PRIMEIRA EDIÇÃO DE TERÇA-FEIRA, 14 DE MAIO DE 2019

NA COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO
Terça-feira, 14/5/2019

A pergunta não quer calar, e ficará sem resposta: quem afinal ganhou a mega-sena de R$289 milhões no fim de semana? Ninguém sabe, ninguém viu, exceto burocratas da área de loterias da Caixa. Somente em 2019, os brasileiros confiaram à Caixa quase R$3 bilhões (exatos R$2.851.256.908,50) com sua “fezinha” nas loterias, e são submetidos à mais grotesca falta de transparência de loterias em todo o mundo.

Fazer segredo do ganhador de loteria virou uma espécie de cláusula pétrea na Caixa, que sempre reage a projetos que acabam o sigilo.

O lobby da Caixa sempre sufoca quaisquer iniciativas no Congresso para acabar o sigilo em torno dos vencedores de loterias.

O falecido senador Gerson Camata contou certa vez à rádio BandNews que foi até ameaçado de morte ao propor o fim do sigilo nas loterias.

Os escândalos são frequentes e várias operações foram deflagradas envolvendo loterias. Mas ninguém mexe no sigilo dos ganhadores.

Distribuidoras acumularam tanto dinheiro e poder, nos governos Dilma e Temer, que agem como governantes. Atravessadoras no comércio de combustíveis, essas empresas estão inconformadas com a defesa que o presidente Jair Bolsonaro fez da venda direta de etanol aos postos. Ele estima que isso reduzirá o preço final para o consumidor em 20 centavos o litro. As distribuidoras fazem lobby para aumentar impostos, na tentativa de neutralizar os benefícios da venda direta ao cidadão.

Foi pior: quando soube da manobra, Bolsonaro ficou furioso. “Dá até vontade de dizer palavrão”, disse ele à Rádio Bandeirantes, domingo.

Jair Bolsonaro disse à Rádio Bandeirantes que “a primeira vaga que tiver lá [no STF] estará à disposição” do ministro Sérgio Moro. Ele não fez um contrato, apenas sinalizou sua intenção. Aliás, excelente.

O PT não se pronunciou sobre a interferência da polícia de Cuba numa manifestação a favor dos direitos LGBT, em Havana. Os manifestantes não conseguiram andar nem 400m antes de serem dispersados.

O ativista Jean Wilis não se pronunciou, nem o seu Psol, sobre a repressão da ditadura cubana à marcha LGBT de sábado (11). Willis prefere Nova Iorque ou países da Europa, onde ele pode apontar, sem medo de repressão, as contradições do capitalismo selvagem.

A ministra Tereza Cristina (Agricultura) participou de encontro com 40 investidores chineses interessados em aumentar investimentos no Brasil nas áreas de sementes, suinocultura, infraestrutura e ferrovias.
14/05/2019

Com pai e mãe entre as 30 mil vítimas da Braskem, em Maceió, o secretário de Desenvolvimento do governo estadual, Rafael Brito, acha que fechar a empresa “não resolve”. Laudo técnico culpa a jazida irresponsável de sal-gema sobre uma falha geológica desestabilizada.
14/05/2019

Em qual dos seus muitos endereços o ex-presidente e presidiário Lula deseja cumprir sua prisão domiciliar? Guarujá ou Atibaia?

NO DIÁRIO DO PODER
Dono da GOL faz acordo e entrega Lula, Temer, Cunha, Geddel e Henrique Alves 
Constantino devolverá R$70 milhões, dez vezes mais o que pagou em propinas 
Por Cláudio Humberto  
Segunda-feira, 13/05/2019 às 21:36 | Atualizado às 22:36
O juiz federal Vallisney de Souza Oliveira, da 10ª Vara Federal em Brasília, homologou acordo de delação premiada fechado entre o empresário Henrique Constantino, um dos sócios da empresa aérea Gol, e o Ministério Público Federal (MPF). 
A decisão foi assinada no mês passado e divulgada hoje (13), após o magistrado retirar parte do sigilo dos depoimentos. Na delação, o empresário citou supostos pagamentos para obter benefícios na liberação de recursos do Fundo de Investimento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FI-FGTS), usado para financiar obras de infraestrutura. 
Henrique Constantino é um dos réus na ação penal aberta pelo magistrado sobre o caso. No acordo, o empresário se comprometeu a devolver cerca de R$ 70 milhões, dez vezes a quantia que teria sido paga de propina. 
Nos depoimentos foram citados o ex-ministro Geddel Vieira Lima e os ex-deputados Eduardo Cunha e Henrique Eduardo Alves, investigados pelos supostos desvios no fundo durante as operações Sépsis e Cui Bono, da Polícia Federal (PF). Os ex-presidentes Lula e Michel Temer também foram citados. 
Constantino relatou haver pago propina ao ex-presidente e presidiário através de doação em dinheiro a seu filho Luiz Cláudio Lula da Silva, oficialmente destinado ao patrocínio de um torneio de futebol americano. Também contou que participou de uma reunião, em julho de 2012, com Cunha, Henrique Alves e o então vice-presidente, Michel Temer, na qual “foi solicitado o valor global de R$ 10 milhões em troca da atuação ilícita de membros do grupo” para a empresa Via Rondon, concessionária de rodovias pertencente ao empresário. 
Em nota, a defesa de Temer reafirmou que o ex-presidente nunca cometeu crimes e disse que “soa estranha” a divulgação dos depoimentos antes do julgamento do Superior Tribunal de Justiça (STJ), que deve decidir amanhã (14) sobre o pedido de liberdade relacionado a outro processo. Temer está preso em um quartel da Polícia Militar em São Paulo. 
“De qualquer forma, desde já Michel Temer reitera que nunca cometeu crimes de nenhuma natureza, e repele essa prática odiosa que se usa para persegui-lo judicialmente, sempre com base em delações de quem se beneficia com os relatos mentirosos que faz, os quais são vazados propositalmente para prejudicar Temer”, diz a defesa.

