SEGUNDA EDIÇÃO DE SEXTA-FEIRA, 17/4/2020

NA COLUNA DO CLÚDIO HUMBERTO
Sexta-feira, 17/04/2020
O presidente Jair Bolsonaro decidiu demitir Luiz Henrique Mandetta do Ministério da Saúde após ouvir o ex-ministro anunciar, em coletiva, que decidira continuar no cargo porque “um médico não abandona seu paciente”. A fantasia de Mandetta se desfez com a realidade: não era dele a decisão sobre sua permanência. Nesta quinta (16), o “paciente” desistiu dele. E o substituiu por um médico carioca, Nelson Teich.

17/04/2020
O novo ministro teria pavimentado melhor sua chegada ao Ministério da Saúde afirmando seu compromisso com o SUS, tema caro na casa.

17/04/2020
Em seu primeiro pronunciamento, Nelson Teich mostrou segurança e que tem opiniões próprias, apesar de se dizer “alinhado” a Bolsonaro.

17/04/2020
Se Nelson Teich devolver ao Ministério da Saúde a conduta técnica que lhe cabe, afastando-o dos palanques, haverá ganho de qualidade.

17/04/2020
Chamou atenção a promessa de Nelson Teich de introduzir tecnologia no Ministério da Saúde. Ele é do ramo, dono da empresa Teich Health Care.

17/04/2020
Em todas as coletivas do governo federal para divulgar dados do avanço do coronavírus no Brasil, o detalhamento sobre mortes foi ignorado no noticiário em razão do apego mórbido de usar o pior dado possível e apostar em recordes de óbitos. O Ministério da Saúde informa que, no dia 5 passado, houve 98 mortes, o maior número de sempre, mas o noticiário prefere difundir 204 óbitos. O objetivo é garantir audiência e cliques.

17/04/2020
Não morreram 204 pessoas em um único dia. Esse número corresponde ao total de testes cujos resultados ficaram prontos em determinado dia.

17/04/2020
Segundo o Ministério da Saúde, 18% dos óbitos confirmados precisam ter a fase de investigação concluída, incluindo a data da morte.

17/04/2020
Sem os testes rápidos, paciente que morreu em Manaus no dia 10, por exemplo, demora dias até a confirmação de que foi vítima de covid19.

17/04/2020
Bolsonaro se despediu do ex-ministro marqueteiro com estilo. Bolsonaro esperou começar a entrevista de Mandetta para apresentar o novo ministro, no Planalto. A coletiva do ex-ministro ficou às moscas.

17/04/2020
A coletiva diária de Rodrigo Maia, sempre na hora do almoço porque a essa hora não há concorrência, só começou às 16h45, quando Mandetta já era. Mas também foi ofuscada pelo anúncio do novo ministro.

17/04/2020
Mandetta saiu mal do cargo, convocando entrevista coletiva para um ministério no qual já não tinha o que fazer. Usou instalações públicas para evento particular. Deveria ter usado a sede do DEM, seu partido.

17/04/2020
Referência em oncologia no Brasil e no mundo, Paulo Hoff era um dos muitos cidadãos preocupados com a troca de ministro da Saúde a esta altura. Mas elogiou a escolha do colega Nelson Teich.

17/04/2020
Ao negar indicação para o Ministério da Saúde, Silvio Santos disse o que pensa de Mandetta: 
“Nunca acreditei que um empregado ficasse contra o dono. Ou ele aceita a opinião do chefe ou então arranja outro emprego”.

17/04/2020
A indicação do médico Nelson Teich para o Ministério da Saúde foi noticiada primeiro pela TV BandNews, no fim da tarde de quarta (15). Tão logo o oncologista foi convidado para dar um pulinho em Brasília.

17/04/2020
Para a alegria dos opositores de Bolsonaro, Mandetta ousou nos ataques ao próprio chefe. Chegou a citar o Mito da Caverna de Platão, onde quem enxerga apenas sombras acha que está vendo a realidade.

