SEGUNDA EDIÇÃO DE QUINTA-FEIRA, 08 DE NOVEMBRO DE 2018

NO O ANTAGONISTA
STJ derruba chicana de Lula
Quinta-feira, 08.11.18 10:52
O ministro Félix Fischer, do STJ, negou a chicana dos advogados de Lula para anular a perícia da PF que confirmou o pagamento de propinas da Odebrecht na compra do prédio do Instituto Lula.
O chefe da ORCRIM está pronto para ser condenado mais uma vez.

Lula queria mais propina da Odebrecht
08.11.18 07:18
Marcelo Odebrecht, em seu depoimento à juíza Gabriela Hardt, confessou o pagamento de 200 milhões de reais em propinas para Lula e Antonio Palocci.
Mas eles queriam mais do que isso:
“Teve alguns pedidos de propina que inclusive foram negados com base na existência da planilha Italiano e que imagino que outras empresas acabaram tendo que pagar. Por exemplo: a questão de Belo Monte, a questão de sondas.”

O papelão de José Medeiros
08.11.18 11:21
O senador José Medeiros, aliado de Jair Bolsonaro que estava presente na casa do presidente eleito no dia da apuração, votou a favor do aumento salarial dos ministros do STF, que poderá gerar um efeito cascata de R$ 6 bilhões de gastos públicos para o próximo governo.
No Twitter, Medeiros tentou se explicar:
“Achei uma boa troca. Acabou o auxílio moradia. Veja que o aumento, mais dia menos dia, haveria que ser concedido. Seria cumulativo com auxílio.”
O senador está sendo chamado de “traidor” na rede social. Um cidadão ainda comentou:
“Não sei o que foi pior, o voto ou a justificativa.”

“Não é derrota, é preocupação”
08.11.18 11:16
O futuro chefe do GSI, general Augusto Heleno, disse que a aprovação de reajuste dos salários do Judiciário não pode ser considerada uma derrota do governo de Jair Bolsonaro.
“Não é derrota, é preocupação. Tenho certeza que ele não considera uma derrota, mas é uma preocupação até pelos gastos que foram anunciados. Mas isso tem que ser muito bem estudado. Não dá pra fazer essa avaliação aqui. Isso ele tem que se avaliar, principalmente doutor Paulo Guedes, tem que verificar qual impacto.”

Um lembrete
08.11.18 10:53
O Antagonista lembra que a deputada federal Tereza Cristina (DEM), escolhida para ser ministra da Agricultura de Jair Bolsonaro, estava ao lado de Geraldo Alckmin no evento que marcou o apoio do Centrão ao tucano antes do primeiro turno da corrida presidencial.
Tereza chegou a ser cotada para ser vice de Alckmin.

Contra o aumento do STF
08.11.18 10:33
O advogado Rodrigo Nóbrega impetrou uma ação popular na Justiça Federal do Distrito Federal contra o aumento do salário dos ministros do STF.
A ação se baseia na Lei de Responsabilidade Fiscal e já foi distribuída à 16° Vara Federal, que deve apreciar o pedido em caráter liminar.

TSE investiga se sistema da Justiça Eleitoral foi invadido antes da eleição
08.11.18 10:25
O TSE apura se hackers invadiram o sistema interno da Justiça Eleitoral e obtiveram dados sigilosos do TSE no período pré-eleitoral, informa o Jota.
Segundo a reportagem, os invasores teriam entrado de maneira remota em equipamentos ligados à rede do TSE e tido acesso, entre outras informações, a documentos sigilosos e ao login do ministro substituto, Sérgio Banhos, e do chefe da tecnologia da informação do TSE, responsável pelas urnas eletrônicas, Giuseppe Janino.
Nos bastidores, acrescenta o site jurídico, a Corte estuda se irá instaurar um processo administrativo disciplinar para apurar se houve o vazamento de alguma informação ou se algum profissional da Corte falhou no sistema de segurança.

Sindicatos em queda
08.11.18 10:15
Os pelegos vão desaparecer.
Segundo o IBGE, dos 91,4 mil trabalhadores que estavam ocupados no ano passado, 14,4% estavam sindicalizados.
“Foi a menor taxa da série histórica da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), iniciada em 2012, que subsidiou o levantamento”, diz o G1.

