PRIMEIRA EDIÇÃO DE QUARTA-FEIRA, 13 DE MARÇO DE 2019

NA COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO
QUARTA-FEIRA, 13 DE MARÇO DE 2019

ONGs que se intitulam “organizações sociais” fazem protesto nesta quarta (13), em Brasília, “em defesa do Minha Casa Mina Vida”, o MCMV, mas é pura hipocrisia. A manifestação defende o mensalão criado nos governos do PT que transferiu R$1,03 bilhão a um certo “Minha Casa Minha Vida Entidades”, que era secreto até ser descoberto em maio de 2016 com a posse do governo Michel Temer.

O financiamento bilionário previa 60,1 mil unidades residenciais para quem precisa, mas as “entidades” dizem ter construído só 7 mil.

A suspeita é que esses recursos eram liberados para bancar os “mortadelas”, em mobilizações de partidos “de esquerda”.

Entidades são batizadas com expressões do tipo “popular” ou “luta” etc. que denunciam o aparelhamento do PT e seus puxadinhos.

Somente após a descoberta do dreno de bilhões para essas ONGs é que se revelou a existência da sigla “MCMV-E”. “E” de entidades.

O sargento reformado Ronnie Lessa, preso pelo assassinato da vereadora Marielle, está no radar de investigadores há muito tempo pela suspeita de integrar o “escritório do crime” e tráfico de armas. As principais provas giram em torno de bens, como casa em condomínio na Barra da Tijuca, no Rio, e estilo de vida, incluindo várias viagens ao exterior, incompatíveis com seus vencimentos de R$ 8,1 mil. Ele passou o carnaval deste ano em um iate, na região de Angra dos Reis.

Pesquisa em site especializado, mostra que custa entre R$ 1,5 milhão e R$ 5 milhões uma casa no condomínio onde Ronnie Lessa foi preso.

A suspeita de tráfico de armas ganhou força após a apreensão, na casa de um amigo de Ronnie, de peças para mais de 100 fuzis.

O ex-militar também era presença frequente no condomínio Portogalo, em Angra, que ficou famoso depois que Ayrton Senna virou morador.

Se a força-tarefa da Lava Jato não tivesse solicitado a suspensão do curioso fundo de R$2,5 bilhões, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, já havia providenciado um freio de arrumação. Segundo ele, a criação do fundo e a apropriação do dinheiro exigem autorização legislativa.

Emissoras “politicamente corretas” já não chamam o operador do PSDB de Paulo Preto. Agora é só Paulo Vieira de Souza, apesar de ter sido Paulo Preto nos escândalos com Lula, Alckmin e até Mário Covas.

O governador do DF, Ibaneis Rocha, vai nesta quarta a Lisboa assinar acordos para atrair turistas a Brasília. Sua reduzida comitiva foi avisada de que não haverá dinheiro público nas contas. Cada um pagará a sua.

Após Lush, que fechou lojas e fábricas no Brasil em junho, cansada de murro em ponta de faca, outra marca britânica de cosméticos, a Kiehl’s, deu no pé. Nem na rica Europa se pagam impostos tão elevados.

Líder do governo na Câmara, Major Vitor Hugo (PSL-GO) vê clima favorável para a reforma da Previdência e celebra o fim do “toma lá, dá cá”: “Não houve loteamento dos ministérios”.

Bombou o meme mostrando que o ex-PM assassino de Marielle está de mudança: antes vizinho de Bolsonaro, agora será vizinho de Lula.

NO O ANTAGONISTA
“Lá na prisão, Gilmar Mendes é adorado”
Quarta-feira, 13.03.19 06:49
Na segunda-feira, durante um interrogatório, Rogério Onofre, operador de Sérgio Cabral, disse para o juiz Marcelo Bretas, de acordo com O Globo:
“Lá na prisão, o senhor é odiado. Já o ministro Gilmar Mendes é adorado. Vou dizer uma coisa para o senhor: vai fundo, doutor.”
Rogério Onofre foi solto pelo próprio Gilmar Mendes.

Hoje tem golpe no STF
13.03.19 06:07
O golpe do STF contra a Lava Jato está marcado para hoje.
Os ministros se preparam para decretar que não existe político corrupto ou lavador de dinheiro – só existe caixa dois.