17/04/2020
A assessoria de Mandetta informou ontem, pelas 15h30, que ele chegava ao Planalto para “ouvir o seu pedido de demissão”, segundo a CNN. Faltou pouco para dizer que o ex-ministro foi lá demitir Bolsonaro.

17/04/2020
... com Mandetta procurando emprego, Tedros Adhanom (OMS) que se cuide.

NO DIÁRIO DO PODER
Bolsonaro acusa Maia de provocar o caos, criando despesas impagáveis de R$1 trilhão
"Não estou rompendo com o Parlamento, não", fez questão de enfatizar o presidente
Por Cláudio Humberto
16/04/2020 às 22:20 | Atualizado às 22:21
O presidente Jair Bolsonaro afirmou agora à noite que o Brasil “não merece a atuação de Rodrigo Maia, presidente da Câmara. “péssima atuação”, disse ele, em entrevista a CNN.
O chefe do governo disse ainda que Maia “está conduzindo o Brasil para o caos”, advertindo que ele está criando despesas que o País não tem condições de arcar. 
“Não temos como pagar uma dívida monstruosa que está aí, não há recurso”, avisou Bolsonaro.
O presidente está preocupado com o volume de despesas cridas por projetos liderados pelo presidente da Câmara, aparentemente, para inviabilizar o governo. Para ele, Maia “está botando uma conta no meu colo que vai chegar à casa de R$1 trilhão. E o Brasil não tem isso aí”.
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“O Brasil, quero deixar bem claro”, enfatizou, “não merece o que o senhor Rodrigo Maia está fazendo. O Brasil não merece a atuação dele dentro da Câmara. Não é o Parlamento brasileiro, é a atuação dele. Rodrigo Maia, péssima a sua atuação. Quando você fala em diálogo, a gente sabe qual é o teu diálogo, então esse tipo de diálogo não vai ter comigo”, acrescentou. 
“Não estou rompendo com o Parlamento, não. Muito pelo contrário, é a verdade que tem que ser dita”, disse.
“Não vou trair a minha consciência e deixar de falar a verdade”, disse Bolsonaro em tom de desabafo.
”Eu lamento a posição do Rodrigo Maia nessas questões. Lamento muito a posição dele, que resolveu assumir o papel do Executivo com ataques bastante contundentes à nossa posição”, disse.

MP que acabava com monopólio da Casa da Moeda sobre dinheiro perde a validade
À época, o Ministério da Economia alegou que o fim do monopólio contribuiria para reduzir os custos
Da Redação
16/04/2020 às 19:51
Perdeu a validade a Medida Provisória que acabava com a exclusividade da Casa da Moeda do Brasil na fabricação de papel-moeda, moedas metálicas, passaportes e impressão de selos postais e selos fiscais federais (que vão em produtos como cigarros e bebidas). O prazo de vigência da MP 902/2019 foi encerrado em 14 de abril, já incluídas as prorrogações.
Um ato declaratório com essa informação, assinado pelo presidente do Congresso Nacional, senador Davi Alcolumbre, foi publicado na edição desta quinta-feira (16) do Diário Oficial da União.
Segundo a Constituição, as medidas provisórias que não forem convertidas em lei no prazo estipulado perdem a eficácia desde a edição (no caso da MP 902, 6 de novembro de 2019), devendo o Congresso disciplinar por decreto legislativo, em até 60 dias, as relações jurídicas dela decorrentes. Sem o decreto, ficam convalidados os atos jurídicos que ocorreram na vigência da MP.
A Constituição também proíbe a edição, no mesmo ano legislativo, de medida provisória que tenha sido rejeitada ou tenha perdido sua eficácia por encerramento de prazo. Como a MP 902 é de 2019, ela pode ser reapresentada neste ano.
Livre concorrência
Conforme o texto da MP, os serviços prestados atualmente pela Casa da Moeda seriam licitados, e a estatal poderia participar da licitação em igualdade de condições com os demais concorrentes.
À época, o Ministério da Economia alegou que o fim do monopólio contribuiria para reduzir os custos de fabricação do dinheiro brasileiro e de passaportes e garantir a transição para um modelo de livre concorrência na fabricação do dinheiro brasileiro.( Com informações Agência Senado)

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