SEGUNDA EDIÇÃO DE SEGUNDA-FEIRA, 14 DE JANEIRO DE 2019

NO O ANTAGONISTA
Bolsonaro concordou em despachar Battisti para a Itália
Segunda-feira, 14.01.19 11:26
O primeiro-ministro italiano disse que, ontem à tarde, “conversou longamente” com Jair Bolsonaro e que o presidente brasileiro concordou com a necessidade de despachar Cesare Battisti diretamente para a Itália, a fim de evitar manobras legais no Brasil e garantir a prisão perpétua ao terrorista.

Deputado doa computadores da Câmara para a sua base em ano eleitoral
14.01.19 11:17
A Gazeta do Povo noticia que o deputado Giacobo, do PR do Paraná, doou computadores da Câmara — ele é primeiro-secretário da Casa — para a sua base no estado e os entregou em ano eleitoral.
Giacobo foi reeleito e continuará comandando a primeira-secretaria, se Rodrigo Maia vencer a disputa pela presidência.
Diz a reportagem:
“Municípios do Paraná receberam quase metade dos computadores “inservíveis” doados pela Câmara dos Deputados em 2017 – foram repassados ao estado R$ 1,77 milhão em equipamentos de um total de máquinas doadas avaliadas em R$ 4 milhões. Parte desses computadores, conseguidos com o apoio do primeiro-secretário da Casa, deputado Giacobo (PR-PR), foi entregue em 2018, ano eleitoral. Os equipamentos foram anunciados como seminovos. Os processos mostram a prioridade para o atendimento às prefeituras paranaenses.”

“Parece um sonho”
14.01.19 10:36
Por Diego Amorim
Foi o que a ex-deputada ítalo-brasileira Renata Bueno disse a O Antagonista quando viu o avião com o terrorista Cesare Battisti pousar em Roma.
Eleita em 2013 para o Parlamento italiano, Renata estudou minuciosamente o caso e virou uma das principais defensoras da extradição de Battisti.
“É uma história complexa que agora está definitivamente resolvida. Estamos hoje, aqui na Itália, muito felizes. É gratificante ver filhos de pais assassinados 40 anos atrás dizerem: ‘Enfim, meu pai pode descansar em paz’.”

José Dirceu desfruta últimos dias de liberdade
14.01.19 09:39
José Dirceu tem aproveitado os últimos dias no litoral da Bahia antes de ser preso novamente, diz a Crusoé.
Ele está na casa de amigos em Ilhéus.
Leia aqui.

A rede corrupta de Lula na América Latina
14.01.19 09:33
O Globo, em editorial, festeja o julgamento de mais um comparsa de Lula que participou do esquema de propinas da Odebrecht e da OAS:
“O Equador prepara o julgamento por corrupção do ex-presidente Rafael Correa, de seu vice, Jorge Glas, e de mais sete ex-ministros e ex-secretários. Esse país de 16 milhões de habitantes, cuja economia tem porte equivalente à do estado do Espírito Santo, foi governado por Correa entre 2007 e 2017. A dimensão do legado de corrupção de Correa surpreende.
O ex-presidente, na década passada, foi um ícone de parte da esquerda que, patrocinada em petrodólares pelo venezuelano Hugo Chávez, propagandeava o breviário bolivariano no cenário político da América do Sul. No Brasil, o governo do PT foi além, com Lula abrindo os cofres do BNDES e privilegiando empresas como a Odebrecht em ‘parcerias estratégicas’ com Chávez e Correa.”
A caixa-preta do BNDES tem de ser aberta diretamente na cadeia.

Acabou a fuga
14.01.19 08:51
O terrorista Cesare Battisti acaba de desembarcar no aeroporto de Ciampino, em Roma.
Depois de 38 anos de fuga, 15 dos quais no Brasil lulista, ele finalmente vai cumprir sua pena.

Os cúmplices brasileiros de Battisti
14.01.19 08:35
Cesare Battisti foi capturado por três agentes italianos e quatro policiais bolivianos, segundo o Corriere della Sera.
Em Santa Cruz de la Sierra, ele podia contar com uma rede de apoio de ao menos dez pessoas, entre as quais alguns brasileiros.
A PF, que permitiu a fuga do terrorista, tem o dever de perseguir seus cúmplices.

