TERCEIRA EDIÇÃO DE TERÇA-FEIRA, 22/10/2019

NO PUGGINA.ORG
JÁ ANDAMOS TÃO MELHOR!
Por Percival Puggina (*) 
Artigo publicado segunda-feira, 21.10.2019
Ontem, enquanto assistia, com minha mulher, a um vídeo do III Festival de MPB da TV Record (1967), experimentei instantes daquela emoção em que chorar parece escandaloso e as lágrimas, por isso, deslizam silenciosas pelos cantos dos olhos.
Qual sua causa? Seriam pequenas gotas de saudade dos anos 60? Do reencontro com as canções da minha juventude? Era isso, também, mas não era só isso. Refletindo sobre aqueles sentimentos, resultou impossível não considerar que era saudade de algo mais, saudade de uma juventude mais sadia, de um respeito ao belo, de uma reverência ao talento, à harmonia, à boa música e à poesia.
Havia isso, naqueles anos distantes. Letras que faziam pensar e sentir. Composições musicais que mobilizavam emoções de uma forma quase metafísica. Todas atravessaram mais de meio século na memória de uma geração inteira. Era música, era popular, por vezes revolucionária, mas era brasileira e tinha o perfume do amor ao Brasil e à nossa cultura.
Há quem descreva aqueles anos como os anos da inibição criativa, do amordaçamento de uma geração, mas o que vi e trago na memória são anos de extraordinária criatividade de jovens, muitos dos quais se alinhavam entre os principais críticos do regime. Não nego a censura política, nem as burras restrições à livre expressão das opiniões. O que nego é que de algum modo tenhamos avançado a partir do instante em que os instrumentos da cultura passaram a ser usados para destruir a cultura, degradar o gosto estético, refugar a beleza que, nas almas nobres, é zeladora de tantos bens imateriais.
Interrogo-me: como saímos de Ponteio, Roda Viva, Domingo no Parque; ou, mais expressivo ainda, de Caimi, Vinicius, Edu Lobo, Elis, para os padrões atuais? Quem não tem mente, faz do corpo seu alfarrábio e o transforma em outdoor de um indefinido protesto que nem desenhado se entende. Confirmam-no meio século de contracultura, de tribos urbanas e de desconstrução até as pessoas se desconjuntarem de sua própria natureza.
Hoje, dançar é agitar braços em ritmos frenéticos, ao ruído cavo e repetitivo de aborrecidas percussões. Percussões que atravessam paredes, vencem quarteirões, prolongam-se noite adentro e tornam sonolento o cotidiano dos cães.
Por isso, tudo isso e muito mais (a feiura das picadas, das cheiradas, das fumadas, do alcoolismo, da negação do eterno, da supressão do sentido da vida), meus olhos úmidos desta noite celebravam a beleza e recriminavam a feiura neste tempo em que o importante é chamar a atenção, ainda que para isso o senso de ridículo seja perdido. Resulta impossível, então, não trazer à superfície a cadeia de tragédias sucessivas traçada por Theodore Dalrymple. Saindo-se do ridículo de si mesmo, da arte ridícula, da promoção do hediondo, do naturalmente embaraçoso, segundo ele, a perda da vergonha significa a perda da privacidade, que faz sumir a intimidade, sem a qual vai-se a profundidade. As pessoas se tornam rasas. E tudo fica mais sombrio.
_______________________________
(*) Percival Puggina (74), membro da Academia Rio-Grandense de Letras, é arquiteto, empresário e escritor e titular do site www.puggina.org, colunista de dezenas de jornais e sites no País. Autor de Crônicas contra o totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia; Pombas e Gaviões; A Tomada do Brasil. Integrante do grupo Pensar+.

