DA MÍDIA SEM MORDAÇA

NA COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO
A Odebrecht vive a expectativa da iminente prisão de seus principais dirigentes, no âmbito da Operação Lava Jato, diante da suspeita de que a empreiteira seria a mais beneficiada pelo esquema de contratos obtidos mediante cartel, fraude em licitações e pagamento de propinas a autoridades e funcionários. A favorita dos governos Lula e Dilma, inclusive na Petrobras, concentra quase 53% de todos os contratos.
Fontes da Odebrecht afirmaram que o “clima” na cúpula da empresa é desolador, com os preparativos para enfrentar a decretação de prisões.
No despacho em que mandou prender poderosos empreiteiros, o juiz federal Sérgio Moro cita a Odebrecht pelo menos 14 vezes.
Moro explica, na decisão, que não prenderia os diretores da Odebrecht “por hora”, sugerindo que a providência não estava descartada.
Deputados e senadores armam aumento de 26% para eles mesmos. Deve ser o cálculo do índice da inflação pós-superávit fiscal negativo.
A Defensoria Pública da União (DPU) está de malas prontas para mudar de endereço. A nova casa, de 18 andares, no bloco “C” da sede da Confederação Nacional do Comércio, em Brasília, vai custar aos contribuintes mais de R$ 2 milhões por mês, sem licitação. Atualmente o órgão paga R$ 700 mil pelo aluguel de outros quatro prédios na Capital. A justificativa da DPU é “unir os funcionários sob um só teto”.
A prestação de contas de Dilma ao TSE mostra que além da Odebrecht, que deu R$ 1 milhão, outras empresas também doaram após a eleição. Para “quitar despesas contraídas”. Humm…
Enquanto a nova equipe econômica (Joaquim Levy na Fazenda e Nelson Barbosa no Planejamento) dava entrevista em Brasília, Dilma recebia Ana Patrícia Botín, herdeira e presidente do Santander.
Dois senadores e três deputados do PCdoB, aliado do governo Dilma, se livraram do rolo da votação da meta fiscal com “missão oficial” ao Vietnã, num rombo no nosso bolso de R$ 150 mil, só em passagens.
O PSDB se prepara para apresentar voto em separado ao relatório do deputado pizzaiolo Marco Maia (PT) na CPMI da Petrobras. Os tucanos apostam que o parecer dele não fará sequer um indiciamento.
Cabide de petistas, o fundo dos Correios Postal Saúde contratou sem licitação a gráfica companheira Bangraf, para imprimir 174 mil revistas enaltecendo a própria lambança, que poderia ser publicada on-line.
…o novo governo Dilma não terá um ministério da Fazenda, mas um “aparelho” clandestino para enfrentar a ditadura anti-banqueiro do PT.

NO DIÁRIO DO PODER
AÉCIO DIZ QUE DILMA SINALIZA ‘GOVERNO SEM PLANEJAMENTO’
TUCANO TAMBÉM AFIRMOU QUE MUDAR A LDO EM DEZEMBRO É UMA “AFRONTA” À LRF
O presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves, disse, em nota, que há contradições no governo da presidente reeleita Dilma Rousseff (PT) que sinalizam um “governo sem planejamento, que não sabe a direção que vai tomar”.
O senador afirmou que Dilma escolheu os novos nomes da equipe econômica – confirmados nesta quinta-feira (27) – tentando acalmar o mercado e recuperar a credibilidade. Mas que, ao mesmo tempo, ela “afronta” a Lei de Responsabilidade Fiscal ao enviar ao Congresso um novo projeto para a Lei de Diretrizes Orçamentárias de 2014, segundo ele “usando como moeda de troca os cargos públicos de sempre”.
O líder tucano disse que ficou evidente hoje que a presidente reeleita Dilma Rousseff (PT) “sabia estar mentindo ao País durante toda a campanha eleitoral” e que, por isso não apresentou um programa de governo. “Como devem estar se sentindo os eleitores que acreditaram na candidata e no seu discurso recheado de bondades, vendo que ela hoje está fazendo tudo o que, durante a campanha eleitoral, disse que não faria?”, questionou Aécio no texto.
O senador afirma que é preciso saber com que discurso o governo vai falar ao País, se com o “discurso populista apresentado na campanha”, com o “da irresponsabilidade fiscal que afronta o Congresso” ou com o “defendido pelos novos ministros, que contraria todas as teses defendidas pelo PT”. “Afinal, qual é o verdadeiro rosto do novo governo Dilma Rousseff? Refém de tantas contradições, o governo corre o risco de não ter nenhum”, diz o senador.

MPF DENUNCIA IRMÃO DE DIAS TOFFOLI POR DESVIO DE R$ 57 MI
EX-PREFEITOS MÁRIO BULGARELI E JOSÉ TICIANO DIAS TOFFOLI, IRMÃO DO PRESIDENTE DO TSE, TERIAM DESVIADO RECURSOS R$ 57 MI DE SAÚDE E EDUCAÇÃO
José Ticiano Dias Toffoli Camara Municipal de Marilia
José Ticiano Dias Toffoli ao tomar posse na Prefeitura de MArília (SP), em 2012, após renúncia de Mário Bulgareli (Foto: Governo de SP)

