SEGUNDA EDIÇÃO DE 25-4-2017 DO 'DA MÍDIA SEM MORDAÇA'

NO O ANTAGONISTA
O calote de Dilma Rousseff
Brasil 25.04.17 07:19
João Santana e sua mulher disseram ao TSE que Dilma Rousseff ainda lhes deve 25 milhões de reais em pagamentos ilegais.
De acordo com o Valor, “o casal relatou que tinha R$ 35 milhões a receber de caixa dois da campanha de Dilma em 2014. No entanto, só R$ 10 milhões teriam sido pagos. O motivo da interrupção dos pagamentos teria sido a Lava Jato”.
Os patos da Sete Brasil
Brasil 25.04.17 07:12
Antonio Palocci, segundo o Valor, disse:
"Não vou pagar esse pato sozinho".
E mandou contar à Lava Jato que dividia com Lula a propina da Sete Brasil.
LULA E PALOCCI DIVIDIAM PROPINA DA SETE BRASIL
Brasil 25.04.17 06:41
Lula e Antonio Palocci recebiam um terço da propina da Sete Brasil.
Foi o que disse o próprio Antonio Palocci em conversa com um advogado, segundo o Valor.
Diz a reportagem:
“Antonio Palocci disse que ele e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva teriam sido os beneficiários de um terço de propinas pagas durante a criação e montagem da Sete Brasil, em 2010.
A declaração de Palocci ocorreu durante consulta a um advogado na quarta-feira da semana passada, na véspera de ser interrogado pelo juiz federal Sergio Moro (…).
Palocci consultou o criminalista para saber sobre a possibilidade de fechar acordo de delação premiada com a PGR”.
Um terço, um terço, um terço
Brasil 25.04.17 06:56
Um terço da propina da Sete Brasil ficava com Lula e Antonio Palocci.
Os outros dois terços, de acordo com o relato de Antonio Palocci a um advogado, reproduzido pelo Valor, eram distribuídos em partes iguais entre funcionários e operadores da Petrobras e executivos da própria Sete Brasil.
A reportagem diz que a versão de Antonio Palocci, repassada aos procuradores da Lava Jato, pode ser corroborada por Renato Duque, que também negocia um acordo de delação.
Montezuma ataca novamente
Brasil 25.04.17 06:22
Dilma Rousseff estava no México quando recebeu o aviso de Marcelo Odebrecht de que os pagamentos da empreiteira para João Santana seriam descobertos pela Lava Jato.
Na época, ela nem ouviu o que ele tinha a dizer porque estava com um desarranjo intestinal e correu para o banheiro.
Ontem, enquanto João Santana confirmava ao TSE que recebeu propina da Odebrecht para a campanha de 2014, Dilma Rousseff estava novamente no México, participando de um seminário.
Ele terminou seu discurso e, evidentemente, correu para o banheiro.
Janete blindada
Brasil 25.04.17 06:09
João Santana, segundo O Globo, disse ao TSE que Dilma Rousseff perguntou-lhe “se a conta Shellbill, usada pelo marqueteiro para receber recursos no exterior, era segura, blindada contra investigações”.
Janete não sabia apenas do caixa dois, portanto. Ela sabia do esquema de propinas da Odebrecht e dos planos para blindar a empreiteira contra a Lava Jato.
Lula dirá que não é Lula
Brasil Segunda-feira, 24.04.17 21:01
Lula disse no evento subterrâneo do PT que a única prova contra ele na ação penal do triplex "é um pedágio".
Ele se refere ao registro, entregue à Justiça Federal, mostrando que dois carros em nome do Instituto Lula passaram por pedágios a caminho do Guarujá entre 2011 e 2013. Mas, segundo a Folha, "não há informações que comprovem que as viagens tiveram como destino o edifício Solaris".
O Antagonista alerta que não faltam provas contra o ex-presidente, como emails, notas fiscais da reforma e depoimentos. Tem até foto de Lula visitando o imóvel.
A menos que Lula resolva dizer que não é Lula.