NO JORNAL DA CIDADE ONLINE
Em ação vil, membro do MPF ignora medidas do governo em relação ao óleo no Nordeste e Justiça questiona: “O que falta fazer?”
Terça-feira, 22/10/2019 às 06:57
Este já é, de longe, o governo mais fiscalizado e injustamente atacado da História. Está claro que existem grupos dedicados a manter uma constante intimidação para impedir que a vontade do povo seja feita e que os bons resultados do governo apareçam.
O MPF, mais uma vez, decidiu dar voz política às suas acusações. Ignorou as medidas que o presidente Bolsonaro tem tomado e decidiu acusar a União de omissão no caso da contaminação por óleo nas praias do Nordeste.
Essa ação foi particularmente vil. Seria mais proveitoso que o MPF trabalhasse em conjunto com o governo para encontrar os culpados. Dizer que o governo não tomou as providências é ridículo, uma simples consulta dos procuradores à União comprovaria as medidas que estão sendo tomadas. Ao invés disso, preferiram entrar na Justiça Federal pedindo o acionamento de um plano de contenção que já havia sido acionado. Desperdício de recursos públicos e do judiciário.
A ação foi protocolada por Ramiro Rockenbach, o mesmo que entregou o cargo quando Bolsonaro escolheu Augusto Aras para a PGR. Ramiro não gostou de Bolsonaro ter exercido seu direito constitucional de escolher um Procurado Geral fora da lista tríplice.
Na decisão, a juíza confirmou que o Governo enviou documentação provando que todas as medidas para contenção do óleo já haviam sido tomadas. Para completar, a juíza ainda intima o MPF a dizer o que exatamente tem que ser feito a mais, visto que todos os protocolos foram cumpridos. Também convidou os procuradores a acompanharem os locais onde o plano de contenção está sendo posto em ação. Uma maneira educada de dizer: "vão lá e vejam vocês mesmos".
Imagine se toda essa energia que esses grupos utilizam para intimidar o governo, fosse aplicada para o bem do povo brasileiro.
Esses episódios servem de alerta para os que acharam que bastaria eleger Bolsonaro e deixar que ele se virasse, como se tivesse poderes infinitos.
Nunca um governo foi tão atacado e nunca um presidente foi tão coagido. Fingem que ele poderá se comportar como um ditador, só para poder cerceá-lo sem que possa reagir
Não apoiá-lo contra estes grupos, é jogar fora todo o tempo dedicado para elegê-lo.
Analista Político e Membro da Direita Goiás.

Carvalhosa alerta: a depender do STF e Congresso, teremos a proclamação do Estado Democrático do CRIME
Segunda-feira, 21/10/2019 às 17:08
Nesta segunda-feira (21) o jurista Modesto Carvalhosa publicou através de suas redes sociais uma comparação entre Brasil e México sobre a situação delicada em que se encontra a segurança pública e a corrupção de ambas as nações. Carvalhosa destacou a possibilidade de aumentar ainda mais a impunidade a bandidos em terras tupiniquins.
Veja a publicação:
"O governo dos bandidos, no México e no Brasil.
A tragédia do México, governado pelos corruptos e narcotraficantes, foi dramaticamente exposta nesta semana, quando o Presidente da República, Manuel Lopes Obrador, revogou a prisão do filho de El Chapo para evitar o banho de sangue decretado pelo cartel.
O nosso STF, juntamente com o Congresso, trabalha firmemente para impor esse regime também em nosso País.
Teremos em breve, com a prisão dos bandidos somente após o trânsito em julgado, a proclamação do nosso Estado Democrático do Crime, na medida em que o Chefe do Supremo declarou que todos os bandidos serão beneficiados com a impunidade plena, não apenas os corruptos.
O trancamento das investigações do Coaf, da Receita e da Polícia Federal; a anulação das condenações dos corruptos delatados; a profusão de habeas corpus a favor dos assaltantes dos cofres públicos; a lei de abuso de autoridade; a apropriação pelos partidos de 3 bilhões dos nossos impostos, através da “mini reforma” eleitoral, serão agora completados pela prisão dos criminosos só depois do trânsito em julgado.
Está completo o quadro de destruição do nosso regime penal e instauração da corrupção legalizada e da impunidade “constitucionalmente” assegurada pelo nosso Pretório Excelso.
O povo brasileiro não pode aceitar esse destino."

