QUARTA EDIÇÃO DE QUARTA-FEIRA, 12/6/2019

NO BLOG DO POLÍBIO BRAGA
Os Jorginos do Senado
QUARTA-FEIRA, 12 DE JUNHO DE 2019
Artigo, Renato Sant'Ana (*)
Em 1991, o Brasil conheceu a advogada Jorgina de Freitas, integrante de uma quadrilha que, durante muitos anos, drenou um caudal de dinheiro do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS): em valores de hoje, foram desviados cerca de R$ 2 bilhões.
A quadrilha era encabeçada pelo juiz Nestor José do Nascimento, da 3ª Vara Cível de São João de Meriti, na Baixada Fluminense. E incluía advogados e procuradores do INSS, além de um contador judicial, que calculava indenizações até 60.000% maiores.
Embora haja ficado milionária, Jorgina não foi quem mais enriqueceu com a fraude. Ela só ganhou maior notoriedade, inclusive emprestando seu nome ao escândalo (conhecido como Caso Jorgina) por haver fugido do Brasil e sumido por cinco anos, período no qual fez várias plásticas: mudou a aparência mas não escapou de ser recambiada e presa, cumprindo pena pelos crimes.
Existe a crença, que parece óbvia, de que a Previdência vem sendo fraudada desde que o INSS foi criado. Como duvidar disso? Afinal, onde há muito dinheiro, cresce a cobiça dos larápios. E o INSS movimenta uma montanha de dinheiro.
Faz todo sentido, pois, que o governo haja editado uma Medida Provisória (MP) para o fim de coibir fraudes nos benefícios do INSS. Depois da aprovação na Câmara, essa MP chegou ao Senado e foi igualmente aprovada. E é aí que ocorre o inacreditável: 12 Jorginos votaram contra a MP. Presumivelmente, 12 senadores não querem que o INSS seja submetido a um pente fino, nada de combate à corrupção.
Ora, seria natural que alguém visse defeitos na MP e propusesse formas de melhorar o combate às fraudes. Mas ter votado contra já é outra coisa. O senador Humberto Costa, líder do PT, por exemplo, disse que "Essa proposta quer fazer revisão para cortar dos pobres, de quem precisa. Essa revisão poderá gerar possíveis injustiças."
Ah, quer dizer que, para Humberto Costa, fraude praticada por pobre é lícita? Talvez ele não saiba que, no Caso Jorgina, os desvios eram realizados nas áreas de concessão de benefícios e de assistência médica, utilizando, inclusive, nomes de pessoas mortas. Sim, os pilantras se apropriavam dos benefícios de gente pobre, calculando errado, maximizando os valores e embolsando o dinheiro.
Na real, conforme declaração sua, o líder petista só aceitaria uma MP para combater sonegação de empresários, insinuando que o governo tolera os maiores desvios - o que é falso, evidentemente!
Convém que o público, que é o verdadeiro prejudicado pela roubalheira, aprenda a enxergar esses Jorginos e deles se lembre nas próximas eleições.
É para que sejam conhecidos e jamais esquecidos que aqui estão os nomes desses filhos da pátria:
Angelo Coronel (PSD-BA), Eliziane Gama (CIDADANIA-MA), Humberto Costa (PT-PE), Jaques Wagner (PT-BA), Otto Alencar (PSD-BA), Paulo Paim (PT-RS), Paulo Rocha (PT-PA), Randolfe Rodrigues (REDE-AP), Renan Calheiros (MDB-AL), Rogério Carvalho (PT-SE), Veneziano Vital do Rêgo (PSB-PB) e Zenaide Maia (PROS-RN).
(*) Renato Sant'Ana é Advogado e Psicólogo.
Postado por Polibio Braga às 10:01


