PRIMEIRA EDIÇÃO DE 09-5-2017 DO 'DA MÍDIA SEM MORDAÇA'

NA COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO
TERÇA-FEIRA, 09 DE MAIO DE 2017
A comitiva de parlamentares do PT a Curitiba, nesta quarta-feira (10), será bancada com dinheiro público, por meio de passagens aéreas ida e volta e ressarcimento de todas as despesas com hospedagem, alimentação e aluguel de carros, por exemplo. O líder na Câmara, Carlos Zarattini (PT-SP), citado nas delações da Odebrecht, confirmou que “mais da metade da bancada” vai a Curitiba, depois desconversou.
Metade da bancada de 58 deputados do PT é um número até modesto. Exceto para os cofres públicos, que vão gemer de sentir dor.
Dos 11 senadores petistas, somente Jorge Viana (AC) e Paulo Paim (RS) não confirmam presença na tentativa de constranger a Justiça.
Humberto Costa, Gleisi, Lindbergh, Jorge Viana, Regina Sousa e José Pimentel usaram dinheiro público para ir ao velório de Marisa Letícia.
Senadora e ré Gleisi Hoffmann (PT-PR) jura que vai usar “milhas” na passagem. Milhas acumuladas, é claro, com passagens pagas por nós.
Pode ser muito mais ampla do que aparenta a Operação Cálice de Hígia, que investiga a Máfia dos Remédios, esquema que obrigava governos federal e estaduais a comprar remédios caríssimos sem registro na Anvisa e fora da Lista dos Medicamentos de Alto Custo do SUS. O esquema pode envolver agentes públicos ligados ao Judiciário e ao Ministério Público. Há remédios que custam mais de R$ 30 mil.
Advogados pagos por fabricantes de remédios de alto custo pagavam o “serviço gratuito” de advogados de doentes, presas fáceis do esquema.
Diante do alto valor do remédio, doentes aceitavam patrocinar ações, com pareceres favoráveis – sempre – dos mesmos agentes públicos.
A Operação Cálice de Hígia identificou que apenas o remédio Soliris custou R$ 1,2 bilhão aos cofres públicos desde 2010.
A União de Advogados Criminalistas, incluindo defensores de acusados na Lava Jato, reuniu-se no Recife para reclamar que, publicando notícias sobre as malfeitorias de sua clientela, a imprensa “interfere” nos julgamentos da Lava Jato. Não ficou claro se defendem a censura.
O governo Michel Temer deve obter 313 votos a favor da PEC da Reforma da Previdência. Não foi contabilizado qualquer voto favorável de PT, PDT e Solidariedade. O levantamento é da Arko Advice.
Há muitas mulheres entre os assassinados pelo regime picareta da Venezuela, mas as entidades de “mulheres de luta” no Brasil se calam. Devem achar a repressão chavista “legítima” por ser “bolivariana”.
Com reputação de “petista”, reforçada pelo voto favorável ao habeas corpus de José Dirceu, o ministro Ricardo Lewandowski, jamais foi apresentado ao ex-ministro de Lula condenado por ladroagem.
Gigante da literatura e crítico mordaz da política, Gore Vidal apontou no final dos anos 1980 o cantor Sting e o cacique-mala Raoni “os chatos da década”. Agora a dupla se reencontrou em São Paulo. Valha-nos.
Na cassação do governador do Amazonas, José Melo, o ministro Hermann Benjamin, do TSE, mostrou-se impressionado com o valor de um contrato de consultoria, de R$ 1 milhão. É de se imaginar o que ele pensa dos R$100 milhões sujos que abasteceram a reeleição de Dilma.
Durante show em Brasília, o cantor Sérgio Reis (PR-SP), que também é deputado federal, contou que um assessor dele também é violeiro. Segundo Sérgio, são comuns audiências acabarem em cantoria.
Está marcada para sexta (12), às 9h30, a reunião do presidente Michel Temer, no Planalto, com ministros e aliados para celebrar o primeiro ano de governo e reforçar a necessidade de aprovar as reformas.
...assim como alega suspeição de Gilmar Mendes, o procurador-geral Rodrigo Janot não estaria impedido de atuar contra o ministro por ser seu desafeto?