NA COLUNA DO ALEXANDRE GARCIA
Bases para um novo milagre econômico estão dadas
Por Alexandre Garcia
[Segunda-feira, 21/10/2019] [21:48]
O presidente Jair Bolsonaro está no Japão e, nesse momento, já está terminando um dia de trabalho. Depois, ele vai para China. Bolsonaro vai demorar até o final do mês para voltar.
Enquanto isso, quem ocupa o cargo de presidente da República no Brasil é o vice, general Hamilton Mourão. Ele deve ir na terça-feira (22) para o Peru, para um compromisso com o presidente do país vizinho. Vai fazer um acordo entre a Marinha do Peru e a do Brasil.
Com isso, quem assume a Presidência é o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, mas estão dizendo que ele também vai para o exterior. É muita coincidência. O próximo na linha de sucessão é o presidente do Senado, Davi Alcolumbre.
Alcolumbre foi eleito senador pelo Amapá com 131 mil votos e mesmo assim vai ocupar o cargo de quem foi eleito presidente da República com 58 milhões de votos. Além disso, Alcolumbre foi eleito presidente do Senado com 42 votos, de 81 senadores.
Todo o mérito dele, mas a gente dá uma olhada para o Amapá e descobre que Alcolumbre é o segundo senador que assume a Presidência. O outro foi José Sarney que foi senador depois de ter sido presidente da República.
Coisas da Constituição brasileira; quando o presidente dos Estados Unidos viaja, ele não deixa de ser presidente e ninguém assume o lugar dele em Washington. Aqui, o presidente que viaja não deixa de ser presidente, o vice assume e nós ficamos com dois presidentes.
Otimismo e entusiasmo
O ministro Paulo Guedes, como vocês sabem, foi premiado como melhor ministro de Economia do ano para a América Latina. O prêmio foi entregue em Chicago. Um bom indício desse bom trabalho dele é que, pela primeira vez, em setembro foram criados 157 mil novos empregos, a maioria no Nordeste e uma boa parte na indústria da transformação.
A Bolsa de São Paulo acaba de bater novo recorde; foram 106 mil pontos, o que significa confiança no futuro. No governo Dilma estava com 43 mil pontos. O IGP-M, que mede a inflação dos últimos 12 meses, mostra que a inflação anual neste momento está em 3,33%.
O índice de confiança na indústria está estável pelo terceiro mês consecutivo. Um levantamento da Confederação Nacional dos Dirigentes Lojistas mostra que, sete de dez pequenos e microempresários, confiam nos próximos seis meses. O indicador de confiança está em 62%, um ano atrás estava em 51%. Os que esperam uma melhora em vendas chega a 64%.
Eu estou contando tudo isso porque o milagre econômico brasileiro resultou em um crescimento de 11,2% por três anos consecutivos, resultado de otimismo e entusiasmo, muito além do esforço do governo. Eu sei porque cobri o milagre econômico como repórter econômico do Jornal do Brasil, jornal de maior prestígio dos anos 1970.
É preciso entusiasmo e otimismo, desde que os governos forneçam uma base para esse resultado. Isso é o que está acontecendo neste momento no Brasil, a gente sente essa virada.
Esses resultados que eu mostrei são graças, também, ao descolamento da política em relação à economia ou vice-versa. A gente vê essa balbúrdia dentro do PSL enquanto a Bolsa de Valores, que se caracteriza pelo nervosismo dos operadores, parece que não está nem aí.
A Bolsa está olhando para os fatos da economia brasileira e descolar a economia da política é um bom caminho. Que a política não prejudique os ministros Paulo Guedes, Tarcísio Freitas e a Teresa Cristina.
Aliás, a ministra da Agricultura, Teresa Cristina, está acompanhando o presidente nessa viagem pelo Oriente Médio e pelo Extremo Oriente.

NO TERÇA LIVRE
Instalação de estátua de Nossa Senhora em Aparecida é barrada por ‘ferir o Estado Laico’
Terça-feira, 22/10/2019
Por Bruna de Pieri


Em uma ação movida pela Associação Brasileira de Ateus e Agnósticos (Atea), a juíza Luciene Bela Ferreira Allemand determinou que fosse barrada a instalação de uma estátua gigante de Nossa Senhora Aparecida, na cidade de Aparecida (SP).
Ela também determinou a retirada de outros monumentos dedicados à Padroeira do Brasil. A prefeitura informou que irá recorrer da decisão.
A ação diz respeito a uma escultura gigante de Nossa Senhora Aparecida, doada pelo escultor Gilmar Pinna. A montagem, porém, foi interrompida e as peças da obra estão no local da construção, junto à Via Dutra.
Além disso, a juíza ainda ordena a retirada de cinco esculturas que fazem referência à Padroeira do Brasil, colocadas em diferentes pontos da cidade em 2017, por ocasião dos 300 anos do encontro da imagem da Virgem no rio Paraíba do Sul.
A associação Atea alega que os monumentos foram construídos com verba pública e instalados em espaços públicos, para promover a fé católica, o que feriria o Estado laico.
Em sua decisão, a juíza Luciene declarou: 
“Por certo que o Município é conhecido por abrigar o Santuário Nacional e possuir um vasto comércio religioso e turístico, que fomenta a economia local. Porém, não se pode permitir a subvenção de uma religião específica pelo Poder Público, tampouco que as verbas públicas sejam utilizadas para construção de obras religiosas quando existentes outras destinações de suma importância, em evidente a má utilização dos recursos públicos”.
A juíza também determinou a revogação das áreas doadas e ainda condenou o prefeito afastado de Aparecida, Ernaldo Marcondes, ao ressarcimento dos valores empenhados para a implantação dos monumentos.
Além disso, determina a “proibição definitiva” do financiamento pela prefeitura de obras referentes à religião.




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