SEGUNDA EDIÇÃO DE 14-3-2017 DO "DA MÍDIA SEM MORDAÇA"

NO BLOG DO JOTA
Eleitoral
O GLOBO traz uma entrevista com o ex-ministro do STF Carlos Ayres Britto, que adota tom duro e "não condescendente" para tratar do caixa 2, em contraste com manifestações recentes do ministro Gilmar Mendes. Ayres Britto diz que não há necessidade de tentar distinguir o que é corrupção do que é caixa 2 e que, quando o caixa 2 provém de alguma fonte de recursos ilícita, "é, no mínimo, um peculato". "É um tema que não tem de minha parte nenhuma condescendência porque ele desequilibra o jogo eleitoral e implica parceria espúria do poder econômico e do poder político. Não tenho quanto ao caixa 2 opinião que não seja para incriminá-lo". 

NA COLUNA DO HÉLIO SCHWARTSMAN
Questão de Ordem
Terça-feira, 14/03/2017 02h00
SÃO PAULO - Com a divulgação da tão esperada lista de Janot, o Supremo Tribunal Federal (STF) e a própria Procuradoria-Geral da República (PGR) ficam às voltas com várias dezenas de inquéritos envolvendo políticos com direito a foro especial. Há duas maneiras de lidar com isso. Podem adotar o modelo "business as usual", isto é, agir como de hábito, ou admitir que os processos desencadeados pela Lava Jato colocam um desafio logístico que exige medidas excepcionais.
A primeira opção favorece a impunidade. Em condições normais, a PGR pode levar anos para transformar um inquérito em denúncia e o STF outros tantos para aceitá-la. Um dos muitos inquéritos contra Renan Calheiros, por exemplo, ficou seis anos nos escaninhos do procurador-geral e repousou por mais três nos corredores do STF até virar processo. Hoje tem mais chance de terminar em prescrição que em condenação.
Mesmo sob os holofotes da mídia após a Lava Jato, a performance das altas esferas do Judiciário não melhora muito. Da primeira lista de Janot, divulgada dois anos atrás, resultaram inquéritos contra 50 políticos, dos quais apenas cinco se tornaram réus até agora. Não há nenhum sinal de que seus casos possam ser julgados brevemente. Tenho impressão de que é mais na morosidade da PGR e do STF do que numa eventual anistia que a turma da Lava Jato aposta para escapar da punição.
A alternativa é organizar uma espécie de mutirão judicial, convocando todo o auxílio necessário para que os casos possam tramitar em tempo "razoável", como, aliás, determina a Constituição. Seria importante que a cúpula do Judiciário reconhecesse sua falta de estrutura para lidar com o que estamos enfrentando e anunciasse desde já que fará o possível para dar celeridade às investigações.
É ruim para a credibilidade da Justiça que a melhor chance de corruptos de sair incólumes seja manter seus casos na mais alta corte do país. 

NO BLOG ANTI NOVA ORDEM MUNDIAL
Wikipedia Tornou-se uma Plataforma Perigosa para a Desinformação Médica e Propaganda
Segunda-feira, 13 de março de 2017 | 
Embora a Wikipedia possa parecer um site útil se você precisar de informações rápidas à mão para temas triviais como a média da população do Cazaquistão, sua confiabilidade e legitimidade têm sido questionada por professores, intelectuais e até mesmo a mídia. Uma razão para esta desconfiança é o fato de que um pouco da informação presente na Wikipedia é incompleta ou completamente falsa. Devido qualquer um poder tecnicamente editar ou contribuir para a Wikipedia, o site é vulnerável a hackers e vandalismo.
Há também o fato de que as cordas da Wikipédia estão sendo puxadas e controladas por influências corporativas. Uma vez que a América corporativa percebeu que a Wikipédia estava distribuindo informações que eram cuidadosamente e completamente suprimidas na mídia, eles lançaram um plano que garantiu que eles tivessem a palavra final sobre o que podia e não podia ser publicado.
Os artigos da Wikipédia que vão contra a linha corporativa são rapidamente editados e substituídos por versões mais convencionais. Os escritores que publicam material que ofende o status quo são posteriormente banidos por editores que se consideram imparciais. Ao longo dos anos, entradas sobre cura natural, medicina holística e outros assuntos começaram a se assemelhar a anúncios de publicidade da Monsanto, Merck ou do NIH. Os contribuintes são supostamente "voluntários" anônimos, mas é claro que, para certos assuntos sensíveis, isso está longe de ser o caso.
Tomemos por exemplo sua página sobre quimioterapia. O artigo é muito pró-quimioterapia. Não há menção do estudo de Fred Hutchinson do Cancer Research Center que considera que a quimioterapia torna o câncer muito pior. Os efeitos adversos não são mencionados até bem o final do artigo. Este é apenas um artigo de centenas, onde a Wikipedia tem permissão para apenas relatar um lado de um assunto muito sério, e é o lado que está pagando sua conta.
A Wikipédia solicita continuamente que os usuários ajudem a financiar o site, mas uma vez que o leitor médio geralmente não doa, tem sido especulado e provado que os principais contribuintes para o site são a indústria farmacêutica e muitas outras corporações. Jimmy Wales, CEO da Wikipédia, afirma continuamente que o site é administrado por voluntários. O que ele não divulga, entretanto, é que esses chamados voluntários são pagos por companhias farmacêuticas, gigantes de alimentos e indústria biotecnológica para explorar privilégios de edição para censurar informações que eles não querem que o público veja.
A falta de liberdade no fluxo de informações no site tornou-se um problema tão grande, que uma petição foi submetida no site Change.org e assinado por quase 8.000 pessoas, exigindo que a Wikipedia permita mais artigos e discussão sobre a medicina alternativa. Jimmy Wales, cujo mantra é "conhecimento livre, mentes livres", achou o pedido absurdo, dizendo: "Você tem que estar brincando comigo. Cada pessoa que assinou esta petição precisa voltar para verificar suas premissas e pensar mais sobre o que significa ser honesto, factual, verdadeiro. O que não vamos fazer é fingir que o trabalho dos charlatães lunáticos é o equivalente do "verdadeiro discurso científico".
Felizmente, vários sites alternativos à Wikipedia podem fornecer informações rápidas sem ter uma agenda corporativa sorrateira. As empresas, em teoria, têm o direito de decidir quais dados serão permitidos em suas plataformas. Mas assim como com o Google, e sua censura de informações, essas empresas não podem continuar a cortejar nossos negócios por anos e nos encorajar a usar seus sites, até eles mudarem suas mentes ao longo do caminho e decidirem censurar certas informações.

