NA COLUNA DO FERNANDO MAIA
No Jornal O Estado
“Lula-Show” nos 40 anos do PT
Domingo, 09 de fevereiro 2020
A festa dos 40 anos do PT, no Rio, evento que tinha tudo para ser uma grande manifestação pela democracia e pela moralização da política do País, terminou se transformando em mais um “Lula-Show”, organizado pela arrumadeira da casa, Gleisi Hoffmann, mas faltaram coadjuvantes tipo Maduro, da Venezuela; Correa, do Equador, e Fernandez, da Argentina. Ele teve de se contentar com o folclórico José Mujica, ex-presidente do Uruguai. Tendo como palco o auditório da Fundição Progresso, na Lapa, o ex-presidente se sentiu em casa para descarregar ataques generalizados, contra a Operação Lava-Jato, o ministro Moro, o procurador Dallagnol e todos os responsáveis pela sua prisão, a quem taxou de ladrões. Em sua fúria, não poupou nem o Luciano Huck, que não fala mal dele. Acreditem, mas Lula investiu até contra o empreendedorismo, considerando essa prática responsável pelos empregos “uberizados”, e demonizou o desemprego de 12 milhões, esquecendo-se que tudo começou com Dilma, sua cria. Com disparos da metralhadora giratória de Lula, quem acabou fazendo um bom negócio foi o governador do Ceará, que não é chagado a “oba-ôba”. Lá não foi, e mandou recado para o PT fazer autocrítica pelos erros cometidos, pedido detestado por Lula enfaticamente.
Estão brincando!
Nesta quarta-feira (12), o desembargador Haroldo Máximo, presidente do TRE, terá uma conversa muito séria, no plenário da Câmara Municipal de Fortaleza, com todos os membros daquele Poder. Deverá pedir a colaboração dos edis, mostrando dados, o que representa a ameaça de 350 mil eleitores não votarem por falta da biometria, perdendo direitos. E isso, sem se falar nos prejuízos dos candidatos, sabendo o quanto lhes fará falta uma medida eficiente para dar mais garantia ao pleito de outubro próximo.
Sem clientelismo
Ainda em relação aos eleitores sem biometria, a cautela da Justiça Eleitoral deverá ser em relação a “colaboração” que os vereadores poderão oferecer, com ajuda para transporte e alimentação, como vinha ocorrendo, prática de clientelismo aos olhos da lei, ou seja, crime eleitoral.
Invocados
Tem petista, principalmente de Fortaleza, invocado com ausências de correligionários à festança do jubileu de esmeralda do PT. Uma delas deixa mais gente confusa no partido. Trata-se do deputado Acrísio Sena, que foi direto e enfático: só iria se Camilo Santana fosse.
Importante
Hoje (10), na Sala das Comissões, todos os deputados deverão analisar a sequência de mensagens e projetos do Poder Executivo, tratando de promoções, ganhos salariais e previdenciários dos policiais civis e militares, dentro dos debates a respeito do que essas categorias exigem com ameaças de paralisação.
Recado
Sobre essa importante reunião dos parlamentares com representantes dos policiais, o líder do Governo, deputado Júlio César, faz uma advertência a ser lavada em consideração por deputados e policiais: o Governo não pode ir além dos limites da Lei de Responsabilidade Fiscal.
Fórum da Saúde
No Pavilhão Oeste, do Centro de Eventos do Ceará, o Governo do Estado realiza, hoje o Fórum Estratégico da Saúde, coordenado pela Sesa. Segundo o secretário, Doutor Cabeto, o evento terá o objetivo de mostrar com transparência, à sociedade, os acertos e os desafios do setor.
Advertência
Para o deputado Osmar Baquit (PDT), parlamentares, de qualquer partido, que se apresentam como defensores das demandas dos policiais civis e militares precisam agir sem ter de dar a impressão de que estão mais interessados nos votos dessa categoria. A proximidade do pleito estimula o voto favorável.
No vazio
Para observadores e analistas da pré-campanha, o pré-candidato do Psol, Capitão Wagner, ainda vai precisar conquistar mais partidos para formar a sua coligação. O grupo partidário que o acompanha, quase todos pequenos, não são garantia de tempo de TV e força eleitoral.
Mais agências
Salmito Filho, convalescendo, ainda, de cirúrgica plástica, deverá ser procurado, nesta semana, por representação da Aprece para uma tomada de posição junto à bancada federal do Ceará a favor de mais agências bancárias no Interior, onde 40% das cidades estão a descoberto nesse campo, fechadas em decorrência de assaltos.
NO O ANTAGONISTA
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“Democracia em Vertigem”, a peça de propaganda petista dirigida por Petra Costa, não levou o Oscar neste domingo de melhor documentário de longa-metragem.
A estatueta da categoria foi para o filme “American Factory”...
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Weintraub não desistiu de carteirinha digital de estudante
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Caduca no próximo domingo (16) a medida provisória 895, que criou a carteirinha estudantil digital.
Em entrevista a um canal do YouTube, o ministro Abraham Weintraub disse que...
NO BLOG DO POLÍBIO BRAGA
O presidente Jair Bolsonaro e o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, se reuniram neste domingo, por quase uma hora no Palácio do Alvorada. O encontro, segundo confirmou a assessoria do parlamentar, foi para tratar a agenda da semana.
Duas Medidas Provisórias (MPs) do governo devem perder a validade sem ser analisadas pelo Congresso neste período.