O Ministério Público Federal denunciou Mário Bulgareli (PDT) e José Ticiano Dias Tóffoli (PT), irmão do presidente do Tribunal Superior Eleitoral, por desvio de R$ 57 milhões do Fundo Municipal de Saúde e de atividades escolares para custear a folha de pagamento e outros gastos da Prefeitura de Marília, interior de São Paulo, entre 2009 e 2012. As verbas eram repassadas pela União para saúde e educação.
Três ex-secretários da Fazenda do município também foram denunciados por participação no desvio do dinheiro. Mário Bulgareli administrou a cidade de janeiro de 2005 a março de 2012, quando renunciou após denúncias de irregularidades em sua gestão. Durante o segundo mandato, o então prefeito foi responsável pelo desvio de R$ 28,2 milhões destinados à saúde e à educação. O vice José Ticiano Dias Tóffoli, que assumiu o governo após a renúncia de Bulgareli, teria movimentado irregularmente outros R$ 28,8 milhões nos dez meses que ficou à frente da Prefeitura.
Segundo a Procuradoria, os ex-secretários da Fazenda fizeram as transferências por determinação dos ex-prefeitos. Em depoimento, Dias Tóffoli admitiu o uso irregular do dinheiro. Ele teria afirmado que, quando tomou posse do cargo, havia um déficit de aproximadamente R$ 8 milhões no caixa da Prefeitura, o que o teria obrigado a dar sequência aos delitos já praticados pelo antecessor.
O Ministério Público quer a condenação dos denunciados por crime de responsabilidade. A pena é de três meses a três anos para gestores que aplicarem indevidamente verbas públicas. O procurador da República, Jefferson Aparecido Dias, autor da denúncia, pede que a Justiça os obrigue a reparar os danos causados à União no valor de R$ 33,2 milhões, correspondente ao montante de recursos retirados das contas sem a devida devolução.
A reportagem tentou contato com o ex-prefeito Dias Tóffoli, mas não obteve retorno. O advogado de Bulgareli foi contatado, mas estava em reunião e não pôde atender. (Juliana Affonso/AE)

NO BLOG DO REINALDO AZEVEDO
Boulos, de camisa rosa, o poodle meio pançudo, põe a patinha esquerda nos ombros da presidente. Definitivamente, ele só é um rottweiler quando protegido por seus bate-paus. Haddad está na foto. É aquele com cara de Haddad, sorriso de Haddad, jeito de Haddad

O chefão do MTST, Guilherme Boulos, dublê de pensador e burguês do capital alheio, mero esbirro — à esquerda — do petismo, também articulista da Folha Online, resolveu escrever uma espécie de carta aberta à presidente Dilma. Com o senso de humor de que é capaz, com o veio irônico que a sua cultura política permite, resolveu sugerir outros nomes para o ministério. Inconformado com a ida de Joaquim Levy para a Fazenda e de Kátia Abreu para a Agricultura, ele me inclui entre os possíveis “ministeriáveis”, no âmbito de uma suposta guinada à direta do governo. Escreve o seguinte a meu respeito:
“Para a Cultura eu tenho dúvidas. (…) Talvez então o Reinaldo, homem culto e com ampla visão. Reinaldo Azevedo, sabe? Ele vive falando mal da senhora, mas acho que no fundo é tudo ressentimento. Uma ligação e ele se abre que nem uma flor. Vai por mim, até um rottweiler precisa de carinho. É isso que ele deve estar esperando há anos.”
Retomo
Então vamos ver. Não sei se notam a sugestão, nada sutil, de que sou um veadinho, “que se abre que nem uma flor”. Chamar um adversário ou desafeto de bicha, ainda que de modo oblíquo, continua a ser uma ofensa. Sabem como é… Boulos certamente não é um “homofóbico”, a não ser que ele combata “direitistas” como eu. Ele poderia tentar me ganhar, sem o apoio de seus bate-paus e incendiários, para sentir o perfume, hehe.
Mas vamos adiante. Há alguns tontos que acham que, no fundo, eu e Boulos somos versões espelhadas de um mesmo mal: o extremismo. Seríamos, inclusive, polos opostos do colunismo. É leitura estúpida. E vou dizer por quê.
Eu só escrevo, não cometo crimes.
Eu só escrevo, não afronto leis democráticas.
Eu só escrevo, não agravo o direito de ninguém.
Eu só escrevo, não invado propriedades públicas e privadas.
Eu só escrevo, não ameaço fazer correr sangue.
Eu só escrevo, não provoco incêndios para cercear o direito de ir e vir.
Eu só escrevo, não cerco uma casa parlamentar com fascitoides.
Eu só escrevo, não tenho projeto de poder.
Eu só escrevo, não sou militante de um partido.
Há também uma diferença de origem. Eu ganho a vida com o meu trabalho desde os 15 anos, e Boulos nunca trabalhou. Deixou de ser financiado pelo pai endinheirado — que, segundo sei, é um homem de bem — para ser financiado pelo “movimento”. É evidente que a minha origem operária não me obriga a ser um operário. É evidente que a origem, digamos, burguesa de Boulos não o obriga a ser um burguês. Mas nem ele nem eu temos direito à burrice. De todo modo, burguês, na acepção esquerdista, ele é. E do pior tipo. Ele se apropria é das carências e das misérias alheias. Vai saber para mitigar quais misérias íntimas.
Esse rapaz consulta dicionário? Ele sabe o que é “ressentimento”? Copio o Houaiss: “Mágoa que se guarda de uma ofensa ou de um mal que se recebeu; rancor”. Quem de nós dois compõe o perfil do ressentido? Quem fez da mágoa uma espécie de negação do passado? Quem tenta esconder a sua origem com a mímica revolucionária dos tolos? Quem quer brincar de socialismo para compensar seu déficit emocional? Eu não! Já escrevi aqui: tenho muito orgulho da minha origem, do meu pai operário, da minha mãe que trabalhou como empregada doméstica, e sei como é que se faz para ganhar a vida honestamente, sem depender da boa vontade de próximos ou de estranhos. Boulos só está solto, diga-se, porque depende da boa vontade dos operadores da lei.
Não! Eu não sou o oposto simétrico de Boulos. Ele não é meu oposto simétrico. O anti-Boulos não sou eu. O anti-Boulos seria o chefe de uma milícia armada para defender as propriedades que ele e sua turma invadem. Eu não sou esse.
Boulos, fique tranquilo. Não vou para o ministério. Se convidado, não aceitaria. De resto, quem se deixa fotografar ao lado de Dilma, não com cara de rottweiler, mas com a subserviência de um poodle amestrado, é ele, como se vê lá no alto.
Esse tolo tem uma arrogância muito característica. Certamente era um garotinho mimado e malcriado, o preferido das tias, que não sabia ouvir “não”, que grudava catota na roupa das visitas, que berrava “eu quero” até conseguir o objeto do seu desejo — ficando, então, com a noção deturpada de que querer é poder. Aí virou “socialista”. E ainda não aprendeu a ouvir “não”. Agora ele gruda suas catotas na política. Birrento esse melequento, né?
Texto publicado originalmente às 20h44 desta quinta (27).

