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PRIMEIRA EDIÇÃO DE TERÇA-FEIRA, 07/5/2019

NA COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO
Terça-feira, 07/5/2019

O Brasil está em vexatório último lugar, no mundo, entre os 44 países que publicaram ao menos mil trabalhos científicos ao longo de 2017, ano do levantamento mais recente. O número de artigos foi razoável, 73,6 mil no total, mas os 5,1 mil trabalhos na área de ciências sociais não produziram impacto minimamente relevante: apenas 711 citações, de acordo com índice mundial de Citações Por Publicação (CPP), segundo estudo divulgado pela Scimago Journal & Country Rank.

Considerados os 158 países cujas pesquisas em ciências sociais foram mais relevantes, o Brasil, oitava maior economia, está em 78º lugar.

Estudo do professor Marcelo Hermes-Lima mostrou que 70% das pesquisas em ciências sociais no Brasil tratam de gênero (LGBT etc).

A ministra Damares Alves (Família etc) demitiu a ex-deputada Tia Eron (PRB-BA) da Secretaria de Promoção Social. A ministra não divulgou suas razões, mas fontes próximas dizem que ela atribui à ex-secretária as fake news sobre sua suposta saída do cargo. Eron e o ministério citaram “improdutividade” e “nomeação de petistas” como motivações, mas no ministério afirma-se que Tia Eron queria o lugar de Damares.

O governador do DF, Ibaneis Rocha, deflagrou a privatização do Metrô de Brasília. Ao cabo de quatro meses de governo, ele resgata um dos compromissos: promover a concessão de empresas públicas.

Levantamento Paraná Pesquisas mostrou que alheio às polêmicas bestas envolvendo o filósofo da Virgínia, o Brasil se mantém otimista: 53,1% acreditam que o País está no rumo certo. Mesmo no Nordeste, reduto da oposição, os otimistas superam os pessimistas.

O contra-almirante Sérgio Ricardo Segóvia Barbosa chegou chegando na Apex Brasil: ao assumir, nesta segunda (6), demitiu os ex-diretores Letícia Catelani e Márcio Coimbra. Antes de escolher os substitutos.

Enquanto o presidente Jair Bolsonaro foi ao gabinete do ministro Paulo Guedes (Economia) para conversar e despachar, no governo de Dilma o ministro da Fazenda era chamado ao Planalto só para ouvir gritos.

Seguranças da Presidência da República participam da rotina do colégio particular de Brasília onde a filha e a enteada do presidente foram matriculadas. Discretos, fazem de tudo para não incomodar.

A primeira-dama, Michelle Bolsonaro, vai à Câmara debater políticas públicas para doenças raras. Depois de inovar na posse presidencial, Michelle continua tradição de primeiras-damas atuarem na área social.

O governo oficializou o que os leitores desta coluna e do Diário do Poder sabem desde 20 março: medida provisória vai dar transparência total, como no modelo chileno, à relação entre lobistas e autoridades.

Pesquisa BTG/Pactual junto a empresários e executivos de empresas mostra que 59% avaliam o governo Bolsonaro como “ótimo ou bom” e só 10% classificam a nova administração como “ruim ou péssima”.

…com o início da comissão especial da reforma da Previdência, nesta terça (7), há finalmente uma chance de o Congresso iniciar trabalhos em 2019.

NO O ANTAGONISTA
Novo presidente da Apex anula estatuto imposto por Araújo
07.05.19 06:00
Por Claudio Dantas
Além de demitir Letícia Catelani, apadrinhada de Ernesto Araújo, o almirante Sérgio Ricardo Segóvia Barbosa, que assumiu o comando da Apex, também anulou o estatuto imposto pelo chanceler.
O documento, registrado na surdina, havia retirado poder do presidente da agência, delegando atribuições aos diretores de Negócios e Gestão. Os atos dos ex-diretores serão cancelados e submetidos a um pente-fino da nova gestão.
Segóvia recebeu ordem expressa de Jair Bolsonaro para moralizar a Apex e “não perdoar” erros cometidos por outros gestores. Com apoio do presidente da República, o almirante também rejeitou novas indicações de Araújo.

Relatórios do Coaf cresceram 25% com Moro
Segunda-feira, 06.05.19 21:11
Os relatórios de inteligência financeira do Coaf cresceram 25% neste ano, mostrou o Jornal Nacional.
O dado contraria o discurso de parlamentares do Centrão de que a volta do órgão à Economia aceleraria suas atividades.
Antes de Sérgio Moro, o órgão tinha 30 servidores, hoje tem mais de 50 e até o final do ano terá ao menos 65.
Ao telejornal, o ministro defendeu a manutenção do órgão na pasta da Justiça.
“Você não combate crime organizado, você não consegue ter investigações eficazes contra corrupção e contra financiamento ao terrorismo se não tiver inteligência contra lavagem de dinheiro. Ninguém quer devassar os dados privados dos cidadãos brasileiros”.

Juíza acolhe pedido de Carla Zambelli e suspende buffet de luxo do STF
06.05.19 16:54
A juíza Solange Salgado, de Brasília, suspendeu a contratação de um buffet de luxo pelo Supremo orçado em R$ 481,7 mil, em ação movida pela deputada Carla Zambelli (PSL-SP).
Ela considerou o gasto desproporcional e com potencial de ferir a moralidade administrativa. O edital da licitação previa gastos de até R$ 1,1 milhão pelo serviço, que incluía pratos finos e bebidas como uísque, gim, vodca e vinhos premiados.
“O objeto do pregão em análise se aparta da finalidade para a qual o Supremo Tribunal Federal foi criado, pois a contratação do serviço de fornecimento de refeições visa a atender a uma atividade-meio — que, portanto, deve existir tão somente no limite do indispensável para a efetiva realização da atividade-fim”, escreveu a juíza na decisão.
“Os itens exigidos destoam sobremaneira da realidade socioeconômico brasileira, configurando um desprestígio ao cidadão brasileiro que arduamente recolhe seus impostos para manter a máquina pública funcionando a seu benefício”, diz outro trecho da sentença.
O STF informou que vai recorrer da decisão por meio da Advocacia Geral da União.

Podcast: o outro mundo do STF
06.05.19 19:37
Em novo podcast, Renan Ramalho conta mais como são frequentes os banquetes oferecidos nos tribunais superiores de Brasília e como a decisão de uma juíza de primeira instância chama a atenção para o outro mundo de luxo em que vivem os ministros.
Ouça o podcast na íntegra AQUI (para assinantes de O Antagonista+)

“Paulinho é um sindicalista”
06.05.19 16:29
Por Diego Amorim
O deputado Marcelo Ramos, presidente da comissão especial da reforma da Previdência, disse que a declaração de Paulinho da Força sobre aprovar uma proposta “que não garanta a reeleição” de Jair Bolsonaro acabou tendo um efeito positivo.
“Há males que vêm para o bem. Ao dizer aquilo, ele forçou todos os partidos de centro a serem firmes no compromisso com a reforma.”
Em conversa com O Antagonista, Ramos acrescentou que “é preciso entender os limites das pessoas e a formação que elas têm”.
“Não podemos nos esquecer de que Paulinho é um sindicalista.”

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