PRIMEIRA EDIÇÃO DE SEGUNDA-FEIRA, 21 DE JANEIRO DE 2019

NA COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO
SEGUNDA-FEIRA, 21 DE JANEIRO DE 2019

A lista dos financiamentos do BNDES no exterior, divulgada sexta-feira (18), dá sentido às relações promíscuas do ex-presidente Lula com a Odebrecht, que ele beneficiou com 80% das obras em ditaduras latino-americanas e africanas. Integrantes da Lava Jato acham que dinheiro do BNDES acabou no bolso de Lula. Emílio Odebrecht, controlador da empreiteira, confessou até mesmo que havia uma “conta corrente” de R$300 milhões para o ex-presidente presidiário gastar como quisesse.

A relação entre Lula e a empreiteira baiana foi baseada em corrupção, simples assim. A Odebrecht pagou e levou os melhores contratos.

A construção do Porto de Mariel (Cuba) foi financiada pelo banco público BNDES por R$ 2,7 bilhões. E construído pela Odebrecht.

E o ex-ministro Antonio Palocci revelou à Justiça espontaneamente, sem acordo de delação, o “pacto de sangue” entre Lula e a Odebrecht.

A propina era tão rotineira que Palocci contou fazer entregas de dinheiro vivo a Lula em caixas de celular e, claro, de uísque.

O rombo de R$ 139 bilhões nas contas públicas incluído no orçamento não é a maior das preocupações do governo federal para este ano. O que tem tirado o sono da equipe econômica é o cumprimento da “regra de ouro”, que proíbe o governo de se endividar para fazer pagamento de pessoal. O cálculo no Orçamento prevê que gastos com servidores vão superar as receitas em R$ 248,9 bilhões, quase o dobro do déficit.

Para não ferir a Lei de Responsabilidade Fiscal, o governo Bolsonaro fica nas mãos do Congresso e precisa aprovar um crédito suplementar.

Com déficits desde 2015, o governo não terá problemas em evidenciar a “necessidade urgente” exigida para abrir créditos suplementares.

Especialistas lembram que o governo Temer, enfraquecido, não sofreu em 2018 porque o BNDES devolveu R$130 bilhões ao Tesouro.

A estratégia de centrais sindicais para impedir a reforma da Previdência envolve “luta, greves e paralisações, para enfrentar propostas nefastas do governo,” diz PT/CUT. Mas a nota oficial não menciona números.

A inexperiência de alguns militares que assessoram o Planalto não ajuda muito nos momentos de tensão. Supervalorizam o noticiário e até flertam com o pânico. Falta um deles botando a bola no chão.

A expectativa de partidos políticos na Câmara é de que o Fundo Partidário, verba anual distribuída entre os partidos políticos que atingiram a cláusula de barreira, será de mais de R$ 1 bilhão em 2019.

Poucos reparam no detalhe, mas o vice-presidente Hamilton Mourão está dispensando de qualquer adorno que o identifica, para ter acesso ao Palácio do Planalto. Mas faz questão de usar o crachá funcional.

O Planalto acha que um petista fez o relatório com a lista do BNDES, o “mapa da mina” da corrupção do PT. Malandramente, o relatório diz ser “raro” não pagar o financiamento. Faltou dizer que ainda não venceu o prazo de carência de quase todas as obras financiadas em ditaduras.

Em 2009, o ministro Carlos Lupi (Trabalho) disse que “toda onda acaba em espuma”, ao criticar quem havia notado que a “marolinha” de Lula era, na verdade, um tsunami devastador. Lupi acabou demitido, o Brasil em crise com mais de 12 milhões de desempregados. E Lula, preso.

NO O ANTAGONISTA
Os imóveis de Flávio Bolsonaro
Segunda-feira, 21.01.19 07:33
Entre 2014 e 2017, Flávio Bolsonaro “registrou a aquisição de dois apartamentos em bairros nobres do Rio de Janeiro, ao custo informado de 4,2 milhões de reais”, diz a Folha de S. Paulo.
A reportagem lembra que ele entrou para vida pública em 2002, tendo como único bem um Gol 1.0.

