PRIMEIRA EDIÇÃO DE TERÇA-FEIRA, 27 DE NOVEMBRO DE 2018

NA COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO
TERÇA-FEIRA, 27 DE NOVEMBRO DE 2018

Outro edifício-sede da Petrobras vai gerar, a qualquer momento, mais um escândalo de gatunagem no governo do PT. Há dias, o edifício de R$680 milhões da estatal em Salvador resultou na operação Sem Fundos, da Polícia Federal. Mas há outro construído em Vitória (ES), cujo custo inicial era de R$90 milhões, na licitação subiu para R$436,6 milhões, no contrato foi a R$486,1 milhões e, após aditivos, totalizou mais de meio bilhão de reais, ou sejam, R$567,4 milhões. Os valores foram aferidos em investigação do Tribunal de Contas da União (TCU).

O TCU começou a investigar em setembro de 2015 a treta no edifício da Petrobras em Vitória. O caso é investigado também na Lava Jato.

O consórcio vencedor contratado (Odebrecht, Camargo Corrêa e Hochtief) realizou apenas 16,5% da obra e terceirizou todo o restante.

Não tinha perigo de dar certo: duas das três empresas do consórcio contratado estão envolvidas na Lava Jato até o pescoço.

Em relatório, o TCU identificou “indícios robustos de sobrepreço” e acusou “falta transparência e confiabilidade nas cotações”.

A participação de Lula no esquema que garantiu contrato na Guiné Equatorial à empresa mineira ARG foi a “cartada final” usada pela empreiteira para conquistar o negócio. Segundo o Ministério Público Federal (MPF), o lobby rendeu propina de R$1 milhão para o ex-presidente, disfarçada de “doação ao Instituto Lula”. A informação é de alto funcionário do governo que acompanhou as negociações.

Na Guiné Equatorial não há órgãos de controle, tampouco leis sobre licitações: é o presidente quem decide a empreiteira a ser contratada.

“Obras não são superfaturadas na Guiné; são hiperfaturadas, isso sim”, ironiza o experiente funcionário brasileiro que atuou no país.

O pai dos três irmãos donos do grupo ARG morreu em acidente aéreo ontem, mesmo dia em que foram denunciados com Lula à Justiça.

Ao denunciar Lula por outro crime, agora de tráfico internacional de influência na Guiné Equatorial, o MPF incluiu entre as provas uma carta tipo batom na cueca do atual presidiário ao ditador Teodoro Obiang.

Desistir do indecoroso auxílio-moradia, que custa R$1 bilhão por ano a um país quebrado, não compensa os R$6 bilhões do aumento da casta de servidores federais cujo teto agora ultrapassa os R$39 mil.

Após a promessa do presidente eleito Jair Bolsonaro de acabar com sigilo das operações, a direção do BNDES ficou subitamente humilde e acertou com o Tribunal de Contas da União “ações de transparência”.

Relator do projeto Escola Sem Partido, o deputado Flavinho (PSC-SP) tem enfrentado a oposição estridente de colegas esquerdistas, que não querem perder a sala de aula como espaço de doutrinação política.

Tem político em Brasília sem dormir com os planos do futuro ministro Sérgio Moro (Justiça) de criar a Secretaria Nacional de Combate à Corrupção. Via Twitter, dizem “ver com preocupação” a ideia. Pudera.

Os pagadores de impostos esperavam da Justiça a atitude digna de revogar a vinculação dos vencimentos do Supremo Tribunal Federal (STF) a inúmeras outras castas do serviço público federal. Em vão.

Contando os dias para o recesso e a troca de governo, a Câmara inventou debate sobre o “legado” dos Jogos Olímpicos. A resposta todo mundo sabe: corrupção e dívidas, um ou outro ginásio fechado.

O governo federal gastou R$875 milhões em viagens “a serviço”, este ano. No total, o pagador de impostos bancou 710.940 viagens. Foram R$140,3 milhões gastos somente em deslocamentos internacionais.