NO O ANTAGONISTA
Um cargo para o primo de Gilmar Mendes
Brasil Terça-feira, 14.03.17 09:37
Um primo de Gilmar Mendes foi indicado por Michel Temer para o cargo de diretor da Antaq.
Segundo a Época, trata-se de Francisval Dias Mendes, que é ligado a Blairo Maggi e Wellington Fagundes.
A manobra de Dilma no TSE
Brasil 14.03.17 09:23
A defesa de Dilma Rousseff quer que o TSE convoque Eliseu Padilha e José Yunes, diz Andréia Sadi.
O objetivo é constranger Michel Temer.
Para quem embolsou 150 milhões de reais em propinas da Odebrecht, como a campanha de Dilma Rousseff, é uma estratégia ousada.
O ministro Herman Benjamin deveria ignorar o pedido de Dilma Rousseff e concluir logo seu relatório.
"A legalização da corrupção"
Brasil 14.03.17 09:08
Leia um trecho do comentário de Miriam Leitão no Bom Dia Brasil:
"O que a Lava Jato está investigando não é o crime eleitoral, mas o crime de desvio de recursos públicos, lavagem de dinheiro, propina em obras públicas ou serviços contratados pelo governo. É disso que se trata, de corrupção.
Não há procuradores separando dinheiro por caixas, há investigadores mostrando ao país transações criminosas em grande escala. Políticos de partidos que se dizem inimigos, que sustentavam o governo passado e o atual, estão unidos, curiosamente unidos, nessa campanha para dizer que caixa 2 é um crime menor e portanto pode ser perdoado.
São raríssimas as exceções nesse movimento amplo, geral e irrestrito de pedir a anistia aos políticos. E ontem a ele se integrou o chefe dos chefes de toda a Odebrecht, o próprio Emílio (...).
O dinheiro que irrigou as campanhas políticas veio de crime e sustentou o crime. Veio de obras públicas superfaturadas, licitações viciadas, tráfico de influências, desvio de recursos públicos, lavagem de dinheiro, evasão de divisas, saque à Petrobras.
O que os senhores políticos, e todos os que defendem essa tese, estão propondo? Que todos esses crimes sejam anistiados? Se é isso, que o digam claramente e não se escondam atrás da tese de que o que querem é apenas legalizar algo simples, histórico e cultural, o uso do modelo reinante de não declarar todo o dinheiro recebido dos empresários. Que tenham a coragem de propor a legalização da corrupção".
"A anistia é inconcebível, um disparate, um contrassenso"
Brasil 14.03.17 09:03
Carlos Ayres Britto disse a O Globo que a anistia ao caixa dois é inconstitucional:
“A Constituição não concebeu o instituto da anistia em matéria eleitoral. Não tem esse alcance… O ocupante de cargo público é a face visível do poder, a encarnação do poder, e quem encarna a face do poder é inanistiável, porque é o próprio Estado esculpido e encarnado. Não existe a figura da autoanistia. O instituto da anistia não foi concebido com o intuito de auto perdão. Os membros do poder são o próprio poder. O Estado não pode perdoar a si mesmo, é inconcebível, um disparate, um contrassenso, uma teratologia. É a negação do estado de direito a autoanistia, porque o estado de direito é o Estado que respeita o direito por ele mesmo criado, aí vem o Estado, por seus agentes, desrespeita o direito criado por ele e se auto perdoa em seguida. Isso é absolutamente inconcebível. Não existe”.
Anistia meteórica
Brasil 14.03.17 08:04
Um pacote legislativo para anistiar a propina está sendo montado pelo governo e pelo Congresso Nacional.
Um senador que participou do encontro de ontem entre Michel Temer e outros codinomes da Odebrecht disse a O Globo:
“Esse assunto de um projeto para clareamento das regras de caixa 2 foi tocado de leve para não haver deturpação. Se vier a acontecer, será no texto das dez medidas. Será feito um substitutivo para votar de forma rápida, meteórica”.
35 milhões de reais em um dia
Brasil 14.03.17 07:52
Fernando Migliaccio disse ao TSE que, em apenas um dia, a Odebrecht distribuiu mais de 35 milhões de reais em propinas e caixa 2.
Segundo a Folha de S. Paulo, “o executivo não detalhou o dia nem o ano em que isso aconteceu. Migliaccio também não identificou para quem foi o dinheiro”.
Assim não vale.
Lula tem medo
Brasil 14.03.17 07:37
A claque de Lula desistiu de cercar o tribunal de Brasília durante o depoimento de hoje.
Segundo a Folha de S. Paulo, porém, “seus aliados estudam fazer um grande ato de apoio na data de seu depoimento ao juiz Sergio Moro, em 3 de maio.
Entusiastas da ideia defendem que até parlamentares compareçam ao local para dar peso político ao evento”.

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