Toffoli: “Eu gostaria de agradecer ao Congresso Nacional”
08.11.18 10:11
Como lembramos ontem, o aumento dos salários do MP e do Judiciário era defendido pelos sindicalistas de toga como forma de compensar um eventual fim do auxílio-moradia.
Dias Toffoli confirmou a estratégia. Ele disse na noite de ontem, após a aprovação do aumento:
“Em nome do STF, em nome de todo o Poder Judiciário, eu gostaria de agradecer ao Congresso Nacional a aprovação desse projeto principalmente porque agora poderemos enfrentar o problema do auxílio-moradia. Principalmente porque, com a aprovação do novo subsídio, nós poderemos então resolver então essa questão do auxilio.”

A batalha de Toffoli
08.11.18 07:37
Dias Toffoli passou a quarta-feira batalhando o aumento de seu salário.
Segundo o Estadão, “havia a preocupação de o Senado rejeitá-lo após Jair Bolsonaro declarar ‘não ser o momento’ para isso”

Operação da Lava Jato no Rio vazou
08.11.18 10:04
Deputados estaduais do Rio de Janeiro estão sendo presos pela Lava Jato — veja aqui e aqui.
Há um fato grave, porém: tinha deputado que sabia desde as 17h de ontem que a Polícia Federal estaria nas ruas na manhã de hoje.

Uma prensa em Rodrigo Maia
08.11.18 09:58
Os réus da Lava Jato estão dando uma prensa em Rodrigo Maia a fim de que ele paute um pacote contra a Lava Jato.
“Uma das propostas”, diz a Folha de S. Paulo, “deixaria ainda mais claro na lei que uma delação só terá validade com provas e se o colaborador tiver participado diretamente dos fatos — e não se apenas souber das circunstâncias de um crime.
A outra ideia é aprovar uma lei que altere entendimento do STF sobre crimes contra o erário. A Corte decidiu, em agosto, que ações de ressarcimento nesses casos são imprescritíveis.”

Fora, Haddad
08.11.18 09:46
Fernando Haddad não vai assumir cargo no PT, diz a Folha de S. Paulo.
“Ele combinou com Lula que seguirá na política, mas fora das estruturas partidárias.”
O PT é do presidiário e de sua porta-voz Gleisi Hoffmann. Fernando Haddad, se quiser perder mais uma vez, terá de procurar outro partido.

Uma análise serena
08.11.18 09:22
Fernando Haddad visitou Lula na cadeia.
Segundo a Folha de S. Paulo, o presidiário “está cético em relação aos futuros julgamentos que enfrentará na Justiça. Acredita que o clima no País dificulta uma análise serena de sua defesa”.
A análise serena foi feita pelos eleitores, que chutaram Fernando Haddad e enterraram o indulto a Lula.

Fora de época
08.11.18 09:05
A Época perdeu 80% de seus assinantes antes de se tornar um suplemento de O Globo.
O fato deve incomodar seus editores.
Numa reportagem sobre a tintura de cabelo do general Hamilton Mourão, o suplemento diz:
“Mourão se tornou o queridinho dos jornalistas brasileiros. Durante as três horas de almoço, seu celular tocou mais de 20 vezes. Do outro lado da linha, repórteres e editores de jornais e revistas queriam saber sobre nomeações, fofocas do governo de transição, cargos a ser extintos. Só da revista eletrônica Crusoé, ele recebeu ligações de três pessoas.”
Está explicado por que a Crusoé cresce sem parar e a Época vira suplemento.

Congressistas também querem um aumento
08.11.18 08:48
O aumento do salário dos ministros do STF “deflagrou no Congresso Nacional uma movimentação para elevar também as remunerações de deputados, senadores, ministros de Estado e presidente da República”, diz o Estadão.
Como ninguém está disposto a assumir a autoria da prensa nos contribuintes, “a ideia é fazer dois decretos legislativos, com a assinatura de líderes partidários”.

A aposentadoria de Dilma
08.11.18 08:41
Dilma Rousseff tem direito à sua aposentadoria, segundo o INSS.
O caso do fura-fila foi revelado no ano passado:
Um dia depois da aprovação do impeachment no Senado, o ex-ministro Carlos Gabas e uma secretária de Dilma entraram, pelos fundos, numa agência da Previdência em Brasília.
Em minutos, o processo de aposentadoria da ex-presidente foi aberto no sistema e concluído sigilosamente. Brasileiros comuns esperam pelo menos 90 dias para obter o benefício.
Com a furada de fila, Dilma se aposentou com o salário máximo, de 5 189 reais.
O fundamental é que Dilma Rousseff foi aposentada pelos eleitores de Minas Gerais.

