SEGUNDA EDIÇÃO DE 10-5-2017 DO 'DA MÍDIA SEM MORDAÇA'

NO O ANTAGONISTA
O que interessa saber no interrogatório de hoje?
Brasil Quarta-feira, 10.05.17 07:25
O interrogatório de Lula parte com algumas certezas:
1 - A OAS participou de um cartel para roubar a Petrobras, montado quando Lula era presidente da República e operado por pessoas ligadas a ele.
2 - A empreiteira pagou propinas ao PT para obter contratos junto à estatal.
3 - O receptador da propina era João Vaccari Neto.
4 - A pedido de João Vaccari Neto, a OAS destinou a Lula uma cobertura no Guarujá.
5 - Fez-se de tudo para ocultar o negócio.
6 - A empreiteira reformou a cobertura especialmente para Lula e sua mulher.
7 - Fez-se de tudo para ocultar essa reforma.
8 - O valor da cobertura e da reforma foi descontado da propina destinada pela OAS ao PT, segundo a própria OAS.
Isso tudo já foi provado (com depoimentos de delatores, planilhas de pagamentos, registros de encontros, mensagens de celular, contratos rasurados, notas fiscais em nome de laranjas, fotografias, projetos de arquitetos).
O que interessa saber no interrogatório de hoje?
A versão de Lula sobre seu relacionamento com os outros dois protagonistas dessa história: Léo Pinheiro, presidente da OAS, e João Vaccari Neto, seu tesoureiro particular, de acordo com o relato de Renato Duque, operador da propina petista dentro da Petrobras.
As caixas de sapato de Lula, uma em cima da outra
Brasil 10.05.17 07:18
Lula quer as provas?
O Globo listou algumas delas:
"A Lava Jato investiga a ocultação, por parte de Lula, na compra e reforma do tríplex no Guarujá.
Como provas, o Ministério Público Federal apresentou fotografias de Lula visitando o imóvel, trocas de mensagens de Léo Pinheiro sobre a reforma, a pedido da mulher de Lula, Marisa (morta em fevereiro deste ano), e uma rasura no termo assinado entre a ex-primeira-dama e a cooperativa Bancoop, em 2006: abaixo da numeração do apartamento 141 adquirido por ela, uma unidade normal, está a numeração 174, do apartamento tríplex.
Segundo os procuradores, essa alteração significaria que, desde o início, a família Lula tinha interesse na compra da cobertura de três andares.
Em meio à negociação de delação premiada, Pinheiro e outros executivos da OAS confirmaram as acusações feitas pelo Ministério Público".
É tudo muito simples.
O juiz Lula
Brasil 10.05.17 07:15
Lula quer interrogar o juiz Sergio Moro.
Segundo o Valor, ele “pretende fazer um discurso firme e contundente a Moro e deverá desafiar que apresentem provas contra ele”.
Alguém tem de explicar a Lula que ele é réu e que o interrogatório será conduzido pelo rapaz sentado do outro lado na mesa.
#MoroOrgulhoBrasileiro
Brasil 10.05.17 06:50
Os apoiadores da Lava Jato desistiram de ir a Curitiba, mas compareceram com uma hashtag: #MoroOrgulhoBrasileiro.
As caravanas do triplex
Brasil 10.05.17 06:43
A ORCRIM estimou que 50 mil de seus comparsas podem ir a Curitiba.
Mas o número é incerto.
Diz O Globo:
“Uma caravana com 20 ônibus vindos de São Paulo chegou a Curitiba ontem de manhã com simpatizantes do ex-presidente Lula.
Eram esperadas 1.350 pessoas até o fim da noite de ontem e mais 60 ônibus até hoje”.
Quem vai arcar com os custos?
Brasil 10.05.17 06:31
Lula chega hoje a Curitiba num jatinho particular.
“Não foi revelado quem é o dono, tampouco quem vai arcar com os custos”, disse O Globo.
​Jaques Wagner admite propina em seu próprio governo: “Alguém tentou dar uma acertada”
Brasil Terça-feira, 09.05.17 21:18
Jaques Wagner (PT-BA) recebeu da Odebrecht 12 milhões de dólares em “vantagens indevidas”, segundo delatores da empreiteira.
Ao rebater as acusações, o ex-governador da Bahia alegou que "alguém" do seu próprio governo, não ele, negociou propina.
“Pergunta à Odebrecht e a Cláudio Melo [ex-diretor de relações institucionais da empreiteira] por que ele não pegou a obra da Via Expressa. Ele não pegou porque alguém do meu governo, que não me interessa falar, parece que já tinha vendido a ele a obra na contrapartida de alguma grana. E eu digo [disse]: ‘se você pagou adiantado, pagou mal pago, porque aqui vai ter licitação’”, contou Wagner durante o programa Se Liga Bocão, na Itapoan FM, na segunda-feira (8).
Segundo ele, a empresa vencedora da licitação derrubou em 18% o valor da obra.
O Antagonista obteve o áudio da entrevista.
Wagner, que também foi ministro do governo de Dilma Rousseff, não quis revelar o nome do criminoso, nem se lhe aplicou qualquer sanção.
“Alguém tentou dar uma acertada”, disse.
“Um corrupto”, comentou um jornalista.
“Eu imagino que sim. Ia receber uma bola”, completou Wagner.
O petista se limitou a negar que o sujeito faça parte do governo atual, de seu sucessor Rui Costa (PT), do qual virou secretário de Desenvolvimento Econômico, garantindo o foro privilegiado.
“A pessoa não aprontou mais porque eu não deixava. Eu descobri porque Cláudio Melo veio falar comigo e disse que interpretou que a obra era deles”.
Ouça abaixo o trecho principal acessando o link https://youtu.be/jbfffuFrFGU no You Tube.
JUIZ QUER SABER SOBRE COMPRA DE FAZENDA DE BUMLAI PELO BTG
Brasil 09.05.17 19:30
Além de mandar fechar as portas do Instituto Lula, o juiz Ricardo Leite determinou à Petrobras que encaminhe à Justiça Federal em Brasília "toda a documentação disponível relativa ao pagamento de honorários advocatícios ao denunciado Edson Ribeiro".
Bancado pela Petrobras, Ribeiro participou da articulação idealizada por Lula para impedir a delação premiada de Cerveró. Ele era o advogado de Cerveró na ocasião e participou de reuniões com Delcídio do Amaral para obstruir a Lava Jato.
O juiz Ricardo Leite também determinou à Receita Federal que encaminhe todas as informações sobre a aquisição, pelo BTG Pactual Serviços Financeiros S/A, "de propriedade rural pertencente aos filhos de José Carlos Bumlai". O banco desembolsou quase R$ 200 milhões pela propriedade, um negócio até hoje mal explicado.
Leite pediu ainda oitivas de operadores usados na operação de compra do silêncio de Cerveró e diligências na Global Aviation, empresa de táxi aéreo cuja sala VIP no Santos Dumont foi usada por Delcídio para tratativas com o filho do ex-diretor da Petrobras.
PARA JUIZ, "POSTO IPIRANGA" DE LULA ERA USADO PARA CRIMES
Brasil 09.05.17 19:10
Em seu despacho, o juiz Ricardo Leite ressalta que Lula apelidou seu Instituto de "Posto Ipiranga", diante de inúmeros assuntos ali tratados, sem qualquer agendamento das conversas ou transparência em suas atividades.
"Há veementes indícios de delitos criminais que podem ter sido iniciados ou instigados naquele local. Há também investimentos em outros países que estão sendo investigados (Porto de Cuba, palestras, viagens etc). Chamou inclusive investigados, ligados ao 'Esquema da Petrobras' (Delcídio) para conversar naquele local."
Para Leite, há "indícios abundantes de que se tratava de local com grande influência no cenário político do País, e que possíveis tratativas ali entabuladas fizeram eclodir várias linhas investigativas".
O Instituto Lula é o túmulo político do petista.