MP intima assessores de Flávio Bolsonaro
14.01.19 08:24
Alguns assessores de Flávio Bolsonaro que transferiram dinheiro para Fabrício Queiroz foram intimados pelo MP a prestar depoimento, diz O Globo.

NO DIÁRIO DO NORDESTE
Suspeitos expõem motivos de participarem dos ataques
Um dos capturados por quebrar lâmpadas nas vias de Fortaleza contou em depoimento na delegacia que o crime foi cometido em troca de R$ 10 em drogas
Por Emanoela Campelo de Melo, emanoela.campelo@diariodonordeste.com.br 
Domingo, 21:30 / 13 de Janeiro de 2019
As ações criminosas já duram 12 dias com 201 ataques a ônibus, bancos, prédios públicos e propriedades privadas
Chegou a 353 o número de suspeitos capturados por envolvimento nas últimas ações criminosas ocorridas no Ceará. Tendo cada um deles história de vida diferente, são muitas as versões contadas sobre os porquês de participarem dos ataques. Em alguns casos, o caminho até ser preso em flagrante foi longo e já não se mostrou novidade. Para outros, ainda sem passagens pela Polícia, ser apontado como responsável pelas ofensivas é um erro.
Em parte dos autos a que a reportagem teve acesso foi percebida uma explicação em comum: a participação aconteceu em troca de droga. Nas áreas da Capital e Região Metropolitana dominadas pela facção Comando Vermelho (CV), alguns suspeitos apontaram que incendiaram veículos ou prejudicaram a iluminação pública em troca de não morrer ou receber pouca quantidade de entorpecente, para uso próprio.
Identificado pela Polícia Civil como encarregado de danificar equipamentos públicos no bairro Paupina, José Ednardo Alves de Souza, de 47 anos, sem antecedentes criminais, é um dos que teria participado dos ataques em prol de drogas. De acordo com a Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS), Ednardo foi flagrado por policiais do 6º Distrito Policial. No termo de interrogatório do preso, ele contou que trabalhava em serviços gerais e nunca havia se envolvido em crimes. José Ednardo teria dito aos policiais que nos fins de semana fazia uso de cocaína e, um dia, quando estava cortando árvore, um rapaz identificado como 'Lorin' pediu para que quebrasse a lâmpada de um poste. Ednardo confessou que atendeu ao pedido de 'Lorin', segundo ele, traficante do CV, após ter recebido uma 'bala de cocaína', no valor de R$ 10.
Reincidência
Quando preso em Caucaia, no último dia 7 deste mês, Juan Victor da Rocha Sampaio exibiu uma explicação diferente para ter cooperado com o crime. Sampaio, que já esteve encarcerado por tráfico de drogas, assumiu ser simpatizante da facção Comando Vermelho e disse que a combinação de passar pelas ruas do Município ordenando que comerciantes fechassem as portas partiu de uma conversa em um grupo do WhatsApp, com outros membros da mesma organização.
Outro detido também no dia 7 foi Diógenes Pereira Barros, de 34 anos, com antecedentes por roubos, tráfico de drogas e por participação em fuga de preso. Pereira foi preso em Fortaleza, sob suspeita de lançar um artefato explosivo no 20º Batalhão da Polícia Militar.
De acordo com interrogatório assinado por Diógenes, ele estava dentro da sua residência quando policiais pediram para entrar. No local, teriam sido encontradas armas e drogas. O suspeito negou que os objetos fossem dele, mas assumiu já ter sido preso antes.
Nos autos consta ainda que, na região onde ele mora, prevalece a Guardiões do Estado (GDE), mas ele não pertenceria à organização. "Eu não visto a camisa não, mas por eu morar na área né, os cara perdoa não" (sic), disse Pereira, reafirmando que não participou ou planejou o ataque contra o quartel. O titular da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco), delegado Harley Filho, confirmou que dentre todos os presos há membros das facções CV, GDE e Primeiro Comando da Capital (PCC).
Retorno
Desde o início das capturas, a Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS) não especificou cada prisão. Apenas alguns nomes de presos foram revelados. Quando contatada pela reportagem sobre o perfil de quem vinha sendo preso sob suspeita de cometer os ataques, a Pasta explicou que neste momento, devido às muitas demandas, não teria como detalhar.