“O STF precisa referendar a sensatez”
13.03.19 06:11
O Globo, em editorial, pediu sensatez ao STF:
“O julgamento previsto para hoje no Supremo, acerca da dúvida se denúncias de crimes eleitorais e de corrupção alegadamente cometidos pela campanha do candidato a prefeito do Rio, Eduardo Paes, em 2012, deverão ser julgadas apenas na Justiça Eleitoral, ou não, poderá fazer retroceder todo o avanço contra o roubo do dinheiro público.
Basta que o Supremo opte por concentrar tudo na Justiça Eleitoral (…).
Não que a Justiça Eleitoral seja melhor ou pior, mas ela está preparada apenas para tratar de eventos específicos do processo eleitoral. Não tem estrutura para enfrentar altas delinquências no desvio de dinheiro do contribuinte e sua posterior lavagem por esquemas sofisticados, cuja elucidação requer parcerias com procuradores e juízes de outros países, por exemplo. O que a Lava Jato constatou e ainda investiga são argumentos irrespondíveis em favor da divisão de trabalho entre as duas Justiças.
É sintomático que haja preferência de advogados de acusados de corrupção em desviar todos os delitos dos clientes para juízes eleitorais. Embora haja casos em que a corrupção lave dinheiro transferindo recursos para campanhas eleitorais, não é difícil separar a tipificação de cada crime. O STF precisa referendar a sensatez.”

Envio de casos de corrupção para Justiça Eleitoral visa prescrição, diz instituto
12.03.19 20:15
O Instituto Não Aceito Corrupção se manifestou hoje contra o envio para a Justiça Eleitoral de investigações sobre corrupção, questão a ser julgada amanhã pelo Supremo Tribunal Federal.
“A tentativa jurídica mais parece ardil para que em função de sua estrutura pequena, singela e que funciona com Juízes e membros do MP em rodízio possa-se alcançar o resultado pela prescrição, pela falta de condições estruturais”, diz a entidade, fundada e presidida pelo promotor Roberto Livianu, de São Paulo.
“A Justiça Eleitoral assim como a Militar foram criadas para decidir matérias específicas, sendo descabido o alargamento oportunista da competência, cujo questionamento pretende, em verdade, o fracasso da luta anticorrupção, em afronta aos interesses da sociedade e à prevalência do bem comum.”

PGR pede anulação de acordo da Lava Jato sobre fundo anticorrupção
Terça-feira,12.03.19 18:47
Por Claudio Dantas
Raquel Dodge protocolou há pouco no STF pedido de anulação da decisão judicial que homologou o acordo entre o MPF e a Petrobras para a criação de um fundo anticorrupção.
Mais cedo, a própria força-tarefa do MPF no Paraná peticionou pela suspensão do acordo, após repercussão negativa.
No pedido liminar da PGR, obtido por O Antagonista, Dodge diz que o acordo, “embora tendo como substrato clara boa-fé, ofende gravemente a configuração constitucional do Ministério Público Federal”.
“A iniciativa está em rota de colisão com preceitos estruturantes do Ministério Público e da própria separação das funções do Estado”, escreve a procuradora-geral, que vê dano à “credibilidade do MP’.

Chefe da PF no Paraná prevê uma fase da Lava Jato por mês
12.03.19 21:05
O superintendente da PF no Paraná, Luciano Flores, disse hoje em Curitiba que a Lava Jato deverá ter ao menos uma fase por mês ao longo de 2019, registra o UOL.
Em fevereiro, a operação, que completa cinco anos neste mês, chegou à sua 60ª fase.
“”Quando todos imaginavam que ela [Lava Jato] estaria em fase de declínio, terminando, na verdade a gente está com um bom planejamento para este ano de 2019, para ter pelo menos uma fase por mês. Nós temos material para isso”, declarou o delegado.
Flores assumiu o comando da PF no Paraná no lugar de Maurício Valeixo, escolhido por Sergio Moro para ser o diretor nacional da corporação.

Colômbia barra fuga de primo de Maduro
12.03.19 20:30
A Migração Colômbia, responsável pelo controle das fronteiras do país, impediu a entrada de dez pessoas próximas ao regime de Nicolás Maduro, incluindo um primo do ditador, registra o Estadão.
Os dez, segundo o governo colombiano, tentaram entrar pelo departamento (estado) de La Guajira para fugir do apagão na Venezuela.
O primo de Maduro foi identificado como Argimiro Berde Maduro Morán. Ele tentou entrar na Colômbia acompanhado de sua mulher, seus três filhos, sua cunhada e o marido dela, além dos três filhos do casal.
“Não vamos permitir que, enquanto o povo da Venezuela morre nos hospitais por falta de energia, pessoas próximas ao regime de Maduro entrem na Colômbia para passar férias fugindo da realidade de um povo que agoniza”, afirmou Christian Krüger Sarmiento, diretor colombiano de Migração.

