SEGUNDA EDIÇÃO DE TERÇA-FEIRA, 19/11/2019

NO BR POLÍTICO
Segunda-feira, 18 de novembro|21:24
Dois recordes ruins no mesmo dia
Dólar fecha acima os R$ 4,20, e desmatamento é o maior da década. Nos dois casos, o que é culpa do governo?
Por Vera Magalhães
 
Tragédia anunciada. No caso do desmatamento, tudo. Os números do Deter, o sistema que faz o monitoramento mês a mês do desmate na Amazônia, já mostravam o que estava por vir no primeiro semestre. Jair Bolsonaro e Ricardo Salles preferiram negar os números, desacreditar uma instituição séria como o Inpe e demitir seu diretor, Ricardo Galvão, com direito a humilhação pública. 
Fumaça. Todo o esforço para compor uma narrativa ideológica em cima de uma série histórica estatística redundou no desastre anunciado nesta segunda-feira: aumento de 29,5% de um ano para outro no desmatamento, uma área superior a 9,7 mil m² derrubada, 90% dos quais em desmatamento ilegal.
O que fazer? A negação da realidade fez com que o governo não recuasse do desmonte que promoveu na estrutura de fiscalização do Ministério do Meio Ambiente, graças ao discurso do ministro e do presidente de que havia uma "indústria da multa", e de que seria preciso explorar economicamente a Amazônia. Diante do leite fartamente derramado, Salles agora diz que vai estudar com governadores o que fazer, anuncia a transferência de estruturas da sua pasta para a região e enrola para não admitir o óbvio: o governo ignorou todos os alertas e simplesmente não tem plano para deter o avanço do desmatamento, que, segundo os dados do Deter, segue a toda no segundo semestre.
E o dólar? O segundo recorde do dia - o dólar fechou no maior patamar da história do Plano Real - se deve a um misto de fatores externos e internos. No front doméstico, pesaram para pressionar a moeda norte-americana a semana curta, a falta de perspectiva de investimentos de curto prazo no País e a percepção de que as reformas não vão avançar neste ano.
Guedes de stand by. Bolsonaro tratou de dar um banho de água fria no mercado, ao anunciar que a reforma administrativa, que vai mexer na estabilidade para futuros servidores, não vai agora para o Congresso. A previsão era de envio nesta terça-feira. Prevaleceu a sugestão da área política de que seria explosivo mexer com o funcionalismo agora que Lula está solto e incendiário. Quem lê o BRP já tinha me ouvido cantar essa bola: diante do recrudescimento da polarização política, a agenda de Guedes era a primeira candidata a ser vítima. Foi.
Por Marcelo de Moraes
 
Do Marcelo: Pauta do governo corre risco de ficar no limbo do Congresso. Com o calendário eleitoral cada vez mais próximo, se essas discussões não forem reorganizadas, perigam caminharem a passos largos para o limbo no Parlamento, sendo esquecidas. 
Ibope: 43% rejeitam PT e 50% rejeitam PSL
Como já era previsto, a rejeição ao PT é menor no Nordeste, onde 28% não votariam no PT, ante os 43% que rejeitam a sigla a nível nacional. 
Pé atrás na Câmara com proposta tributária do governo
Já há resistência de cara em relação à proposta de unificação do PIS (Programa de Integração Social) e da Cofins (Contribuição para o Financiamento de Seguridade Social), incidentes sobre produtos e serviços. 
Militares repudiam post de Weintraub
Não foi só com o Exército que o ministro tirou o feriado para se indispor. A pessoas que cobraram bom senso em sua postagem, respondeu com ofensas envolvendo pai e mãe dos internautas. Cobrado, apagou algumas das postagens mais agressivas. 

NO BLOG DO POLÍBIO BRAGA
Sob pressão das ruas e fustigado pela PGR, o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli, decidiu na noite desta segunda-feira tornar sem efeito a decisão proferida por ele no fim de outubro que exigia da Unidade de Inteligência Financeira (UIF, antigo Coaf) a apresentação dos relatórios de inteligência financeira dos últimos três anos referentes a 600 mil pessoas físicas e jurídicas.
Toffoli já tinha recebido da UIF o acesso aos relatórios, mas afirmou que as informações prestadas pelo órgão foram satisfatórias. Segundo ele, o STF não acessou nenhuma informação sigilosa.
Segunda-feira, às 11/18/2019 08:22:00 PM

Em Porto Alegre, Gilmar e Dias Toffoli tomaram 'tomataço' podre e ovada no meio das caras. Os atos na Capital do RS também contaram com enterro simbólico do STF e cantos de guerra, inclusive do Hino do Exército Brasileiro.
#BrasilContraGilmarMendes é a hashtag de maior número de visualizações até o momento, algo como 1,5 milhões até as 16h.
Esta hashtag é apenas um dos movimentos que encorparam muito desde que o STF mostrou toda a cara para bater.
No link a seguir, você poderá examinar fotos e informações de todas as cidades brasileiras que promoveram manifestações neste domingo, todas exigindo o impeachment de Gilmar Mendes e a remoção do entulho lulopetista que domina o STF.
O clamar em todo o Brasil é por ação imediata do Senado, a quem cabe afastar Gilmar, que já enfrenta, ali, 17 pedidos de impeachment.
É o que está mais maduro.
CLIQUE AQUI para examinar.

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