Os textos, que tratam da emissão de carteirinhas estudantis e da publicação de editais de licitações em jornais, devem ser arquivadas. Para não caducarem elas teriam de ser analisadas até o próximo domingo, dia 16.
Domingo, às 2/09/2020 08:26:00 PM
NO PODER360
Eis a newsletter de hoje
Segunda-feira [10/02/2020]
PODER EM FOCO
Secretários terão reunião semanal
Maia e Alcolumbre devem participar
INTERNACIONAL
Cedo para fazer previsões
MÍDIA
Filme é do diretor Bong Joon-ho
BRASIL
Ligado ao Escritório do Crime
MÍDIA
Filme brasileiro está na Netflix
CONGRESSO
Veto do Orçamento Impositivo é dúvida
BRASIL
Poder360 compilou vídeos
NO BLOG DO ALUÍZIO AMORIM
Segunda-feira, fevereiro 10, 2020
Por Maria Lucia Victor Barbosa (*)
O PT, quem diria, está fraco, envelhecido, debilitado aos 40 anos. Para um partido que desejou reinar para sempre, que se denominou o maior da esquerda latino-americana, que se pretendeu hegemônico, tal desgaste está deixando seus dirigentes e seu dono, Lula da Silva, atônitos, desesperados para regatar o poder que lhes proporcionou tantos privilégios, um reinado de 8 anos do chefe e mais quatro e meio de Dilma Rousseff.
O PT institucionalizou a corrupção sem nenhum pudor, simulou ser o salvador dos pobres, mas muitos de seus membros, incluindo, Lula da Silva, enriqueceram no poder enquanto a desigualdade social permanecia. Não houve competência para fazer as reformas necessárias e os alardes de maravilhas executadas não passaram de engodos.
Quanto aos valores que norteiam as percepções morais da sociedade foram pisoteados através do vale-tudo dos comportamentos. A Educação caiu ao seu pior nível, pois não interessava o aprendizado, mas a doutrinação petista capaz de gerar profissionais que até hoje acreditam que Lula é um coitado inocente e que o fazer do partido, que é um misto de seita e máfia, é excelso e puro. O PT não erra, mas sim os outros, porque o PT tudo pode, inclusive, estaria acima da Lei.
Mas nada dura para sempre. O abuso chegou ao ponto que não foi mais tolerado. Quando o governo de Dilma Rousseff, especialmente no segundo mandato, aos seguir as ordens de seu criador político mergulhou o País em sua pior recessão aconteceu o inusitado, o nunca havido: multidões foram às ruas gritar: Fora Lula. Fora Dilma, Fora PT.
Naturalmente, petistas, acostumados a transformar retoricamente suas derrotas em pseudo vitórias, preferiram chamar de golpe as manifestações populares que desembocaram no Congresso cujos membros se nutrem da opinião pública. O impeachment, ironicamente sempre tentado para outros, atingiu o coração do partido que, dali em diante, começou a descer a ladeira da decadência política. Especialmente, Lula foi atingido e não conseguiu demover deputados e senadores de não manter sua comandada.
Seguiu-se a perda de mais de 60% das prefeituras. Um baque e tanto, político e financeiro. Outros fatos se seguiram indicando sinais de decrepitude, mas um deles provocou um abalo sísmico, profundas rachaduras na carapaça petista: a prisão do líder, baseada não só em delações, mas em documentação farta e provas concretas sobre crimes cometidos.
Novamente o PT inventou uma risível e estapafúrdia explicação: Lula é preso político, enquanto este se apresentava como a criatura mais inocente do planeta. O culpado não era Lula, mas o então juiz Sérgio Moro, hoje ministro da Justiça e da Segurança Pública, um magistrado de rara coragem e competência, uma exceção brasileira capaz de nos fazer orgulhar do Brasil.
E veio a eleição presidencial. Uma nesga de esperança despertou nas hostes petistas. Mas Haddad, denominado jocosamente de poste, perdeu para Jair Bolsonaro, o qual para os institutos de pesquisa estava destinado inexoravelmente à derrota.
Agora o PT, decrépito e atordoado, tenta recuperar o tempo perdido, mas sua única inovação é a seguinte: ao invés de tentar inutilmente uma frente das ditas esquerdas, quer ir além da pose em que figuraram Lula, Haddad e Paulo Maluf, as louvações a Sarney e a proximidade com outros políticos antes execrados. Agora vale parcerias não só com os partidos nanicos que se dizem de esquerda, mas a associação com o antes “horripilante” Centrão formado pelo PL, PP, DEM, PRB e Solidariedade. Tem mais: candidatos petistas a prefeito poderão receber a poio, além do Centrão que engloba o DEM, do PSDB. Portanto, acabou aquela coisa de partido golpista e se instalou a mixórdia total.
Quando afirmei em artigos anteriores que os partidos brasileiros não passam de clubes de interesse, trampolins para se alçar ao poder, sem ideologia ou programas não vejo exceções. O PT é um partido igual aos outros, só que pior, porque sempre se escondeu atrás de uma inverídica ética. Aliás, em seus congressos o PT nunca conseguiu definir seu socialismo, seja o comunismo ou a socialdemocracia. Entretanto, lançou a moda de chamar os que considera seus inimigos de fascistas. Mais um sinal de ignorância porque petistas não têm a mínima noção do que é fascismo, mesmo porquê, nunca souberam se definir ideologicamente. Agora, seguem desgastados, decrépitos aos 40 anos, em busca do poder pelo poder que, como sempre, foi seu objetivo.
(*) Maria Lucia Victor Barbosa é socióloga.
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