Quem já assinou a CPI da Lava Toga
12.03.19 20:17
Por Diego Amorim
Eis os 21 senadores que já assinaram o novo requerimento da CPI da Lava Toga (são necessárias 27 assinaturas):
1. Alessandro Vieira
2. Jorge Kajuru
3. Selma Arruda
4. Eduardo Girão
5. Leila Barros
6. Fabiano Contarato
7. Rodrigo Cunha
8. Marcos do Val
9. Randolfe Rodrigues
10. Plínio Valério
11. Lasier Martins
12. Styverson Valentim
13. Álvaro Dias
14. Reguffe
15. Oriovisto Guimarães
16. Cid Gomes
17. Eliziane Gama
18. Major Olímpio
19. Izalci Lucas
20. Carlos Viana
21. Luiz Carlos Heinze.

‘Homem da mala’ de Temer é autorizado a sair à noite e no fim de semana
12.03.19 18:44
O TRF-1 revogou o recolhimento domiciliar imposto a Rodrigo Rocha Loures, ex-assessor de Michel Temer flagrado recebendo R$ 500 mil da JBS em 2017, informa Camila Bonfim, da TV Globo.
A decisão é do juiz federal Marcelo Albernaz, convocado na ausência do desembargador Néviton Guedes.
Na prática, o TRF-1 liberou Rocha Loures para sair de casa entre 20h e 6h e também nos fins de semana e feriados. Em novembro passado, a Justiça Federal em Brasília já havia autorizado a retirada de sua tornozeleira eletrônica.

Qual é a maior questão do Brexit
12.03.19 18:37
A maior questão do Brexit, para os britânicos, é a possibilidade de a Irlanda do Norte ficar indefinidamente ligada ao mercado único europeu — pelo acordo rejeitado duas vezes pelo Parlamento, não seria restabelecida uma fronteira física com a República da Irlanda.
Theresa May e a União Europeia haviam negociado no domingo uma nova cláusula que fixava 2020 como a data limite para encontrar uma saída para o caso irlandês, sem a volta da fronteira física. Até lá, tudo permaneceria como está.
A maioria dos parlamentares, no entanto, chegou à conclusão de que essa nova cláusula era “uma armadilha de Bruxelas” que permitia que a Irlanda do Norte ficasse ligada à União Europeia mesmo depois de 2020. E rejeitou novamente o acordo.
Diante desse segundo revés, Theresa May deve tentar adiar o Brexit, a fim de evitar que o Reino Unido saia da União Europeia sem um acordo — o que seria ainda mais desastroso para a economia britânica.

Vélez anuncia demissão de número 2 do MEC
12.03.19 18:03
No Twitter, Ricardo Vélez Rodríguez anunciou a demissão de seu secretário-executivo Luis Antônio Tozi, o número dois na hierarquia do MEC.
O ministro agradeceu a Tozi “pelo empenho de suas funções no MEC” e transferiu o cargo a Rubens Barreto da Silva, que era o secretário-executivo-adjunto.
Como publicamos ontem, Olavo de Carvalho havia pedido a cabeça do secretário-executivo.

Ao defender bloqueio de bens de Aécio, Barroso fala em ofensa a “todos os brasileiros”
12.03.19 17:26
Foi do ministro Luís Roberto Barroso o voto que prevaleceu na determinação do bloqueio de bens de Aécio Neves e de sua irmã, na ação em que respondem por corrupção passiva.
Em seu voto, Barroso declarou: “No crime de corrupção passiva, o ofendido não é só a Fazenda Pública, mas todos os brasileiros que se veem privados do direito a uma administração pública honesta.”

Flávio Bolsonaro vê ‘forçação de barra’
12.03.19 17:23
Flávio Bolsonaro disse a O Globo que o fato de um dos acusados de matar Marielle Franco morar no mesmo condomínio de Jair Bolsonaro não significa que haja associação entre os dois.
“Não forcem essa barra, que essa narrativa não vai colar com a gente. Forçação total de barra. Agora virou fator importante para o crime o cara [Ronnie Lessa] coincidentemente morar no condomínio dele? Essa narrativa não vai colar, não”, declarou o senador.
Sobre o crime, Flávio afirmou apenas que deve ser esclarecido como todos os outros.
“Como todos os outros milhares de crimes que acontecem, tomara que [a prisão] seja uma resolução concreta do caso.”

Gleisi ressentida com Ciro Gomes
12.03.19 16:48
Chamada de “chefe de quadrilha de Lula” por Ciro Gomes, Gleisi Hoffmann foi ao Twitter dizer que o ex-presidenciável é “um coronel oportunista, ressentido e covarde”.
“Quando a conjuntura exigia sua presença, fugiu para Paris”, escreveu a presidente do PT, para quem Ciro deveria dizer amém ao condenado de Curitiba e fazer campanha por seu poste depois de os petistas puxarem seu tapete.
Mais cedo, conforme publicamos, Humberto Costa defendeu que o PT processe Ciro pelas declarações.

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