“Um novo Brasil está nascendo”
21.01.19 06:56
Eduardo Bolsonaro antecipou os temas do discurso de seu pai em Davos, representados por Sérgio Moro, Ernesto Araújo e Paulo Guedes:
“Vamos para Davos falar ao mundo que um novo Brasil está nascendo, com segurança jurídica (“rule of law”), que não enxerga o criminoso como vítima da sociedade, que não se associa a ditaduras e que sabe que um Estado gigante dá grandes margens a corrupção e ineficiência.”

“Até onde é corrupção, até onde é rachadinha?”
21.01.19 06:49
O general Hamilton Mourão disse a Andréia Sadi que Flávio Bolsonaro “não é problema do governo”:
“Isso é uma questão de elucidar o caso, se tem crime julgue-se de acordo com a lei e pronto. Qual a grande glória da democracia? A lei. A lei é fundamental no sistema democrático. Mais ainda: que a lei sirva para todos”.
Sobre a estratégia de Flávio Bolsonaro de tentar anular as provas no STF, ele acrescentou:
“Defesa é defesa. Até onde é corrupção, até onde é rachadinha? Existem outros investigados na mesma operação e ninguém dá bola. Cadê o cara dos 24 milhões?”

A propina lulista em Belo Monte
21.01.19 06:23
A PF produziu um laudo pericial sobre os fatos delatados por Antonio Palocci a respeito de Belo Monte.
O documento, anexado ao processo na última quinta-feira e reproduzido pelo Estadão, rastreia a propina repassada pela Odebrecht a Lula (codinome Amigo), Edison Lobão (codinome Esquálido) e Delfim Netto (codinome Professor).
Antonio Palocci contou que Lula ordenou a “formação do consórcio alternativo” para vencer o leilão de Belo Monte e que Delfim Netto e José Carlos Bumlai deveriam ser pagos por isso.
No caso de José Carlos Bumlai, “havia interesse de Lula no recebimento dos valores”, porque “os trabalhos de Bumlai eram feitos, muitas das vezes, para a sustentação da família de Lula”.

Flávio Bolsonaro diz que título de R$ 1 milhão foi usado para comprar imóvel
Domingo, 20.01.19 22:12
Flávio Bolsonaro falou pela primeira vez sobre as movimentações financeiras atípicas identificadas pelo Coaf.
Em entrevista ao “Domingo Espetacular”, da TV Record, o senador eleito disse que o dinheiro dos depósitos fracionados feitos em 2017 é proveniente da venda de um apartamento na Zona Sul do Rio de Janeiro.
Flávio disse também que o pagamento do título de R$ 1 milhão, relatado pelo Coaf, se refere à compra desse mesmo imóvel.
“Tentam de uma forma muito baixa insinuar que a origem desse dinheiro tem a ver com um ex-assessor meu ou terceiros. Não tem. Explico mais uma vez. Sou empresário, o que ganho na minha empresa é muito mais do que como deputado. Não vivo só do salário de deputado”, afirmou.
Na entrevista, Flávio disse que recebeu parte do pagamento da venda do imóvel em “cash” e que fez os depósitos fracionados no caixa eletrônico da Alerj por ser o local onde trabalhava. A explicação que deu sobre os valores de R$ 2 mil é que esse é o limite aceito no caixa eletrônico.

Carlos Bolsonaro atestou presença de assessor que trabalhou na campanha do pai
20.01.19 22:04
O Globo teve acesso às planilhas mensais de frequência dos funcionários do gabinete de Carlos Bolsonaro e constatou que o vereador atestou presença de seu ex-assessor, Tércio Arnaud Tomaz, mesmo quando o funcionário trabalhava, na prática, na campanha de seu pai.
Tércio esteve nos quadros do legislativo carioca até 1º de janeiro deste ano, quando foi nomeado assessor especial da Presidência.
Apesar de Tércio acompanhar Jair Bolsonaro em viagens durante campanha eleitoral, sem a presença de Carlos, o vereador declarou presença integral para o assessor entre dezembro de 2017 e novembro de 2018.
Após a eleição, Tércio se apresentava a jornalistas como assessor de comunicação do presidente eleito; era ele que divulgava sua agenda e respondia a imprensa.

