TERCEIRA EDIÇÃO DE SEGUNDA-FEIRA, 29 DE OUTUBRO DE 2018

NO O ANTAGONISTA
Os números finais do segundo turno
Segunda-feita, 29.10.18 16:46
O TSE concluiu hoje a apuração de 100% das urnas e votos em cédula no segundo turno da eleição presidencial no Brasil, registra Daniel Adjuto, repórter do SBT.
Os números finais são os seguintes:
Jair Bolsonaro: 57.797.847 votos (55,13% do total)
Fernando Haddad: 47.040.906 votos (44,87%)
Abstenções: 31.371.704 (21,3%)
Brancos: 2.486.593 (2,1%)
Nulos: 8.608.105 (7,4%)

Crise faz Livraria Saraiva fechar 20 lojas
29.10.18 16:41
Depois de a Livraria Cultura entrar com pedido de recuperação judicial, outra rede do setor, a Saraiva, está fechando 20 lojas espalhadas pelo Brasil, informa o Estadão.
A empresa não confirma a relação das livrarias fechadas, mas fontes do mercado informaram ao jornal que elas incluem as lojas nos shoppings Plaza Sul, West Plaza e Anália Franco, na capital paulista.
Em nota, a Saraiva diz estar tomando medidas “voltadas à evolução da operação”, que incluem o o fechamento das lojas e o fortalecimento do seu e-commerce.
As vendas pela Internet, segundo a empresa, representam hoje 38,4% dos seu negócios.

Assessor de Bolsonaro pede desculpas a jornalistas
29.10.18 15:56
O assessor Carlos Eduardo Guimarães, próximo a Jair Bolsonaro, pediu desculpas por ter chamado jornalistas de “lixo” num grupo de WhatsApp depois da vitória do presidenciável do PSL, ontem.
“Gostaria de apresentar minhas sinceras desculpas junto aos jornalistas brasileiros que porventura se sentiram atingidos no tocante ao meu excesso verbal, ontem, onde visivelmente empolgado com o resultado da apuração eleitoral usei palavras absolutamente inadequadas, extrapolando na minha manifestação”, escreveu Guimarães.
O assessor também disse ter agido “de forma rude e equivocada” para mostrar sua “insatisfação na cobertura jornalística do cenário político nacional”.

Não precisa ter medo, Boulos
29.10.18 15:55
Marcelo Calero, ex-ministro da Cultura de Michel Temer e deputado federal eleito pelo Rio de Janeiro, colocou Guilherme Boulos em seu devido lugar, ou seja, lá atrás de Cabo Daciolo, Henrique Meirelles, Marina Silva e Álvaro Dias.
O psolista, que agora volta a ser chefe do MTST, escreveu que “a democracia estava em risco” em razão do que chamou de “desfile do Exército” em manifestação pela vitória de Jair Bolsonaro na noite de ontem, em Niterói.
Calero explicou a Boulos: “As tropas estavam voltando para o quartel depois do trabalho nas eleições”.

ONU lulista promete vigiar Bolsonaro
29.10.18 13:15
Michelle Bachelet, Alta Comissária da ONU para os Direitos Humanos, disse que vai vigiar o Brasil após a vitória de Jair Bolsonaro.
O Brasil, por sua vez, tem o dever de investigar a propina repassada pela OAS para a campanha de Michelle Bachelet no Chile, como foi denunciado pelo velho marqueteiro de Lula.

PT faz o maior número de governadores
29.10.18 12:53
O PT fez quatro governadores e é o partido com o maior número de chefes de governos estaduais: Camilo Santana (Ceará), Wellington Dias (Piauí) e Rui Costa (Bahia), eleitos no primeiro turno; e Fátima Bezerra (Rio Grande do Norte), eleita ontem.
PSL, MDB, PSDB e PSB fizeram três governadores.

Ministros de Bolsonaro serão anunciados ‘no finalzinho de novembro, início de dezembro’
29.10.18 12:47
Jair Bolsonaro só viajará a Brasília na próxima segunda-feira, informa O Globo, quando deverá se encontrar com Michel Temer.
Amanhã, o presidente eleito vai receber seus principais aliados em sua casa na Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio. O encontro também servirá para discutir o número de ministérios.
O deputado federal Onyx Lorenzoni, futuro chefe da Casa Civil e coordenador da equipe de transição, disse ao jornal que “não temos a obrigatoriedade de colocar tudo (cargos) na mesma hora”.
“Vai uma primeira parte da equipe, depois vai uma segunda parte da equipe, na medida da necessidade. Não pretendemos usar os 50 cargos.”
A previsão, ainda segundo Onyx, é que o primeiro escalão de governo seja revelado a partir do fim de novembro.
“Ele (Bolsonaro) vai amadurecer, pensar. Eu defendo que ele só anuncie os ministérios em bloco, no finalzinho de novembro, início de dezembro.”

