SEGUNDA EDIÇÃO DE SEXTA-FEIRA, 05/7/2019

NO O ANTAGONISTA
“O então juiz jamais mentiu ou ocultou fatos do STF”
05.07.19 10:11
Em nota sobre a reportagem da Veja, Sergio Moro esclarece, ainda, a acusação feita pela revista de que o então juiz “escondeu fatos” do ministro Teori Zavascki.
Leia este trecho:
“Acusa a Veja o ministro, então juiz, de ter escondido fatos do ministro Teori Zavascki em informações prestadas na Reclamação 21802 do Supremo Tribunal Federal e impetrado por Flávio David Barra. Esclareça-se que o então juiz prestou informações ao STF em 17 de setembro de 2015, tendo afirmado que naquela data não dispunha de qualquer informação sobre o registro de pagamentos a autoridades com foro privilegiado. Tal afirmação é verdadeira. A reportagem sugere que o então juiz teria mentido por conta de referência a suposta planilha constante em supostas mensagens de terceiros datadas de 23 de outubro de 2015. Não há qualquer elemento que ateste a autenticidade das supostas mensagens ou no sentido de que o então juiz tivesse conhecimento da referida planilha mais de 30 dias antes. Então, é evidente que o referido elemento probatório só foi disponibilizado supervenientemente e, portanto, que o então juiz jamais mentiu ou ocultou fatos do STF neste episódio ou em qualquer outro.”
(...)

Moro: “A absolvição revela por si só a falsidade da afirmação da existência de conluio entre juiz e procuradores”
05.07.19 10:06
Em nota sobre a reportagem da Veja, Sergio Moro esclarece também a acusação de “quebra de parcialidade” por suposta mensagem no sentido de que teria solicitado a inclusão de fato e prova em denúncia contra Zwi Skornicki e Eduardo Musa.
Escreve o ex-juiz e atual ministro da Justiça:
“Acusa a Veja o ministro, então juiz, de quebra de parcialidade por suposta mensagem de terceiros no sentido de que teria solicitado a inclusão de fato e prova em denúncia do MPF contra Zwi Skornicki e Eduardo Musa na ação penal 5013405-59.2016.4.04.7000. Não tem o ministro como confirmar ou responder pelo conteúdo de suposta mensagem entre terceiros. De todo modo, caso a Veja tivesse ouvido o ministro ou checado os fatos saberia que a acusação relativa ao depósito de USD 80 mil, de 7 de novembro de 2011, e que foi incluído no aditamento da denúncia em questão, não foi reconhecido como crime na sentença proferida pelo então juiz em 2 de fevereiro de 2017, sendo ambos absolvidos deste fato (itens 349 e 424, alínea A e D). A absolvição revela por si só a falsidade da afirmação da existência de conluio entre juiz e procuradores ou de quebra de parcialidade, indicando ainda o caráter fraudulento da suposta mensagem.”
(...)

Coitado do papa
05.07.19 10:00
Ontem (veja aqui), não foi a primeira vez que a esquerda tentou surfar no papa Francisco ao tentar associar um vídeo divulgado pelo pontífice ao ex-juiz Sergio Moro.
Em junho, petistas divulgaram que Lula tinha recebido um terço do papa. Era mentira (relembre aqui e aqui).
Francisco, que recebe informações enviesadas sobre a política brasileira, já sinalizou, sim, solidariedade a Lula, mas não nesses casos.

O porta-voz é a lei
05.07.19 09:47
Em sua coluna na nova edição da Crusoé, Diogo Mainardi fala sobre os ataques que O Antagonista tem sofrido dos suspeitos de sempre depois que o blefe das supostas mensagens atribuídas a Sergio Moro foi desmascarado.
“O único fato que importa, a esta altura, é prender os criminosos que invadiram os telefones celulares dos procuradores de Curitiba. O porta-voz da Lava Jato, como sempre, é a lei”.
Leia a íntegra da coluna da Crusoé:
“O Antagonista é porta-voz da Lava Jato”. Glenn Greenwald repete essa mentira todos os dias. Agora estamos pensando em usar sua frase na publicidade do site, como disse Mario Sabino, em seu podcast. O Antagonista nunca foi porta-voz de ninguém. Nem dele mesmo. Mas apoiamos a Lava Jato desde o primeiro post, publicado no dia … Continue lendo O porta-voz é a lei

Investigada por esquema em assentamento rural é próxima de deputado do PT que chefiou MST em Sergipe
05.07.19 09:30
A Polícia Federal, como registramos, deflagrou ontem a Operação Nova Canaã, para desarticular um grupo criminoso que vendia casas e lotes destinados a programas sociais em assentamento no interior de Sergipe.
Pelo menos uma liderança do grupo investigado é próxima do deputado federal João Daniel, do PT, que foi chefe do MST no estado e, no fim de 2015, chegou a ter seu mandato cassado pelo TRE local, após acusações de desvio recursos públicos por meio de um esquema que envolvia o movimento.