NO DIÁRIO DO PODER
OPERAÇÃO CALICUTE
JANOT NÃO ALEGOU SUSPEIÇÃO QUANDO GILMAR NEGOU PEDIDO DE EIKE, 18 DIAS ANTES
PGR NÃO RECLAMOU QUANDO GILMAR DECIDIU CONTRA EIKE, HÁ UM MÊS
Publicado: Segunda-feira, 08 de maio de 2017 às 23:07 - Atualizado às 00:02
Redação
O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, não alegou suspeição contra o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal quando, em 10 de abril último ele se negou a estender ao empresário Eike Batista a liminar que havia concedido cinco dias antes em favor de Flávio Godinho, executivo do grupo EBX, holding do empresário, e dirigente do Flamengo. Mas, 18 dias depois, em 28 de abril, quando Gilmar decidiu por libertar o empresário, contrariando a posição do Ministério Público Federal (MPF), Janot passou a ver motivo para alegar sua suspeição.
Naquela decisão de 10 de abril, contra a extensão ao empresário da medida que beneficiou Godinho, Gilmar escreveu em seu despacho que "Eike Fuhrken Batista é apontado como o mandatário dos supostos atos de corrupção, lavagem de dinheiro e obstrução executados por Flávio Godinho. Isso indica não apenas maior culpabilidade, mas também perigo maior de reiteração em crimes e atos contrários ao desenvolvimento da instrução". Como o entendimento coincidia com o da PGR, não houve contestação da decisão do ministro.
Especialistas criticaram a iniciativa de Janot, nesta segunda-feira (8), quando, ao alegar a suspeição de Gilmar, o procurador-geral citou dispositivo do Código de Processo Civil. O estranhamento é que o processo contra Eike julgado na Segunda Turma do STF é matéria penal.

LAVA JATO
TESTEMUNHA AFIRMA QUE EMPRESAS EM 'CARTEL' DOBROU NO GOVERNO LULA
AO FINAL DO GOVERNO LULA, 16 EMPREITEIRAS ROUBAVAM A PETROBRAS
Publicado: segunda-feira, 08 de maio de 2017 às 19:42 - Atualizado às 23:55
Redação
O executivo da Toyo Setal, Marcos Pereira Berti confessou, em depoimento como testemunha de acusação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva no processo que envolve a compra de um terreno pela empreiteira Odebrecht, ter participado de reuniões para discutir as preferências das empresas em licitações da Petrobras. Delator, Berti relatou ao juiz Sérgio Moro que o número de empresas integrantes passou de 9 para 16 no clube de empreiteiras que manipulavam as concorrências.
A força-tarefa do Ministério Público Federal na Lava Jato sustenta que o cartel se instalou na Petrobras entre 2004 e 2014. O rombo oficial é estimado em R$ 6 bilhões.
"Eu comecei em 2005 a participar dessas reuniões. Elas foram até 2010 e 2011. Em 2011, praticamente acabou. Depois de ter tido muitas reuniões em 2011, mas a efetividade tinha acabado. Existia uma lista de projetos da Petrobras e a gente discutia qual empresa era a eleita para ganhar a concorrência. Fazia a divisão de obras. Havia 9 empresas, depois 15, depois 16", relatou Marco Pereira Berti, delator da Operação Lava Jato.
Berti depôs no processo que envolve a compra do terreno que seria destinado ao Instituto Lula - que não chegou a ser concretizada - pela Odebrecht. A fim de corroborar o que disse em delação, ele entregou anotações e planilhas que detalham o funcionamento do esquema. Tais documentos indicam que as empresas escolhiam as preferências entre as obras oferecidas pela estatal. Segundo o delator, a Setal participou da construção da Refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco, e da Refinaria de Paulínia, no interior de São Paulo.
Nesta denúncia, a propina - equivalente a porcentuais de 2% a 3% dos oito contratos celebrados entre a Petrobras e a Construtora Norberto Odebrecht S/A -, totaliza R$ 75.434.399,44.
Este valor teria sido repassado a partidos e a políticos que davam sustentação ao governo de Luiz Inácio Lula da Silva, especialmente o PT, o PP e o PMDB, bem como aos agentes públicos da Petrobras envolvidos no esquema e aos responsáveis pela distribuição das vantagens ilícitas, em operações de lavagem de dinheiro que tinham como objetivo dissimular a origem criminosa do dinheiro.
A compra do terreno seria uma forma de lavagem de dinheiro dos valores supostamente oferecidos ao ex-presidente, segundo sustenta o Ministério Público Federal.