“As fake news não contavam com a fortaleza das true news”
29.10.18 12:21
Militares receberam com “alívio” a vitória de Jair Bolsonaro nas urnas, registra o Estadão.
O ministro-chefe do GSI, general Sérgio Etchegoyen, disse ao jornal:
“As fake news não contavam com a fortaleza das true news.”
Etchegoyen criticou o fato de Fernando Haddad não ter ligado para o presidente eleito.
“É lamentável, é muito ruim. No mínimo é falta de educação e falta de respeito com os 55 milhões de eleitores que votaram em Bolsonaro.”
E mais:
“Não podemos esquecer que o Brasil escolheu um para governar e outro para liderar a fiscalização, o que compromete ambos com os eleitores e com o futuro do País.”

Novato cobra auxílio-paletó do Senado
29.10.18 12:12
A Coluna do Estadão informa que a direção do Senado está surpresa com os questionamentos de senadores recém-eleitos.
“Um deles ficou indignado ao saber que o auxílio-paletó foi extinto. Inconformado, saiu acusando a Casa de estar escondendo o salário extra dos novatos.”

“O sistema estava sintetizado nas figuras de Lula, Temer e Aécio”
29.10.18 11:59
Por Diego Amorim
Lideranças do PSDB reconhecem que Aécio Neves contribuiu para a derrota do partido em Minas Gerais.
Romeu Zema foi apresentado à maior parte dos mineiros no debate da TV Globo de 2 de outubro. Naquela ocasião, o candidato do Novo tinha 7% dos votos válidos. Na pesquisa seguinte, já saltou para 14%.
No sábado anterior ao primeiro turno, quando o Jornal Nacional apresentou um “empate técnico” entre Zema e o petista Fernando Pimentel, o outsider se consolidou na disputa.
“Ali ficou claro que a rejeição ao sistema estava muito clara, assim como em todo o País. E o sistema estava sintetizado nas figuras de Lula, Temer e Aécio. Durante toda a campanha, Anastasia brilhou, mas havia uma bigorna pesada amarrada em seu tornozelo”, disse a O Antagonista um tucano da cúpula do partido.
Zema foi eleito ontem com 71,8% dos votos válidos.

Bolsonaro para Haddad: “O Brasil merece o melhor”
29.10.18 15:43
Como publicamos mais cedo, Fernando Haddad, de “coração leve”, foi ao Twitter desejar “sucesso” ao presidente eleito.
Jair Bolsonaro respondeu com ironia: “Realmente o Brasil merece o melhor.”

“Queremos comemorar o resultado das eleições”
29.10.18 15:48
Alguns jornais dizem que a UnB vive um clima de medo”porque eleitores de Jair Bolsonaro marcaram uma manifestação para a tarde de hoje na universidade.
Um estudante de Agronomia explicou ao Correio Braziliense qual é o objetivo do ato:
“Queremos fazer uma caminhada tranquila, com apoio da polícia para garantir a segurança. A ideia é mostrar que o pessoal não tem que ter medo e que a gente quer o melhor para o Brasil.”
“Queremos comemorar o resultado das eleições”, acrescentou um colega.

Petistas dizem que Lula recebeu derrota ‘com tranquilidade’
29.10.18 15:34
Emídio de Souza e Luiz Eduardo Greenhalgh foram visitar Lula na cadeia hoje, um dia depois da acachapante derrota de seu poste, Fernando Haddad, para Jair Bolsonaro.
Saíram dizendo que o presidiário recebeu a notícia da derrota com tranquilidade.

“Forças Armadas estão vacinadas contra autoritarismo”, diz Heleno
29.10.18 15:22
Ao Uol, o general Augusto Heleno, futuro ministro da Defesa, disse também que as Forças Armadas “estão completamente vacinadas contra qualquer tipo de autoritarismo, de ofensa à democracia”.
“As Forças Armadas são hoje um baluarte na democracia e vão continuar afastadas da política tradicional. Normalmente, as Forças Armadas têm um papel preponderante no País, mas principalmente pelas missões que cumpre, que muitas vezes vão além da sua destinação constitucional. Isso vai continuar a acontecer, porque o País normalmente requisita suas Forças Armadas, mas nenhum envolvimento partidário.”

Para Heleno, é “preconceito bobo” não querer militares na política
29.10.18 15:16
O general Augusto Heleno, futuro ministro da Defesa, disse ao Uol que é um “preconceito bobo” não aproveitar os militares na política.
“É um absurdo que não sejam aproveitados. Somos preparados para viver os problemas do País intensamente enquanto estamos na ativa e trazer esses conhecimentos que podem perfeitamente ser aplicados posteriormente. Então, é uma questão de coerência com esse investimento que é feito pelo País nos militares.”