NO O ANTAGONISTA
A agenda de Bolsonaro nos EUA
14.05.19 06:45
Jair Bolsonaro vai passar 36 horas nos Estados Unidos.
Ele desembarca em Dallas amanhã de manhã e volta para o Brasil na quinta-feira à noite.
Ele deve se encontrar com George W. Bush e participar de um evento com empresários em Fort Worth, durante o qual será premiado como Personalidade do Ano.

O amigão de Dirceu é 10
14.05.19 06:34
O anexo 10 do dono da Gol, Henrique Constantino, refere-se aos seus contratos com Breno Altman.
Amigão de José Dirceu, Breno Altman é diretor do site Opera Mundi e colunista do Brasil 247.

“Vou ajudar a aprovar o projeto dele”, diz Maia sobre pacote anticrime de Moro
14.05.19 06:30
Por Claudio Dantas
Rodrigo Maia avalia que o ministro Sérgio Moro está aprendendo rápido a fazer política e “já deu exemplo muito bacana para quem saiu do Judiciário”.
“Na semana passada, ele chamou deputado por deputado no gabinete dele, defendeu seu ponto de vista, virou voto. Na questão mesmo do Coaf, ele teve o gesto de ouvir os parlamentares e respeitou o resultado.”
Maia avalia que Moro tem “sido correto em suas falas” e que isso “fortalece” a tramitação do projeto anticrime.
“Vou ajudar a aprovar o projeto dele”, garante.

Os grampos do operador do PT
14.05.19 06:26
O doleiro da Odebrecht, Álvaro Novis, gravou 74 chamadas do operador do PT, William Ali Chaim, para combinar o pagamento de propinas.
Isso mesmo: 74.
Só entre 2014 e 2015.
Diz o Estadão, que reproduziu as chamadas que foram entregues à Lava Jato:
“Segundo registros da transportadora de valores que entregava os pacotes de dinheiro nos imóveis, Chaim recebeu ao menos R$ 22 milhões em um período de oito meses.
A maior parte dos pagamentos ocorreu em um flat em Moema, zona sul paulistana, e teria como destinatário o casal João Santana e Mônica Moura, e o publicitário Valdemir Garreta, todos marqueteiros de campanhas petistas.
Nos áudios, Chaim conversa com Márcio Freira do Amaral e Edimar Moreira Dantas, funcionários do doleiro Álvaro José Novis, responsáveis por agendar por telefone as entregas de dinheiro com os intermediários indicados pelos políticos e agentes públicos que ficariam com o dinheiro.
Segundo Mônica Moura, Chaim foi indicado para receber o dinheiro em seu nome pelo ex-tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, que está preso pela Lava Jato em Curitiba, e ficava com cerca de 3% dos pagamentos como comissão.”
O PT ainda não foi extinto?

A lista de passageiros da Gol
14.05.19 06:13
O dono da Gol, Henrique Constantino, acertava pagamentos de propina com as senhas “passageiros”, “reservas”, “localizador”, “bilhetes”, “taxa de câmbio”.
Numa mensagem de 1º de agosto de 2013, obtida por O Globo, ele disse para Lúcio Funaro:
“Você pode me mandar os dados da pessoa para a reserva da poltrona? Favor mandar para mim na Funchal. Abs.”
O operador, no dia seguinte, perguntou:
“Recebeu a lista com o nome dos passageiros que te mandei?”
Henrique Constantino respondeu:
“Recebi. Assim que concluir as reservas, te passo o localizador e a taxa de câmbio. Abs.”