…aumento de 16,3% em inflação de 3% é como os ministros do STF gritarem lá do Olimpo para o brasileiro obrigado a se esfolar para pagar essa conta: “Te vira, malandro”.

NO BLOG DO JOSIAS
Renan assume papel de ‘bedel’ de Sérgio Moro
Por Josias de Souza
Terça-feira, 27/11/2018 06:37
Recuperando-se em casa de uma pneumonia, Renan Calheiros aproveitou o tempo ocioso para assumir no Twitter o papel de bedel de Sérgio Moro. Após ler no UOL notícia sobre a decisão do futuro ministro da Justiça de criar duas novas secretarias, Renan escreveu:
“…Vejo com preocupação matéria no UOL dizendo que Moro vai criar secretarias nacionais para delegados por MP (medida provisória) ou decreto regulamentador, sem conversar com o Legislativo. Decreto, só quando a MP vira lei. Decreto Regulamentador sem lei é Decreto-lei!”
Numa segunda mensagem, Renan anotou: “Só para lembrar, o Brasil, pelo Congresso Nacional, foi quem mais avançou no combate à corrupção e organizações criminosas.”
Na mesma entrevista em que apresentou os nomes de seus novos auxiliares e os ajustes no organograma de sua futura pasta, Moro contou aos jornalistas que havia telefonado para o presidente da Câmara, Rodrigo Maia. Pediu ao deputado que retirasse da pauta de votações o mais recente “avanço” legislativo proposto por Renan Calheiros.
Sem citar o nome de Renan — cliente de caderneta da Lava Jato, com 14 processos no Supremo —, Moro criticou o projeto subscrito pelo senador. Prevê alterações legais que suavizam punições e antecipam a saída de presos, inclusive os condenados por corrupção.
“Eu não penso que se resolve o problema da criminalidade simplesmente soltando os criminosos”, disse Moro aos repórteres. “Claro que a superlotação é um problema, isso tem que ser trabalhado, mas simplesmente abrir as portas das cadeias não é a melhor solução, na minha opinião, isso tem que ser enfrentado de uma outra maneira.”
Rodrigo Maia ficou de consultar os líderes partidários sobre o pedido de adiamento feito por Moro. A intervenção do futuro titular da pasta da Justiça lançou um facho de luz sobre uma proposta que Renan e outros encrencados do Congresso preferiam aprovar na surdina, bem longe dos refletores.

Planalto faz lobby no STF por indulto a corruptos
Por Josias de Souza
27/11/2018 05:43
Trava-se atrás das cortinas do Supremo Tribunal Federal uma batalha em torno do decreto de indulto que Michel Temer editou em dezembro de 2017. Na sessão desta quarta-feira (28), a Corte julgará a constitucionalidade do decreto. E o Planalto faz lobby a favor do restabelecimento de artigos que incluem condenados por corrupção no rol dos potenciais beneficiários da clemência presidencial.
Os trechos que Temer e seus operadores desejam reativar foram suspensos por decisão do ministro Luís Roberto Barroso. Pressionando aqui, você chega a uma notícia que explica o que está em jogo. Se prevalecer a posição do Planalto, abre-se o caminho para que o presidente insira num novo decreto de indulto, a ser editado antes do Natal, os mesmos benefícios a criminosos do colarinho branco.
O pacote é generoso. Oferece a corruptos presos a possibilidade de requerer a liberdade após obter o perdão de 80% das penas e o cancelamento das multas. Não importa o tempo de cadeia estipulado na sentença. Basta que o sentenciado tenha cumprido 20% do castigo.
Composto de 11 ministros, o plenário do Supremo está rachado. O Planalto dá de barato que votarão contra o prêmio à corrupção, além do relator Barroso, os ministros Edson Fachin, Cármen Lúcia e Luiz Fux. Contabiliza como votos a favor da clemência Gilmar Mendes, Dias Toffoli, Ricardo Lewandowski e Marco Aurélio Mello. Tenta certificar-se de que Alexandre de Moraes, indicado por Temer, integrará esse segundo bloco.
Se essa previsão do governo estiver exata, chega-se a um placar parcial de 5 a 4 a favor da concessão de indulto a corruptos. Nessa hipótese, o resultado final estaria nas mãos da ministra Rosa Weber e do decano Celso de Mello. Na pior das hipóteses, Temer prevaleceria no Supremo por 7 a 4. Na hipótese mais republicana, o veto ao indulto de corruptos seria mantido por 6 a 5.
O julgamento ocorrerá apenas 48 horas depois de Temer ter sancionado o reajuste que elevou o salário dos ministros do Supremo de R$ 33,7 mil para R$ 39,2 mil mensais. Um resultado a favor da abertura da cela de violadores de cofres públicos resultaria em danos irreversíveis à imagem da Suprema Corte.
Coordenador da força-tarefa da Lava Jato em Curitiba, o procurador da República Deltan Dallagnol veiculou no Twitter um par de notas sobre o julgamento do decreto de Temer. Numa, escreveu que “há intensa movimentação no STF” para liberar o indulto. Noutra, acrescentou:
“Indulto de Temer de 2017 tentou perdoar 80% da pena dos corruptos. STF suspendeu e pode liberar nesta 4ª feira. A corrupção compensará. Este parece que será um fim de ano difícil para a Lava Jato, que continua precisando do seu apoio. Tome posição.”

