QUARTA EDIÇÃO DE SEXTA-FEIRA, 05/7/2019

NO O ANTAGONISTA
Moro é recebido de pé por empresários em evento
05.07.19 13:08
Investidores e empresários receberam hoje Sergio Moro de pé, sob aplausos, em uma casa de eventos em São Paulo.
O apoio ao ministro da Justiça ocorre no mesmo dia em que a Veja publicou nova reportagem com supostas mensagens roubadas do Telegram de procuradores e do ex-juiz.
Em discurso, Moro reforçou que não tem mais acesso às mensagens do aplicativo e afirmou que “tem ficado repetitivo” se justificar sobre este assunto.
“Meu celular foi hackeado e o hacker se apropriou do aplicativo Telegram no meu lugar, até gerando situações jocosas, com ele interagindo com pessoas fingindo que sou eu. Tem que pedir [a recuperação do conteúdo] para o hacker, então.”

“Não tenho medo do que eles têm”
05.07.19 14:10
No evento com o mercado financeiro do qual participou hoje, Sergio Moro disse que não tem medo do que ainda possa ser divulgado das supostas mensagens roubadas da Lava Jato, atribuídas a ele e a procuradores da força-tarefa.
“Eu não tenho medo do que eles realmente têm. Acho eticamente reprovável, mas não temo esse tipo de ameaça. Não tenho medo. Eu sei o que fiz na Lava Jato”, disse o ministro da Justiça e da Segurança Pública.
Como informamos mais cedo, em relação aos trechos que mostram que ele teria pedido a procuradores a inclusão de uma prova no processo envolvendo um dos réus, Moro disse que, “se fossem verdade”, revelariam esquizofrenia, e não parcialidade. 

Moro: “Repudia-se a divulgação distorcida e sensacionalista de supostas mensagens”
05.07.19 10:26
Ainda na nota sobre a reportagem da Veja, Sergio Moro volta a repudiar a invasão criminosa dos aparelhos celulares de agentes públicos e a divulgação distorcida e sensacionalista de supostas mensagens obtidas por meios criminosos.
Leia este trecho:
“O ministro da Justiça e da Segurança Publica sempre foi e será um defensor da liberdade de imprensa. Entretanto, repudia-se com veemência a invasão criminosa dos aparelhos celulares de agentes públicos com o objetivo de invalidar condenações por corrupção ou para impedir a continuidade das investigações. Mais uma vez, não se reconhece a autenticidade das supostas mensagens atribuídas ao então juiz. Repudia-se ainda a divulgação distorcida e sensacionalista de supostas mensagens obtidas por meios criminosos e que podem ter sido adulteradas total ou parcialmente, sem que previamente tenha sido garantido direito de resposta dos envolvidos e sem checagem jornalística cuidadosa dos fatos documentados, o que, se tivesse sido feito, demonstraria a inconsistência e a falsidade da matéria. Aliás, a inconsistência das supostas mensagens com os fatos documentados indica a possibilidade de adulteração do conteúdo total ou parcial delas.”

Moro: “Quando se discutem datas de operações, trata-se do cumprimento de decisões judiciais já tomadas”
05.07.19 10:21
Em nota sobre a reportagem da Veja, Sergio Moro também esclarece as acusações feitas pela revista de que interferiu em datas para operações da Lava Jato.
Leia este trecho:
“Acusa a Veja que o ministro, então juiz, de ter comandado a Operação Lava Jato por conta de interferência ou definição de datas para operações de cumprimento de mandados de prisão ou busca e apreensão. Ocorre que, quando se discutem datas de operações, trata-se do cumprimento de decisões judiciais já tomadas, sendo necessário que, em grandes investigações, como a Lava Jato, haja planejamento para sua execução, evitando, por exemplo, a sua realização próxima ou no recesso Judiciário.”