Oh, alvíssaras! De vez em quando os sinos bimbalham, e três pessoas conseguem fazer um debate relevante sobre um tema importante, dizendo coisas consequentes, concordemos com elas ou não. A que me refiro? Está em curso em Brasília o XII Congresso Brasiliense de Direito Constitucional, promovido pelo Instituto Brasiliense de Direito Público (IDP). Na manhã desta quinta, uma das mesas reuniu o ministro do Supremo Dias Toffoli, presidente do TSE, o senador eleito José Serra (PSDB-SP) e o vice-presidente Michel Temer (PMDB). O tema: a reforma política. O ministro Gilmar Mendes, diretor do IDP, também estava presente.
Houve convergência integral ou parcial sobre muitos aspectos. A primeira e bastante importante: o lugar da reforma é o Congresso Nacional — este que está aí, não outro. Ainda que isto não tenha sido com todas as letras, o que está obviamente entendido é que não faz sentido a tese petista da Constituinte exclusiva.
Todos concordaram também, com modulações, que a ADI (Ação Direita de Inconstitucionalidade) que está no Supremo, com uma maioria provisória que proíbe a doação de empresas a campanhas eleitorais, é um malefício. Serra alertou para o óbvio: aumentaria o volume de caixa dois nas campanhas. Mendes notou que é preciso definir primeiro o sistema para, depois, deliberar sobre como financiá-lo. Temer é favorável a dações privadas, mas acha que as empresas têm de escolher um candidato, em vez de contemplar a vários. E Toffoli, eis uma boa notícia, evidenciou uma mudança de opinião em relação a pronunciamento já feito no STF.
O ministro admitiu que, se o tribunal proibir o financiamento privado, “o mundo real acabará criando situações que não ficarão bem colocadas”. E emendou: “É melhor que isso seja refletido de maneira mais aprofundada. Soluções simplistas não vão resolver problemas muito complexos”. Toffoli está alertando, em suma, para um risco óbvio para o qual já chamei a atenção aqui tantas vezes, enfatizado por Serra: proibir a doação legal só estimulará a doação ilegal. O presidente do TSE acenou com outra proposta que me parece sensata: criar um teto para a doação das empresas. A sugestão de Temer seria boa num país que não tivesse um Estado gigante como o Brasil: por aqui, o partido que estivesse no poder levaria enorme vantagem.
Serra defendeu o voto distrital já para as eleições municipais de 2016 em cidades com mais de 200 mil eleitores, proposta vista com simpatia por Temer, que a estenderia também para a eleição dos deputados estaduais. Os leitores deste blog sabem que sou um entusiasta desse sistema. O vice-presidente e o senador eleito divergem apenas sobre a forma de eleger a Câmara Federal: o peemedebista defende o voto majoritário: elegem-se os mais votados, e ponto final. O tucano apoia o voto distrital-misto.
Todos concordaram ainda que é preciso criar mecanismos para coibir a multiplicação desenfreada de partidos políticos, que não traduzem, evidentemente, a diversidade ideológica da sociedade, mas a mera conveniência de grupos organizados.
A questão do financiamento de campanha está no Supremo. Mendes pediu vista, e não há prazo para que o julgamento seja retomado. Enquanto não é concluído, ministros podem mudar de ideia e reformar o próprio voto. Fico satisfeito ao perceber que Dias Toffoli se mostra sensível ao apelo da razão. Ainda tenho a esperança de que a maioria do Supremo não vai afrontar de maneira tão escandalosa a lógica.
Eu me sinto algo recompensado. Durante alguns meses, fiquei praticamente sozinho, na imprensa ao menos, insistindo no óbvio.

