no Brasil capaz de atender as demandas de urgência e de redução de jornada e suspensão de contratos de trabalho. Se se der esse protagonismo aos sindicatos, as empresas vão optar pelo caminho mais fácil, que é o da demissão”, afirmou.
Os ministros Luiz Fux, Cármen Lucia, Marco Aurélio, Gilmar Mendes e Dias Toffoli também votaram no mesmo sentido.
Além de Lewandowski, os ministros Edson Fachin e Rosa Weber também ficaram vencidos por defenderem a participação dos sindicatos.
Segundo o Ministério da Economia, cerca de 2,5 milhões de acordos individuais entre empresas e empregados para redução de jornada e salários já foram registrados após a edição da MP.

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