Moro: “Eventual colaboração de Eduardo Cunha jamais tramitou na 13ª Vara de Curitiba”
05.07.19 10:16
Em nota sobre a reportagem da Veja, Sergio Moro também esclarece associações feitas pela revista entre o então juiz e o acordo de colaboração de Eduardo Cunha.
Leia este trecho:
“Acusa a Veja o ministro, então juiz, de ter obstaculizado acordo de colaboração do MPF com o ex-deputado Eduardo Cunha. Ocorre que eventual colaboração de Eduardo Cunha, por envolver supostos pagamentos a autoridades de foro privilegiado, jamais tramitou na 13ª Vara de Curitiba ou esteve sob a responsabilidade do ministro, então juiz.”

Bolsonaro: ‘Quando se fala em economia eu sou ingênuo mesmo’
05.07.19 14:29
Jair Bolsonaro disse hoje que é “ingênuo mesmo” quando o assunto é política econômica.
A declaração se deu ao fim da participação do presidente da celebração de aniversário de 196 anos do Batalhão da Guarda Presidencial.
Ontem, o ministro Paulo Guedes afirmou que Bolsonaro tem “uma ingenuidade ou outra” no tema, ao tentar emplacar regras mais brandas de aposentadoria para policiais.
“Eu tenho humildade para reconhecer. Os economistas do passado quebraram o Brasil. Quando eu falei que não nasci presidente eu levei crítica. Os outros que nasceram para ser presidente estão presos, respondendo processo e estocando vento.”

Aécio vira réu em São Paulo
05.07.19 14:42
O juiz federal João Batista Gonçalves, de São Paulo, aceitou denúncia contra Aécio Neves e o tornou réu por suposta corrupção e obstrução de Justiça, informa o G1.
O deputado foi acusado por receber R$ 2 milhões de Joesley Batista em troca de favores políticos à JBS.
A acusação foi apresentada por Rodrigo Janot, mas enviada para a primeira instância depois que o tucano encerrou o mandato de senador para assumir como deputado federal.

Bolsonaro nega que tenha defendido trabalho infantil
05.07.19 13:46
Um dia depois de dizer, em sua live no Facebook, que não se sentia “prejudicado em nada” por ter colhido milho aos “nove, dez anos de idade”, Jair Bolsonaro negou nesta sexta-feira que tenha defendido o trabalho infantil.
“Não estou defendendo trabalho infantil, muito menos trabalho escravo. Mas me fez muito bem trabalhar. Me transformou fisicamente muito bem. Depois fui ser pentatleta das Forças Armadas”, disse o presidente.
Bolsonaro falou também:
“Eu disse, na própria live, que não defenderia. Que não enviaria um projeto neste sentido. Mas eu trabalhei desde 8 anos de idade quebrando milho, plantando milho com matraca, colhendo banana próximo aos 10 anos de idade e estudava. E hoje eu sou o que sou.”

Uma Lava Jato incomoda muita gente
05.07.19 13:36
Em sua coluna na Crusoé, Ana Paula Henkel trata do “circo de horrores” a que o Brasil foi submetido nesta semana.
Ela fala sobre os ataques petistas a Sergio Moro na CCJ da Câmara — e a tentativa de atingir o ministro com fofocas sobre mensagens roubadas da Lava Jato –, além do depoimento de Antonio Palocci sobre a participação de Lula em operações escusas.
Leia um trecho:
“Enquanto o ex-ministro de Lula e antigo pilar do Partido dos Trabalhadores confessava o roubo bilionário do partido de Maria do Rosário e Gleisi Hoffmann, petistas e seus asseclas satélites continuavam tentando convencer quem ainda tinha estômago para assistir à sessão da CCJ de que o verdadeiro ladrão era o juiz que prendeu o ex-presidente Lula, e que a operação que, em mais de 60 fases, já se estendeu a 45 países e atingiu mais de 100 políticos em 14 partidos persegue o insuspeito, inofensivo e virtuoso Luiz Inácio. Homem bom, só não vê quem é fascista, roubava em paz e não importunava ninguém. Tempos obscuros esses da Lava Jato em que crimes são cometidos e não se pode mais nem se esconder da Justiça.”
Leia a íntegra da coluna na Crusoé:
O circo de horrores a que o Brasil foi submetido esta semana não foi para amadores. Numa das salas de comissões da Câmara em Brasília, deputados denunciados em esquemas de corrupção e protegidos pelo (desa) foro privilegiado interpelavam o ministro da Justiça, Sergio Moro, para que ele “desse explicações” sobre as supostas mensagens trocadas entre … Continue lendoUma Lava Jato incomoda muita gente