Vamos lá. Eu já discordei, e com muita dureza, de Dias Toffoli, ministro do STF e presidente do TSE. E discordarei quantas vezes achar necessário. O arquivo do meu blog está à disposição. Por isso me sinto ainda mais à vontade para fazer a observação que segue. Vamos ver.
Um senhor chamado José Ticiano Dias Toffoli — sim, um petista — foi denunciado pelo Ministério Público Federal (e denúncia ainda não é condenação), acusado de ter movimentado irregularmente R$ 28,8 milhões da Prefeitura de Marília, interior de São Paulo, nos 10 meses em que assumiu o comando da cidade, entre os anos de 2011 e 2012.
O MP o acusa de ter roubado o dinheiro? Não! Ele e o prefeito que o antecedeu, de quem era vice, Mário Bulgarelli (PDT), usaram recursos do Fundo Municipal de Saúde e de Educação para pagar a folha de pagamento dos funcionários da prefeitura e outros gastos da máquina administrativa. É legal fazer isso? Não! Bulgarelli também é denunciado — no caso, pela movimentação irregular de R$ 28,2 milhões.
O sobrenome de José Ticiano é conhecido. Ele é o irmão mais velho de José Antonio, que vem a ser justamente o ministro Dias Toffoli, do Supremo. E aí a formulação na imprensa se tornou irresistível: “Irmão de Dias Toffoli é denunciando por desvio de R$ 57 milhões”.
Vamos lá. Existe alguma evidência de que o ministro tenha tido alguma relação com os atos do irmão? Não! O próprio José Ticiano admite a ação irregular e diz que deu continuidade a uma situação que herdou do antecessor — o que também é verdade, embora isso não livre a sua barra.
Sim: há apenas 11 ministros na corte suprema do país. Se o irmão de um deles é acusado pelo MP de uso indevido de verba pública, reconheço ser quase fatal que se recorra a essa síntese, mas acho imprescindível que se destaque que o ministro, até onde se sabe, não tem rigorosamente nada a ver com isso. Nem mesmo se pode dizer que haja uma conexão estrutural, ainda que casual, entre as respectivas esferas de competência de cada um.
A Polícia Federal deflagrou a operação Terra Prometida para coibir a venda irregular de lotes destinados à reforma agrária. Odair e Milton Geller, irmãos do ministro da Agricultura, Neri Gueller, estão entre os alvos da PF. Embora isso, por si, não evidencie que o ministro tenha algo a ver com a ilegalidade, há, admita-se, um forte parentesco entre a atividade do ministro e a área de atuação dos irmãos, que gerou problemas com a Polícia. No caso dos Toffolis, insisto, nem isso.
Estamos acostumados, e não sem razão, a desconfiar de tudo e a considerar todos os homens públicos suspeitos. É compreensível, mas convém um pouco mais de cuidado. Parece-me que o melhor título seria algo assim: “Ex-prefeito de Marília é denunciado pelo MP”. No corpo do texto, é evidente, seria preciso informar que ele é irmão do Dias Toffoli ministro. O título faz supor uma conexão entre os dois irmãos que, até onde se sabe, não existe.

Joaquim Levy e Nelson Barbosa foram, nesta quinta (27), extra-oficializados — e vejam como Dilma Rousseff força o estropiamento da língua portuguesa — como futuros ministros da Fazenda e do Planejamento. Mas ainda não tomaram posse. Estarão numa equipe de transição do governo Dilma para o… governo Dilma. Vale dizer: Levy e Barbosa aplanarão o terreno para a posse de… Levy e Barbosa. Parece uma maluquice? É uma maluquice.
O futuro titular do Planejamento não disse nada de aproveitável. Limitou-se a agradecer a confiança e coisa e tal. Levy não! Este falou. E com clareza. Fez um discurso apropriado a um governo, digamos, liberal. E o centro de sua fala poderia ser considerado explosivo se alguém estivesse hoje empenhado em cobrar coerência da presidente Dilma. Mas já ninguém se ocupa disso. Se o futuro ministro conseguir evitar o pior, já está de bom tamanho. Explico.
Levy falou, basicamente, sobre recuperar a credibilidade — o que significa admitir que credibilidade não há. E como fazê-lo? Ele deu a entender que essa confiança nasce da previsibilidade, o que demanda o cumprimento do que se promete. Curiosamente, para que se atinja tal objetivo, a Dilma presidente terá de desmentir a Dilma candidata.
O futuro ministro defendeu que se faça um superávit, no ano que vem, de 1,2% do PIB e, nos anos seguinte, de 2%. Mas não dourou a pílula. Agora vem o centro de sua fala: “Para se realizar essa trajetória para a relação dívida/PIB, o superávit primário do setor público consolidado deve alcançar o valor de, no mínimo, 2% do PIB ao longo do tempo (…) desde que não haja ampliação do estoque de transferência do Tesouro Nacional para instituições financeiras públicas”.
Sintetizo: ele está falando, principalmente, sobre o BNDES, sim, senhores! Está afirmando que é preciso pôr um limite à farra que permite ao Tesouro repassar dinheiro ao banco como quem diz “hoje é sexta-feira”. Mas que mal há nisso? Bem, o Tesouro capta dinheiro no mercado pela Selic (11,25%) e empresta a alguns eleitos a 5%. Tanto Marina Silva (PSB) como Aécio Neves (PSDB) falaram da necessidade de impor um limite à esbórnia. A candidata Dilma os acusou, então, de ser inimigos dos bancos públicos — e não apenas do BNDES: também do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal.
Levy falou o que aqueles que os petistas chamam “conservadores” queriam ouvir. Como esquecer que, durante a campanha, Lula bateu no peito e se orgulhou de, segundo disse, ganhar eleições contra o mercado? É, diga-se de passagem, mentira. De todo modo, pode-se até ganhar uma eleição contra o dito-cujo, mas certamente não se governa contra ele.
“Então é uma ditadura de mercado, Reinaldo?” Não! As regras a que me refiro são apenas as de bom senso: não gastar mais do que arrecada; não permitir que as despesas cresçam a um ritmo maior do que o das receitas; não tratar o Tesouro como a casa-da-mãe-Joana.
Não foi uma fala subserviente. Nesta quinta (ver post), o inefável Gilberto Carvalho, ainda secretário-geral da Presidência e, espera-se, futuro desempregado (ao menos em cargo público), afirmou que, ao entrar no governo, Levy aderia ao paradigma petista de governança. Trata-se, claro!, de uma sandice. É o petismo quem se rende às críticas feitas pelos adversários.
Que coisa! Só o estelionato salva o governo Dilma Rousseff.