NO BLOG DO J. R. GUZZO
CHARADA EM CONSTRUÇÃO
Por J.R. Guzzo
Sábado, 12/01/2019
As coisas seriam relativamente simples no Brasil se todas as preocupações, dúvidas e problemas a resolver se resumissem ao novo governo do presidente Jair Bolsonaro. Mas aí é que está: a vida nem sempre nos dá a oportunidade de lidar só com uma questão de cada vez. Além de tudo o que precisa dar certo aqui dentro, hoje em dia é preciso encarar, também, uma quantidade ainda maior de coisas que têm de dar certo lá fora – e essas coisas, positivamente, não parecem estar a caminho de acabar bem. Trata-se das exigências do “novo pensamento mundial”, ou do “globalismo”, ou alguma outra combinação de palavras parecida – uma espécie de consenso ainda frouxo, mas cada vez mais ativo, que vai se criando na elite europeia e americana sobre como o Planeta deveria ser ordenado daqui para frente. 
A nova ordem que prescrevem para o mundo vai mal, e nem daria mesmo para esperar que fosse bem, levando-se em conta que inclui praticamente tudo o que deveria estar indo melhor com a Humanidade. Mas a complicação realmente não parece estar na quantidade de problemas existentes. Parece, isso sim, estar na qualidade geral das soluções com as quais se pretende tornar o mundo e o homem melhores do que são hoje.
É uma sinuca, no caso particular do Brasil deste momento. O governo Bolsonaro, definitivamente, se declara disposto a fazer o contrário do que o pensamento mundial recomenda para resolver os problemas do Universo. Do outro lado, o consenso ora em formação entre os intelectuais, burocratas, governantes e outros “influenciadores” da vida diária do primeiro mundo demonstra um aberto horror a tudo o que o governo brasileiro imagina que vai fazer nos próximos quatro anos. De Bolsonaro já sabemos o que é preciso saber. Do outro lado, porém, o que existe é uma charada em construção. Quando você começa a achar que entendeu alguma coisa na lista de deveres a ser obedecida hoje por pessoas e nações, os deveres mudam, ou entram em choque entre si, ou exigem ações que você não sabe como executar, ou sequer imagina como podem ser executadas. É mais ou menos natural, porque os propositores do novo pensamento não sabem direito, eles próprios, o que querem. Nem todos querem as mesmas coisas. A maioria não calcula direito as consequências das propostas que fazem. Acreditam-se capazes de organizar fatos que estão acima e além do seu controle. Não seguem, no fundo, uma ideologia, mesmo porque ainda não se identificou nenhuma ideia de verdade em nada do que prescrevem para o bem geral. Há apenas uma tumultuada coleção de desejos – e a exigência de que sejam removidas do mundo, em geral por atos do governo, todas as situações de frustração, carência e ressentimento que hoje incomodam as consciências.
Não é fácil enxergar com clareza no meio desse nevoeiro. Dá para dizer, em todo caso, que o grande traço de união entre as diversas seitas do novo pensamento é a certeza de que a mãe de todos os pecados do mundo de hoje é a falta de igualdade – tanto entre as pessoas, individualmente, quanto entre as nações. Tudo que há de errado na vida atual se deve, de uma forma ou de outra, à desigualdade; por via de consequência, de acordo com as crenças básicas do consenso mundial que está se formando no mundo rico, a redução ou a eliminação das diferenças levará à solução de todos os problemas que estão aí e não sabemos como resolver – dos quebra-quebras em Paris ao derretimento das geleiras no sul da Patagônia. Quase tudo pode entrar na lista. Guerras tribais na África, massacres de civis na Síria ou a fome no Congo não têm, por exemplo, nenhuma relação com as forças e governos que provocam essas desgraças. São, pelo novo sistema de pensar o Universo, resultado da desigualdade e, portanto, têm de ser curadas com mais igualdade. Imigração ilegal em massa para os países bem sucedidos? Escassez de água? Emissões de carbono? É tudo mais ou menos a mesma coisa. Se o mundo fosse mais igual, nada disso existiria.
Como muito pouca gente está disposta a argumentar em favor da desigualdade, basicamente lembrando que esforços desiguais devem resultar em recompensas diferentes, nada mais fácil hoje em dia do que encontrar combatentes da igualdade. Estão por toda a parte. Em geral, acham que a redução do número de pobres se fará através da redução do número de ricos, e nunca da criação de riqueza entre os pobres. Têm uma mal definida hostilidade ao progresso, visto que o progresso não conseguiu eliminar a desigualdade; acham que mais eletricidade ou mais estradas, por exemplo, trazem benefícios desiguais, e portanto são desaconselháveis, sobretudo quando você já tem as duas. O novo pensamento não gosta da Ciência – não admite mais pesquisas e investigações sobre fenômenos considerados fatos já definitivos pelas suas crenças, como o aquecimento global ou a destruição das florestas brasileiras. Não gosta de religião, a não ser do Islamismo, que deve ter estímulo, inclusive oficial, para se propagar nos países cristãos do primeiro mundo e aumentar com isso os índices de igualdade religiosa. Não gosta de hábitos nacionais; a grande virtude de hoje é a “diversidade cultural”, que torna um país tanto mais correto quanto mais ele substituir sua cultura pela cultura de outros países. Não gosta das liberdades individuais. Naturalmente, há um declarado horror pelo “agronegócio”, que, segundo a sabedoria predominante, destrói a Natureza, produz carne de boi e faz muita gente ganhar dinheiro.