Uma prensa na imprensa
08.11.18 08:30
O Estadão desaprovou a sugestão de Paulo Guedes de dar uma “prensa” no Congresso Nacional:
“Quando o futuro ministro da Economia, Paulo Guedes, sugere que é preciso dar uma ‘prensa neles’, isto é, nos congressistas, para que ao menos uma reforma parcial da Previdência seja aprovada ainda nesta legislatura, isso denota preocupante prepotência sobre a capacidade do presidente eleito Jair Bolsonaro de impor sua agenda no Congresso mesmo antes de assumir o cargo.”
Enquanto isso, Eunício Oliveira dá uma prensa nos cofres públicos e aprova a pauta-bomba do STF.
A imprensa também merece uma prensa.


STF deve autorizar Bolsonaro a expulsar Battisti
08.11.18 07:29
O STF deve autorizar Jair Bolsonaro a extraditar o terrorista Cesare Battisti.
O parecer do relator Luiz Fux, diz O Globo, reconhece “a prerrogativa de um presidente (Bolsonaro) rever decisão de outro (Lula) em casos como esse, de extradição de estrangeiros”.

NA COLUNA DO WILLIAM WAACK
Depois da onda
Não há muito tempo para Bolsonaro e equipe aprenderem a governar
No Estado de S.Paulo
Quinta-feira, 08 Novembro 2018 | 03h00
Não havia muita dúvida que uma campanha improvisada, intuitiva, com propostas genéricas em vários campos e muito voluntariosa – a campanha eleitoral de Jair Bolsonaro – produziria um começo de governo idem. E o que parecia tão fácil de ser dito (a promessa de delegar vastas áreas a ministros competentes e do ramo) seria tão difícil de ser feito.
Não havia muita dúvida ainda que personalidades, digamos, exuberantes na expansão de seus campos de atuação e imbuídas de muito zelo no exercício de suas ampliadas atribuições (Paulo Guedes, Hamilton Mourão, Sérgio Moro, Eduardo Bolsonaro) provocariam um constante vai e vem do que pode não pode, vale não vale, disse não foi dito. Especialmente (não é o caso de Moro) quando planos de governo ainda parecem em estágio inicial de elaboração.
Não havia muita dúvida também que outro elemento muito vantajoso na hora de conquistar corações e mentes de eleitores – a promessa de refutar o toma lá dá cá, escapando do varejo da politicagem – retardaria a montagem do governo e as articulações com parlamentares. É inegável que o conhecimento interno da máquina pública, dominado por partidos estruturados, nunca é inútil.
Não havia, em momento algum, dúvida que, na falta de profissionais designados para falar do assunto, o falatório sobre política externa oriundo da campanha provocaria ruídos em meio a poucas certezas difusas e – novamente – obrigaria o próprio Bolsonaro a esboçar correções verbais. Reiterar que o Brasil quer uma política externa “sem viés ideológico” é ainda pouco.
É perfeitamente normal a diferença entre o que se diz em campanha e o que se vislumbra, exequível ou não, quando começa a transição para a fase de governar – ainda mais para uma equipe, como a do atual governo em formação, que vai ter de aprender “on the job”. Mas o ponto é outro: estamos vendo apenas o início de um fenômeno típico de grandes mudanças políticas trazidas por ondas como esse tsunami que elegeu Bolsonaro.
Peço perdão ao leitor para utilizar aqui uma comparação que não deve ser levada ao pé da letra, mas creio ajudar a ilustrar meu argumento. Cobri como repórter duas ondas de enormes mudanças políticas: a que depôs a monarquia no Irã e a que arrebentou o Muro de Berlim. Claro que o ocorrido no Brasil não guarda proporções com esses fatos históricos, e o ponto em comum me parece ser um em especial: a onda que derruba o sistema é formada por vários e diversos componentes, encontra um símbolo e um catalisador, arrasa o que pretendia derrubar, e o depois fica para depois.
Significa que os vários vetores da onda que mudou a política brasileira agora vão convergir ou divergir e é difícil neste momento prever resultados concretos. Na economia, por exemplo, a proposta de “abertura comercial” e o ataque da “questão fiscal (Previdência)” são coisas diferentes mesmo para os integrantes do chamado “núcleo duro” de Bolsonaro, incluindo o que cada um enxerga como “necessário” e considera “possível” dado o imenso desafio político.
Acabei me convencendo na cobertura de situações críticas de mudança, e considero o que acontece no Brasil como uma delas, que a evolução dos acontecimentos raramente é linear e seus principais atores (no caso, Bolsonaro) navegam muito mais ao sabor dos fatos e das circunstâncias que, em caso de ondas, são muito voláteis. Significa que o País está diante de uma oportunidade considerável de se alterar para melhor as condições gerais que até agora o mantêm preso na famosa armadilha do rendimento médio (nosso PIB per capita aumentou, mas a distância para as economias avançadas não está diminuindo).
Mas não é inevitável que isso aconteça. É preciso trabalhar rápido.