NO BLOG DO CORONEL
A velha e liberal equipe econômica nomeada por Dilma, praticante da antiga política do superavit primário, do controle da inflação e da redução da dívida, avisa aos gênios bolivarianos: não há Bolsa Família nem Bolsa Empresário grátis.
Em suas projeções, economistas de diferentes matizes podiam discordar das medidas que deveriam ser adotadas em relação à economia no próximo ano, mas sempre houve uma unanimidade entre eles: 2015 seria um ano difícil. Nesta quinta, a fala conjunta dos futuros ministros da Fazenda, Joaquim Levy (foto), e do Planejamento, Nelson Barbosa, ao lado do reconduzido presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, reafirmou a projeção. O ano será de duros ajustes que vão afetar a vida de todos os brasileiros. Pode parecer um contrassenso, mas a mensagem foi bem recebida pelos economistas. 
Isso ocorreu porque, diferentemente da atual equipe econômica, a nova mostrou que reconhece o cenário ruim e sinalizou que vai trabalhar para corrigir a rota. “A nova equipe econômica é uma clara mudança de rumo”, diz o economista Luiz Carlos Mendonça de Barros, ex-ministro do governo Fernando Henrique Cardoso. “E é uma mudança correta, porque os resultados do primeiro mandato se mostraram ruins. Então, agora não tem mais sentido qualquer análise catastrófica para a economia no ano que vem.”
Segundo ele, um dos efeitos imediatos é que o mercado de trabalho, que começava a dar sinais de arrefecimento, não vai piorar tanto como o esperado. O economista Eduardo Giannetti, que trabalhou na campanha da candidata à presidente Marina Silva (PSB), ainda tem dúvidas sobre se haverá espaço político para a nova equipe trabalhar, mas concorda com a visão. “Caso o novo ministro possa colocar em prática suas ideias, é possível que o cenário de turbulências comece a mudar.”
Ano duro 
Uma boa pista sobre qual será o impacto de um eventual ajuste no dia a dia das pessoas está no valor anunciado do superávit primário (a economia do governo para pagar os juros da dívida). Levy falou em 1,2% de primário. Ele é conhecido por ser um ortodoxo, então, a expectativa é que faça um primário sem truques, que dependa de uma arrecadação mais robusta e de um legítimo corte de gastos. “Nesse cenário, não tem mágica: teremos aumento de impostos e cortes de subsídios”, diz Alessandra Ribeiro, economista da Tendências Consultoria Integrada. 
Já se prevê aumento da Cide, que hoje está zerada, o que vai elevar o preço da gasolina. Também existe a expectativa de que as passagens de metro e de ônibus, hoje represadas, sejam reajustadas. O mesmo vai ocorrer com a energia. Pelas expectativas da Tendência, o reajuste médio da conta de luz será de 18%. 
O aumento das tarifas vai pressionar a inflação, que já encostou no teto da meta (de 6,5%). Assim, para fazer a inflação ceder, será preciso segurar o consumo. A Selic, a taxa básica de juros, com certeza vai ser elevada, encarecendo o crédito. As prestações, do calçado mais básico ao carro mais luxuoso, vão ficar maiores. 
Há porém uma expectativa positiva em relação ao outro lado da equação do ajuste: o lado do gasto público. “Se Joaquim Levy cortar gastos ou ao menos segurá-los para que parem de subir acima da receita, teremos dois efeitos benéficos”, diz Marina Santos, economista-chefe da gestora Mauá Sekular. O primeiro é aliviar a alta dos juros. A Selic ainda seria elevada, mas em pontos porcentuais menores. Assim, o tranco sobre o crédito tenderia a ser menor. Isso é possível porque, para cada ponto porcentual a mais que o governo poupa, representa um ponto porcentual a menos para se elevar na Selic. O outro fator positivo é que um governo mais austero será capaz de resgatar a confiança de consumidores e, principalmente, de empresários e investidores. 
“O cenário para 2015 vinha se deteriorando há meses e tudo indicava que o País caminhava para a recessão, aumento do desemprego, queda da renda, com inflação e perda do grau investimentos: poderíamos retroceder uns 10 anos”, diz Marina. “Ainda não temos os detalhes sobre o ajuste, mas se o discurso for posto em prática, pode recuperar a confiança.” Em outras palavras: o ajuste vai doer em 2015, mas pode deixar a economia mais saudável a partir de 2016. (Matéria do Estadão)

A investigação na Suíça que levou à descoberta dos cerca de US$ 26 milhões escondidos no exterior pelo ex-diretor de abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa, é muito mais ampla. Tão extensa que poderá levar à descoberta de novas pessoas envolvidas no esquema de corrupção, segundo os procuradores brasileiros que viajaram para a Suíça para repatriar o dinheiro. A convite dos suíços, eles analisam a movimentação nas contas bancárias de Costa.
- Na verdade, a investigação vai além de Paulo Roberto Costa – disse Delton Dallagnol, um dos procuradores. Segundo os procuradores, ao investigarem toda a cadeia de pagamentos, os suíços tentam identificar todos os envolvidos. Podem ser brasileiros ou estrangeiros. - Eles (os suíços) podem alcançar pessoas que a gente nem imaginava que existissem e que estão aqui também. A ideia é sobrepor o que as duas investigacões (na Suíça e no Brasil) tem – explicou Delton. 
A investigação na Suíça corre em paralelo com a investigação brasileira. E a ideia é cruzar os dados dos dois lados. - As investigações deles são muito boas, avançaram bastante, e a cooperação é ampla. Não estão medindo esforços para investigar esse caso e adotar todas as providencias cabíveis – afirmou o procurador Eduardo Pelella, que é chefe de gabinete do Procurador-Geral da República, Rodrigo Janot. 
Por conta de um acordo de sigilo total com os suíços, os três procuradores – Pelella, Dallagnol e Orlando Martello – não quiseram dar nenhuma informação sobre o que viram ou descobriram no exame da movimentação das contas de Paulo Roberto Costa. E se negaram a especular se outros envolvidos poderiam ser brasileiros ou estrangeiros. Pelella insistiu que o sigilo precisa ser mantido, para não se fechar a porta da colaboração com os suíços, que ele considera muito boa:
- Não dá para fechar esse canal, senão mata a galinha de ovos de ouro e anos poupados de trabalho – afirmou Pelella. Perguntado sobre o que falta para o dinheiro de Costa voltar ao Brasil, o procurador explicou que agora é uma questão de procedimento da Suíça. - É questão procedimental, que diz respeito ao Ministério Publico suíço – afirmou. (O Globo)

