MISTÉRIOS DO FUTEBOL


Mistérios ocultos sobre o futebol

Tostão (O Tempo)
Um leitor perguntou por que os times brasileiros, e de todo o mundo, com superatletas, amparados pela tecnologia e pela ciência, não repetem, com frequência, o ritmo alucinante e a sufocante marcação por pressão, como fizeram Bayern e Borussia, nas goleadas sobre Barcelona e Real Madri.Essas são partidas especiais, heroicas. Não dá para ser herói todos os jogos. Os apressados já tiraram milhares de conclusões por causa de duas partidas atípicas. Um jogador do Borussia, substituído nos minutos finais da partida, tinha uma cara muito mais de sofrimento, de dor, pela exaustão física e emocional, do que de alegria.Será esse o futuro do futebol, com atletas perfeitos fisicamente, atuando, de rotina, no limite físico, associados ao talento individual? Ou será a união do futebol com o rúgbi?Muitas equipes que atuam com essa intensidade jogam mal e perdem. A garra está próxima da intranquilidade. Muitos técnicos, especialmente os ingleses, acham que pressionar demais quem está com a bola é um suicídio, pois, quando a marcação avança e não recupera a bola, abrem-se grandes espaços na defesa. Esse tem sido um dos vários problemas do Barcelona, que não desarma tanto quanto antes.A seleção, contra o Chile, não pressionou nem recuou. O Chile, também só com jogadores que atuam na América do Sul, a maioria reserva da seleção principal, foi, coletivamente, muito melhor. Eles também tiveram pouco tempo para treinar. A razão principal da inexistência de jogo coletivo do futebol brasileiro não é a falta de tempo. É que desaprendemos a jogar coletivamente.
Real Madrid e Barcelona, que está em uma situação muito pior, só chegarão à final se fizerem partidas heroicas, além de atuações desastrosas dos alemães e de uma sequência favorável de acasos. Nem os mistérios do futebol são capazes de ocultar tantas surpresas.
Assistirei, em Munique, pela TV, às partidas de volta da Liga dos Campeões da Europa. É uma viagem de duas semanas, de férias, já programada há meses. Torci, no sorteio, para que o segundo jogo fosse em Munique. Já tinha até planejado como comprar o ingresso. Dei azar.

Da Tribuna da Imprensa de 30-4-2013.

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