Sob Bolsonaro, militares ocupam espaço equivalente ao que PT e MDB ocupavam
Por Josias de Souza
27/11/2018 03:33
Ao indicar o general Carlos Alberto dos Santos Cruz para a pasta da Secretaria de Governo, Jair Bolsonaro elevou para quatro o número de ministros egressos dos quadros das Forças Armadas. A cota militar da Esplanada deve subir para cinco, pois Bolsonaro cogita indicar outro general para a Infraestrutura. Com isso, os militares ocuparão na equipe ministerial um espaço equiparável ao que foi destinado ao PT nas gestões de Lula e Dilma Rousseff e ao MDB no governo-tampão de Michel Temer.
Além de Santos Cruz, Bolsonaro acomodou no topo da estrutura de sua futura gestão o general Augusto Heleno, lotado no Gabinete de Segurança Institucional; o general Fernando Azevedo e Silva, destacado para o Ministério da Defesa; e o tenente-coronel aviador Marcos Pontes, escalado para a Ciência e Tecnologia. Para a Infraestrutura, analisa o nome do general Joaquim Maia Brandão Júnior.
Considerando-se que o próprio Bolsonaro é capitão reformado e seu vice é o general Hamilton Mourão, a hegemonia militar tornou-se acachapante. Não se via tantos militares em postos estratégicos do governo desde o fim da ditadura, há 33 anos. Existe, entretanto, uma distinção entre os dois períodos: dessa vez, a ocupação do organograma ocorre em ambiente de democracia plena, com o aval e o aplauso da maioria do eleitorado.
Deve-se o fenômeno sobretudo à oxidação do sistema político. Potencializada pela corrupção, a ferrugem dos partidos conduz à ilusão de que a resposta para as mazelas nacionais veste farda. A confusão preocupa a própria cúpula das Forças Armadas, que saboreia a súbita valorização dos seus quadros com uma ponta dos efeitos que eventuais tropeços da gestão Bolsonaro terá sobre a imagem da instituição.
A nova realidade impõe uma dose de reflexão. O contrário do pró-militarismo inocente do eleitor de Bolsonaro é o antimilitarismo primário do opositor do capitão, que aceita qualquer preconceitos a respeito de militares. Isso inclui concordar com a tese segunda a qual todo militar tem uma vocação congênita para o autoritarismo. E se finge de democrata enquanto prepara o golpe.
Uma visão alternativa talvez leve em conta que os ex-oficiais guindados à Esplanada são servidores públicos que acumularam conhecimentos específicos em cursos de formação bancados pelo contribuinte. Alguns cumpriram missões no exterior por delegação das Nações Unidas.
Não há razão objetiva para deixar de aproveitar esse tipo de mão-de-obra. Pouco importa se o ministro já vestiu farda, interessa que esteja tecnicamente equipado para a função e que mostre serviço. De resto, convém não perder de vista que alguns dos gênios que representaram no primeiro escalão o PT, o MDB e assemelhados deixaram no caminho entre os gabinetes de Brasília e a cadeia um rastro pegajoso de perversões.