STJ recebe pedido de inquérito de Pimentel
Brasil 24.04.17 20:46
O STJ recebeu hoje o pedido da PGR de abertura de inquérito do petista Fernando Pimentel, governador de Minas Gerais, decorrente das delações da Odebrecht. Também chegou ao tribunal a petição contra Marcelo Miranda, governador do Tocantins.
Luis Felipe Salomão é o relator.
'Satanismo' levou Feira a esconder Temer em 2014
Brasil 24.04.17 19:25
Ao TSE, João Santana disse também que decidiu reduzir as aparições de Michel Temer na publicidade da campanha de reeleição de Dilma porque constatou que a imagem do peemedebista era associada ao 'satanismo'.
Feira disse que Temer também foi beneficiado pelo caixa 2 da campanha, mas os dois não mantinham relação.
"A Lava Jato permanece intocável"
Brasil 24.04.17 18:20
Sobre a iniciativa do Conselho Superior do Ministério Público de restringir a cessão de procuradores de uma unidade para outra, foi aprovada a ressalva de que nenhum procurador da força-tarefa da Lava Jato será afastado.
"A Lava Jato permanece intocável", disse um procurador a O Antagonista.
Mas será que o Conselho não poderia discutir esse assunto depois?
PF PEDE ADIAMENTO FORMAL DA AUDIÊNCIA DE LULA
Brasil 24.04.17 17:45
O Antagonista obteve o pedido oficial da Polícia Federal para que Sérgio Moro adie o depoimento de Lula, marcado para o dia 3.
A Secretaria de Segurança Pública do Paraná reforçou o pedido da PF, alegando possíveis problemas de "segurança pública, institucional e pessoal", em virtude do deslocamento de movimentos populares por ocasião das celebrações do Primeiro de Maio.


NO BLOG DO FAUSTO MACEDO
Delator da Odebrecht indica propina em obra da Sabesp
O documento aponta pagamento de R$ 1,5 milhão direcionado a ‘MM-Partido’, codinome usado pela empreiteira para se referir ao atual secretário de Planejamento, Marcos Monteiro, que foi tesoureiro da campanha de Alckmin em 2014.
Fabio Leite e Fabio Serapiao
Estadão - 25 Abril 2017 | 04h30
Planilhas entregues aos investigadores da Lava Jato pelo ex-presidente da Odebrecht Benedicto Júnior vinculam uma obra da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) a pagamentos ilícitos para as campanhas eleitorais em 2014 do governador Geraldo Alckmin e do deputado federal João Paulo Papa, ambos do PSDB. Esta é a primeira vez que a estatal paulista que trata água e esgoto é envolvida no esquema de corrupção.
O documento aponta pagamento de R$ 1,5 milhão no dia 5 de agosto de 2014 direcionado a ‘MM-Partido’, codinome usado pela empreiteira para se referir ao atual secretário paulista de Planejamento, Marcos Monteiro, que foi tesoureiro da campanha de Alckmin em 2014. Na planilha, o pagamento está vinculado à obra ‘Emissário Praia Grande’, que se refere a um contrato de R$ 225,8 milhões assinado pela Sabesp com um consórcio liderado pela Odebrecht em 2007 para obras de esgoto no litoral sul paulista.
Uma semana depois, em 12 de agosto, um novo pagamento atrelado à obra, no valor de R$ 300 mil, foi feito para ‘Benzedor’, codinome dado ao deputado Papa, ex-prefeito de Santos (2005-2012) e que foi superintendente da Sabesp entre 1991 e 1995 e diretor da estatal entre 2013 e 2014. À época do repasse, ele concorria a deputado federal. Segundo BJ, como Benedicto Júnior é chamado, os pagamentos foram feitos “de forma ilícita, sob pretexto de campanha eleitoral”.
Na planilha, o contato da Odebrecht encarregado pelo acerto é Josnei Cirelli, responsável da construtora junto ao contrato com a Sabesp. Ele não está na lista dos 77 executivos da empreiteira que assinaram termo de colaboração com a Lava Jato. O contrato da obra da Sabesp recebeu, ao todo, seis aditivos, que elevaram o custo total em 24%, para R$ 280 milhões, próximo do limite de 25% estabelecido pela Lei de Licitações. Sabesp e Odebrecht são sócias na empresa Aquapolo, que produz água de reúso para indústria petroquímica em São Paulo.
