TERCEIRA EDIÇÃO DE QUINTA-FEIRA, 1º DE OUTUBRO DE 2018

NO O ANTAGONISTA
“SIGNIFICA CONSOLIDAR OS AVANÇOS CONTRA O CRIME E A CORRUPÇÃO”
Quinta-feira, 01.11.18 11:12
Em nota, Sergio Moro acaba de confirmar que será ministro de Jair Bolsonaro:
“Fui convidado pelo Sr. Presidente eleito para ser nomeado Ministro da Justiça e da Segurança Pública na próxima gestão. Após reunião pessoal na qual foram discutidas políticas para a pasta, aceitei o honrado convite.
Fiz com certo pesar pois terei que abandonar 22 anos de magistratura. No entanto, a perspectiva de implementar uma forte agenda anticorrupção e anticrime organizado, com respeito a Constituição, a lei e aos direitos, levaram-me a tomar esta decisão. Na prática, significa consolidar os avanços contra o crime e a corrupção dos últimos anos e afastar riscos de retrocessos por um bem maior.
A Operação Lava Jato seguirá em Curitiba com os valorosos juízes locais. De todo modo, para evitar controvérsias desnecessárias, devo desde logo afastar-me de novas audiências. Na próxima semana, concederei entrevista coletiva com maiores detalhes.”

Lula será condenado de novo
01.11.18 16:06
Deputados estão entrando em contato com O Antagonista para comentar a confirmação de Sergio Moro no Ministério da Justiça.
Em tom de euforia, dizem, por exemplo, que “foi sensacional” e que “tem tudo para dar certo”.
“O Lula vai ser condenado de novo, com certeza. E não vai ser pelas mãos do Moro. Até isso vai ser bom”, afirmou um parlamentar do DEM.

Moro e Dino: a semelhança e a diferença
01.11.18 15:50
Quem escondia interesses debaixo da toga era Flávio Dino, ex-juiz federal, hoje governador do Maranhão.
Ele fez exatamente como Sergio Moro.
Só que Dino, o político, se alinhou com o governo mais corrupto da História.
Moro, o político, vai comandar um ministério contra a corrupção.

Façam as contas
01.11.18 15:38
O PT diz que Sergio Moro condenou Lula para virar ministro de Jair Bolsonaro. É bom lembrar que o juiz condenou o ex-presidente em julho de 2017.
A simples cronologia desmonta a narrativa.

Moro e o ‘imaginário coletivo’ de Ayres Britto
01.11.18 15:05
O ex-ministro do STF, Carlos Ayres Britto, disse ao Globo que a ida imediata de Sergio Moro para o Ministério da Justiça, sem cumprir quarentena, “redundará em prejuízo” para a Lava Jato “no imaginário coletivo”.
“O Judiciário se define pelo desfrute de uma independência que não pode ser colocada em xeque. O juiz Sergio Moro está à frente de um dos processos penais mais simbolicamente relevantes da história do Brasil, porque alusivo ao gravíssimo tema da corrupção serial organizada às custas do patrimônio público. Isso significa que, no imaginário coletivo, essa migração imediata do principal condutor desses processos para o Executivo redundará em prejuízo para a mais eficiente continuidade da apuração e julgamento do que ocorre no ‘andar de cima’ da sociedade.”
O problema está apenas no imaginário coletivo de uma parcela de advogados e ex-ministros.

Fux defende nomeação de Moro: “Símbolo da probidade e da competência”
01.11.18 14:49
Luiz Fux, destoando de colegas do STF, defendeu a nomeação de Sergio Moro para o Ministério da Justiça.
“Excelente nome. É a escolha que a sociedade brasileira faria se fosse consultada. É um juiz símbolo da probidade e da competência. Escolha por genuína meritocracia”, disse ao G1.
O ministro acha que Moro “imprimirá no Ministério da Justiça a sua marca indelével no combate à corrupção e na manutenção da higidez das nossas instituições democráticas, prestigiando a independência da PF, MP e Judiciário”.