NO O GLOBO
Deputados André Corrêa e Chiquinho da Mangueira são presos em ação da PF
Secretário de Governo de Pezão também foi detido na Operação 'Furna da Onça', que investiga novas denúncias de corrupção e esquema de compra de votos
Por Lucas Altino, Daniel Biasetto e Chico Otavio
Quinta-feira, 08/11/2018 - 08:47 Chiquinho da Mangueira 
RIO - Os deputados André Corrêa (DEM) e Chiquinho da Mangueira (PSC) , foram presos na manhã desta quinta-feira. Eles são alvos da Operação 'Furna da Onça', da Polícia Federal, que tem como objetivo prender acusados de envolvimento num esquema de compra de votos com dinheiro de propina e distribuição de cargos iniciado no primeiro governo de Sérgio Cabral , em 2007, e mantido até hoje. Outros cinco deputados são procurados.
Vinícius Farah, vice-presidente do Detran-RJ, também foi preso na operação. Ele disputou as eleições neste ano e foi eleito deputado federal com 57.707 votos pelo MDB. Além dele, entre os outros mandados de prisão temporária expedidos encontram-se o atual presidente do Detran, Leonardo Silva Jacob, e o secretário estadual do Governo Pezão, Affonso Monnerat , ambos envolvidos na chamada farra de cargos do Detran. Monnerat foi preso no início da manhã.
A operação, que começou no início da manhã desta quinta, é um desdobramento da 'Cadeia Velha', que há um ano prendeu o então presidente da Alerj, Jorge Picciani, e outros dois deputados. Ao todo, a operação desta quinta visa a cumprir 22 mandados de prisão.
Os deputados que tiveram as prisões temporárias pedidas são André Corrêa (DEM), Coronel Jairo (Solidariedade), Luiz Martins (PDT), Chiquinho da Mangueira (PSC), Marcelo Simão (PP), Marcos Abrahão (Avante) e Marcos Vinícius Vasconcelos Ferreira, o Neskau (PTB). Também foram aprovadas as prisões preventivas dos deputados Jorge Picciani, Edson Albertassi e Paulo Mello, que já se encontram presos desde novembro do ano passado, por conta da operação anterior. Picciani vai continuar em prisão domiciliar, favorecido por decisão do Supremo Tribunal Federal (STF).
Prisão de deputado em condomínio da Barra
André Corrêa foi preso no início da manhã, em seu condomínio, na Barra da Tijuca. Um carro da PF chegou ao local cedo, por volta de 6h20m, e demorou cerca de 3 horas no local antes de sair com o parlamentar em direção à Sede da PF, no Centro do Rio.
Apesar da prisão, a movimentação no condomínio Oceanfront Resort, onde vive Corrêa, era tranquila na manhã desta quinta. Havia principalmente entrada e saída de vans escolares e de funcionários. Segundo moradores, o motivo é a frequência desse tipo de ação que acontece no bairro.
- Trabalho aqui há 10 anos e já vi vários, esse tipo de operação é comum aqui na Barra. - afirmou um segurança do condomínio, que até estranhou a falta de pontualidade dos agentes nesta quinta:
- Normalmente eles chegam às 5h59min.
No ano passado, Corrêa foi um dos parlamentares mais veementes na sessão da Alerj que definiu pela soltura de Picciani, Paulo Mello e Edson Albertassi, todos do MDB. A decisão foi posteriormente anulada pela Justiça. No último mês de outubro, Corrêa foi reeleito.
Propina de R$ 20 mil a R$ 100 mil
De acordo com as investigações, em troca de propina mensal, que variava de R$ 20 mil a R$ 100 mil e cargos, os deputados votavam sistematicamente a favor dos interesses de Cabral e Picciani, incluindo o boicote à CPI dos Ônibus, revogação das prisões decretadas pela “Cadeia Velha” e a aprovação das contas do governo. Por determinação do Tribunal, serão cumpridas ainda buscas e apreensões em mais de 40 endereços, entre os quais gabinetes da Alerj.
Os 22 envolvidos são acusados de corrupção ativa e passiva e de formação de organização criminosa - os demais crimes, como lavagem de dinheiro, serão apurados no decorrer das investigações. As principais provas colhidas pela força-tarefa da Procuradoria Regional da República da 2ª Região (PRR-2), em parceria com a Polícia Federal, para fundamentar a “Furna da Onça”, são a delação do ex-operador do esquema Cabral, Carlos Emanuel de Carvalho Miranda, homologada pelo ministro Dias Toffoli, somada às provas colhidas nas delações dos doleiros Vinícius Claret, o Juca Bala, Cláudio Barbosa, o Tony. No sistema financeiro paralelo que a dupla operava, o ST, apareceram depósitos em nome de assessores dos parlamentares citados por Miranda.
As investigações também encontraram provas do favorecimento a deputados em planilha com o loteamento de cargos do Detran, apreendida no ano passado no gabinete de Albertassi, e em lista de distribuição de cargos apreendida no gabinete de Paulo Melo.

