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QUARTA EDIÇÃO DE 25-4-2017 DO 'DA MÍDIA SEM MORDAÇA'

NO O ANTAGONISTA
Santo esgoto
Brasil Terça-feira, 25.04.17 10:35
Uma planilha do departamento de propinas da Odebrecht, entregue por Benedicto Júnior, mostra um pagamento para a campanha de Geraldo Alckmin em 2014.
Não se trata de caixa dois, e sim de um repasse de 1,5 milhão de reais vinculado a uma obra da Sabesp.
Diz o Estadão:
“O documento aponta pagamento de 1,5 milhão de reais no dia 5 de agosto de 2014 direcionado a ‘MM-Partido’, codinome usado pela empreiteira para se referir ao atual secretário paulista de Planejamento, Marcos Monteiro, que foi tesoureiro da campanha de Alckmin em 2014.
Na planilha, o pagamento está vinculado à obra ‘Emissário Praia Grande’, que se refere a um contrato de 225,8 milhões de reais assinado pela Sabesp com um consórcio liderado pela Odebrecht em 2007 para obras de esgoto no litoral sul paulista”.
Os vizinhos tucanos e petistas
Brasil 25.04.17 10:11
Gilmar Mendes ainda nem mandou soltar José Dirceu, mas seu porta-voz na Veja já está dizendo que é preciso inocentar Lula.
A Lava Jato realmente uniu tucanos e petistas.
Quem sabota a Lava Jato
Brasil 25.04.17 10:06
O Estadão, em editorial, diz que a Lava Jato está sendo sabotada por gente do próprio MPF:
“Quem quiser identificar um foco de sabotagem contra a continuidade das investigações da Lava Jato, que estão sendo conduzidas pela força-tarefa da PGR, não precisa ir muito longe. Basta olhar para o próprio MPF.
Numa proposta que não deixa margem a dúvidas quanto às verdadeiras intenções de sua autora, a subprocuradora-geral da República, Raquel Elias Dodge apresentou ao Conselho Superior da instituição um projeto de resolução que obriga o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, a ter de mudar a equipe que o assessora no momento em que a Lava Jato se encontra numa de suas fases mais importantes”.
Recentemente, a Folha de S. Paulo disse que Raquel Dodge “é vista por assessores de Michel Temer como próxima a José Sarney (…) e a Tereza Uille, que foi indicada pelo ministro do STF, Gilmar Mendes, a uma vaga no CNJ”.
Não cola, Lula
Brasil 25.04.17 09:54
Lula teve de mudar sua estratégia às pressas.
Até recentemente, ele repetia que nenhum empresário o acusava de ter recebido dez centavos de propina.
Agora que os empresários resolveram acusá-lo de ter recebido dezenas de milhões de reais em propinas, ele passou a dizer que a Lava Jato os obrigou a delatar.
Vai colar?
Não, não vai

NA COLUNA DO JOSÉ CASADO
O Globo, terça-feira, 25-4-2017
Vendem-se partidos
A pedido do PT, Odebrecht pagou R$ 25 milhões pela montagem da coligação de partidos que favoreceu Dilma com o maior tempo de propaganda eleitoral na televisão
Atravessou a portaria da empresa em São Paulo, no 11 de junho de 2014, quarta-feira animada pela abertura da Copa, dali a 48 horas, no Estádio de Itaquera — monumento de R$ 1,2 bilhão que o empreiteiro Emílio Odebrecht define como “presente” ao ex-presidente Lula.
Edson Antônio Edinho da Silva — como assina — foi recebido pelo herdeiro da companhia, Marcelo, e um dos diretores, Alexandrino Alencar. O tesoureiro da campanha de Dilma Rousseff coletava dinheiro para a continuidade do PT no poder. Odebrecht pagava para ter acesso a negócios e ao crédito público.
Marcelo já recebera nomes e valores de Guido Mantega, ministro da Fazenda. Anotara-os num rascunho (“Notas p/GM”), abaixo da lista de pendências de R$ 11,7 bilhões do governo que levou para cobrar do ministro, dias antes. “Necessidade de fôlego financeiro (inclusive Arena SP e Olimpíadas)”, escrevera no alto. Era uma lista de queixas que terminava com duas frases manuscritas, entremeadas por um palavrão: “Só nos fudeu. Nada dá positivo.”
Depois da reunião, o ministro insistiu, por telefone: “Estava indo para casa, passando pela Avenida Morumbi, e recebi uma ligação do Guido falando ‘Marcelo, você já fez aqueles…?’. Eu falei: ‘não dá ainda, você acabou de me pedir’” — contou aos procuradores.
O tesoureiro de Dilma ali confirmava a compra de partidos. Na véspera, o PMDB decidira compor a chapa, em troca da vice para Michel Temer. Representava um aumento significativo (36,3%) no tempo de propaganda Dilma na televisão.
O PT queria mais. Mantega pediu R$ 57 milhões para os “partidos da base”. Marcelo negociou para R$ 25 milhões. O tesoureiro “pediu diretamente a Marcelo que pagássemos para que os líderes dos partidos PROS, PRB, PCdoB, PDT e PP formassem a chapa ‘Com a Força do Povo’, de Dilma/Temer” — relatou Alexandrino Alencar.
Era uma decisão do comitê eleitoral do PT, acrescentou: “Todos do comitê, formado por João Santana, Rui Falcão, Gilles Azevedo, pelo então ministro Aloizio Mercadante e Dilma, além de Edinho Silva, sabiam que a coligação “Com a Força do Povo” ocorria em razão da propina paga pela companhia”.
Edinho da Silva listou os pagamentos, deixando o PP de fora: no PCdoB, R$ 7 milhões a Fábio Torkaski, ex-assessor de Mantega; no PRB, R$ 7 milhões ao pastor Marcos Pereira, hoje ministro da Indústria; no Pros, R$ 7 milhões a Eurípedes Júnior e Salvador Zimbaldi; e, no PDT, R$ 4 milhões a Carlos Lupi, ex-ministro do Trabalho de Lula e Dilma.
Os R$ 25 milhões compravam um adicional de 30% no tempo de televisão. Dilma ficava com um total de 11 minutos e 24 segundos, mais que o dobro do adversário do PSDB.
Os dirigentes do PCdoB, PDT, Pros e PRB venderam por R$ 125 mil, na média, cada segundo do tempo de TV dos seus partidos. Lucraram com apropriação indébita de um bem público, o horário eleitoral, gratuito para os partidos, mas custeado pelo povo, via compensações tributárias às emissoras.
Para a procuradoria, dirigentes partidários são agentes públicos. Por isso, investiga os envolvidos por crime de peculato. O dicionário explica: “Desvio de verba, no furto, na apropriação de bens e de dinheiro; normalmente, realizado por um funcionário público, valendo-se da confiança pública e, sobretudo, utilizando aquilo que furta em benefício próprio”.


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