NO BLOG DO NOBLAT
Vitória da democracia
Quarta-feira,10/05/2017 - 04h01
Por Ricardo Noblat
A cena, prevista para logo mais, às 14h, em Curitiba é inédita na história da democracia brasileira. De um lado sentará o juiz Sérgio Moro, o comandante da maior operação jamais vista por aqui de combate à corrupção.
Do lado oposto, o ex-presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, o primeiro de origem operária, que deixou o cargo com a popularidade mais alta de que se tem notícia e que agora é réu em cinco processos por corrupção, lavagem de dinheiro e obstrução de Justiça.
Em 1954, Getúlio Vargas, ex-ditador, reconduzido ao poder pelo voto popular, matou-se com um tiro no peito para não sofrer a humilhação de ser derrubado outra vez pelos militares. Corria o perigo de ser preso e processado por corrupção.
Dez anos depois, o presidente João Goulart abandonou o País para evitar uma guerra civil. Os militares haviam se rebelado contra ele e estavam prontos para detê-lo. A ditadura militar logo instalada durou 21 anos. Goulart morreu no exílio sem jamais ter posto os pés no País.
O ex-presidente Juscelino Kubitschek foi obrigado a exilar-se depois de ter respondido a vários inquéritos militares sob a acusação de ser corrupto. Os inquéritos acabaram arquivados. Sua culpa nunca foi provada. Mas seus direitos políticos foram cassados. Morreu antes de recuperá-los.
Lula será interrogado por Moro no processo que lhe move o Ministério Público no caso do tríplex do Guarujá, em São Paulo, que ele nega que era seu, mas que os indícios e provas coletadas até aqui sugerem o contrário. Como lhe assegura a lei, poderá ficar calado ou até mentir.
Se Moro o condenar mais tarde, Lula poderá apelar para a 2ª. Instância da Justiça e continuar em liberdade. Se novamente for condenado, a lei lhe faculta que entre com outros recursos. Só depois, se os recursos não forem aceitos, será preso e ficará impedido de disputar eleições.
Se isso não ocorrer até final de setembro próximo, estará livre para concorrer pela sexta vez à presidência da República. É o que deseja. Por isso empenhou-se em transformar seu encontro de hoje com Moro em mais um ato de sua campanha desatada há mais de dois meses.
Pôde proceder assim porque a democracia lhe assegura tal direito, bem como o direito dos que o apoiam à livre manifestação. Mesmo que a Polícia intervenha na hipótese de conflitos de rua, nada de extraordinário ocorrerá em Curitiba, apenas a reafirmação do Estado de Direito. Vida que segue.


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