‘Quem roubar vai para a cadeia’, diz Onyx
29.10.18 15:07
Onyx Lorenzoni, já anunciado ministro da Casa Civil do futuro governo de Jair Bolsonaro, criticou hoje os escândalos de corrupção da Petrobras.
“No governo Bolsonaro, quem roubar vai para cadeia e ele joga a chave fora”, disse o deputado do DEM gaúcho.
A declaração de Onyx, registra a Folha, foi dada após questionamentos sobre qual será a política de preços adotada pela estatal petrolífera na gestão Bolsonaro.
“Primeiro precisamos saber sobre a verdade da Petrobras no Brasil. Tenho curiosidade de saber se o presidente [Michel] Temer sabe. Porque a Petrobras passou por um período em que ela passou da 7ª petrolífera no mundo à 28ª, graças à roubalheira e à utilização inadequada.”

Futura primeira-dama refuta acusações a Bolsonaro
29.10.18 15:01
Michelle Bolsonaro, a futura primeira-dama, aproveitou entrevista à TV Record para rebater as acusações de que Jair Bolsonaro seja homofóbico, racista ou misógino.
“Ele é tachado como fascista, homofóbico, e nós temos amigos gays. Eu tenho um primo gay”, afirmou a mulher de Bolsonaro.
Michelle prosseguiu: “Ele é tachado como racista. Um dos melhores amigos dele há 20 anos é o Hélio Negão [deputado federal eleito pelo Rio]”.
E também negou que o marido seja misógino, mas acabou falando de xenofobia, segundo o relato da Folha: “Ele é tachado como misógino e ele é casado com quem? Com uma filha de um cearense”.

Mourão já cumpre agenda de vice
29.10.18 14:42
Hamilton Mourão já cumpre agenda de vice-presidente eleito. Hoje, desembarcou em São Paulo para uma série de entrevistas a TVs do Brasil e do exterior.
O general conversou com Jair Bolsonaro na casa do presidente eleito, ontem à noite.

No Twitter, Ciro Gomes bate no PT
29.10.18 14:36
Ciro Gomes divulgou em sua conta oficial do Twitter uma nota chamada “Meu pensar sobre 2018”, em que deseja boa sorte ao presidente eleito Jair Bolsonaro.
Também escreve que Bolsonaro não pode, “nem de longe”, “violar o respeito que deve ao conjunto da Nação” e diz que lhe fará oposição “dentro do marco da decência e do espírito público”.
Mas o melhor é a paulada no PT que vem no final: “Essa oposição que nasce não se confunde com forças que só defendem a democracia ao sabor de seus interesses mesquinhos ou crescentemente inescrupulosos ou mesmo despudoradamente criminosos”.
Leia a íntegra:

Moro pede ao STF para retomar ação contra Mantega
29.10.18 14:31
Sérgio Moro encaminhou hoje a Dias Toffoli um ofício para que seja reaberto o processo da Lava Jato contra Guido Mantega, informa a Veja.
O ex-ministro petista da Fazenda é acusado de participar de um esquema de repasses da Odebrecht à campanha de Dilma Rousseff em 2014.
A ação penal havia sido suspensa pelo próprio Toffoli, a pedido da defesa de Mantega. Os advogados argumentaram que a denúncia deveria ficar com a Justiça Eleitoral – que decidiu arquivar o processo.

“Acabou, né, gente?”
29.10.18 11:56
Fernando Haddad, nesta segunda-feira, foi ao Insper.
Ele disse para o UOL:
“Hoje eu volto a dar aula, sou professor”.
E completou:
“Acabou, né, gente?”

Extradição de Cesare Battisti é um “presente”
29.10.18 11:00
Eduardo Bolsonaro agradeceu no Twitter ao vice primeiro-ministro da Itália, Matteo Salvini, pelo apoio nas eleições e prometeu, a seu modo, a extradição de Cesare Battisti, o terrorista de esquerda a quem Lula deu refúgio no Brasil em 2010.
“O presente está chegando! Obrigado pelo apoio, a direita fica mais forte.”
Salvini havia parabenizado Jair Bolsonaro e afirmado que sua vitória reforçaria a amizade entre os dois países.

“Muita especulação. Apenas isso”
29.10.18 10:30
Por Diego Amorim
Ana Amélia disse a O Antagonista que não foi nem sequer sondada informalmente para o Ministério da Agricultura.
“Muita especulação. Apenas isso.”