Moro nas supostas mensagens roubadas: “Quando será a manifestação do STF?”
05.07.19 06:56
Duas semanas atrás, a Veja associou-se ao Intercept em sua campanha para tirar Lula da cadeia e produzir o “desmoronamento” da Lava Jato.
O novo capítulo da série reproduz mais algumas mensagens roubadas.
No total, a revista reproduziu três supostas trocas de mensagens entre Sergio Moro e Deltan Dallagnol.




Mais uma vez, a Veja força a mão contra Moro
05.07.19 07:57
O texto da matéria da Veja sobre as mensagens atribuídas a Sergio Moro e Deltan Dallagnol força a mão várias vezes, como na parte em que afirma que “Dallagnol dá dicas ao ‘chefe’ sobre argumento para garantir uma prisão”.
A frase se refere ao procurador ter supostamente dito, a fim de que José Carlos Bumlai permanecesse preso: “Seguem algumas decisões boas para mencionar quando precisar prender alguém”.
Em primeiro lugar, é risível imaginar que um juiz com a experiência de Moro precisasse de dicas sobre jurisprudência.
Em segundo lugar, um procurador encaminhar exemplos de jurisprudência a um juiz não é, como diz a Veja, “à luz do Direito, tão constrangedor quando se Cristiano Zanin Martins fosse flagrado passando a Moro argumentos para embasar um habeas-corpus a favor de Lula”
Isso ocorre diariamente na prática forense. E, ao que consta, não houve um recorta e cola da parte de Moro.
Na verdade, constrangedor seria o contrário: o juiz passando argumentos ao procurador e ao advogado. Argumentos, enfatize-se, e não a lembrança de um ou outro documento a ser incluído no processo, para que ele forme uma peça jurídica perfeita.

“Sensacionalismo barato”
05.07.19 07:55
Carlos Fernando dos Santos Lima foi o primeiro integrante da Lava Jato a responder – indiretamente – à reportagem da Veja, que reproduz conversas supostamente roubadas a Deltan Dallagnol.

Nas mensagens atribuídas a Moro, não há uma linha sobre Lula
05.07.19 07:08
Nas mensagens supostamente roubadas à Lava Jato e repassadas à Veja, não há uma linha sobre o processo do triplex. Ou do sítio. Ou do prédio do Instituto Lula.
Como é que vão usar esse crime de vazamento para inocentar o chefe da ORCRIM?
Ou enterram toda a Lava Jato, ou não há o que fazer.

O método 'Verdevaldo'
05.07.19 09:11
A reportagem da Veja é assinada pelo próprio Glenn Greenwald.
O método é o mesmo das matérias do Intercept: retiram do contexto três ou quatro mensagens trocadas por Telegram – com o único propósito de agilizar a Lava Jato – e preenchem páginas e páginas com conjecturas e insinuações.

Ao contrário da Globo, a Veja deu carta branca a Glenn Greenwald
05.07.19 08:47
Glenn Greenwald assina a matéria da Veja, mas, apesar de todas as afinidades eletivas, nem a revista confia nele.
A revista escreve que “No material que o Intercept diz ter recebido de uma fonte anônima, há quase 1 milhão de mensagens”.
Ou seja, a Veja não confirmou a procedência do material. Logo em seguida, porém, diz que “palavra por palavra, as comunicações examinadas pela equipe são verdadeiras e apuração mostra que o caso ainda é mais grave”.
Grave é um publicação apoiar-se para fazer acusações em material do qual não sabe a procedência.
Ao contrário da Globo, a Veja deu carta branca a Glenn Greenwald.

Moro: “Sou contra, como sabe”
05.07.19 08:45
A Veja acusa Sergio Moro de ter “cruzado a linha” no caso de Eduardo Cunha.
De acordo com uma mensagem atribuída a ele, Moro diz a Deltan Dallagnol ter ouvido “rumores” a respeito de um acordo com o ex-presidente da Câmara e repete ser contrário a essa hipótese.
Na mensagem, fica claro que os dois já haviam descartado esse acordo (“Sou contra, como sabe”).
O fato, porém, é que o assunto estava sendo tratado pela PGR, e não pela Lava Jato – que conhecia as manobras de Eduardo Cunha. Não se trata de um conluio para prejudicar um preso, portanto, e sim de uma precaução contra a tentativa de um criminoso de embaralhar a Justiça.
A Veja não acompanhou o caso de Eduardo Cunha? Não sabe que ele usava a possível delação para mandar recados? Não sabe que ele nunca se dispôs a entregar todos os criminosos com os quais assaltou os cofres públicos? Cunha Livre?

Cunha Livre?
05.07.19 08:25
As mensagens atribuídas a Sergio Moro e repassadas à Veja, como já dissemos, não têm uma linha sobre os processos de Lula.
Considerando que quase todas as mensagens já foram analisadas, Lula Livre terá de se transformar em Cunha Livre.

