QUARTA EDIÇÃO DE 10/6/2019 - SEGUNDA-FEIRA
NO O ANTAGONISTA
“Acuse-os do que você faz, chame-os do que você é”
10.06.19 10:44
Marcel van Hattem, líder do Novo na Câmara, também foi ao Twitter para comentar o vazamento de mensagens entre Sergio Moro e integrantes da força-tarefa da Lava Jato.
“‘Acuse-os do que você faz, chame-os do que você é’: site de esquerda e contra a Lava Jato segue os ensinamentos de Lênin. Ataca a Lava Jato publicando trechos de conversas descontextualizados e obtidos criminosamente. Dizem que a Lava Jato fazia isso porque eles sempre quiseram fazê-lo”, escreveu o deputado.
“Provas ilegais não podem anular processos”
10.06.19 14:04
“Os áudios das conversas dos procuradores e do ex-juiz Sergio Moro foram conseguidos através de uma ação completamente ilegal e não servem de prova em lugar nenhum do mundo”, diz Merval Pereira.
“Muitos juristas estão dizendo que não há ilegalidade nas conversas, e sim imoralidade (…). No Brasil, juízes conversam com as partes e ministros dão opinião; dois ministros do STF já até deram opinião sobre o assunto.
É preciso esclarecer quem e como invadiu os telefones celulares, e até que ponto essa ilegalidade da obtenção das conversas contamina um processo, mas é difícil anular com base em provas ilegais.”
Mourão: “Conversa privada é conversa privada, né?”
10.06.19 13:11
Hamilton Mourão falou sobre as conversas vazadas entre Sergio Moro e integrantes da força-tarefa da Lava Jato. O vice-presidente minimizou o episódio.
“Conversa privada é conversa privada. E, descontextualizada, ela traz qualquer número de ilações. O ministro Moro é uma pessoa da mais ilibada confiança do presidente. É uma pessoa que, dentro do País, tem um respeito enorme da maior parte da população.”
Mourão disse mais:
“Toda vez em que você pega uma conversa privada, eu pinço aqui, pinço acolá, fora de um contexto.”
Moro, sobre conversa com procuradores: “Isso é normal”
10.06.19 12:39
À imprensa, após evento em Manaus, Sergio Moro afirmou não ser crime um juiz conversar com procuradores.
“O juiz conversa com procuradores, o juiz conversa com advogados, o juiz conversa com policiais, isso é normal.”
Moro: “Fato grave é a invasão criminosa do celular dos procuradores”
10.06.19 12:32
Após evento em Manaus, Sergio Moro defendeu que não há “nada de mais” nas mensagens trocadas por ele com Deltan Dallagnol.
Para Moro, ilegal foi a invasão a arquivos pessoais.
“Fato grave é a invasão criminosa do celular dos procuradores.”
Moro: “Nem posso dizer que mensagens são autênticas”
10.06.19 13:05
Sergio Moro disse que nem ao menos pode garantir a autenticidade das mensagens que foram roubadas dos procuradores da Lava Jato:
“Nem posso dizer que são autênticas porque, veja, são coisas que aconteceram, se aconteceram, anos atrás. Eu não tenho mais essas mensagens, eu não guardo essas, não tenho registro disso. Agora, ali não tem orientação nenhuma.”
Bretas: “Criminosos não têm ética”
10.06.19 11:46
Marcelo Bretas foi ao Twitter defender Sergio Moro.
O juiz defende que “não se deve descartar a real possibilidade de serem forjados diálogos, criando #fakenews.”
Bretas completou:
“Criminosos não têm ética.”
FHC: “Mais parece tempestade em copo d’água”
10.06.19 11:15
Fernando Henrique Cardoso comentou o vazamento de mensagens entre Sergio Moro e integrantes da força-tarefa da Lava Jato.
Ele disse ao UOL:
“O vazamento de mensagens entre juiz e promotor da Lava-Jato mais parece tempestade em copo d’água. A menos que haja novos vazamentos mais comprometedores. Não alteram, na substância, como escreveu Celso Rocha Barros, os motivos para a condenação, apesar de revelarem comentários impróprios, dados os participantes.”