NO BLOG DO GABEIRA
UMA VIRADA À DIREITA
Segunda-feira, 29.10.2018 EM BLOG
A roda rodou. Já vi muitos presidentes, subindo e descendo a rampa. Um deles descendo ao fundo da terra, Tancredo. Collor chegando e saindo de nariz erguido. Lula com tantas promessas.
Itamar, encontrei antes da posse, no Hotel Sheraton. Ele ainda não era o presidente, e eu tentava convencê-lo de que seria. Conheci Itamar desde a Rua Halfeld, a mesma onde Bolsonaro tomou a facada. Era um homem decente, tomava religiosamente uma sopinha ao entardecer. Ousou assinar o Plano Real.
Agora, sobe Jair Bolsonaro. Não foi uma rodada simples, dessas em que PT e PSDB se revezam. Foi mais ampla, como foi a de 64, só que agora sem Guerra Fria, num contexto democrático.
Senti a ascensão de Jair Bolsonaro. Impossível ignorá-la correndo o Brasil, observando as redes sociais. Quando levou a facada em Juiz de Fora, pensei: facada e tiro, quando não matam, elegem.
Se nossa cultura produziu essa certeza, isso quer dizer que a condenação da violência política tende a ser consensual. O presidente eleito deveria encarnar e expressar essa condenação. Não é um conselho, apenas uma leitura do Brasil. Os últimos dias de campanha foram ameaçadores. Prisão, desterro, banir da face da Terra. Alta tensão. As universidades podem ser invadidas por ideias, não pela polícia.
O novo governo tem uma agenda brava, e só me resta usar esses meses de transição para estudar melhor e criticá-la com fundamento.
Outro campo de estudo se abre. A frase de Mano Brown — é preciso encontrar o povo — foi endereçada ao PT. Mas não vale também para o sistema partidário, a academia, a mídia, os especialistas? Como reconciliá-los com o homem comum?
Minha atitude com Bolsonaro será a que sempre adotei nos anos de convivência: respeito ao argumentar nos pontos divergentes e estímulo aos seus movimentos positivos. Alguns leitores condenam essa visão, sob o argumento de que normaliza a barbárie.
Mas se era assim com o deputado, por que não seria com o presidente, cujas ações mexem com nosso destino e com a imagem externa do Brasil?
Na minha visão de mundo, é impensável ofender os eleitores que escolheram outro caminho. O pressuposto é apostar na boa-fé da maioria do povo brasileiro.
Farei uma oposição sem truques ou medo, das que não visam ao poder. Apenas um desejo de ver o País retomando democraticamente os trilhos, um pouco também por filhos e netos. A sensação de continuidade ao lado da poesia são os territórios em que desafiamos a morte.
Ganhar a eleição é difícil; derrotar forças poderosas, mais ainda. No entanto, as dificuldades começam mesmo quando se chega ao governo. As qualidades para ganhar a eleição são diferentes das que impulsionam o governo. Para vencer, é preciso falar a linguagem do povo.
O grande talento nesse campo nem sempre nos socorre, quando a necessidade impõe grande esforço intelectual para a tomada de decisões. Da mesma forma, o tom agressivo de campanha é o inverso da generosidade que se espera de um eleito.
Bolsonaro não é um raio em céu azul. O panorama político no Brasil mudou. Pensadores de direita surgiram no cenário. Jovens liberais, propagandistas religiosos ocuparam as redes.
As manifestações de 2013 colocaram na rua multidões com uma aspiração difusa de melhores serviços. As de 2015 afunilaram na denúncia da corrupção, impulsionaram a queda de Dilma.
Uma esquerda, sem élan para se reinventar ou base teórica para vislumbrar o horizonte, tornou-se uma presa fácil no debate de ideias.
Foi uma campanha da era digital. Hoje, todos falam, compartilham. Baixo nível? Talvez. Mais democrático? Sem dúvida. Foi também facada, fake news, acusações, brigas entre famílias, amigos, ansiedade, tentativas de suicídio — um psicodrama nacional.
Fiz tudo para manter a cabeça fria. É natural levar caneladas dos dois lados. Caneladas e balas perdidas são parte do jogo.
Outro dia, alguém escreveu sobre mim: se ficar como ele, peço aos amigos que me ajudem numa eutanásia. Não tenho por hábito contestar essas coisas da rede. Nesse caso, a resposta seria simples: obrigado por morrer em meu lugar. É uma gentileza nesses tempos sombrios.
É preciso viver um pouco mais para ver um País mais tranquilo, fraternal. Não sou ingênuo a ponto de imaginar esquerda e direita de mãos dadas. Não se trata de lirismo. As emoções da campanha ofuscaram um pouco a gravidade de nossos problemas.
Agora, voltamos à vida real.
(Artigo publicado no Jornal O Globo em 29/10/2018)

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