Podcast: O que (realmente) quer a CPMI das Fake News?
05.07.19 12:42
Em novo podcast, Diego Amorim comenta o requerimento que questiona Davi Alcolumbre sobre os reais objetivos — claros e específicos — da CPMI das Fake News, instalada nesta semana no Congresso.
Ouça AQUI o podcast exclusivo de O Antagonista+.

“Não é possível criar uma CPMI de forma aberta para investigar todos os supostos ataques a agentes públicos, ocorridos a qualquer tempo”
05.07.19 11:53
Por Diego Amorim
No requerimento de criação da CPMI das Fake News, instalada nesta semana, um dos objetos de investigação descritos é “a prática de cyberbullying sobre os usuários mais vulneráveis da rede de computadores, bem como sobre agentes públicos”.
O senador Eduardo Gomes (MDB), ao questionar o objetivo da comissão, pondera em documento direcionado a Davi Alcolumbre, presidente do Congresso: “Que agentes públicos foram vítimas? Quando ocorreu o fato?”
“Não é possível criar uma CPMI de forma aberta para investigar todos os supostos ataques a agentes públicos, ocorridos a qualquer tempo. Isso contraria frontalmente o texto constitucional.”

‘Entregamos ao presidente mais do que ele pediu’, diz Marcelo Ramos sobre reforma da Previdência
05.07.19 12:41
Marcelo Ramos afirmou hoje que a reforma da Previdência que a comissão especial aprovou representa economia maior que a esperada por Jair Bolsonaro.
Em entrevista ao Globo, o presidente da comissão afirmou que o o regime de capitalização, previsto no projeto da equipe econômica, traria um custo “enorme”.
“Com o resultado, se confirmou o que eu dizia lá atrás. O projeto que foi aprovado não é a negação da PEC do governo Bolsonaro, mas tem muito a cara da Câmara. E vale um registro: a Câmara está entregando ao presidente Bolsonaro mais do que ele pediu. O presidente encaminhou um projeto de R$ 1,2 trilhão, mas com um custo de transição [para o sistema de capitalização] que era enorme. Nós entregamos R$ 1 trilhão sem esse custo de transição. O presidente terá efetivamente uma economia de R$ 1 trilhão.”

“O povo vai dizer se estamos certos ou não”, diz Bolsonaro
05.07.19 12:15
Jair Bolsonaro se manifestou hoje sobre o novo lote de supostas mensagens atribuídas a Sergio Moro, Deltan Dallagnol e procuradores da Lava Jato.
O presidente reiterou sua confiança no ministro da Justiça e da Segurança Pública — e aproveitou para anunciar publicamente um convite para Moro acompanhá-lo na final da Copa América, domingo, entre Brasil e Peru, no Maracanã.
“Pretendo, no domingo, não só assistir à final do Brasil com o Peru. Bem como, se for possível e a segurança me permitir, iremos ao gramado. O povo vai dizer se nós estamos certos ou não”, disse Bolsonaro.

Fofoca como informação
05.07.19 12:06
Felipe Moura Brasil, em sua coluna na Crusoé, disseca o método utilizado por Glenn Greenwald na divulgação das supostas mensagens atribuídas a Sergio Moro e a procuradores da Lava Jato.
Entre as mensagens vazadas, por exemplo, houve grande destaque a comentários atribuídos a procuradores com críticas a Moro. E daí?
“O que a suposta maledicência privada prova? Contra Moro, nada, a não ser que ele não tinha apoio unânime entre procuradores. Sobre Glenn, sim: que trata fofoca como informação de interesse público capaz de embasar uma acusação de corrupção”, diz Felipe Moura Brasil.
Leia a coluna, na íntegra, na Crusoé