Maia: Bolsonaro atropelou Congresso com decreto das armas
14.05.19 06:00
Por Claudio Dantas
Rodrigo Maia avalia que Jair Bolsonaro errou novamente ao editar decreto que flexibiliza o porte de armas, desconsiderando as articulações da Câmara nesse sentido.
“A posse rural estendida já estava pronta para ser votada. Depois era só negociar o projeto do deputado Peninha”, diz Maia a O Antagonista, em referência ao PL 3722, que revoga o Estatuto do Desarmamento e estipula critérios objetivos para a compra, posse e porte de armas de fogo.
“Dava para aprovar os dois projetos. Mas aí ele vai e atropela todo mudo.”

Sem tsunami nem marola
Segunda-feira, 13.05.19 20:56
Por Claudio Dantas
Jair Bolsonaro optou por dar um voto de confiança ao general Santos Cruz, avaliando que o momento não é propício para “marolas”. O presidente está viajando a Dallas (Texas) para receber a homenagem de “Personalidade do Ano”, da Câmara de Comércio Brasil-EUA.
O Antagonista apurou que o interlocutor de uma das conversas depreciativas do ministro seria outro general, o que levaria o presidente a ter de dispensar dois importantes militares do Palácio do Planalto ao mesmo tempo.
Bolsonaro foi convencido por assessores de que, “em qualquer empresa, o empregado fala mal do chefe”. E que as conversas ocorreram “no calor do momento”.
“Todo esse episódio serviu para unir o governo”, afirma um assessor com gabinete no Planalto.
É melhor mesmo evitar tsunamis.

Moro diz considerar ‘possível’ aprovar pacote anticrime ainda em 2019
13.05.19 21:00
Sérgio Moro afirmou que considera “possível” a aprovação ainda em 2019 do pacote de medidas anticrime que encaminhou ao Congresso, registra o Estadão.
“Acreditamos no projeto, que tem medidas simples e eficazes”, afirmou o ministro da Justiça ao chegar a um evento no Rio de Janeiro, à noite.
Moro participou da abertura do I Simpósio Nacional de Vitimização Policial, durante o qual foi lançado o documentário “Heróis do Rio de Janeiro”, que trata de PMs atacados por criminosos durante o trabalho.
“O policial está aí para servir e proteger, e não para ser alvo da criminalidade”, declarou o ministro.

Flávio Bolsonaro divulga nota sobre quebra de sigilo
13.05.19 20:32
Flávio Bolsonaro acaba de divulgar uma nota sobre a quebra do seu sigilo e de seu ex-assessor Fabrício Queiroz, autorizada pela Justiça no dia 24 de abril.
Leia abaixo a íntegra da nota do senador:
“O meu sigilo bancário já havia sido quebrado ilegalmente pelo MP/RJ, sem autorização judicial. Tanto é que informações detalhadas e sigilosas de minha conta bancária, com identificação de beneficiários de pagamentos, valores e até horas e minutos de depósitos, já foram expostas em rede nacional após o Chefe do MP/RJ, pessoalmente, vazar tais dados sigilosos.
Somente agora, em maio de 2019 – quase um ano e meio depois –, tentam uma manobra para esquentar informações ilícitas, que já possuem há vários meses.
A verdade prevalecerá, pois nada fiz de errado e não conseguirão me usar para atingir o governo de Jair Bolsonaro.
Senador Flavio Bolsonaro”

Moro não condicionou entrada no governo à vaga no STF, diz porta-voz
13.05.19 20:18
Otávio do Rêgo Barros, o porta-voz da Presidência, negou que Jair Bolsonaro e Sérgio Moro tenham feito um acordo vinculando a nomeação de Moro como ministro a uma futura vaga no STF.
“Moro deixou claro em várias entrevistas que não condicionou sua participação no governo à provável indicação à vaga no STF”, disse Rêgo Barros.
Em entrevista à rádio Bandeirantes neste fim de semana, Bolsonaro afirmou que honraria o “compromisso” com o ministro da Justiça indicando-o para a “primeira vaga que vier” no Supremo.

Constantino diz que viu outros empresários na sala de espera do escritório de Funaro
13.05.19 20:14
Por Claudio Dantas
Em sua delação, Henrique Constantino relatou que viu vários outros grandes empresários na sala de espera do escritório de Lúcio Funaro, operador de Eduardo Cunha que atuava na liberação de recursos da Caixa.
Ele cita os irmãos Reinaldo e Natalino Bertin (Grupo Bertin), Marcos Molina (Marfrig), Nelson Mello (Hypermarcas) e “pessoas da JBS”.
Pelo visto, a sala de espera do escritório de Funaro era mais concorrida que de consultório de dentista.
(...)