NO BLOG DO JOSIAS
No seu primeiro contato com os refletores na condição de “ministro indicado”, Joaquim Levy revelou-se um entrevistado capaz de produzir muitas certezas, exceto uma. Ele parece intuir que terá autonomia para gerir a pasta da Fazenda apenas até certo ponto. O ponto de interrogação.
A alturas tantas da entrevista coletiva, uma repórter endereçou três perguntas a Levy: terá autonomia para fazer os ajustes fiscais necessários para conter o rombo nas contas públicas? Haverá aumento de impostos? Fica bem para o Brasil aprovar uma lei que altera a meta de superávit primário com o jogo em andamento, como Dilma tenta fazer no Congresso?
Levy respondeu apenas à segunda indagação, ainda assim com o timbre aguado que a transição lhe impõe: “As medidas necessárias para o equilíbrio das contas públicas serão tomadas com análise, com segurança, blá, blá, blá…” Outra repórter voltou ao ponto: qual foi o grau de autonomia que a presidente Dilma conferiu ao senhor para conduzir as mudanças na economia?
“A autonomia, acho que está dada”, disse Levy. “Acho que o objetivo é claro”, começou a desconversar. “Os meios a gente conhece”, rodopiou. “Acho que há suficiente grau de entendimento dentro da própria equipe”, continuou dando voltas. “Então, acho que essa questão é… Essa questão, aliás, ela vai se responder de maneira bem tranquila. Na verdade, a gente vai ver no dia a dia como é que ela ocorre.”
Quer dizer: nem Levy sabe se Dilma deixará Levy fazer o que precisa ser feito para consertar o estrago que Dilma deixará como herança para si mesma. O grande problema é que os quatro anos de desmantelo do primeiro mandato não serão corrigidos do dia para a noite.
No governo, os economistas tomam suas melhores decisões, apertam os botões e têm de esperar pelos efeitos. Que talvez só comecem a chegar a partir de 2016. Ou talvez nem cheguem. Nesse jogo, é preciso ter persistência e paciência. Dilma sofrerá pressões políticas hediondas para livrar-se de Levy. Conseguirá resistir à inevitável impopularidade da travessia?

NO BLOG DO ALUIZIO AMORIM
Acima o presidente da Odebrecht, Marcelo Odebrecht, abaixo o majestoso edifício-sede da empresa em São Paulo.