E mais:
“Se formos incriminar ou julgar os atores da Política nacional — e da Justiça — pelas impropriedades que dizem, o que será de nossa democracia? E olha que nem sempre se expressam em conversas privadas…”
Olímpio diz que governo não tem controle sobre votação do crédito suplementar
10.06.19 14:44
Major Olímpio afirma não ter esperança de que consiga, com facilidade, a aprovação do crédito suplementar de R$ 248,9 bilhões para o Executivo, informa o Estadão.
A oposição promete obstruir a votação, como mostramos na semana passada, e o governo precisa do dinheiro no próximo dia 15.
A votação do crédito suplementar está marcado para terça, na Comissão Mista de Orçamento.
“Como o governo não fez o toma lá dá cá, como não fez a distribuição de ministério por partidos, a cada votação nós vamos ter que constituir uma base e, no convencimento, votar.”
Caixa espera receber R$ 7,2 bilhões vendendo suas ações na Petrobras
10.06.19 10:36
A Caixa vai vender as suas ações na Petrobras, em operação que deve movimentar R$ 7,2 bilhões.
Serão 241,34 milhões de ações colocadas à venda, com expectativa de negociar 24% com pequenos investidores.
Este é o primeiro passo da Caixa para se desfazer de todas as ações que possui da estatal, que representa 3,2% da Petrobras.
Lava Jato denuncia ex-executivos do Banco Paulista
10.06.19 15:10
A força-tarefa Lava Jato acaba de denunciar por lavagem de dinheiro três ex-executivos do Banco Paulista: Tarcísio Rodrigues Joaquim, Gerson Luiz Mendes de Brito e Paulo Cesar Haenel Pereira Barreto.
Até a deflagração da 61ª fase da operação, Tarcísio era titular da Diretoria de Operações Internacionais da instituição financeira; Gerson estava à frente da Diretoria Geral de Controladoria, e Paulo Barreto, ex-executivo do Departamento de Câmbio, estava prestando serviços como autônomo ao Banco Paulista.
Também foram acusados da prática de lavagem de dinheiro os ex-empresários da construtora Odebrecht, Fernando Migliacchio da Silva e Luiz Eduardo da Rocha Soares; e os operadores financeiros Olívio Rodrigues Junior, Vinicíus Veiga Borin, Marco Pereira de Souza Bilinski e Luiz Augusto França.
Segundo o MPF, “a investigação revelou um mecanismo ilícito de compensação financeira com a participação desses executivos do Banco Paulista”.
“Periodicamente, os integrantes do Setor de Operações Estruturadas efetuavam transferências de valores em moeda estrangeira para contas no exterior em nome de offshores controladas por doleiros que, por sua vez, disponibilizavam o equivalente em reais no Brasil. Após a internalização dos recursos ilícitos pelos doleiros, Olívio Rodrigues Júnior encaminhava dinheiro em espécie ao Banco Paulista, que efetuava pagamentos, por meio de transferência eletrônica, em favor de empresas de ‘fachada’ controladas pelo próprio Olívio Rodrigues Júnior, e por Luiz Eduardo da Rocha Soares, Fernando Migliaccio da Silva, Vinícius Veiga Borin, Marco Pereira de Souza Bilinski e Luiz Augusto França.”
Ainda segundo o MPF, os pagamentos do Banco Paulista a essas empresas sem existência real, por serviços nunca prestados, foram fraudulentamente justificados por contratos fictícios e notas fiscais falsas.
“Apenas no período de 2007 a 2015, o Banco Paulista efetuou, sem a efetiva contraprestação de serviços, pagamentos de cerca de R$ 52 milhões em favor das empresas BBF Assessoria e Consultoria Financeira, JR Graco Assessoria e Consultoria Financeira, VVB Assessoria e Consultoria Financeira, Lafrano Assessoria e Consultoria Financeira, MIG Consultoria Econômica e Financeira, Crystal Research Serviços e Bilinski Assessoria e Consultoria Financeira.”
Paulo Barreto, Tarcísio Joaquim e Gerson Brito também foram acusados de gerir fraudulentamente instituição financeira, pois, mediante a celebração de contratos fictícios para a prestação de serviços de consultoria e assessoria, possibilitaram que 434 transferências bancárias, no valor total de R$ 52.265.190,23, fossem realizadas do Banco Paulista para sete empresas de fachada.
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