TCU vê 52 mil indícios de irregularidades no contracheque de órgãos públicos
13.05.19 19:56
Análise do TCU encontrou 51.636 indícios de irregularidades no gasto de pessoal de órgãos da administração pública federal nos meses de março a setembro de 2018, informa Fausto Macedo.
A fiscalização ocorreu em 798 unidades do Judiciário, Legislativo, Ministério Público da União, Forças Armadas, Banco Central e empresas estatais.
Desse montante, 17.168 indícios foram corrigidos e, segundo o TCU, resultaram em ganhos para os cofres públicos. Os 34.468 mil restantes ainda não foram esclarecidos.
Entre os indícios de irregularidades constam pagamento a pensionista já falecido, servidor ativo com mais de 75 anos, servidor falecido recebendo remuneração e auxílio-alimentação pago em duplicidade, entre outros.

Os anexos da delação de Henrique Constantino, da Gol
13.05.19 19:46
Por Claudio Dantas
Confira os temas dos anexos da delação do empresário Henrique Constantino, dono da Gol.
Como O Antagonista publicou, foram citados na colaboração vários políticos, como Rodrigo Maia, Eduardo Cunha, Vicente Cândido e Fernando Pimentel.
Leia:
Anexo 1: benefício financeiro pago a Lúcio Funaro em contrapartida à obtenção de financiamento em favor da Via Rondon junto ao FI-FGTS;
Anexo II: Novos Negócios com Lúcio Funaro e benefício financeiro a Geddel Vieira Lima;
Anexo III: Benefício financeiro a Lúcio Funaro e a Eduardo Cunha em contrapartida à medida Legislativa junto ao Congresso Nacional;
Anexo 4: Benefício financeiro a Lúcio Funaro e a Eduardo Cunha em contrapartida à medida legislativa junto à Câmara Legislativa do Distrito Federal;
Anexo 5: Benefício Legislativo ao Setor de Aviação Comercial;
Anexo 6: Doações não contabilizadas à Campanha de Fernando Pimentel;
Anexo 7: Benefício Financeiro a parlamentares ou ex-parlamentares (Marco Maia, Romero Jucá, Rodrigo Maia, Edinho Araújo, Vicente Cândido, Otávio Leite, Bruno Araújo e Ciro Nogueira e outros) por meio da ABEAR;
Anexo 8: Geração simulada de Receita, intermediada por Lúcio Funaro, através de contratos fictícios entre empresas do colaborador Henrique Constantino e empresa de Eduardo Cunha, para justificar compra de automóvel;
Anexo IX: Patrocínio da Liga Brasileira de futebol americano com intervenção do Deputado federal Vicente Cândido;
Anexo X: Contratação de Breno Altman, consultor.

DONO DA GOL CONFIRMA PROPINA A FILHO DE LULA
13.05.19 19:23
Por Claudio Dantas
O empresário Henrique Constantino, dono da Gol, confirmou em sua delação – homologada pela Justiça Federal – ter pago propina a Luís Cláudio Lula da Silva, o Luleco, por meio de patrocínio à liga de futebol americano.
A transação, segundo Constantino, foi intermediada pelo deputado federal Vicente Cândido (PT).
O Antagonista sempre desconfiou disso. Veja o que publicamos a respeito:
A vida dos filhos de Lula: imóveis, carros de luxo, dividendos milionários… Saiba mais

Exclusivo: Rodrigo Maia na delação do dono da Gol
13.05.19 19:17
Por Claudio Dantas
Henrique Constantino, dono da Gol, disse em sua delação ter pago propina a Rodrigo Maia por meio da Abear (Associação Brasileira de Empresas Aéreas).
A informação está no anexo 7 do acordo de colaboração premiada. Além de Maia, também são citados como beneficiários Romero Jucá, Vicente Cândido, Ciro Nogueira, além de Marco Maia, Edinho Araújo, Otávio Leite, Bruno Araújo e outros.
O “benefício financeiro”, segundo ele, teria relação com a aprovação da abertura do capital das companhias aéreas a estrangeiros.

Delator visitou senador em dia de pagamento de propina
13.05.19 18:47
O delator João Pacífico, ex-diretor da Odebrecht, esteve no Ministério da Integração Nacional no mesmo dia em que o departamento de propina da empreiteira registrou um pagamento de R$ 350 mil.
O destinatário seria o então ministro, Fernando Bezerra, hoje líder do governo de Jair Bolsonaro no Senado. Bezerra nega.
(...)


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