A Odebrecht vive a expectativa da iminente prisão de seus principais dirigentes, no âmbito da Operação Lava Jato, diante da suspeita de que a empreiteira seria a mais beneficiada pelo esquema de contratos obtidos mediante cartel, fraude em licitações e pagamento de propinas a autoridades e funcionários. A favorita dos governos Lula e Dilma, inclusive na Petrobras, concentra quase 53% de todos os contratos.
Fontes da Odebrecht afirmaram que o “clima” na cúpula da empresa é desolador, com os preparativos para enfrentar a decretação de prisões.
No despacho em que mandou prender poderosos empreiteiros, o juiz federal Sérgio Moro cita a Odebrecht pelo menos 14 vezes.
Moro explica, na decisão, que não prenderia os diretores da Odebrecht “por hora”, sugerindo que a providência não estava descartada. Do site Diário do Poder/ Coluna Cláudio Humberto
EXPLICAÇÕES NECESSÁRIAS
Os que acompanham este blog sabem que este é um espaço de defesa da democracia, da liberdade, sobretudo a liberdade individual. Ao mesmo tempo este espaço defende o capitalismo, a liberdade de mercado, a livre iniciativa, os empresários e empreendedores de todas as áreas. 
Mas, por outro lado, este blog deplora e condena qualquer iniciativa que tente estabelecer a confusão entre as esferas pública e privada. Aliás, esta é a essência do Estado Moderno que se contrapõe às monarquias absolutistas e a toda e qualquer ditadura à direita ou à esquerda do espectro político pois ambas se sustentam justamente do escandaloso contubérnio entre os entes públicos e privados. 
Com a notícia de possível envolvimento no petrolão de uma das maiores empresas brasileiras, a Odebrecht, segundo revela a coluna do jornalista Cláudio Humberto do site Diário do Poder, conforme a transcrição acima, vem a lembrança o fato do rumoroso caso da construção do porto de Mariel em Cuba, realizado pela Odebrecht. Digo rumoroso porque até hoje os cidadãos brasileiros que sustentam o erário desconhecem o valor do aporte feito à ditadura cubana para financiar o gigantesco porto de Mariel. Sabe-se apenas que os recursos foram alocados pelo BNDES, mas o governo do Lula e da Dilma carimbaram a operação de secreta, virando as costas para o Congresso Nacional, invocando o sigilo bancário que, no caso, não cabe de forma nenhuma porque o BNDES é um banco público. Como é dinheiro público o contrato de financiamento desse porto teria, por disposição Constitucional, de passar pelo crivo do Poder Legislativo. 
A manobra do governo do PT configura, portanto, uma ilegalidade. Só isso seria motivo suficiente para o impeachment da Presidente da República. Estranhamente, o Congresso permaneceu calado, sobretudo os parlamentares oposicionistas, pois já nem falo da famigerada 'base alugada' que se prepara para golpear mais uma vez a Constituição no caso da vergonhosa e criminosa maquiagem da LDO, que significa atirar no lixo a lei de responsabilidade fiscal. Neste caso supõem-se que no futuro imediato novas obras que tanto precisa o Brasil e os brasileiros serão realizadas não no Brasil, mas em Cuba e outras ditaduras comunistas ditas bolivarianas.
Vêm à tona, igualmente, as viagens de Lula como garoto-propaganda de empreiteiras como a Odebrecht. O fato não só foi admitido pelo presidente dessa empresa, Marcelo Odebrecht, mas ele próprio escreveu um artigo na Folha de S. Paulo, edição de 7 de abril de 2013, intitulado "Viaje mais, presidente", embora Lula já estivesse na condição do ex-presidente. Nesse escrito, Marcelo Odebrecht é incisivo, sente-se à vontade para defender Lula como garoto-propaganda de sua empresa no exterior, revelando sem qualquer pejo a proximidade e a intimidade que desfruta com Lula. 
Dito isto, conclui-se que já existe no Brasil, a exemplo da Venezuela, a classe dos "boliburgueses", neologismo criado na Venezuela para designar os poderosos empresários bolivarianos, formado por duas palavras: burguês e bolivariano. São eles, lá como aqui, os principais sustentáculos do projeto comunista do Foro de São Paulo. Transcrevo na íntegra o artigo do Marcelo Odebrecht. Leiam:
VIAJE MAIS, PRESIDENTE
Minha tendência natural perante assuntos que despertam polêmicas, como as reportagens e os artigos publicados nas últimas semanas sobre viagens do ex-presidente Lula, é esperar a poeira baixar.
Dessa vez, resolvi agir de modo diferente porque entendo que está em jogo o interesse do Brasil e o legado que queremos deixar para as futuras gerações.
As matérias, em sua maioria em tom de denúncia, procuraram associar as viagens a propósitos escusos de empresas brasileiras que as patrocinaram, dentre elas a Odebrecht.
A Odebrecht foi, sim, uma das patrocinadoras da ida do ex-presidente Lula a alguns dos países citados. E o fizemos de modo transparente, por interesse legítimo e por reconhecer nele uma liderança incontestável, capaz de influenciar a favor do Brasil e, consequentemente, das empresas brasileiras onde quer que estejam.
O ex-presidente Lula tem feito o que presidentes e ex-presidentes dos grandes países do hemisfério Norte fazem, com naturalidade, quando apoiam suas empresas nacionais na busca de maior participação no comércio internacional. Ou não seria papel de nossos governantes vender minérios, bens e serviços que gerem riquezas para o país?
Nos últimos meses, o Brasil recebeu visitas de reis, presidentes e ministros, e todos trouxeram em suas comitivas empresários aos quais deram apoio na busca de negócios.
Ocorre que lá fora essas ações são tidas como corretas e até necessárias. Trazem ganhos econômicos legítimos para as empresas e seus países de origem e servem para a implementação da geopolítica de governos que têm visão de futuro, como o da China, por exemplo, que através de suas empresas, procuram, cada vez mais, ocupar espaços estratégicos além fronteiras.
Infelizmente, aqui o questionamento existe, talvez por desinformação. Permitam-me citar alguns números. A receita da Odebrecht com exportação e operações em outros países, no ano de 2012, foi de US$ 9,5 bilhões e nossa carteira de contratos de engenharia e construção no exterior soma US$ 22 bilhões.
Para atender a esses compromissos, mobilizamos 2.891 empresas brasileiras fornecedoras de bens e serviços. No conjunto, elas exportaram cerca de 60 mil itens. Dessas, 1.955 são pequenas empresas e, no total, geraram 286 mil empregos em nosso país. É uma enorme cadeia de empresas e pessoas que se beneficia de nossa atuação em outros países e, obviamente, se beneficia também do apoio governamental a essa atuação. Esse apoio se dá, dentre outras formas, com os financiamentos do BNDES para exportação que, no caso da Odebrecht, é bom que se frise, representam 18% da receita fora do Brasil.
Estamos em 22 países, na grande maioria deles há mais de 20 anos, e exportamos para outros 70. Como ex-presidente, Lula visitou sete, e esperamos que ele e outros governantes visitem muitos mais.
Esses números falam por si, mas decidi me manifestar também porque não quero que disso fiquem sentimentos de covardia ou culpa para as pessoas que trabalham em nossa organização.
Quero minhas filhas e os familiares de nossos integrantes de cabeça erguida, orgulhosos do que nós e outras empresas brasileiras temos feito mundo afora, construindo a Marca Brasil para além do samba e do futebol, ao mesmo tempo em que contribuímos para a prosperidade econômica e justiça social nos países e comunidades onde atuamos.
A inserção internacional nos tornou um país socialmente mais evoluído e comercialmente mais competitivo porque gerou divisas, criou empregos, permitiu trazer novas tecnologias e estimulou a inovação.
O tratamento que está sendo dado por muitos às viagens do ex-presidente Lula é míope e reforça entre nós uma cultura de desconfiança.
Caminhar na construção de uma sociedade de confiança, fundada no respeito entre empresas, entre estas e o poder público e entre o poder público e a sociedade será muito bom para todos nós.