A defesa de Lula diz que as imputações são vagas e genéricas e a acusação "francamente especulativa". Os advogados dizem ainda que o MP passou a intensificar negociações para a delação de réus, "aparentemente com o compromisso da inclusão do nome de Lula em seus depoimentos". (AE)

NA COLUNA DO AUGUSTO NUNES
Eliane Cantanhêde: O Comandante
Cara a cara com Moro, Lula tem de explicar a avalanche de revelações que se completam
Por Augusto Nunes
Segunda-feira, 08 maio 2017, 22h55
Publicado no Estadão
O personagem central desta semana (aliás, de toda a crise) é o ex-presidente Lula, que vai ficar cara a cara com o juiz Sérgio Moro na quarta-feira, 10 em Curitiba, enquanto ecoam as revelações demolidoras de Emílio e Marcelo Odebrecht, de Léo Pinheiro e de Renato Duque, o homem do PT na Petrobras. As histórias que eles contaram em juízo têm sujeito, verbo, predicado, lógica e conexão com o famoso PowerPoint do procurador Deltan Dallagnol. Lula tem como negá-las com a mesma força?
Depois de tudo que os Odebrechts relataram sobre a conta pessoal que Antonio Palocci gerenciava para Lula na empreiteira (que não era banco…), de todos os detalhes de Léo Pinheiro sobre a participação direta do ex-presidente nos esquemas e das declarações de Duque de que ele era o chefe, o grande chefe, o “nine” que sabia de tudo e comandava tudo, a situação de Lula é delicadíssima.
Seus seguidores se recusam não apenas a acreditar, mas até a ouvir. Logo, seus 30% nas pesquisas, decisivos num primeiro turno, podem não cair um único ponto. Mas o resto da sociedade não é cega, surda e muda às revelações. Logo, seus 45% de rejeição, fatais num segundo turno, podem aumentar. E a questão principal é jurídica, porque a força-tarefa tem dúvida zero sobre o papel de Lula no maior esquema de corrupção do Planeta.
A nossa Petrobras foi fatiada: Nestor Cerveró roubava para o PMDB, Paulo Roberto Costa, para o PP, e Duque, para o PT. Incluindo o detalhe de Paulo Bernardo se referir a Lula com o gesto de cofiar a barba, Duque conta que a propina original de um negócio bilionário seria de 1%, dividido meio a meio entre o PT e “a casa” (diretores e gerentes corruptos), mas o tesoureiro do partido, João Vaccari Neto, foi bater o martelo com Palocci e ele não topou. Ficou assim: 2/3 para o PT, 1/3 para “a casa”. E, quando a Lava Jato estourou, Lula deu uma ordem a Duque: se tivesse provas, era para não ter.
Lula se compara a “uma jararaca”, mas é um encantador de serpentes, com inteligência privilegiada, sacadas rápidas, respostas cortantes, um carisma que dez entre dez políticos invejam. Esse instrumental será de enorme valia na quarta-feira, quando, do outro lado, estará Sérgio Moro, um juiz bem mais jovem, sem traquejo de palanques e embates políticos. Algo, porém, pode reequilibrar o jogo: “contra fatos não há argumentos”.
Moro se baseará só em delações ou terá mensagens, agendas, contas? E se limitará ao triplex de Guarujá, ou fará cruzamentos dos depoimentos que colocam Lula como presidente simultaneamente do País e dos esquemas? Por mais que Lula siga os advogados e a própria intuição para não responder a nada que fuja ao triplex, não estará ali só como réu, mas como o político mais popular da História recente e líder das pesquisas para 2018. Logo, não irá ouvir calado perguntas que dizem tudo. Nem fugirá do seu habitat natural: o palanque.
José Dirceu está solto enquanto a condenação em segunda instância não vem e Palocci deve ser mantido preso pelo plenário, nesta semana. Um era um executor do PT e do governo, já foi carimbado como o “chefe da quadrilha” no Mensalão e condenado a três décadas no Petrolão. O outro caiu da Fazenda com Lula, caiu da Casa Civil com Dilma e surge na Lava jato como um gerentão não de um partido, mas das contas de um presidente da República.
Sem querer reduzir a importância de Dirceu e Palocci, os dois tinham muito poder, mas não atuavam sozinhos nem da própria cabeça. A força-tarefa suspeita, e os principais atores desse drama confirmam, que eles tinham um comandante, um cérebro, e vai ficando cada vez mais cristalino quem era. Vamos ver o que Lula tem a dizer, além da tradicional vitimização política.