Deltan Dallagnol: “Moro vai para o Ministério da Justiça por um bem maior”
01.11.18 14:41
O procurador Deltan Dallagnol, coordenador da Lava Jato, postou um longo texto no Facebook com sua opinião sobre a nomeação de Sergio Moro para o Ministério da Justiça.
Segundo ele, Moro aceitou o convite por um bem maior: “consolidar os avanços da Lava Jato e avançar contra o crime organizado”.
Leiam a íntegra:
“A foto é emblemática: o pacote das Novas Medidas Contra a Corrupção estava em suas mãos na viagem ao encontro do presidente eleito. O juiz Sergio Moro vai ao Ministério da Justiça por um bem maior: consolidar os avanços da Lava Jato e avançar contra o crime organizado, problemas extremamente preocupantes no nosso País, assim como defender o fortalecimento da democracia, que é pressuposto da luta contra a corrupção.
Minha avaliação pessoal – não estou falando neste post pelas equipes que trabalham na Lava Jato, que podem ter diferentes visões desse assunto – é de que a decisão é bastante positiva para a causa anticorrupção e para o País.
Em inúmeras entrevistas, sempre ressaltei que o ambiente de leis favoráveis à corrupção ainda é o mesmo de antes da Lava Jato: prescrição, nulidades, lentidão e penas lenientes favorecem a impunidade. A mensagem do sistema de justiça criminal é de que a corrupção compensa e inúmeros casos do passado provam isso. Nada das leis que favorecem a impunidade mudou até hoje. O que houve foi um caso que fugiu da curva da impunidade, a Lava Jato. Além disso, há muito espaço para avançar contra a corrupção em outras frentes: recuperação de valores, transparência, melhoras no sistema político e eleitoral, incentivo ao compliance, proteção do whistleblower, fortalecimento do controle interno e externo e assim por diante. Tudo isso precisa ser feito e o Ministro da Justiça tem uma posição privilegiada para articular essas mudanças.
Além disso, há muito tempo falo que, hoje, é mais importante para o País mudar o ambiente que favorece a corrupção do que futuros resultados da Lava Jato. Há muitas propostas substanciais, como as 10 Medidas e as Novas Medidas, que poderão ser apreciadas, aperfeiçoadas e aprovadas. É preciso criar um ambiente fértil para que a corrupção não aconteça e para que operações contra a corrupção possam crescer e frutificar em cada cidade onde há esse problema.
Como Ministro da Justiça, o juiz Sergio Moro poderá impactar ainda órgãos muito importantes para o controle da corrupção, como a Polícia Federal, a CGU e o COAF, ampliando sua influência positiva dos casos em Curitiba para todo o País.
Neste momento, precisamos fazer uma análise crítica dos ataques que estão surgindo contra a reputação do juiz e da Lava Jato, como aqueles que acusam o juiz de ter, desde sempre, aspiração política. Isso é ridículo. Se o juiz Sergio Moro tivesse aspiração política, ele poderia ter se tornado presidente ou senador nas últimas eleições com alta probabilidade de êxito. Mentiras como essa serão repetidas, como outras já usadas no passado, mas não vão abalar a Lava Jato, em que atuam não só 01 juiz, mas 14 da primeira à última instância. A imparcialidade dos atos e decisões são garantidos pelo próprio sistema recursal.
O que vejo é sim uma pessoa que já demonstrou, com árduo trabalho, elevada qualidade técnica e muito sacrifício pessoal ao longo de 4 anos, que se somaram a uma trajetória pretérita respeitada, o seu comprometimento com o interesse público, com o serviço à sociedade e com o País Vejo ainda o aproveitamento de uma oportunidade pelo juiz para dar o seu melhor a fim de construir uma sociedade com mais justiça social, mais democracia e mais segurança, assim como menos corrupção, menos impunidade e menos crime organizado.
Aqui em Curitiba, a Lava Jato seguirá com outros magistrados. Há ainda bastante por fazer e será feito. Perde-se o grande talento de um juiz, mas a maior parte da equipe seguirá firme lutando contra a corrupção, como profissionais, na operação, e como cidadãos.”

Bolsa tem alta recorde com Moro 
01.11.18 14:06
A confirmação de Sergio Moro como ministro da Justiça empurrou o índice Ibovespa para além de 89 mil pontos, máxima histórica.
E segue operando acima dos 88,5 mil. O combate à corrupção melhora a economia e não o contrário, como diziam Lula e os petistas.

O que significa Moro no Ministério da Justiça
01.11.18 13:48
Relatório da Arko Advice divulgado há pouco a seus clientes diz que não há dúvida de que a escolha de Sergio Moro para o Ministério da Justiça “tem excepcional e positiva repercussão junto ao eleitorado de Jair Bolsonaro e para o seu governo de modo geral”.
Os analistas elencam os motivos para a euforia:
— Cria expectativas de duro combate à corrupção sistêmica no País;
— Dá a esperança de que a mesma eficiência de Moro na Lava Jato possa ser expandida para a Segurança Pública;
— Neutraliza parte das críticas da imprensa – que apoiou a Lava-Jato – a Jair Bolsonaro;
— Serve como endosso à comunidade internacional – que sempre aplaudiu Sergio Moro – acerca das intenções do governo Bolsonaro;
— É um recado do presidente eleito para o mundo político de que não irá tolerar corrupção nem negociatas.
O texto diz que “os riscos da nomeação são maiores para Moro do que para Bolsonaro”.

