SEGUNDA EDIÇÃO DE QUINTA-FEIRA, 1º DE NOVEMBRO DE 2018

NO O ANTAGONISTA
MORO ACEITA CONVITE DE BOLSONARO
Quinta-feira, 01.11.18 10:55
Sergio Moro aceitou hoje o convite de Jair Bolsonaro para comandar o superministério da Justiça, confirma o Estadão.
“O magistrado vai divulgar uma nota detalhando os termos da proposta que aceitou.”

O superministro no STF
01.11.18 10:38
Os ministros do STF sempre trataram Sergio Moro como um juizinho impertinente, que cedo ou tarde seria punido e afastado da Lava Jato.
Vai ser curioso testemunhar a transformação dessa gente diante do superministro.

Cunha é interrogado pelo juiz Sergio Moro
01.11.18 10:32
Eduardo Cunha, preso em Curitiba, foi interrogado ontem pelo juiz Sergio Moro. O ex-presidente da Câmara é acusado pela Lava Jato de receber propina a partir da contratação de navios-sonda na Petrobras.
No depoimento que durou cerca de duas horas, o deputado cassado negou tudo.

O plano do PCC para tirar Marcola da cadeia
01.11.18 10:15
O PCC estava se preparando para tentar resgatar Marcola nos próximos dias.
Segundo o UOL, os criminosos gastaram 100 milhões de reais com a contratação de mercenários, além de armas de grosso calibre, granadas e duas aeronaves.
O atentado a Jair Bolsonaro fazia parte do plano?

Os vermelhos de Gleisi
01.11.18 09:38
Gleisi Hoffmann esperneou contra o superministro da Lava Jato:
“Sergio Moro não vê problema em conversar com presidente eleito e considerar seu convite para ocupar um ministério. O presidente em questão falou que Lula vai apodrecer na cadeia e quer exterminar os vermelhos. Viva juízes isentos como Moro e presidentes democráticos como Bolsonaro!”
Jair Bolsonaro não disse que quer exterminar os vermelhos, e sim os marginais vermelhos. Mas talvez Gleisi Hoffmann tenha razão: é tudo a mesma coisa.

O cabo eleitoral de Bolsonaro
01.11.18 09:28
Paulo Pimenta, aquele que recorreu ao plantonista petista para tirar Lula da cadeia, disse que Sergio Moro atuou como cabo eleitoral de Jair Bolsonaro.
O cabo eleitoral de Jair Bolsonaro, é claro, foi o próprio Lula, preso por ter recebido propina das empreiteiras.

A suprema suspeição
01.11.18 09:16
Um ministro do Supremo disse à Folha de S. Paulo que, “só de se aproximar de Bolsonaro, Moro vai reforçar a ideia de que Lula é um preso político e alimentar as acusações de que atuou por motivações pessoais e de que deveria ter se declarado suspeito de julgar o ex-presidente”.
O Antagonista suspeita de três ministros do Supremo que podem ter dito isso.

É muito suspeito
01.11.18 07:47
A Folha de S. Paulo quer que Sergio Moro se declare suspeito para julgar Lula.
Só uma pergunta: a Folha de S. Paulo adotou o mesmo critério quando Dias Toffoli, Ricardo Lewandowski ou Rogério Favreto julgaram Lula, Dilma Rousseff e os outros petistas?

Moro e a criminalização da política
01.11.18 07:46
Achar que Sergio Moro compromete a sua atuação como magistrado porque pode vir a aceitar o cargo de ministro da Justiça — isto, sim, é criminalizar a política, convenhamos.

Os suspeitos de sempre
01.11.18 07:20
“O simples encontro do juiz Sergio Moro com o presidente eleito Jair Bolsonaro já o coloca sob suspeição para continuar julgando processos de Lula”, disseram os advogados consultados pela Folha de S. Paulo.
Entre eles, Alberto Toron, advogado de Fernando Bittar, acusado de ser o laranja de Lula no sítio em Atibaia, cujo caso deve ser julgado por Sergio Moro nas próximas semanas.
A Folha de S. Paulo, porém, não o considera suspeito para tratar do assunto.

O fim da Lava Jato
01.11.18 07:08
“Na prática, a Lava Jato está perto do fim em Curitiba”, diz O Globo.
“A Segunda Turma do STF já havia retirado das mãos de Sergio Moro novas investigações, como as menções a Lula e a Guido Mantega por delatores da JBS. O presidente do STF, Dias Toffoli, também suspendeu uma ação penal na 13ª Vara Federal contra Mantega, sob argumento de que os supostos repasses da Odebrecht devem ser analisados pela Justiça Eleitoral.”
Ou Sergio Moro assume o superministério oferecido por Jair Bolsonaro, ou assiste ao gradual desmantelamento da Lava Jato.