NA VEJA.COM
Em conversa com vacas, Maduro pede apoio à Constituinte
Durante uma visita a uma feira agropecuária em Caracas, o venezuelano iniciou um constrangedor diálogo com os animais em exposição
Por Da redação
Segunda-feira, 08 maio 2017, 17h59
O presidente da Venezuela Nicolás Maduro protagonizou mais uma cena cômica e um tanto constrangedora durante sua visita a uma feira agropecuária em Caracas, capital do país. Enquanto era acompanhado por uma comitiva, Maduro se dirigiu a um curral onde estavam algumas vacas da exposição e começou um diálogo com os animais, pedindo apoio à Assembleia Constituinte convocada pelo governo na semana passada.
“Convoco desde já a Constituinte. Quero que vocês, líderes e produtores do campo sejam os próximos deputados e os deputados da Constituição”, disse. “Vocês vão me acompanhar? Ou vocês querem protestos, violência e morte? ”, perguntou enquanto apontava o dedo para os animais.
A cena aconteceu durante a Expo Venezuela Produção Soberana, uma feira dedicada a exibir os progressos do país no setor agropecuário e mostrar que a Venezuela está trabalhando para deixar de depender das importações de alimentos.
A conversa com os animais movimentou as redes sociais nos últimos dias. Muitos internautas consideraram ofensiva e de mau gosto a postura de Maduro, que criticou os protestos realizados pela oposição. Outros usuários interpretaram o episódio de forma mais bem-humorada e fizeram piada com o presidente.
Esta não é a primeira vez que Maduro interage com animais. Em 2013, ela afirmou ter visto o falecido ex-presidente Hugo Chávez encarnado em um pássaro. Desde então, em vários discursos imitou o som de pássaros para fazer referência à presença de Chávez na política venezuelana.

NO BLOG DO REINALDO AZEVEDO
Defesa de Lula quer adiar depoimento para ler 5 mil documentos
Decisão caberá a juiz convocado Nivaldo Brunoni, do Tribunal Regional Federal. Documentos foram juntados pela Petrobras, que entra como assistente da defesa
Por Reinaldo Azevedo
Segunda-feira, 08 maio 2017, 17h05 - Atualizado em 8 maio 2017, 17h33
A defesa de Lula recorreu ao Tribunal Regional Federal da 4a Região com um habeas corpus, com pedido de liminar, para adiar o depoimento do ex-presidente Lula. A audiência com o juiz Sergio Moro, da 13ª Vara Federal de Curitiba, está marcada para esta quarta. Qual é o busílis?
A Petrobras juntou 5.000 documentos — cerca de 100 mil folhas — ao processo nos últimos dias. A defesa de Lula pede os documentos da estatal desde o dia 10 de outubro do ano passado. Uma parte foi entregue no dia 28 de abril; outra, só no dia 2 de maio, terça-feira passada. E há um terceiro lote que a estatal diz que não entregará porque seriam documentos sigilosos. O habeas corpus pede também a liberação de tal lote.
Os documentos dizem respeito, basicamente, a processos licitatórios que resultaram em contratos entre a OAS e a Petrobras e que estariam na raiz do benefício que o MPF diz que Lula obteve: o apartamento.
Há, sim, uma questão relevante. Pouca gente sabe que a Petrobras entra no processo como assistente da acusação. Como é sabido, uma das partes não pode ter acesso a documentos que a outra desconhece.
A decisão do adiamento ou não caberá ao juiz convocado Nivaldo Brunoni. Para esclarecer: o juiz convocado é um magistrado de primeiro grau — não é um desembargador —, mas que é convidado para integrar o colegiado em processos específicos.
A defesa informa que há 5,42 gigabytes de conteúdo novo. O escritório que defende Lula contratou uma gráfica para imprimir o material. No alto, vê-se apenas parte do papelório. Acredito que, com efeito, não haverá tempo para examinar tudo até depois de amanhã… Os advogados de Lula pedem um adiamento de 90 dias.
O pedido faz sentido?
Bem, como sabe qualquer pessoa que conheça a área, faz. A defesa tem de ter conhecimento de todos os documentos que integram os autos. Se o juiz conceder a liminar, não será nenhum absurdo. Mas se admita: sabe que enfrentará um alarido danado.
Eu realmente não entendo o que custa aos órgãos de estado seguir as regras. Se os documentos existiam, se eram relevantes para a acusação — e tanto eram que a Petrobras os juntou —, por que não fazer o certo e compartilhá-los com a defesa?
Assim são as coisas. “Ah, não gostei! Quero que você xingue o Lula e diga que isso tudo é chicana…”
Pois é. Pessoalmente, acho que Lula é culpado disso e muito mais. Mas não se trata de chicana.
