SEGUNDA EDIÇÃO DE QUINTA-FEIRA, 13/02/2020

NA COLUNA DO FERNANDO MAIA
Paz ameaçada
Quinta-feira, 13 de fevereiro 2020
No Jornal O Estado
No plenário da Alce, onde por muitos anos reinou harmonia por conta das grandes bancadas governistas, a proximidade de mais um pleito parece trazer ameaças a essa paz. O clima de enfrentamento entre deputados do Interior, que era superficial, explodiu, tendo como estopim o desmentido, dos deputados Audic Mota (PSB) e Leonardo Pinheiro (MDB), revoltados com Domingos Filho, Domingos Neto e a deputada Patrícia Aguiar por anunciarem como conquista da grei familiar ter conseguido com o reitor Cândido Albuquerque a implantação de curso de Medicina na cidade de Tauá. A médica cearense Dra. Mayra Pinheiro, secretária Nacional de Gestão de Trabalho e Educação na Saúde, apressou-se em desmentir a informação, com violento pronunciamento do deputado Leonardo, aproveitando-se do ensejo para fazer acusações ao ex-presidente do TCE, por ter vendido decisões. O deputado Osmar Baquit (PDT), que havia tido atuação decisiva no processo que extinguiu o TCM, assumiu a defesa do ex-vice-governador, condenando a acusação feita por Leonardo. A discussão se prolongou até as 14 horas, a despeito do esforço dos deputados que presidiram a sessão para serenar os ânimos. Com esse episódio, torna-se evidente que o ambiente de paz foi perigosamente conturbado no âmbito daquele poder.
Estelionato eleitoral. 
No episódio do desmentido sobre cursos da UFC em Tauá, o deputado Audic Mota (PSB), adversário político de Domingos Filho, do deputado Domingos Neto e da deputada Patrícia, ao se expressar sobre o assunto, considerou-o ato condenável da direção do PSD, por se tratar de “fake news”, desmentida, má-fé, deslealdade política em relação às demais cidades, e gravíssima irresponsabilidade pública por conta de ser período eleitoral, o que torna atos dessa natureza como explícito “estelionato eleitoral”.
Além-fronteiras. 
Ultrapassa as fronteiras do País a revolução escolar do Ceará, a partir da atuação da professora Izolda Cela, quando secretária da Educação em Sobral. Por conta disso, ela teve de fazer aos representantes do Banco Mundial, exposição sobre as estratégias usadas para colocar Sobral e o Estado no alto do pódio educacional do País.
“Rolo” petista. 
No PT, partido com mais “alas” que escola de samba, quatro dessas falanges exigem do presidente do diretório municipal de Fortaleza, Guilherme Sampaio, celeridade para a indicação do nome da sigla à Prefeitura de Fortaleza. Sampaio não abre mão de sua condição de pré-candidato e não tem pressa.
O “nó” no Abolição. 
Em meio ao vai-não-vai do PT, com Luizianne Lins e Guilherme Sampaio na batalha pela indicação do candidato à sucessão municipal, petistas mais íntimos do Abolição insistem que Camilo Santana continua neutro, mas suspeita-se que gostaria de ver o seu partido apoiando o candidato do PDT.
Invejado. 
É notável o esforço do deputado Salmito Filho para calar nulidades da sua própria bancada remando contra a maré. Nem todos têm o seu brilho e a mesma dedicação na defesa do Governo. Há deles que, não conseguindo fugir da burrice endêmica, falam mal do colega por pura inveja.
Ganhando espaço. 
Nizo Costa chegou à Assembleia Legislativa andando pelos cantos com a simplicidade de suburbano em baile de gala, mas conseguiu superar muita gente de nome. Tem prestigio no governo: Camilo Santana acaba de determinar ações da Escola Estadual de Trânsito por ele solicitadas, para Juazeiro do Norte, Iguatu, Jucás e Acopiara.
Diplomacia. 
Merece aplausos a maneira como o governador tenta resolver os sérios problemas salariais da classe policial. Em vez de confronto, ele usa a arma que é a sua predileta, ou seja, a diplomacia, confiando que a solução virá, se prevalecer o bom senso observando-se a situação financeira do Estado que deve atender a todos e não somente os policiais.
Mourão, o mais querido. 
Bolsonaro deixou “escapar” que a ministra Damares poderá ser a sua candidata a vice-presidente no pleito de 2022. A declaração comprova a pouca consideração pelo general Hamilton Mourão, esforçado, fiel e discreto companheiro que o tem desagradado por ser mais estimado e mais admirado que o próprio presidente.
“É um risco para qualquer país ter um Congresso dividido entre direita retrógrada, esquerda fanática e “centrão” formado por carreiristas”. (Ministro Luís Roberto Barroso, do STF).

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