Moro vira o jogo contra o STF
01.11.18 06:16
A Lava Jato foi dizimada pelo STF, sobretudo pela Segunda Turma de Dias Toffoli, Gilmar Mendes e Ricardo Lewandowski.
Em vez de assistir calado a esses abusos, Sergio Moro, em seu superministério, poderá virar o jogo e retomar a luta contra a impunidade.

NO PUGGINA.ORG
SECTARISMO E INTOLERÂNCIA NA UNIVERSIDADE PÚBLICA
Por Percival Puggina.
Publicado quarta-feira,  31.10.2018
Qual é o problema de vocês? Quem lhes disse que a Nação está interessada em custear uma universidade para ser transformada em feudo esquerdista, de onde a divergência é expulsa a gritos e atos de selvageria intolerante? 
De onde lhes vem essa pretensa superioridade moral quando os frutos mais amargos da História são colhidos nas suas bibliografias? Querem uma universidade para a esquerda, criem uma. Querem duas, criem duas, criem três, criem quantas quiserem. Mas não usurpem o que pertence a todos! A universidade tem autonomia para que o pluralismo seja possível; não para que seja impedido!
Desculpem-me os demais leitores, mas eu precisava mandar a mensagem acima às universidades públicas. 
Há muitos anos, notadamente na área de Humanas, elas foram tomadas de assalto pelo pensamento esquerdista. Tornaram-se, no Brasil, versão acabada do que Antonio Gramsci denominava “intelectuais coletivos” – grandes centros de formação e difusão do pensamento do partido.
É patrimônio nacional, custeado pela sociedade, escandalosamente usado para serviço político e ideológico tão explícito quanto desonesto, onde se ocultam autores liberais e conservadores, relegados ao mais empoeirado ostracismo.
Os males se consolidam ao longo dos anos porque protegidos com o inexpugnável escudo da autonomia universitária. Toda divergência é castigada sob o manto sagrado dessa autonomia! Ela é invocada para encobrir abusos e para que, atrás de seus muros, a verdade seja torturada. Dirão que a verdade merece porque ela mesma é coisa de fascista, que a história dos crimes praticados em nome das ideias que defendem também é fascista, que o combate à corrupção é fascista, que o enfrentamento à criminalidade é fascista, que os ideais de liberdade econômica e empreendedorismo são fascistas. Só a esquerda não é fascista, nesse vocabulário bronco de militante chapado.
A água do batismo da universidade é a cristalina abertura ao universo do conhecimento. Nobilíssimo atributo! Ela tem autonomia para que isso seja possível. Não para que seja impedido!
Vê-la convertida em mera caixa de ressonância desses chavões vulgares que a esquerda produz e embala não os faz sofrer? Não os sensibiliza pensar em tudo que ela deixa de promover enquanto mentes jovens vão sendo zelosamente calafetadas e lacradas, inibidas de buscar a verdade? Dezenas de campi universitários, nos estertores da campanha de Fernando Haddad, dito o Poste, registraram consequências disso.
No sprint final da disputa pelo voto, de modo simultâneo e coordenado, universidades públicas de nove estados sediaram agitados eventos “antifascistas”, artimanha com que, combatendo Bolsonaro, ajudavam Haddad. Os juízes entenderam os atos pelo que de fato eram: propaganda eleitoral em órgãos públicos. E trataram de sustá-los, mas a ministra Cármen Lúcia determinou a suspensão das medidas.
Disse ela: que as ações dos TREs e da Polícia Federal "impediam a manifestação livre de ideias e divulgação do pensamento nos ambientes universitários”. Foi secundada por Dias Toffoli, presidente do STF, para quem o Supremo "sempre defendeu a autonomia e a independência das universidades brasileiras, bem como o livre exercício do pensar, da expressão e da manifestação pacífica".
Assim, as palavras são usadas para consagrar como nobre o uso vicioso do espaço universitário e dar por são, legítimo e plural, o que é rasgadamente enfermo, ilegítimo e sectário. Pelas mãos do STF, converte-se o ambiente acadêmico em casamata portadora de uma dignidade negada pela prática. Quem duvida, assista aqui cenas dessa “plural liberdade de manifestação e expressão”. São sempre os mesmos, contra os mesmos, fazendo o mesmo, em toda parte.
Será que os ministros do STF, vendo estas cenas tão comuns, dirão que elas correspondem a um bem merecedor das palavras que lhe dedicam?