Hacker israelense que pode ter grampeado Moro e Dallagnol residiu na casa onde também morou Zé Dirceu
Nesta casa aí (acima), morou o chefão do PT, Zé Dirceu, preso como corrupto em Curitiba. Pode ter sido mera coincidência, para quem acredita em coincidências.
Os deputados Filipe Barros e Carlos Jordy, do PSL, querem investigação rigorosa da Polícia Federal e Câmara dos Deputados, através de uma CPI para que se comprovem denúncias de que o hacker israelense Tal Prihar está envolvido na interceptação de dados dos celulares do ministro Sérgio Moro, juízes federais da Lava Jato no Rio de Janeiro e procuradores do MPF do Paraná, mais especificamente do chefe da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol.
Os parlamentares acham que o espião, cujo esconderijo foi estourado pela PF, pode ser a fonte anônima de que se utilizou o estrangeiro Glenn Greenwald para atacar a Lava Jato.
CLIQUE AQUI para ler a íntegra da denúncia feita pelos dois deputados do PSL.

Aqui vão quatro bons motivos para você esconjurar a Folha de S. Paulo
Aqui estão alguns bons motivos para você esconjurar a Folha de S. Paulo. São colunistas da edição de hoje:
Elio Gaspari
Moro, pede pra sair

Vinicius Torres Freire
Por que é difícil sair desta crise?

Hélio Schwartsman
Fé e democracia

Anna Virginia Balloussier
Feliz dia dos conjes, Moro!


NO BLOG ALERTA TOTAL
Quarta-feira, 12 de junho de 2019
Muito além e por trás dos ataques à Lava Jato
Edição do Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net