PF faz busca e apreensão em São Paulo para investigar empresas ligadas a Romero Jucá
Operação investiga empresas suspeitas de pagar propina a Jucá e mais dois senadores
Empresas ligadas ao senador Romero Jucá (MDB) são investigadas pela Polícia Federal  
Por Jaílton de Carvalho, Agência O Globo
08/11/2018 - 07:53 
BRASÍLIA - A Polícia Federal deflagrou hoje operação para fazer busca e apreensão em nove endereços no estado de São Paulo. O senador Romero Jucá (PMDB-RR) é um dos alvos da investigação, mas as buscas estão sendo realizadas em locais relacionados a empresas suspeitas de pagar propina a ele em 2012. Sete dos endereços ficam na capital paulista. A Braskem é a empresas sob investigação, conforme informaram envolvidos na operação. Além de Jucá, outros dois senadores são investigados, segundo informa a Procuradoria Geral da República (PGR), a partir de fatos originados da delação premiada de executivos da Odebrecht, entre eles o ex-presidente do grupo, Marcelo Odebrecht.
Em nota, a PF não citou o nome do senador nem o da Braskem. Mas informou que a operação de hoje, batizada de Armistício, "tem como objetivo investigar o recebimento de vantagem indevida por senador da República, relacionados à edição, no ano de 2012, de uma resolução do Senado que se destinava a restringir a chamada guerra fiscal nos portos brasileiros".
Segundo a PF, a propina chegaria a R$ 4 milhões e teria sido paga por "uma grande empreiteira que tinha interesse na edição do ato". As buscas foram autorizadas pelo ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal.
Delação premiada
O Ministério Público Federal informou que "as medidas cautelares executadas pela Polícia Federal têm o propósito de reunir provas de crimes contra a Administração Pública e lavagem de dinheiro. Embora o esquema investigado envolva a atuação de parlamentares federais, os políticos não são alvos desta fase da operação. Três senadores estão entre os investigados no inquérito instaurado a partir de informações fornecidas por executivos da Construtora Odebrecht em acordo de colaboração premiada", diz a nota divulgada na manhã desta quinta.
O MPF informou ainda que os alvos das buscas realizadas hoje "atuaram como intermediários para viabilizar o pagamento de vantagens indevidas por parte da construtora aos parlamentares investigados". Também segundo a procuradoria,"documentos que instruem a investigação revelam que os pagamentos foram feitos em espécie e se iniciaram logo após a aprovação da matéria no Senado, o que aconteceu em 24 de abril de 2012".
Na petição que enviou ao STF para pedir autorização das buscas, a procuradora-geral Raquel Dodge informou que a investigação já reuniu "indícios da prática de corrupção e lavagem de dinheiro e que as medidas solicitadas (buscas) são imprescindíveis para a coleta de provas, especialmente para esclarecer se e em que circunstâncias foi feita a transferência de dinheiro ilícito a agentes públicos".