Acordo com União Europeia já traz benefícios ao Brasil, diz chanceler
05.07.19 11:26
O chanceler Ernesto Araújo disse ontem, em live com Jair Bolsonaro, que o acordo comercial entre Mercosul e União Europeia traz benefícios ao Brasil antes mesmo de ser ratificado.
Como dissemos, o processo para o acordo entrar em vigor é extenso, e envolve a assinatura dos termos em todos os 32 países integrantes dos blocos.
“Mesmo antes da entrada em vigor do acordo, que deve levar algum tempo, já estamos começando a detectar impacto muito positivo em termos de atração de investimentos. Os investidores já enxergam o Brasil de uma maneira completamente diferente e já vão começar a se posicionar aqui em função desse acesso preferencial que nós ganhamos ao mercado europeu.”

Porque Bolsonaro não escolheu o nome do STF para o TSE
05.07.19 14:55
Por Claudio Dantas
O Antagonista noticiou ontem que Jair Bolsonaro indicou Carlos Velloso Filho para vaga de ministro do TSE, rejeitando a advogada Daniela Rodrigues Teixeira, a preferida de 10 dos 11 ministros do STF.
Pouca gente se deu conta de que o próximo ministro terá papel importante no julgamento de casos da Lava Jato que foram transferidos para a Justiça Eleitoral. Ao vetar Daniela, Bolsonaro frustrou os planos de alguns ministros que estavam especialmente entusiasmados com a indicação.
O presidente já tinha dúvidas sobre a advogada – com quem bateu boca numa sessão da Câmara em 2016 -, mas resolveu descartá-la de vez após analisar informações que lhe foram passadas por assessores.
O presidente foi informado, por exemplo, de que Daniela defendeu Dias Toffoli no processo em que foi condenado por afronta à Lei de Licitações, ao celebrar contratos de serviços jurídicos com o governo do Amapá.
Reportagem do Conjur lembra que a condenação foi suspensa em 2009 após Daniela despachar com o juiz Mário Euzébio Mazurek, então titular da 2ª Vara Cível e da Fazenda Pública de Macapá. A decisão favorável a Toffoli lhe abriu caminho para o Supremo.
Vice-presidente da OAB-DF, Daniela Teixeira advoga atualmente para dois réus da Lava Jato: o empresário de ônibus Jacob Barata e o ex-tesoureiro do PP, João Claudio Genu. Em ambos os casos, a advogada teve sucesso em retirá-los da cadeia.
Barata foi solto por Gilmar, enquanto Genu contou com a benevolência da Segunda Turma, com voto de Toffoli, acompanhado do próprio Gilmar e de Ricardo Lewandowski.
A despeito das atividades jurídicas de Daniela, Bolsonaro ficou especialmente incomodado com o fato de sua mãe ter sido citada na Lava Jato.
Segundo delatores, Maria da Glória Rodrigues Câmara era quem fazia o “meio-campo” da Odebrecht com a Camex (Câmara de Comércio Exterior) – órgão essencial na aprovação de empréstimos do BNDES para obras no exterior. A Lava Jato ainda não confirmou as acusações dos delatores.

Bolsonaro reconhece ajuda do governo Temer em acordo UE-Mercosul
05.07.19 15:05
Jair Bolsonaro reconheceu a ajuda do governo de Michel Temer no acordo do Mercosul com a União Europeia anunciado na semana passada, registra a Crusoé.
“Não vou tirar o Michel Temer fora”, disse o presidente. “Uma negociação que se arrastava há 20 anos, Michel Temer começou realmente a tratar desse assunto com seriedade e depois nós impulsionamos.”

Troca na PF
05.07.19 14:51
Sem alarde, a Polícia Federal trocou o delegado responsável pela investigação sobre o vazamento das supostas mensagens de autoridades da Lava Jato, informa a Crusoé.
É preciso prender o quanto antes o hacker que invadiu os telefones celulares dos procuradores.
Leia a nota completa aqui.

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