O New York Times e outros centros da nova inteligência mundial estão convencidos, por exemplo, que praticamente toda a produção da agricultura brasileira poderia ser substituída no futuro, e com vantagens, pelo consumo de insetos, capazes de fornecer todos os nutrientes necessários ao organismo humano. Com isso, seria possível eliminar fazendas nocivas ao meio ambiente, que hoje desperdiçam com a produção de alimentos terras que deveriam estar destinadas à florestas. Além disso, utilizam “agrotóxicos” e, eventualmente, perturbam a vida indígena. É mais ou menos a mesma visão que atribui aos “direitos dos animais” importância equivalente aos direitos humanos – isso para não falar nos direitos dos vegetais e da camada de gelo do Polo Norte. De modo geral, consideram a sobrevivência do meio ambiente mais importante que a sobrevivência das pessoas de carne e osso. Numa espécie de cavalo-de-pau filosófico, acham natural que os recursos naturais não devam ser utilizados em favor do bem estar humano; ao contrário, estão convencidos que é obrigação do homem e dos governos não tocar em nada que esteja presente na Natureza.
Nada disso parece ter alguma coisa diretamente relacionada com a redução das desigualdades – mas o fato é que todas essas crenças, de um modo ou de outro, são apresentados como parte do mesmo pacote de salvação do mundo que vai sendo embrulhado hoje em dia por funcionários de burocracias como a ONU, Comissão Europeia e outros organismos internacionais, governos de países ricos, universidades do primeiro mundo, a mídia em geral, o cantor Bono Vox e por aí afora. Como de costume, as dificuldades mais complicadas que a construção da igualdade enfrenta estão nas suas incompatibilidades com o mundo real. Desde o início, o movimento parece cada vez mais tentado a aceitar a ideia de que é possível obter o bem estar independente do trabalho. Há bem estar na Alemanha, por exemplo, e miséria na África? A solução é abrir a Alemanha à imigração dos africanos – onde se espera que passem a desfrutar da mesma prosperidade sem ter feito os últimos 100 anos de trabalho que os alemães fizeram para chegar até onde estão hoje. É essa, por sinal, a grande ideia que sustentou a aprovação do recente acordo internacional declarando que todos os habitantes do Planeta têm agora o direito legal de imigrarem para o país que quiserem.
Pouca ou nenhuma atenção é dedicada nisso tudo à criação de mecanismos de produção capazes de gerar as riquezas a serem distribuídas para eliminar a desigualdade. Distribuir a fortuna dos ricos parece ser uma ótima ideia até você ver que só dá para fazer essa distribuição uma vez – depois que é consumida a riqueza acaba, e é preciso criar outra em seu lugar, para continuar havendo alguma coisa a distribuir. Não está claro quem vai ficar encarregado dessa tarefa. Outro problema é a tecnologia – quanto mais progresso se cria, mais se aumenta a desigualdade, e a menos que se declare uma moratória no avanço tecnológico o futuro promete a multiplicação acelerada de desiguais. Hoje as revoluções industriais se sucedem mais depressa que as fases da Lava Jato; na verdade, ninguém sabe direito em qual revolução, exatamente, estamos hoje. Quarta? Quinta? O certo é que a cada avanço mais gente se vê excluída dos benefícios do progresso; nem todos têm capacidade para ocupar um emprego no Silicon Valley ou seus equivalentes através do mundo. Os que não têm cacife para isso se veem, cada vez mais, relegados às ocupações menos atraentes, mais frustrantes, pior remuneradas. Profissões inteiras vão se tornando obsoletas, por conta dos avanços da inteligência artificial, da impressão em terceira dimensão, da robotização e outras mudanças desagregadoras do mundo profissional como ele é hoje. Para que pilotos de jato se os aviões voarão sozinhos, e com muito maior segurança, de Nova York a Tóquio? Para que médicos, se o computador vai fazer um transplante de coração melhor do que eles? Para que o marceneiro, se a impressão em 3D lhe entrega sua cadeira pronta e sem defeito nenhum?
É um mundo no qual só as pessoas com alto grau de conhecimento serão realmente cidadãos de primeira classe. Por mais que as leis digam que todos são iguais, e por mais que as elites pensantes escrevam programas estabelecendo regras de igualdade, as diferenças estarão cada vez mais evidentes. É para essas realidades que o Brasil tem de se preparar. Será preciso, nesta caminhada, contar com ideias muito melhores do que as que apareceram até agora.
Fonte: “Veja”, 11/01/2019