NA VEJA.COM
Como votou cada senador no aumento dos salários dos ministros do STF
Reajuste na remuneração dos magistrados, que passa a ser de R$ 39,2 mil, teve 41 votos a favor, 16 contra e 01 abstenção; 20 estiveram ausentes
Por Da Redação
Quinta-feira, 08 de  novembro de 2018, 09h57 
O Senado aprovou, na noite de quarta-feira, o projeto de lei que aumenta em 16% os salários dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), de 33.763,00 reais para 39.293,32 reais. O novo valor serve como referência para o teto do funcionalismo público e deve provocar reajustes em cascata para outras categorias de servidores. O projeto foi criticado pelo presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) pelo seu impacto nas contas públicas, estimado em 4 bilhões de reais.
Foram 41 votos a favor, 16 contra, 01 abstenção e 20 ausências. Veja, abaixo, como cada senador votou na sessão:
A favor:
Acir Gurgacz (PDT-RO)
Aécio Neves (PSDB-MG)
Ângela Portela (PDT-RR)
Antônio Anastasia (PSDB-MG)
Antônio Carlos Valadares (PSB-SE)
Armando Monteiro (PTB-PE)
Ataídes Oliveira (PSDB-TO)
Cássio Cunha Lima (PSDB-PB)
Cidinho Santos (PR-MT)
Ciro Nogueira (PP-PI)
Dalírio Beber (PSDB-SC)
Edison Lobão (MDB-MA)
Eduardo Amorim (PSDB-SE)
Eduardo Braga (MDB-AM)
Eduardo Lopes (PRB-RJ)
Fernando Coelho (MDB-PE)
Garibaldi Alves Filho (MDB-RN)
Hélio José (Pros-DF)
Ivo Cassol (PP-RO)
Jorge Viana (PT-AC)
José Agripino (DEM-RN)
José Amauri (Podemos-PI)
José Medeiros (Podemos-MT)
José Serra (PSDB-SP)
Otto Alencar (PSD-BA)
Paulo Bauer (PSDB-SC)
Paulo Rocha (PT-PA)
Raimundo Lira (PSD-PB)
Renan Calheiros (MDB-AL)
Roberto Rocha (PSDB-MA)
Romero Jucá (MDB-RR)
Rose de Freitas (Podemos-ES)
Sérgio Petecão (PSD-AC)
Tasso Jereissati (PSDB-CE)
Telmário Mota (PTB-RR)
Valdir Raupp (MDB-RO)
Vicentinho Alves (PR-TO)
Walter Pinheiro (sem partido-BA)
Wellington Fagundes (PR-MT)
Zezé Perrella (MDB-MG)
Contra
Aírton Sandoval (MDB-SP)
Cristovam Buarque (PPS-DF)
Fátima Bezerra (PT-RN)
Givago Tenório (PP-AL)
José Pimentel (PT-CE)
Lídice da Mata (PSB-BA)
Lúcia Vânia (PSB-GO)
Maria do Carmo Alves (DEM-SE)
Randolfe Rodrigues (Rede-AP)
Regina Sousa (PT-PI)
Reguffe (sem partido-DF)
Ricardo Ferraço (PSDB-ES)
Roberto Requião (MDB-PR)
Ronaldo Caiado (DEM-GO)
Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM)
Wilder Morais (DEM-GO)
Abstenção
José Maranhão (MDB-PB)
Ausentes
Álvaro Dias (Podemos-PR)
Ana Amélia (PP-RS)
Dário Berger (MDB-SC)
Davi Alcolumbre (DEM-AP)
Eunício Oliveira (MDB-CE)
Fernando Collor (PTC-AL)
Flexa Ribeiro (PSDB-PA)
Gladson Cameli (PP-AC)
Gleisi Hoffmann (PT-PR)
Humberto Costa (PT-PE)
Jáder Barbalho (MDB-PA)
João Alberto Souza (MDB-MA)
João Capiberibe (PSB-AP)
Lasier Martins (PSD-RS)
Lindbergh Farias (PT-RJ)
Magno Malta (PR-ES)
Marta Suplicy (MDB-SP)
Omar Aziz (PSD-AM)
Paulo Paim (PT-RS)
Pedro Chaves (PRB-MS)
Romário (Podemos-RJ)
Ronaldo Caiado (DEM-GO)
Simone Tebet (MDB-MS)
Waldemir Moka (MDB-MS)
Guaracy Silveira (DC-TO).