Ficou para Celso de Mello
20.01.19 19:59
A decisão de suspender o decreto que facilitou a posse de armas ficou para o decano do STF, ministro Celso de Mello, noticia a Crusoé.
Leia a íntegra da nota aqui.

Ninguém visita João de Deus
20.01.19 18:43
João de Deus, que está preso há mais de um mês, ainda não recebeu nenhum visitante na cadeia além de seus advogados, diz o G1.
O curandeiro acusado de abuso está detido no Núcleo de Custódia de Aparecida de Goiânia desde o dia 16 de dezembro e poderia receber visitas de conhecidos, amigos ou parentes depois do 30º dia na unidade, “ainda assim, ninguém foi visitá-lo”.

Reforço no Ceará
20.01.19 18:15
O Ceará vai começar a receber no início desta semana o reforço de agentes penitenciários que atuarão nos presídios do estado, registra a Crusoé.
Por segurança, o número de agentes não é divulgado pelo Departamento Penitenciário Nacional, o Depen.
(...)

Advogado de Queiroz diz que desconhecia movimentação de R$ 7 milhões
20.01.19 16:10
Paulo Klein, advogado de Fabrício Queiroz, afirmou neste domingo que não sabia que seu cliente movimentou R$ 7 milhões em três anos, publica O Globo.
A defesa do ex-assessor de Flávio Bolsonaro disse também que ainda não obteve acesso às informações do Coaf sobre o caso.
“Eu tinha pedido na semana passada para ter acesso a essas informações e foi dito que isso não tinha sido documentado na investigação. Pedi cópia das informações do Coaf e também de eventuais testemunhas que tenham sido ouvidas. Não entregaram. Disseram: ‘doutor, não tem nenhuma informação do Coaf depois daquela’. Para mim foi uma surpresa a imprensa ter tido essa informação [dos R$ 7 milhões] sem a defesa ter tido acesso primeiro.”

Mourão: “Caso Flávio Bolsonaro não tem nada a ver com o governo”
20.01.19 14:25
As movimentações financeiras atípicas de Flávio Bolsonaro e de seu ex-assessor Fabrício Queiroz não são assunto do governo. Foi o que Hamilton Mourão disse neste domingo à Reuters:
“É preciso dizer que o caso Flávio Bolsonaro não tem nada a ver com o governo.”

“Que tal tirar sigilo das investigações de todos os deputados?”
20.01.19 13:58
Foi o que perguntou no Twitter a deputada federal eleita Joice Hasselman, referindo-se às operações bancárias suspeitas de servidores e ex-servidores da Alerj.
“São 20 casos suspeitos. Estou muito curiosa para saber como assessores do Dep. André Ceciliano movimentaram R$ 49 mi. Que todos dêem explicações.”

‘Esquema rachid’ na Alesp
20.01.19 12:58
Pelo menos cinco deputados são investigados pelo Ministério Público paulista sob suspeita de apropriação de salários, o chamado ‘esquema rachid’.
Os inquéritos envolvem Campos Machado, Aldo Demarchi, Clélia Gomes, Feliciano Filho e Luiz Fernando Teixeira Ferreira.
Apenas Machado responde na esfera cível; os outros quatro estão implicados em investigações criminais.

Cabral queria delatar para proteger Adriana Ancelmo
20.01.19 10:34
A ideia de Sérgio Cabral propor uma delação premiada seria para proteger sua mulher Adriana Ancelmo.
Segundo O Globo, o ex-governador presidiário está preocupado com o julgamento em segunda instância de Adriana e tinha a intenção de negociar a prisão domiciliar dela, além de uma redução da pena dele.
No momento, no entanto, não há nenhuma negociação.

Governo ignora sindicalistas
20.01.19 09:50
A equipe do governo Jair Bolsonaro que elabora os detalhes finais da reforma da Previdência não abriu as portas para ouvir as centrais sindicais, relata a Folha.
Nos primeiros dias deste ano, como lembra o jornal, as centrais enviaram uma carta ao presidente para tentar abrir um canal de comunicação, “mas continuaram fora da formulação da proposta de reforma”.
Sindicalistas ouvidos pela Folha dizem que a ausência de diálogo entre governo é algo inédito nas últimas décadas.

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