QUARTA EDIÇÃO DE QUARTA-FEIRA, 22/01/2020

NO BLOG DO AUGUSTO NUNES
A luminosa integridade de Regina Duarte
Por AUGUSTO NUNES
Do R7
Terça-feira, 21/01/2020 - 17h33
Conheci pessoalmente Regina Duarte às vésperas da estreia da minissérie Chiquinha Gonzaga. Diretor de redação da revista Época, marquei um encontro no Rio com a estrela da Globo para preparar a reportagem de capa. A conversa vespertina em seu apartamento durou duas horas. Quando terminou, bateu-me a sensação de que, pela primeira vez em muitos anos, havia entrevistado alguém que dissera a verdade o tempo todo. Naquele momento, à admiração que sempre tive pela grande atriz somou-se o encantamento pela bela mulher que alcançara a graça a tão poucos concedida: a integridade absoluta. Essa virtude raríssima ditou-me o parágrafo de abertura, abaixo reproduzido:
"Um agiota da Florença medieval talvez examinasse, espontaneamente, a hipótese de oferecer-lhe empréstimos sem garantia. Um espião a serviço da velha União Soviética poderia sentir-se tentado a transformá-la em confidente. E é provável que o carcereiro de San Quentin lhe entregasse o chaveiro do corredor da morte se ela ponderasse que todo ser humano merece uma segunda chance. 
Nenhum desconfiado congênito, nenhum pessimista profissional estará livre de exibir essas fendas na couraça depois de exposto a Regina Duarte. Só pode ser verdade o que diz alguém com esse rosto de primeira comunhão e essa voz que eterniza a primavera. É, sobretudo, impossível duvidar de quem sorrir assim. Adicionem-se a esses trunfos os dotes de grande atriz e não será difícil compreender por que o País, desde sempre, acredita no que Regina diz e no que dizem os personagens que interpreta."
Parágrafos adiante, a reportagem descreve a Regina que vi pela primeira vez:
"A mulher que abre a porta ao primeiro toque da campainha é uma artista, mas parece normal (tão normal que sabe atender pessoalmente à campainha). Está vestida como um ser humano normal que acabou de chegar do dentista: ninguém desmata a selva dos cabides na hora de submeter-se a suplícios. Saia verde-claro, blusa em tom verde ligeiramente mais brando e bolinhas brancas, sandálias com saltos que não denunciam o desejo de chegar à estratosfera. Nada que desperte atenções especiais, nada que realce o corpo bem desenhado. E se Regina, cabelos escorridos pelas faces, estiver vivendo o papel de dona-de-casa-sem-vaidades-que-logo-vai-virar-a-estrela-da-noite?
Mencionei essa hipótese em tom amável, mas imediatamente emergiu a mulher boa de briga camuflada pela suavidade da eterna Namorada do Brasil:
— É um grande equívoco acreditar nessa história de que os atores passam o tempo todo representando –, reagiu Regina com evidente desconforto. Ergueu-se da cadeira de praia, acendeu o primeiro dos dois cigarros que fumaria em duas horas de conversa e voltou as costas para a mesa da varanda onde eu estava. A voz tornou-se ligeiramente mais aguda. Mas o olhar não traía qualquer vestígio de raiva quando Regina voltou a sentar-se. 
— É no palco que boto para fora o meu lado camaleônico, disse. E é por usar o palco que artistas não precisam mentir.
Depois daquela tarde no Rio, reencontrei-a poucas vezes. Mas continuei a seguir de perto a atriz brilhante e a paulista do interior que rima coerência com valentia. Passados tantos anos, constato que o retrato produzido pela reportagem dispensa retoques. Cada vez mais lúcida e contemporânea do mundo ao redor, Regina não mudou. Nesta semana, ela começou a fase de ensaios que lhe dirão se vale a pena assumir no palco federal o papel de secretária especial da Cultura. Do desfecho da peça que estreou há um ano depende o futuro do Brasil. Tomara que a mulher que não mente aceite melhorar o rosto e a alma do elenco.

NA AGÊNCIA BRASIL EBC
PF faz operação contra fraudes na compra de medicamentos
Mandados são cumpridos em Nova Friburgo, Rio, São Gonçalo e Niterói
Publicado quarta-feira, 22/01/2020 - 08:18
Por Vitor Abdala - Repórter da Agência Brasil Rio de Janeiro
Policiais federais cumprem hoje (22) seis mandados de busca e apreensão em operação contra fraudes na compra de medicamentos pelo município de Nova Friburgo, na região serrana fluminense. Os mandados estão sendo cumpridos no próprio município, além das cidades do Rio de Janeiro, São Gonçalo e Niterói.
Segundo investigações do Ministério Público Federal, foram desviados mais de R$ 600 mil dos cofres públicos durante as operações de compra de medicamentos pelo município.
A Operação Carona de Duque visa a desarticular o grupo criminoso responsável pelas compras fraudulentas e conta com o apoio da Controladoria-Geral da União (CGU).
Edição: Graça Adjuto