“Liberdade total para trabalhar pelo Brasil”
01.11.18 13:28
Jair Bolsonaro disse à TV Record que Sergio Moro terá “total liberdade” em seu superministério:
“Eu não vou interferir em absolutamente nada que venha a ocorrer dentro da Justiça no tocante a esse combate à corrupção. Mesmo que viesse a mexer com alguém da minha família no futuro. Não importa. Eu disse a ele: é liberdade total para trabalhar pelo Brasil.”

Juízes criminais também festejam Moro no Ministério da Justiça
01.11.18 13:28
A juíza Rogéria Epaminondas, presidente do Fórum Nacional de Juízes Criminais (Fonajuc), divulgou a seguinte nota sobre a confirmação de Sergio Moro no Ministério da Justiça:
“O Fórum Nacional de Juízes Criminais (Fonajuc), pautado no aperfeiçoamento do Sistema de Justiça Criminal e na aplicação do garantismo integral que contempla o direito da vítima e da sociedade, além da valorização da Magistratura nacional e dos demais profissionais que atuam na seara criminal, vem a público externar o seu apoio à indicação do Juiz Federal Sergio Fernando Moro para o cargo de Ministro da Justiça, a partir de 1º de janeiro de 2019.
Em seus vinte e dois anos de serviço ao Poder Judiciário, o Juiz Federal Sergio Fernando Moro destacou-se pela coragem, independência, serenidade e imparcialidade no exercício da função, exaltando a Magistratura nacional e internacionalmente.
Os magistrados integrantes do Fonajuc parabenizam-no pela indicação e compartilham a confiança da população de que continuará prestando excelentes serviços à Nação em suas novas atividades, certos de que buscará o aperfeiçoamento do Poder Judiciário e de que continuará lutando contra a corrupção e por um País mais justo e igualitário.”

Mas Moro não ‘ignorava’ Bolsonaro?
01.11.18 13:11
Os blogs sujos fizeram troça de Jair Bolsonaro em 2017 afirmando que ele tentou tietar Sergio Moro no aeroporto de Brasília em 30 de março e foi ignorado pelo juiz.
Petistas exploraram o vídeo do episódio para mostrar que Bolsonaro não tinha moral com Moro.
Agora, acusam Moro de ter prendido Lula para eleger Bolsonaro e ajudá-lo a governar.
Só falta alegarem que a cena do aeroporto foi premeditada para encobrir um conluio secreto.
O contorcionismo retórico, com frequência, é um efeito da falta de consciência moral.

Peritos criminais festejam Moro no Ministério da Justiça
01.11.18 13:08
Marcos Camargo, presidente da Associação Nacional dos Peritos Criminais Federais (APCF), divulgou a seguinte nota sobre a confirmação de Sergio Moro no Ministério da Justiça:
“A Associação Nacional dos Peritos Criminais Federais (APCF) saúda a escolha de Sérgio Moro para a chefia do Ministério da Justiça do novo governo. Como juiz federal, ele demonstrou grande comprometimento com as leis e com a realização da Justiça. Seu papel no enfrentamento ao crime do colarinho branco é evidenciado ao longo de sua história, seja na operação Lava Jato ou outras anteriormente realizadas.
Esperamos que o novo Ministério, sob a chefia de Sergio Moro, possa avançar em medidas concretas necessárias para o enfrentamento do crime organizado, buscando minar o sistema financeiro das organizações criminosas, fortalecer ações de inteligência de combate ao crime organizado e criar centros integrados de ferramentas e de expertise nessa área.”

Não deu certo, Lula
01.11.18 12:56
Lula sempre pensou que disputar o segundo turno com Jair Bolsonaro fosse o melhor caminho para atropelar Sergio Moro e sair da cadeia.
Não deu muito certo, não.

“Bandido sempre chora”
01.11.18 12:25
O general Hamilton Mourão chamou a gritaria petista contra Sergio Moro de “choro de bandido”.
Ele disse para a Crusoé:
“Bandido sempre chora. O Lula tem que cumprir a pena dele lá. Quando derem um semiaberto para ele, ele vai para casa.”
Leia a nota completa aqui.

Não vai ser moleza, Lula
01.11.18 11:24
Sergio Moro já desistiu do interrogatório de Lula no dia 14.
O criminoso condenado pela Lava Jato vai ter de enfrentar a juíza Gabriela Hardt.
Se ele pensa que é moleza, vai se dar mal.
A juíza Gabriela Hardt

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