Com a palavra, o juiz Brunoni.

NO BLOG DO JOSIAS
Ao tentar adiar autodefesa, Lula parece indefeso
Josias de Souza
Terça-feira, 09/05/2017 00:14
Lula e seus advogados revelam-se mais empenhados em duelar com Sergio Moro do que em colocar de pé uma boa defesa. Agem como se dessem de barato que juiz da Lava Jato condenará o pajé do PT. Esmeram-se na criação de incidentes processuais capazes de retardar o veredicto. Fazem isso para tentar evitar que Lula vire um ficha-suja antes de se tornar um candidato à Presidência.
Ao discusar num evento partidário na noite de sexta-feira (05), Lula repetiu: “Se aparecer alguém neste país que diga que um dia o Lula pediu dez reais pra ele […] eu terei a honradez de chegar pra vocês e falar: eu não sou candidato porque eu não fui honesto com vocês.” Esse lero-lero está com prazo de validade vencido. O que não falta é delator confirmando que Lula recebeu verbas e vantagens ilegais.
Lula ficará inelegível se uma eventual condenação de Sergio Moro for confirmada pelo Tribunal Regional Federal (TRF-4). O réu tinha duas alternativas. Poderia adiantar o calendário, para provar que é inocente. Mas prefere atrasar o relógio. Empurra um processo com a barriga arrolando 87 testemunhas de defesa. Noutra ação, pede o adiamento de interrogatório menos de 72 horas antes da data marcada. Isso porque Lula dizia estar ansioso para encontrar Sergio Moro! A adoção da barriga como principal arma de defesa é coisa de gente que se considera indefesa.

Janot pede impedimento de Gilmar no caso Eike
Josias de Souza
Segunda-feira, 08/05/2017 19:59
Rodrigo Janot, procurador-geral da República, protocolou no Supremo Tribunal Federal um pedido para que o ministro Gilmar Mendes seja proibido de atuar em processo envolvendo Eike Batista. O chefe do Ministério Público Federal pede também a anulação de decisões já tomadas por Gilmar, como a concessão do habeas corpus que livrou da cadeia o empresário, hoje em prisão domiciliar.
Chama-se arguição de impedimento a ferramenta manuseada pelo procurador-geral. A petição foi à mesa da presidente do Supremo, ministra Cármen Lúcia. Cabe a ela marcar a data do julgamento do pedido no plenário da Corte. Janot sustenta que Gilmar é suspeito para tratar de Eike porque a mulher dele, Guiomar Mendes, integra os quadros do escritório de advocacia de Sérgio Bermudes, que defende o empresário.
Segundo Janot, Gilmar cometeu uma ilegalidade ao atuar como relator do pedido de liberdade de Eike Batista. O procurador-geral anotou: “Incide no caso a hipótese de impedimento prevista no art. 144, inciso VIII, do Código de Processo Civil, cumulado com o art. 3º, do Código de Processo Penal, a qual estabelece que o juiz não poderá exercer jurisdição no processo 'em que figure como parte cliente do escritório de advocacia de seu cônjuge, companheiro ou parente, consanguíneo ou afim, em linha reta ou colateral, até o terceiro grau, inclusive, mesmo que patrocinado por advogado de outro escritório'.”
Janot realça em sua petição que, na prática, Eike deve honorários a Guiomar, já que a mulher do ministro do Supremo participa dos lucros obtidos pela banca advocatícia de Sergio Bermudes. “Em situações como essa há inequivocamente razões concretas, fundadas e legítimas para duvidar da imparcialidade do juiz, resultando da atuação indevida do julgador no caso”, anotou Janot.

NO O ANTAGONISTA
Jobim merece um aumento
Brasil Terça-feira, 09.05.17 07:04
Michel Temer convidou Nelson Jobim para substituir Osmar Serraglio, disse o Estadão.
Ele, felizmente, “declinou”.
Para evitar o risco de que Nelson Jobim mude de ideia, O Antagonista implora para que o BTG aumente seu salário.
Moro: "O Brasil precisa de apoio da cidadania civilizada”
Brasil 09.05.17 06:52
“O Brasil está numa encruzilhada”.
Foi o que disse Sergio Moro, ontem à noite, durante um evento em Curitiba.
E prosseguiu:
“Tem dois caminhos a seguir. Voltar atrás, como se nada tivesse acontecido, ou seguir em frente. Daí precisa realmente de apoio da cidadania civilizada”.
O Brasil implode se voltar atrás.
De fato, só há um caminho: seguir em frente.