Irresponsabilidade salarial marca a gestão Temer
Por Josias de Souza
Segunda-feira, 26/11/2018 22:00
Michel Temer encerra o seu mandato-tampão exatamente como começou, sob o signo da irresponsabilidade salarial. Há dois anos e meio, autorizou seus apoiadores no Congresso a aprovar um pacote de reajustes que engordou os contracheques de 38 carreiras do funcionalismo. A apenas 35 dias de voltar para casa, avalizou um aumento de 16,38% para os ministros do STF. Algo que descerá em cascata pelo organograma do Estado, engordando as folhas da União e dos Estados. Nos dois casos, a generosidade de Temer se confunde com a temeridade, pois as contas públicas estão em petição de miséria.
Suprema ironia: o aumento sancionado agora por Temer constou do cardápio de um jantar que o presidente ofereceu a senadores do PSDB em 17 de agosto de 2016. Os tucanos foram à presença de Temer justamente para avisar que Eunício Oliveira, então líder do MDB, recolhia assinaturas no Senado com o propósito de impor o regime de urgência na votação do projeto que aumentaria os vencimentos do Supremo de R$ 33,7 mil para R$ 39,2 mil. A duras penas, desarmou-se a bomba.
Decorridos dois anos e três meses, o mesmo Eunício Oliveira, agora presidente do Senado, transferiu o projeto sobre o tônico salarial do STF do freezer para a pauta de votações. Aprovado a toque de caixa, foi para a mesa de Temer há 13 dias. E o presidente concluiu que seria uma boa ideia jogar o artefato fiscal radioativo que se encontrava desativado desde 2016 no colo do sucessor Jair Bolsonaro.
O senador Ricardo Ferraço era um dos tucanos presentes ao jantar oferecido por Temer em 2016. Ele foi ao repasto porque exercia na época a atribuição de relator do pedido de aumento do Supremo. Realçou à mesa um detalhe que Temer não ignorava: os contracheques dos magistrados da Suprema Corte regem a folha salarial de todo o funcionalismo, pois representam o teto remuneratório do serviço público. Quando sobem, puxam junto os vencimentos do Judiciário e dos demais Poderes.
Ferraço expôs suas contas para Temer. Estimou que o aumento do Supremo abriria uma porteira pela qual passariam gastos adicionais de R$ 5 bilhões. A cifra continua válida. As estimativas feitas hoje variam entre R$ 4 bilhões e R$ 6 bilhões. Em 2016, Temer havia concordado com as ponderações. Hoje, na iminência de deixar o trono, livrou-se das preocupações fiscais.
Dois meses antes de jantar com os tucanos, Temer havia escancarado os cofres da União para as corporações. O governo acabara de arrancar do Congresso uma autorização para fechar suas contas naquele ano com um rombo de R$ 170,5 bilhões. E o presidente, em franca contradição com a realidade, autorizou seus apoiadores no Legislativo a aprovar um pacote bilionário de reajustes salariais a servidores.