NO BLOG DO POLÍBIO BRAGA
Governo Bolsonaro diz à ONU que Lula é bandido comum e não perseguido político
O governo Bolsonaro resolveu tomar as dores do ministro da Justiça Sérgio Moro na ONU, e defendê-lo junto à Organização.
O documento enviado à ONU pelo governo brasileiro afirma que Lula tenta "confundir e enganar" o colegiado ao apontar direcionamento da Justiça e diz que a alegação de perseguição política "é uma afronta às instituições".
O lulopetismo tenta sem êxito politizar os crimes cometidos pelo chefete do PT.
O caso da ONU é outro factoide.
Segunda-feira, 1/14/2019 10:30:00 AM

Prefeito de Canoas destina para saúde dinheiro que iria para Carnaval e Parada Livre
O prefeito de Canoas, Luiz Carlos Busatto, confirmou, hoje, que não dará dinheiro algum para carnaval, paradas gay e festivais de música.
O dinheiro será todo aplicado na área da saúde.
Pelo menos quatro eventos já foram cancelados pela prefeitura.
1/14/2019 08:14:00 AM

NO BLOG DO GABEIRA
SOBROU PARA DARWIN
Segunda-feira, 14.01.2019 EM BLOG
Sabia que Darwin não passaria incólume por este governo. Inclusive escrevi um artigo prevendo esta hipótese. Nele, falava de um filme americano do século passado, cujo título no Brasil foi “O vento será tua herança”.
Na verdade, o filme era sobre um júri onde se discutia o ensino da teoria da evolução nas escolas. Ficou conhecido como o júri do macaco.
Darwin esteve no Brasil. Parte de sua teoria foi elaborada a partir da experiência em Galápagos. Outro dia, percorri seu caminho no interior do Rio de Janeiro, dentro do território de Maricá. Observava as possíveis plantas que Darwin viu e, ao passar por um casarão da fazenda, vislumbrei a grande pedra da qual, segundo se diz, os escravos se jogavam. A passagem de Darwin pelo Brasil não se limitou à Natureza. Ele se impressionou com a escravidão, à qual ele e sua família se opunham na época.
A ministra dos Direitos Humanos, Damares Alves, lamentou que a igreja evangélica tenha perdido espaço para Darwin nas escolas brasileiras, nas quais o criacionismo não é ensinado. O ministro da Ciência, Marcos Pontes, já fez a defesa de Darwin. De qualquer forma, ainda existe no ministro da Educação uma desconfiança em torno da Ciência, tema que também abordei no artigo anterior.
O GLOBO tentou comprar uma autobiografia de Damares. Não deu certo porque a edição de “Jesus sobe no pé de goiaba” foi suspensa. O interesse do GLOBO em Damares é o de repórter. O meu é de escritor. Ela é a grande personagem deste princípio de governo.
Imaginei até uma série de ficção, que começaria com uma ministra de cabelos longos com as mãos na mesa de uma de suas três secretárias, alguns carros usados no pátio, dizendo: “De agora em diante, neste país, menino se veste de azul, menina se veste de rosa”.
Eu a sigo com um olhar fascinado desde a história de ter visto Jesus na goiabeira. Estava pronto para defendê-la dos lobos do ceticismo, mas ela mesma recuou. Disse que era uma fantasia de criança.