MARCELO ODEBRECHT, 44, engenheiro civil, é presidente da Odebrecht S.A., empresa holding da Organização Odebrecht
CONCLUINDO
Quem leu o artigo acima constata que Marcelo Odebrech conclui com a seguinte afirmação: "Caminhar na construção de uma sociedade de confiança, fundada no respeito entre empresas, entre estas e o poder público e entre o poder público e a sociedade será muito bom para todos nós."
Sim. Eu e todos os brasileiros concordamos com a afirmação. Entretanto, não são os valores morais e éticos destacados por Odebrecht que parecem nortear as relações entre os empresários e o governo do PT. Que o diga o deletério e escandaloso caso do Petrolão.

Os boliburgueses Joaquim Levy e Luiz Trabuco. Abaixo seus novos companheiros.

Lula , dilma e seus sequazes poderão fazer o diabo. Nem mesmo com o apoio do Bradesco e demais bancos, mais a trupe de mega-empresários que lambem os pés do PT, conseguirão demover o sentimento que se agiganta no Brasil de repúdio total ao governo petista. Um sinal disto que estou afirmando vem diretamente do mercado. A Bovespa murchou nesta quinta-feira e o bom, velho e seguro dólar manteve a alta. Quem tem algum dinheirinho compra dólar que nunca, jamais, perde o valor. 
Esse festejado Joaquim Levy, indicado pela Dilma para a Fazenda, não passa de um boliburguês que já foi lacaio de Lula. E o nível de apoio irrestrito desses banqueiros que se divertem remunerando a poupança e aplicações correlatas como CDB, com menos de 1 dígito e emprestando por algo ao redor de 8% ao mês! , é realmente um maná. Se essa história for contada para um americano, alemão ou japonês, não acreditarão. 
Para aqueles menos avisados soa estranho que empresários e banqueiros sejam os maiores apoiadores dos comunistas do PT. Vejam que o presidente do Bradesco, o Luiz Trabuco, sujeitou-se ao marketing do PT, quando foi ter com a Dilma para dizer que não poderia aceitar o cargo de ministro da Fazenda. É claro que, na ocaisão, Trabuco ofereceu seu subordinado Joaquim Levy, que já era um velho conhecido da turma do PT.
Tanto Trabuco, como Levy e demais banqueiros e mega-empresários são os boliburgueses que apoiam todos os governos comunistas bolivarianos. Esse neologismo foi criado na Venezuela, para qualificar os empresários e banqueiros que apoiam o chavismo. Boliburguês é a junção de bolivariano com burguês, coisa típica do empresariado latino-americano que é patrimonialista desde criancinha.
Ora, esse comunismo do século XXI, cuja aplicação é coordenada pelo Foro de São Paulo, não promove mais a guerrilha na selva, não assalta bancos. Ao contrário, assalta os cofres públicos e convida os empresários e banqueiros para serem seus parceiros. O botim é dividido para manter o poder incólume.
Esse neo-comunismo emergiu da falência da ex-URSS e da ex-Alemanha Oriental, renasceu no mesmo momento em que um monte de alemães trepados no Muro de Berlim, num transe libertário mostrado ao vivo e em cores por todos os veículos de comunicação. Não tem nada mais a ver com o velho comunismo que ascendeu ao poder na Rússia em 1917. Nesse novo modelo se tem uma ditadura disfarçada pela liberdade de mercado, como ocorre na China. Todavia é uma camarilha que detém todo o poder. Zero de liberdade política e censura total aos meios de comunicação e à internet.
Na China o Partido Comunista Chinês é o dono de uma Nação com cerca de 1,3 bilhão de habitantes que vivem um pouquinho melhor que no velho comunismo depois que as empresas ocidentais capitalistas lá se instalaram. 
O que os analistas econômicos e políticos falam nos jornalões e nas televisões nesta quinta-feira (27) é tudo mentira. Renovo o meu apelo: boicotem Folha de S. Paulo, Estadão, Globo e desliguem as televisões. Todas as matérias desses veículos de mídia fazem parte dessa encenação ridícula e mentirosa voltada a salvar o governo do PT.
Joaquim Levy, Trabuco, Barbosa e demais tombinis, fazem parte da estratégia petista de poder perpétuo, ou seja, obedecem o projeto formulado pelo Foro de São Paulo e, claro, não estão empoleirados no poder pelo salário de ministro ou de presidente do Banco Central. Isso, para essa gente é troco. No máximo uma noitada de orgia em Paris.
CLASSE MÉDIA SERÁ GARROTEADA
O único efeito dessa modificação na área econômica do governo petista será sentido pela classe média verdadeira. Não essa que anda por aí a bordo desses carrinhos de entrada, mas aquela que cumpre a lei, estuda, trabalha, é responsável e tem um projeto de vida que evidentemente não se encaixa nos planos do Foro de São Paulo. Isto quer dizer a classe média verdadeira será utilizada para pagar a conta da roubalheira, principalmente via Imposto de Renda e demais tributos que incidem até sobre o ar que respiramos.
O resultado disso tudo fará com que a classe média verdadeira desapareça, sobrando apenas a nomenklatura do Foro de São Paulo associada aos Levys e Trabucos e, de outro, um bando de miseráveis que vivem às expensas do Estado via bolsas família e correlatos.
Resta saber se o que virá por aí. Há duas hipóteses: O Levy mete o trabuco no traseiro da classe média brasileira que ficará caladinha e contente, ou decidirá ir para as ruas para o confronto. Nesta hipótese as Forças Armadas brasileiras convocadas pelo Lula e pela Dilma, vão para as ruas reprimir os que protestam contra o sistema bolivariano ou se juntam às massas enfurecidas e bombardeiam o Palácio do Planalto, detonando o PT e o Foro de São Paulo para sempre.
Se os leitores tiverem algum palpite sobre o que poderá acontecer aproveitem para comentar. Se gostaram deste post também podem compartilhar pelas redes sociais. Vamos aproveitar enquanto o PT do Lula, da Dilma e os Trabucos, não corta os cabos da internet.


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