Ciro Gomes, o catastrófico
Pedetista sentencia futuro tenebroso para o PT
Por Gabriel Mascarenhas
08 de novembro de 2018, 07h35
Ciro Gomes pegou pesado ao fazer uma análise a respeito da situação do PT durante um bate-papo com um amigo.
Na avaliação do pedetista, a vitória de Jair Bolsonaro prova que o anti-petismo é o movimento político mais forte do Brasil hoje.
Ainda segundo Ciro, o partido de Lula poderá se manter forte nas casas legislativas, mas não conseguirá eleger um nome de peso para cargos majoritários durante um bom tempo.
As previsões, sobretudo a segunda, têm mais pinta de desejo do que de palpite.

NO BLOG DO POLÍBIO BRAGA
Disse Marcelo Odebrecht, em juízo, ontem: "Meu pai tinha que procurar Lula para conter as roubalheiras do PT"
O apetite do PT era tão insaciável por propinas que o dono da Odebrecht, Emílio Odebrecht, era obrigado a procurar Lula para pedir moderação.
Eis o que disse Marcelo Odebrecht, ontem, para a juíza Gabriela Hardt, no processo do caso do terreno do Instituto Lula:
- O PT pedia tanta propina que, de tempos em tempos, meu pai tinha de negociar com Lula.
E lembrou:
- Em vários momentos reclamei de valores muito altos. Falei com meu pai e, de alguma maneira, ele ia lá e reclamava com o Lula.
E ainda tem gente que acha que Lula não deve apodrecer na cadeia.
E o PT ser expurgado da vida partidária brasileira.
Quarta-feira, 11/08/2018 10:00:00 AM

TRF4, Porto Alegre, nega habeas corpus pedido por Eduardo Cunha
O Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4) negou hoje, por maioria, provimento a um Habeas Corpus (HC) impetrado pela defesa do ex-deputado federal Eduardo Cosentino da Cunha. O HC buscava suspender a decisão judicial que determinou a execução provisória da pena a qual o político foi condenado e colocá-lo em liberdade. Atualmente, Cunha está preso no Complexo Médico Penal de Pinhais (PR).
Em março de 2017, a 13ª Vara Federal de Curitiba condenou o ex-deputado, considerando-o culpado pelos crimes de corrupção passiva, evasão fraudulenta de divisas e lavagem de dinheiro, denunciados pelo Ministério Público Federal (MPF), no âmbito das investigações da Operação Lava Jato. 


NO JORNAL DA CIDADE ONLINE
Devasso, Fernando Pimentel loteou MG com petistas do Brasil inteiro (Veja o Vídeo)
Por Amanda Acosta
Quinta-feira, 08/11/2018 às 05:59
Como se não bastassem os processos criminais que enfrenta, do período em que foi ministro de Dilma Rousseff, o atual governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel, vai fatalmente enfrentar inúmeras outras acusações gravíssimas tão logo deixe a chefia do governo, no dia 1º de janeiro de 2019.
Há quem afirme que, sem foro privilegiado, a prisão de Pimentel é mera questão de tempo.
A contagem regressiva para o petista já teve início e o governador eleito Romeu Zema vai certamente apurar as inúmeras denúncias, inclusive o loteamento de cargos no poder executivo com petistas de todo o Brasil.
Uma barbárie que colaborou decisivamente para devastar as finanças do estado.
Nesse aspecto, foi o próprio Zema que fez a denúncia ainda durante a campanha eleitoral.
Segundo ele, só no Instituto de Previdência dos Servidores de Minas Gerais (IPSEMG), Pimentel aumentou o número de conselheiros de 16 para 540, todos do PT, do Brasil inteiro, pessoas desqualificadas na área, que nunca trabalharam com saúde ou previdência, mas que foram acolhidas no “armário de empregos” montado pelo devasso Fernando Pimentel.
Veja o vídeo neste link: https://vimeo.com/299575079.


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