As peças do Mecanismo do Crime Institucionalizado não querem apenas desestabilizar Sérgio Moro e prejudicar a Lava Jato. O objetivo bandido também é atrasar as reformas ao máximo, aprovando medidas capengas que não reverterão a estagnação econômica, forçando a desgraça dos planos de Paulo Guedes. A estratégia maior é desgastar o Presidente Jair Bolsonaro, inviabilizando o sucesso de seu governo.
Por isso, o Presidente não tem o direito de errar na escolha do novo Procurador Geral da República. O sucessor de Raquel Dodge precisa ser um membro do Ministério Público Federal absolutamente compromissado com o combate à corrupção sistêmica. Não pode ser um engavetador de processos, um sabotador de investigações, um promotor de rigor seletivo e, muito menos, alguém que seja transigente com personalidades criminosas da oligarquia capimunista tupiniquim.
O momento é crítico. Ou parte para cima do Crime, ou a sociedade será vencida por ele. A oligarquia bandida nunca esteve tão unida e articulada. Porém, embora pareça contraditório, a estrutura criminosa fica cada vez mais em posição de xeque-mate. Detalhe relevante deste “xadrez”, é que a maioria honesta da opinião pública precisa pressionar a máquina policial e judiciária para mandar canalhas para o xadrez. Claro, tudo depois do devido processo judicial, na garantia da lei e da ordem.
O Presidente Bolsonaro e seu ministro da Justiça, a quem está subordinada a Polícia Federal, devem levar muito a sério a declaração dada na segunda-feira (10 junho) pelo advogado Zanone Manuel de Oliveira à jornalista Roberta Lopes Alves, coordenadora do Movimento Direita Minas, na cidade de Juiz de Fora. 
Falando como um dos advogados do homem que quase assassinou Jair Bolsonaro, em 6 de setembro de 2018, Zanone revelou que emissoras de televisão estão pagando defensores de Adélio Bispo dos Santos – que um esquisito laudo aponta como “maluco”.
O advogado Zanone foi explícito: 
“Tirando aquele primeiro contato em que a pessoa que me pagou, eu Zanone, no interior do meu escritório, a partir daí todas as despesas foram bancadas por algumas emissoras de televisão... Não vou citar o nome para você, nem para o Brasil”. 
Desta forma, o financiamento do bandido Adélio precisa ser mais bem investigado pela Polícia Federal. O atentado contra Bolsonaro não pode ser abafado – como deseja a mafiosa organização criminosa brasileira.
A conjuntura é apavorante. Imagine a vergonha de termos uma autarquia federal aparelhada pela esquerda radicalóide como a Ordem dos Advogados do Brasil. A OAB não pode ser sinônimo de “Organização de Apoio aos Bolcheviques”. O Conselho Federal da OAB cai em desmoralização ao deliberar, por burra unanimidade, que o juiz Sérgio Moro seja afastado do Ministério da Justiça, por causa do teor das mensagens vazadas criminosamente das mensagens trocadas por ele com o procurador Deltan Dallagnol, da Força Tarefa da Lava Jato. As opiniões destes conselheiros não representam o pensamento da maioria dos profissionais da advocacia brasileira.
Mais patética que a posição da OAB foi a declaração do mais polêmico ministro do Supremo Tribunal Federal. Gilmar Mendes defendeu que a eventual ilegalidade da forma como as mensagens foram obtidas do Telegram desativado de Sérgio Moro não necessariamente anula o seu uso como prova. Ou seja, Gilmar pregou que prova obtida de forma ilegal pode ser usada. Ele usou um exemplo esdrúxulo:
“Se amanhã [uma pessoa] tiver sido alvo de uma condenação por exemplo por assassinato, e aí se descobrir por uma prova ilegal que ela não é autor do crime, se diz que em geral essa prova é válida".
Contraponto a Gilmar, o ministro Luís Roberto Barroso foi sensato ao comentar a polêmica, pregando que “é preciso ter cuidado para que o crime não compense”. Barroso declarou à GloboNews: 
“Eu sou juiz. Os fatos acabaram de ser divulgados, estão sendo apurados. Juiz fala ao final da apuração dos fatos e não no início da apuração, se tiver que falar e de preferência nos autos. Não é hora de formar juízos sobre isso ainda”.
Barroso acrescentou: 
”A corrupção existiu, eu até tenho dificuldade de entender um pouco essa euforia que há em torno disso se houve algo pontualmente errado aqui ou ali. Porque todo mundo sabe, no caso da Lava Jato, que as diretorias da Petrobras foram loteadas entre partidos com metas percentuais de desvios. Isso é um fato demonstrado, tem confissão, devolução de dinheiro, balanço da Petrobras, tem acordo que a Petrobras teve que fazer com investidores de Nova York”.
Tocando indiretamente no caso do vazamento após grampo ilegal contra Moro e Dallagnol, em um painel sobre “fake news”, o presidente do STF, José Dias Toffoli, reclamou que as notícias falsas são ainda mais graves quando praticadas contra o Judiciário, que lida com temas de grande repercussão: 
“Ela (a desinformação) fomenta a polarização da sociedade, visto ser frequente a disseminação e o compartilhamento de conteúdos falsos nos círculos que reúnem pessoas com as mesmas preferências e orientação política-ideológica”. 
No meio de tanta confusão, que na verdade é um ataque direto ao Governo Bolsonaro, felizmente, mais uma vez, os militares mandaram um recado institucional usando como porta-voz o ex-Comandante do Exército. 
Hoje assessor do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República, o General de Exército Eduardo Villas-Bôas, em cadeira de rodas, postou um quadro no seu Twitter pessoal:
“Momento preocupante o que estamos vivendo, porque dá margem para que a insensatez e o oportunismo tentem esvaziar a Operação Lava Jato, que é a esperança para que a dinâmica das relações institucionais em nosso País venham a transcorrer no ambiente marcado pela ética e pelo respeito ao interesse público. Expresso o respeito e a confiança no Ministro Sérgio Moro”. 
Resumindo: Precisamos focar na solução – e não ficar refém de problemas (que a débil oposição criminosa cria, e o governo tem caído feito patinho otário). A gravidade do momento exige “treta zero”. Bastam de brigas internas. A paulada tem de ser crescente, constante e sem perdão nos integrantes do Crime Institucionalizado que aparelham todos os poderes republicanos. 
(...)

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