Investigação 
O ministro Edson Fachin, relator dos inquéritos da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou a abertura de investigação contra o deputado Papa a pedido do Ministério Público Federal (MPF). Segundo os procuradores, os repasses para o tucano teriam fundamento no protagonismo político do parlamentar em Santos e que era “importante guardar uma relação de longo prazo com ele, pois poderia auxiliar os interesses do grupo Odebrecht em oportunidades futuras”.
Fachin também resolveu manter a investigação em sigilo porque um dos delatores que citam os repasses a Papa e Monteiro, o ex-superintendente da Odebrecht em São Paulo Luis Bueno, também está envolvido em pagamentos ilícitos no exterior. O sigilo por mais tempo foi combinado com o MPF para que a empreiteira pudesse negociar acordos com autoridades de outros países nos quais pagou propina. Já Alckmin será investigado no âmbito do Superior Tribunal de Justiça (STJ).
Obras
Ao todo, a Odebrecht pagou R$ 8,3 milhões de caixa 2 a campanha de Alckmin em 2014, segundo BJ. “Havia uma demanda do partido (PSDB), através do secretário Marcos Monteiro, para que se fizesse uma doação de R$ 10 milhões para a campanha do Geraldo Alckmin”, disse. A maior parte dos pagamentos está vinculada ao contrato da Linha 6-Laranja do Metrô, uma Parceria Público-Privada (PPP) vencida pela Odebrecht em consórcio com a Queiroz Galvão em 2013.
Aos procuradores, BJ disse que os pagamentos eram “alocados” nas obras públicas mas que o dinheiro de caixa 2 “saía do lucro” da empreiteira. Segundo ele, o Odebrecht não teve vantagem nos contratos citados. A informação, porém, foi desmentida por outro delator no caso do Metrô. O executivo Carlos da Fonseca Rodrigues afirmou em depoimento que pagou R$ 500 mil ao ex-diretor do Metrô e assessor do governo Sérgio Brasil depois que ele fez alterações no edital da Linha 6 como queria a empreiteira.
COM A PALAVRA, A SABESP
“A Sabesp informa que a licitação do contrato CS 35.333/06 ocorreu em junho de 2006. O contrato foi assinado em novembro de 2007 e encerrado em 2010. Durante o período que vai da licitação até a conclusão das obras, o ex-diretor João Paulo Tavares Papa não tinha vínculo com a Sabesp. Ele foi diretor de Tecnologia, Empreendimentos e Meio Ambiente da companhia de 21/03/2013 a 27/03/2014.”
COM A PALAVRA, O DEPUTADO JOÃO PAULO PAPA
“Fui prefeito do município de Santos por dois mandatos seguidos, de janeiro de 2005 a dezembro de 2012, o que bem demostra que não possuo qualquer participação com os fatos narrados no questionamento.
Repudio a delação, cujo os termos não conheço, pois não recebi recursos para financiamento de minha campanha eleitoral de 2014 além daqueles apresentados na prestação de contas encaminhada à Justiça Eleitoral, e por ela aprovada.
Por fim, registro que mantenho em minha vida pública conduta pautada pela obediência à lei, e respeito aos princípios da moralidade e impessoalidade dos atos administrativos”.
COM A PALAVRA, O SECRETÁRIO MARCOS MONTEIRO
“O secretário Marcos Monteiro afirma que a gestão financeira da campanha de 2014 foi feita dentro da lei e todas as contas foram aprovadas pelo TRE”.
COM A PALAVRA, A SECRETARIA DOS TRANSPORTES METROPOLITANOS
“A Secretaria dos Transportes Metropolitanos (STM) acompanha com atenção a divulgação dos conteúdos das delações. Em casos que possam envolver pessoas de seus quadros, a STM ressalta que é a maior interessada no avanço e resolução dos processos, pois preza pela transparência de seus trabalhos e exige de seus funcionários uma conduta ética condizente com os mais elevados padrões do serviço público do Estado. No caso da participação efetiva de funcionários e ex-funcionários em qualquer tipo de crime, a posição da STM é clara: que se aplique a lei, que sejam julgados e, se condenados, punidos.”

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