Chame o ladrão
Brasil 09.05.17 06:41
Para Gilmar Mendes, José Dirceu e Eike Batista eram “reféns” da Lava Jato.
Por isso ele os libertou.
O PT prefere tratar José Dirceu, João Vaccari Neto e Antonio Palocci como “presos políticos”.
Tanto faz.
O que importa para tucanos e petistas é que os membros da Lava Jato sejam acusados de cometer crimes e que os membros da ORCRIM sejam soltos.
Os seqüestradores da Lava Jato
Brasil 09.05.17 06:17
Quem faz reféns é um sequestrador.
Ao acusar a Lava Jato de manter presos em cativeiro, Gilmar Mendes esposou a tese dos defensores da ORCRIM.
Para ele, o verdadeiro criminoso é Sergio Moro, o verdadeiro criminoso é Deltan Dallagnol.
Gilmar responde
Brasil Segunda-feira, 08.05.17 23:17
Em relação à arguição de impedimento apresentada por Rodrigo Janot, a assessoria de Gilmar Mendes enviou a seguinte nota a O Antagonista:
"O HC 143.247 não tem como advogado o escritório Sérgio Bermudes. Não há impedimento para atuação do ministro Gilmar Mendes nos termos do artigo 252 do Código de Processo Penal. Cabe lembrar que no início de abril o ministro Gilmar negou pedido de soltura do empresário Eike Batista (HC 141.478) e na oportunidade não houve questionamento sobre sua atuação no caso."
Duque também quer liberdade
Brasil 08.05.17 22:20
Renato Duque é mais um a pedir ao STF para também ser alcançado pela decisão da Segunda Turma, que soltou José Dirceu. Ele está preso desde março de 2015.
Fachin fica
Brasil 08.05.17 18:45
O advogado Fábio Medina Osório, ex-AGU, diz que não faz sentido a interpretação publicada pelo Radar de que Edson Fachin poderia perder a relatoria da Lava Jato por ter sido voto vencido nos habeas corpus de José Carlos Bumlai e José Dirceu.
"O relator designado para o acórdão é apenas para o caso concreto (dos HCs). Não muda nada a relatoria dos demais casos."
Vigília em Curitiba é cancelada
Brasil 08.05.17 18:27
A Arquidiocese de Curitiba acaba de informar que decidiu não disponibilizar suas instalações para a "Vigília Inter-religiosa de Oração pela democracia e pela Vida", prevista para a véspera do interrogatório de Lula.
Segundo o comunicado, a decisão foi tomada "face a atmosfera tão carregada, densa de potenciais confrontos, justamente para salvaguardar um ambiente que evita contrastes e acirramento de ânimos."
Brasil teria comprado Olimpíadas
Brasil 08.05.17 18:18
Procuradores franceses investigam suspeitas de que o Brasil pagou suborno para sediar as Olimpíadas de 2016. Não é propriamente uma surpresa.
Eles também investigam propinas em Angra e na construção do submarino de propulsão nuclear.
Previdência vai sair cara, caríssima
Brasil 08.05.17 17:48
Para aprovar a Reforma da Previdência, o Congresso está cobrando uma fatura altíssima. A mais flagrante delas foi paga na semana passada, com a aprovação da medida provisória 766/2016 que perdoa bilhões em dívidas de empresas, inclusive de parlamentares.
O Antagonista revelou a lista dos devedores, o que causou irritação geral. O Radar acrescenta que no PRT (Programa de Regularização Tributária) foi mantido, por exemplo, o perdão de R$ 2 bilhões em dívidas de empresas junto ao Sistema de Controle de Bebidas.
Esses políticos são um porre.
Sem mortadela e sem lona
Brasil 08.05.17 17:37
O Tribunal de Justiça do Paraná manteve a decisão de impedir acampamentos em ruas e praças de Curitiba para o depoimento de Lula a Sérgio Moro.
A Defensoria Pública havia entrado com uma ação para tentar reverter essa decisão. Agora promete recorrer ao STJ.
Defensoria Pública, lembremos, serve para defender pobres.
Procuradores querem aumentar a pena de Cunha
Brasil 08.05.17 16:59
Os procuradores da Lava Jato querem aumentar a pena imposta por Sérgio Moro a Eduardo Cunha, de 15 anos e quatro meses de prisão.
Para isso, pediram a Moro que o condene por mais um crime de lavagem de dinheiro e outro de evasão de divisas.
Além disso, querem que Cunha restitua 77,5 milhões de dólares.

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