Quem são “parceiros com bastante afinidade”?
05.07.19 08:17
Os termos usados pela Veja em relação a Sergio Moro e Deltan Dallagnol são comoventes: em determinado trecho da matéria sobre as supostas mensagens roubadas de ambos, a revista diz: “Mesmo entre parceiros com bastante afinidade há momentos de tensão (e que precisam ser resolvidos com um conversa ao vivo”.
“Parceiros com bastante afinidade” são – há sempre o benefício da dúvida, claro — o atual diretor da Veja e o receptador de mensagens roubadas. O trecho trata de Moro supostamente ter reclamado de o MP ter recorrido “sem fundamentação” da sentença aplicada aos delatores Augusto Ribeiro de Mendonça Neto, Pedro José Barusco Filho, Mário Frederico Mendonça Góes e Júlio Gerin de Almeida Camargo, porque isso representaria “jogar para as calendas a existência execução da penas dos colaboradores”. Dallagnol justificou-se e propôs explicar-se ao vivo.
Moro lidava com um sem-número de processos da Lava Jato e não podia perder tempo. Reclamar de um recurso do MP, a seu ver “sem fundamentação”, está muito longe de configurar prática irregular. Repetindo: é fato normal e corriqueiro na Justiça brasileira.

A sociedade pode aplaudir o juiz
05.07.19 08:14
Um juiz disse para a Veja, comentando as mensagens atribuídas a Sergio Moro:
“A sociedade pode aplaudir o juiz, por acreditar que ele está tentando ser justo. Mas ele está infringindo as leis do processo, que o impedem de imiscuir-se em uma das partes e colaborar com ela, e é uma das garantias para que todos sejam julgados da mesma forma.”
O juiz preferiu manter o anonimato, mas é claro que ele nunca participou de um caso da envergadura da Lava Jato, que exigia rapidez e rigor na coleta das provas.

Para lembrar (O banqueiro de Lula)
05.07.19 07:39
A Crusoé, no ano passado, fez uma reportagem sobre André Esteves, intitulada “O banqueiro de Lula”.
A reportagem se baseava nos anexos de Antonio Palocci.
Dois meses e meio atrás, André Esteves financiou a compra da editora Abril, que publica a Veja.
Leia um trecho da matéria da Crusoé:
“Quando o juiz Sergio Moro levantou o sigilo de parte da delação de Antonio Palocci, na última segunda-feira, a grita veio rápido. O roteiro já manjado tenta, mais uma vez, emplacar a narrativa de que o ex-presidente Lula é vítima de perseguição. Palocci, ex-ministro dos governos do PT, falou — e falou muito — sobre a origem do maior esquema de corrupção do País. O contra-ataque foi imediato. Moro foi acusado de tentar prejudicar deliberadamente o partido nas eleições. Palocci, preso há dois anos, foi tachado de mentiroso. É mais um capítulo no cabo de guerra petista contra delatores e investigadores. Mas, por trás da fumaça, há mais explosões por vir.
Se os trechos conhecidos da delação provocaram a ira dos petistas, os que ainda estão protegidos por sigilo têm potencial para provocar uma reação ainda mais virulenta. Em um deles, Palocci diz que Lula tinha um banqueiro para chamar de seu. Segundo o ex-ministro, André Esteves, controlador do banco BTG, atuou em operações cujo objetivo, ao fim e ao cabo, era abastecer os cofres do PT. Em uma das passagens do depoimento que prestou sobre o assunto, Palocci vai ainda mais além: afirma que Esteves participou, inclusive, de operações que beneficiaram pessoalmente o ex-presidente.
Na condição de delator, Palocci precisa fornecer provas ou ao menos dar aos investigadores os caminhos que permitam comprovar o que ele diz. Segundo fontes próximas da investigação, as frentes abertas a partir da colaboração do ex-ministro têm avançado – e avançado muito bem. Há equipes destacadas para trabalhar exclusivamente na coleta de elementos que possam ser somados aos relatos. A parte relativa à tríade Lula-PT-André Esteves é uma das que vêm sendo tratadas com prioridade. Nessa frente, os investigadores têm cruzado informações obtidas em outras etapas da Lava Jato que, de alguma forma, se relacionam com os fatos narrados pelo ex-ministro.”
O resto da reportagem está aqui.

Quadrilha que ameaça relator do pacote anticrime já tem um preso
05.07.19 08:00
Por Renan Ramalho
A Polícia Federal informou ontem ao senador Marcos do Val que as ameaças contra ele partem de uma quadrilha que atua nas redes.
Um dos integrantes já se encontra preso e outro é procurado fora do Brasil.
Relator do pacote anticrime, o senador recebeu as primeiras ameaças em abril e, no último fim de semana, flagrou homens armados rondando sua casa em Vitória (ES).

Comissão aprova reforma de R$ 990 bilhões
05.07.19 06:32
A comissão especial da reforma previdenciária aprovou uma proposta total de 990 bilhões de reais em dez anos.
Só caiu o imposto de 83 bilhões de reais para o agronegócio – e é melhor assim.

As provas do STF
05.07.19 06:25
“Para ministros do STF, carta de Léo Pinheiro não prova que Sergio Moro foi imparcial”, diz a Folha de S. Paulo.
De fato, a carta prova apenas que Lula é um criminoso e que recebeu propina da OAS.
Mas os ministros do STF já sabiam disso, não é?

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