O recuo a torna uma personagem mais complexa ainda. Se viu Jesus na goiabeira e está relativizando, sua visão é sinal de que não quer enfrentar os céticos.
Mas se foi apenas uma fantasia infantil, por que apresentá-la como se tivesse acontecido de verdade? Aí entraríamos num outro território, o do também fascinante personagem de Sinclair Lewis, chamado Elmer Gantry. No cinema, foi vivido por Burt Lancaster. Era um genial manipulador.
Limito-me a observar os primeiros passos do governo, mas, sinceramente, não é o caso ainda de fazer oposição. A fase ainda é a de Sancho Pança, limitando-me a dizer: “Olha mestre, olha o que está dizendo.”
O governo retirou o Brasil do Tratado de Migração da ONU. Disse que o fez em nome da soberania nacional. Mas o tratado não era vinculante. Apenas uma tentativa de organizar o maior caos que a Humanidade vive, os deslocamentos em massa.
Bolsonaro falou como se o Brasil estivesse na mira de multidões de refugiados. Mas não está. Na verdade, temos mais brasileiros no exterior do que estrangeiros procurando o Brasil.
Não se pensou no destino dos brasileiros lá fora. Não podem ser vistos com má vontade, uma vez que seu País é tão fechado a acordos sobre o tema?
Bolsonaro falou também que os imigrantes aqui devem saber cantar o Hino Nacional. Minha avô, analfabeta, falava mal o Português. Seria uma tortura para ela cantar o Hino Nacional, mas isso não significa que não gostasse do Brasil e não trabalhasse como uma moura.
Sinceramente, não sei se os EUA de hoje são o modelo para uma política migratória. A Alemanha tem uma posição diferente. O Canadá, que me parece mais adequado como referência, deveria ser também observado.
No Rio de Janeiro, um deputado do PSL, a propósito de um centro indígena realmente decadente, declarou que quem gosta de índio deve se mudar para a Bolívia. Se sua inspiração é militar, por que só o capitão Bolsonaro, descartando Marechal Rondon? Talvez nem saiba quem foi Rondon.
Assim como o PT, os vencedores de agora parecem achar que o Brasil começou com eles. A tarefa é sempre se lembrar do país imenso que não cabe nas estreitas ideologias.
Artigo publicado no O Globo em 14/01/2019

NO AGÊNCIA CANETA
Gilberto Gil terá que devolver R$ 1 milhão da Lei Rouanet
Sexta-feira, 10 de janeiro de 2019, 15:45|América/São Paulo
A produtora do cantor e ex-ministro da Cultura no governo Lula, Gilberto Gil, terá que devolver R$ 1 milhão captado dos pagadores de impostos por meio da Lei Rouanet.
A prestação de contas do show, CD e DVD “Gil + 10”, realizado em 2010 reunindo Gil, Milton Nascimento, Mart’nália, Dona Ivone Lara e outros artistas, foi reprovada em 2017. A produtora de Gil, a Gege Produções Artísticas, captou na época R$ 800 mil via Lei Rouanet para fazer o show, cujo valor atualizado chega na casa do milhão.
Esta semana o recurso da produtora contra a reprovação foi negado. Com a extinção do Ministério da Cultura, o processo está no escopo da Secretaria Especial da Cultura, na pasta da Cidadania, e não cabe mais recurso.

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