Num surto corporativo que manteve as fornalhas do plenário da Câmara acesas até as 2h47 da madrugada do dia 2 de junho de 2016, os deputados aprovaram 14 projetos de lei. Juntos, somavam 370 páginas. Continham bondades destinadas a 38 carreiras do Estado, inclusive o STF. Tudo foi decidido a toque de caixa, em votações simbólicas. Os deputados apenas levantavam e abaixaram a mão para mostrar que a turma do “sim” era majoritária.
Horas antes de se render ao funcionalismo na Câmara, uma comitiva de tucanos liderada pelo deputado baiano Antonio Imbassahy, então líder do PSDB, encontrara-se com Henrique Meirelles, que respondia pelo Ministério da Fazenda. Indagado a respeito da farra salarial, cujo custo o próprio governo estimara em R$ 58 bilhões até 2019, o então czar da economia atribuíra a atmosfera de liberou-geral ao Planalto. Alegou que Temer não teve pulso para brecar reajustes que haviam sido negociados por Dilma antes do impeachment.
Diante da atmosfera de fato consumado, apenas um deputado tucano se animou a escalar a tribuna da Câmara para discursar contra os reajustes: Nelson Marchezan Júnior, hoje prefeito de Porto Alegre. Ele declarou na ocasião:
“Dizem aqui que não posso ser mais realista que o rei. Se o governo encaminha tudo isso, devemos votar a favor. Quero lembrar que acabamos de depor uma rainha porque ela administrou as contas públicas contrariamente ao interesse popular. Tiramos na expectativa de que o novo governo administraria para o interesse popular.”
Marchezan Júnior arrematou: “Espero que esse novo rei mude sua forma de reinar, para que ele não siga no mesmo caminho da rainha deposta. Espero também que as operações da Lava Jato, anunciadas para os próximos dias, não tenham nenhuma relação com esse açodamento de votar esse rombo de algumas centenas de bilhões de reais.”
O tempo passou. A Lava Jato empurrou para dentro da biografia de Temer duas denúncias criminais e dois inquéritos por corrupção. Sérgio Moro está na bica de transplantar para o Ministério da Justiça os métodos da força-tarefa de Curitiba. Ao descer a rampa do Planalto, em 1º de janeiro de 2019, o ex-novo rei passará a conviver com o receio de receber a visita matutina dos rapazes da Polícia Federal. Foi contra esse pano de fundo que Temer liberou o reajuste do STF. Que Bolsonaro pagará com o déficit público.
Para complicar, o Congresso desistiu de analisar uma medida provisória de Temer que adiaria para 2020 a parcela do reajuste salarial de 372 mil servidores públicos referente a 2019. Coisa de R$ 4,7 bilhões. É parte daquele pacotaço aprovado em 2016. Conforme já noticiado aqui, os congressistas concluíram que o aumento dado ao STF tornou sem nexo o arrocho que seria imposto aos demais servidores.
Fechando o círculo da irresponsabilidade fiscal, Temer revelou-se um presidente eficientíssimo. Ele mesmo concede reajustes a descoberto, ele mesmo sugere o adiamento de parte do desembolso, ele mesmo libera os novos reajustes que servirão de pretexto para sepultar a postergação dos aumentos anteriores. Tudo isso num instante em que há 12 milhões de brasileiros no olho da rua e R$ 139 bilhões de rombo no Orçamento da União para 2019.