NO BLOG DO MERVAL PEREIRA
Não aprendeu nada
POR MERVAL PEREIRA
Quinta-feira, 01/11/2018 06:30
Parafraseando Talleyrand, Ministro dos Negócios Estrangeiros por quatro vezes, e primeiro Primeiro-Ministro da França com Luis XVIII, o PT não esqueceu nada, não aprendeu nada. Talleyrand se referia aos Bourbons, que reassumiram o poder na sequência da Revolução Francesa, que havia decapitado Luis XVI, e não entenderam os novos tempos. Foram derrubados novamente anos depois.
O PT, depois de ter sido derrotado por um sentimento majoritário antipetista e antilulista, mantém-se na posição de dono da esquerda brasileira, anunciando uma oposição sem trégua ao novo governo, a partir do patético discurso da derrota de Fernando Haddad. O fracasso parece ter-lhe subido à cabeça, e também à da presidente do PT Gleisi Hoffman.
Haddad insistiu na “prisão injusta” do ex-presidente Lula, e Gleisi, na antevéspera da eleição, disse que o presente ideal para Lula seria indultá-lo. Só no dia seguinte se dignou a enviar um voto de boa sorte através do Twitter. As urnas disseram o que pensam sobre isso.
Depois dos discursos contundentes do senador Cid Gomes e do rapper Mano Brown, que jogaram água no chopp petista ao denunciarem os equívocos cometidos pelo partido, e seu distanciamento do povo, foi a vez do candidato terceiro colocado na corrida presidencial Ciro Gomes, que adotou uma posição de bom senso e anunciou um claro rompimento com o PT.
Em entrevista à Folha de S.Paulo, faz várias críticas ao partido, que se quer hegemônico e é traidor, na sua opinião. O PDT vai entrar em rota de colisão com o PT, que muito provavelmente ficará isolado na condição de oposição radical a qualquer preço. Ciro parece querer ser uma oposição mais equilibrada, até onde isso é possível tratando-se de um político com seu temperamento. Haverá um caminho pelo meio para a oposição de esquerda, mais responsável, que pode render frutos para sua liderança.
A única chance de o PT voltar a se colocar como grande esperança do povo brasileiro é se nada no governo Bolsonaro der certo. Por isso o partido jogará no quanto pior, melhor, apostando no fracasso do governo Bolsonaro. Não é a primeira vez que o PT faz isso, não votou em Tancredo Neves para presidente, não apoiou o governo de transição de Itamar Franco, não assinou a Constituição de 1988, não apoiou o Plano Real.
A denúncia de uma suposta parcialidade do juiz Sérgio Moro contra Lula, por ter sido convidado por Bolsonaro para o ministério da Justiça, tem precedentes no partido. Já em 1989, depois de ter sido derrotado por Fernando Collor no segundo turno da primeira eleição direta depois da redemocratização, o PT acusou o presidente eleito de estar pagando favores, depois que Collor convidou o Ministro Francisco Rezek, do STF, que coordenara a eleição como Presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), para ministro das Relações Exteriores.
Rezek aposentou-se do cargo de Ministro do STF para poder compor o ministério, mas, em 1992, retornou ao STF, período em que Collor lutava para escapar do processo de impeachment - ele não participou do julgamento de Collor por considerar-se impedido. Para que Rezek pudesse retornar ao STF, Célio Borja, que tinha sido Assessor Especial de Sarney, que o nomeou em 1986 para o STF, aposentou-se, em abril de 1992, assumindo o Ministério da Justiça no chamado “ministério dos notáveis” de Collor, última tentativa de resistir à queda política.
A integridade do ministro Rezek não foi afetada, pois ele foi ser membro da Corte Internacional de Justiça da ONU em Haia. É o mesmo processo de agora, quando os advogados de Lula, e os líderes petistas, consideram prova de parcialidade de sua atuação o Juiz Sérgio Moro ser convidado pelo presidente eleito Jair Bolsonaro para ministro da Justiça.
Moro provavelmente aceitará o convite, depois de conversar com o presidente eleito hoje, e a principal medida será a elaboração de um Plano Nacional contra a Corrupção. Nada mais natural que um candidato eleito em grande parte pela luta contra a corrupção e o apoio à Operação Lava-Jato convide para seu governo o símbolo maior desse combate.

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