MP denuncia 16 pessoas por homicídio doloso por tragédia de Brumadinho
Entre os denunciados estão funcionários da Vale e da TUV SUD
Publicado terça-feira, 21/01/2020 - 18:08
Por André Richter – Repórter da Agência Brasil Brasília
O Ministério Publico de Minas Gerais (MPMG) denunciou hoje (21) o ex-presidente da Vale, Fabio Schvartsman, e mais dez funcionários da mineradora pelo rompimento da barragem da mina do Córrego do Feijão, em Brumadinho, no ano passado. De acordo com o MP, os denunciados devem responder na Justiça pelo crime de homicídio doloso, quando há intenção de matar, porque teriam responsabilidade na morte de 270 pessoas, que foram soterradas pela avalanche de rejeitos da represa. 
Segundo o MP, cinco funcionários da empresa TÜV SÜD, que também foram denunciados, auxiliaram a Vale na emissão de declarações falsas de estabilidade da barragem do Córrego do Feijão.
Em coletiva de imprensa, realizada em Belo Horizonte, os promotores responsáveis pela investigação afirmaram que a Vale tinha conhecimento da falta de segurança da barragem e que a empresa tinha uma "lista sigilosa" na qual estava listado a "situação inaceitável" de segurança do local. Desde a tragédia, o Corpo de Bombeiros permanece realizando buscas para encontrar os corpos. A barragem se rompeu em janeiro de 2019, resultando em mortes e na destruição de casas e equipamentos públicos na cidade, que fica próxima à capital mineira, Belo Horizonte.
Em nota à imprensa, a TÜV SÜD informou que está cooperando com as autoridades e reiterou o "compromisso em ver os fatos sobre o rompimento da barragem esclarecidos". A Vale ainda não se manifestou sobre a denúncia.

NO JORNAL DA CIDADE ONLINE
Máscaras caindo: PGR recusa pedido do PSOL que visava incriminar Bolsonaro
Quarta-feira, 22/01/2020 às 06:43
Esta semana a Procuradoria Geral da República (PGR), rejeitou pedido de abertura de investigação criminal feita por parlamentares do Partido Socialismo e Liberdade (PSOL) contra a presidente Jair Bolsonaro, por suposta compra de votos para a aprovação da Reforma da Previdência.
Segundo o esdrúxulo pedido, Bolsonaro teria oferecido maiores emendas aos parlamentares que votassem favoráveis.
Os responsáveis pela falsa acusação são David Miranda (RJ), Edmilson Rodrigues (PA), Fernanda Melchionna (RS) e Glauber Braga (RJ).
Mais uma mentira revelada.
A falsidade está enraizada no núcleo desse "puxadinho" do PT e cada vez mais as máscaras estão caindo.
Da Redação

NO BLOG DO ALEXANDRE GARCIA
Glenn Greenwald inventou um crime que não existiu
Por Alexandre Garcia
[Terça-feira, 21/01/2020] [21:46]
O presidente Jair Bolsonaro criou na terça-feira (21) o Conselho da Amazônia e a Força Nacional Ambiental para policiar as agressões ao meio ambiente na região Amazônica. A coordenação foi dada para o vice-presidente da República, general Hamilton Mourão.
Bolsonaro mostrou o grau de importância de Mourão. O vice-presidente é filho de amazonense e tem sangue indígena. Além disso, ele comandou a 2º Brigada de Infantaria da Selva, em São Gabriel da Cachoeira.
Essa região em que estava a brigada comandada por Mourão fica na Cabeça do Cachorro, um lugar que está cheio de nióbio. Por esse motivo, vários pilotos me contam que levam muitos estrangeiros para o local, e não é para fazer turismo. O local é na fronteira do Brasil, Venezuela e Colômbia.
Mourão coordena esse Conselho da Amazônia porque é do ramo. O general vai coordenar trabalho de ministérios em defesa dos recursos naturais da região e principalmente do "amazônida", aquele que vive das riquezas da Amazônia.
A tragédia de Brumadinho
O Ministério Público de Minas Gerais denunciou 11 pessoas ligadas a Vale e 05 de uma consultoria alemã pela morte de 259 pessoas. O crime foi enquadrado em homicídio doloso.
Eu diria que são 270 porque têm 11 desaparecidos até hoje. Outro dia encontraram, já no barro seco, restos de uma pessoa. O presidente da Vale também foi denunciado. Agora no sábado (25) vai fazer um ano que a barragem de Brumadinho rompeu.
Glenn Greenwald inventou um crime que não existiu
O Ministério Público Federal denunciou o jornalista Glenn Greenwald e mais seis por invasão por crime contra centenas de autoridades. A Constituição determina que é preciso ter privacidade das comunicações telefônicas.
Segundo o MPF foi o jornalista que auxiliou, incentivou e orientou de maneira direta o grupo que hackeou as autoridades, isto é, ele usou aqueles jovens – que já foram encontrados – para fazer essas invasões.
O denunciado disse que essa denúncia é um atentado contra a imprensa livre. Isso é uma desculpa que todo o mundo dá quando é pego caluniando, difamando e injuriando outrens. A mesma coisa faz o político corrupto que, quando é denunciado, diz que a ação é um atentado à democracia porque ele tem voto e foi eleito.
Falando em corrupção...
O ex-governador de Brasília, Agnelo Queiroz, foi deputado várias vezes pelo PCdoB, já foi ministro do Esporte de Lula e pegou aquele tempo em que os partidos eram donos dos ministérios. Queiroz foi o primeiro ministro do esporte do ex-presidente. Para ser governador de Brasília, ele se filiou ao PT.
O ex-governador foi julgado, de maneira definitiva, e condenado por improbidade administrativa; teve os direitos políticos cassados e vai ter que indenizar em R$ 1 milhão o serviço público.
O motivo da condenação é que ele criou um centro administrativo de 182 mil m² que está vazio até hoje. O local custou R$ 1,8 milhão, que não foi pago ainda. O centro foi inaugurado no último dia do governo dele.
Queiroz deu um jeito nas licenças de "habite-se", e quem deu as licenças também foi condenado. Ele ainda responde a outro processo referente ao estádio Mané Garrincha. Felizmente, a Justiça está vindo e continua trabalhando.
(Copyright © 2020, Gazeta do Povo. Todos os direitos reservados).


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