NO O ANTAGONISTA
O possível número 2 da Casa Civil
Terça-feira, 27.11.18 07:06
O economista Abraham Weintraub deverá ocupar a secretaria executiva da Casa Civil, um dos postos-chave do governo, registra o Estadão.
Uma das prioridades do cargo, de acordo com o novo desenho da equipe de transição, será a condução das discussões para apresentar ao Congresso uma nova proposta de reforma da Previdência.
Abraham e seu irmão Arthur Weintraub já desempenham esse trabalho na transição.

Bolsonaro não pretende privatizar a Caixa
27.11.18 06:49
O governo Jair Bolsonaro não tem intenção de privatizar a Caixa, diz Sonia Racy.
“Entretanto, tem como objetivo trabalhar para ‘abrir’ algumas empresas ‘em baixo’.
O que quer dizer isso? Em um primeiro momento – como o blog da coluna adiantou ontem no Broadcast –, pretendem montar IPOs tanto na Caixa Seguridade como na Caixa Cartões. Vão abrir o capital dessas estatais”.

MP investiga Bruno Covas por omissão em viaduto que cedeu
Segunda-feira, 26.11.18 20:52
O Ministério Público de São Paulo vai investigar a responsabilidade da Prefeitura de São Paulo em relação ao viaduto que cedeu na marginal Pinheiros, relata a Folha.
Também são alvos do inquérito o “prefeito Bruno Covas (PSDB), o secretário municipal de Serviços e Obras, Vitor Aly, o ex-secretário da pasta Marcos Penido, a construtora Norberto Odebrecht e a CPTM”.

Corte do auxílio-moradia só com reajuste no contracheque
26.11.18 20:10
Na decisão que revogou o auxílio-moradia, Luiz Fux condicionou explicitamente o corte do benefício para os juízes à efetiva entrada, no contracheque dos ministros, do aumento salarial para o STF.
Fux determina, que “a cessação do pagamento do auxílio-moradia só ocorra quando do implemento financeiro no contracheque do subsídio majorado pelas Leis n.º 13.752/2018 e n.º 13.753/2018”.
No momento da decisão, no final da tarde, a sanção do reajuste pelo presidente Michel Temer ainda não havia sido oficializada — o que ocorreu só por volta das 19h30.
O site do Planalto que compila oficialmente a legislação em vigor no país sequer listava as leis numeradas mencionadas pelo ministro.

Mais de 200 novos profissionais do Mais Médicos se apresentam para trabalhar
26.11.18 20:06
Segundo o Ministério da Saúde, pelo menos 224 brasileiros inscritos no novo edital do Mais Médicos já se apresentaram às cidades onde irão trabalhar.
Esses profissionais estão espalhados por 118 cidades de 20 estados.

Eduardo Bolsonaro fala em congelamento de bens de membros de ditaduras
26.11.18 19:50
Eduardo Bolsonaro, que vem atuando como “chanceler simbólico” do presidente eleito, afirmou nesta segunda-feira, em Washington, que estuda parcerias com os EUA para investigar crimes financeiros das ditaduras venezuelanas e cubanas.
Segundo o deputado, a ação poderá ser coordenada pelo Itamaraty e pelo futuro Ministério da Justiça.
“Existem diversos instrumentos que o Brasil, por anos, de maneira proposital, não levou a sério. São instrumentos que estão à mão. O juiz Sérgio Moro sabe melhor do que ninguém sobre lavagem de capitais, combate ao crime organizado, convenção de Palermo. E junto com a equipe do embaixador Ernesto Araújo, tem muita coisa nessa área. Se você for congelar tudo aquilo que remete e passa pelas ditaduras cubana e venezuelana, pode dar um calote muito grande nesses ditadores.”

Gleisi não cansa
26.11.18 19:38
O PT divulgou agora à noite uma nota assinada por Gleisi Hoffmann em que a petista diz ser “uma vergonha para as instituições judiciais brasileiras” a denúncia da Lava Jato em São Paulo em que Lula é acusado de lavagem de R$ 1 milhão.
“Os setores descaradamente partidarizados do MP e do sistema judicial são insaciáveis na perseguição a Lula e, dessa forma, desmoralizam as instituições que representam”.
Gleisi não se cansa.

MPF só espera Temer deixar governo para avançar no quadrilhão
26.11.18 19:11
O Ministério Público Federal pediu à Justiça Federal em Brasília que aguarde o fim do mandato de Michel Temer para iniciar a fase de depoimentos na ação penal contra o quadrilhão do MDB.
O objetivo é fazer uma instrução única, ouvindo as mais de 100 testemunhas do caso, já com a participação de Temer, Eliseu Padilha e Moreira Franco no processo.
A denúncia contra o presidente está parada por determinação da Câmara. Já a acusação contra os ministros tramita no STF, mas deverá descer para a primeira instância assim que eles deixarem o cargo e perderem o foro privilegiado, em 1º de janeiro.
O início dos depoimentos está marcado para 4 de dezembro e a 12ª Vara já notificou as defesas para se manifestarem sobre o pedido de adiamento.
No DF, a ação apura embaraço à investigação sobre a organização criminosa formada pela cúpula do MDB na Câmara. São réus no processo Henrique Alves, Eduardo Cunha, Lúcio Funaro, Geddel Vieira Lima, Rodrigo Rocha Loures, José Yunes e João Batista Lima Filho.

Venezuela receberá ajuda de US$ 9,2 milhões da ONU
26.11.18 18:26
Após várias negativas de Nicolás Maduro, o governo venezuelano aceitou uma ajuda humanitária de US$ 9,2 milhões da ONU.
O dinheiro será usado para investimentos em saúde e nutrição. O objetivo é conter a onda de refugiados e migrantes que deixam o país diariamente.
A doença e a fome causadas pela ditadura já levaram mais de 3 milhões para fora.

Ex-procurador-geral do Rio continua preso
26.11.18 17:57
O órgão especial do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro decidiu manter a prisão preventiva do ex-procurador-geral de Justiça do Rio, Cláudio Lopes.
Na mesma decisão, os magistrados mantiveram o sequestro dos bens e a quebra dos sigilos fiscal e bancário de Cláudio Lopes e de sua esposa, Ana Beatriz.
De acordo com a denúncia do Ministério Público, Lopes recebia mesada de R$ 150 mil do esquema de corrupção montado pelo ex-governador Sérgio Cabral.

Eduardo Bolsonaro em Washington
26.11.18 17:40
Eduardo Bolsonaro chegou na manhã desta segunda-feira a Washington para uma série de conversas de aproximação com o governo americano.
Seu primeiro encontro foi com a secretária-adjunta para o Hemisfério Ocidental, Kim Breier.
Segundo assessoria do deputado, a conversa foi sobre “investimentos, segurança regional e outras áreas de cooperação”.
"Hoje de manhã no Departamento de Estado de Washington, onde me reuni com a Secretária-adjunta para assuntos do hemisfério ocidental KIM BREIER. Tivemos uma conversa produtiva sobre áreas em que Brasil e EUA podem cooperar."

Prefeito de Campinas é acusado de desviar verba da merenda
26.11.18 17:31
Jonas Donizette, prefeito de Campinas, foi denunciado nesta segunda-feira pelo Ministério Público Federal por desvio de verba destinada à merenda escolar.
Diz o G1:
“Ele é acusado de dispensa indevida de licitação e desvio de verbas públicas em proveito de terceiros. O montante desviado chega a R$ 2,8 milhões. As irregularidades foram investigadas após a Operação Alba Branca, deflagrada em janeiro de 2016”.

Herdeiro da OAS se entrega à PF
26.11.18 17:14
César Mata Pires Filho, herdeiro da OAS, se entregou à Polícia Federal em Curitiba na madrugada desta segunda-feira, publica o Valor.
O pedido de prisão temporária foi feito pelo Ministério Público Federal.
Segundo a Lava Jato, Mata Pires está ligado diretamente ao esquema de corrupção nas obras de construção da Torre Pituba, sede da Petrobras em Salvador, que rendeu ao PT ao menos R$ 68 milhões em propina.

Roberto Jefferson vira réu por organização criminosa
26.11.18 16:55
A juíza federal Pollyanna Kelly, da 12ª Vara Federal de Brasília, aceitou denúncia movida pelo Ministério Público Federal sobre a existência de uma organização criminosa no Ministério do Trabalho — revelada pela Operação Registro Espúrio — envolvendo Roberto Jefferson e outros 19 acusados, informa O Globo.
Segundo a juíza, a organização tinha a “finalidade de praticar crimes no interesse próprio e alheio, notadamente relativos à garantia de registros sindicais pela Secretaria de Relações do Trabalho do Ministério do Trabalho”.
A suspeita é de que Jefferson usava sua influência junto ao ministério para cometer crimes envolvendo registros sindicais.
A decisão atinge também o ex-ministro Helton Yomura e Leonardo Arantes, sobrinho do deputado Jovair Arantes.

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