PRIMEIRA EDIÇÃO DE QUARTA-FEIRA, 24 DE OUTUBRO DE 2018

NA COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO
QUARTA-FEIRA, 24 DE OUTUBRO DE 2018

Desde a primeira eleição direta em 1989, o Brasil tem em média 28,94% de eleitores que não votam, votam em branco ou anulam seus votos para presidente, segundo dados do Tribunal Superior Eleitoral. Foram oito eleições diretas, incluindo 1º turno deste ano, onde 20,33% dos eleitores não compareceram e 8,79% votaram em branco ou nulo. Em média, 17,94% dos eleitores não votam e 11% em banco ou nulo.

A maior taxa de abstenção numa única eleição foi em 1998, quando 40,07% deixaram de participar na escolha do novo presidente.

A taxa de abstenção em 1998, na reeleição de Fernando Henrique (PSDB), foi de 21,47% somados aos 18,6% de votos brancos e nulos.

Em 2010 a soma de brancos, nulos e abstenções foi de 25,19% dos votos. Em 2014 o número subiu para 29,03%, pouco abaixo da média.

Ibaneis Rocha (MDB) segue arrebentando na briga pelo governo do DF: 75% x 25% no Ibope. Apesar dos ataques de Rodrigo Rollemberg (PSB), cuja campanha tenta demonizar o rival que nunca foi político.

Com metade dos deputados rejeitada nas urnas, o ritmo de trabalho na Câmara caiu vertiginosamente desde o 1º turno da eleição. E pior: trabalho mesmo só depois do 2º turno, do qual não participam.

O noticiário exagerado do caso Eduardo Bolsonaro faz parecer que o STF está sujeito a ser fechado como quem passa a chave numa porta.

NO DIÁRIO DO PODER
Pesquisa Ibope mostra Bolsonaro com 57% e Haddad 43% dos votos válidos 
Nos votos totais, Bolsonaro tem 50% e Haddad 37%. Brancos são 10% e indecisos, 3% 
Da Redação 
Terça-feira, 23/10/2018 às 21:10 | Atualizado às 21:46
A pesquisa Ibope para presidente da República, divulgada na noite desta terça-feira (23), mostra que o candidato Jair Bolsonaro (PSL) mantém a liderança nesta reta final da eleição. Nos votos válidos Jair Bolsonaro (PSL) tem 57% e Fernando Haddad (PT), 43%. Na última pesquisa Ibope, divulgada no dia 15 de outubro, Bolsonaro tinha 59% e Haddad 41%. Contabilizados os votos totais, ou seja, onde se contabiliza os brancos e nulos, Jair Bolsonaro (PSL) tem 50% das intenções de voto, Fernando Haddad (PT) 37%; votos brancos ou nulos são 10% e eleitores indecisos, 3%. O Ibope também avaliou o potencial eleitoral de cada candidato: 
Jair Bolsonaro  
Com certeza votaria nele para presidente – 37% 
Poderia votar nele para presidente – 11% 
Não votaria nele de jeito nenhum – 40% 
Não o conhece o suficiente para opinar – 11% 
Não sabem ou preferem não opinar – 2% 
Fernando Haddad 
Com certeza votaria nele para presidente – 31% 
Poderia votar nele para presidente – 12% 
Não votaria nele de jeito nenhum – 41%
Não o conhece o suficiente para opinar – 14% 
Não sabem ou preferem não opinar – 2% 
Votação espontânea 
Quando o entrevistado fala espontaneamente em quem pretende votar, sem que lhe seja apresentados nomes: 
Jair Bolsonaro 
42% 
Fernando Haddad 
33% 
Expectativa de vitória 
Jair Bolsonaro - 69%
Fernando Haddad 21% 
Não souberam ou não falaram 9% 
Pesquisa 
O Ibope ouviu 3010 eleitores em 208 municípios, entre os dias 21 e 23 de outubro. O nível de confiança da pesquisa é de 95%, com margem de erro de 3 pontos percentuais para mais ou para menos. Registro do TSE: BR-07272/2018

Ministério Público Eleitoral processa Crivella por uso da máquina administrativa 
A Procuradoria Regional Eleitoral relatou que o prefeito pediu expressamente votos aos políticos presentes no evento 
Da Redação 
23/10/2018 às 20:37 | Atualizado às 20:37
O prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella, poderá ser multado por conduta vedada nas eleições pela Procuradoria Regional Eleitoral do Rio de Janeiro. Também poderão ser punidos o senador Eduardo Lopes e os então candidatos a deputado federal Marcelo Crivella Filho e a deputado estadual Alessandro Costa, todos do PRB, e o presidente da Companhia Municipal de Limpeza Urbana (Comlurb), Tarquinio Almeida. 
A ação por conduta vedada de agente público teve origem no uso da estrutura da Comlurb em prol das candidaturas de Lopes, Crivella Filho e Costa num evento em 13 de setembro. O Tribunal Regional Eleitoral (TRE/RJ) julgará se condena os cinco ao pagamento de multas entre 5 mil e 100 mil Unidades Fiscais de Referência (UFIR), o que representa de R$ 16,4 mil a R$ 329,4 mil, conforme fixado pela legislação. 
Segundo o procurador regional eleitoral substituto, Maurício da Rocha Ribeiro, além da legislação eleitoral, Crivella desafiou uma decisão judicial. Em processo por improbidade administrativa, a 7ª Vara da Fazenda Pública determinou em liminar que o prefeito deixasse de “utilizar a máquina pública municipal para defesa de interesses pessoais ou de seu grupo religioso”, sob pena de ser afastado do mandato. A Procuradoria Regional Eleitoral relatou ao TRE que o prefeito pediu expressamente votos aos políticos presentes no evento, citando o número de um dos candidatos. No evento, o material de propaganda deles foi distribuído ao público, formado por cerca de 200 pessoas, incluindo servidores da Comlurb. A sede da empresa, que ofereceu veículos oficiais para o transporte, fica a cerca de 500 metros da quadra da Escola de Samba Estácio de Sá, onde o evento foi organizado. “Ocorreu ilícito eleitoral, caracterizado como conduta vedada, pois foi utilizado aparato municipal e seus servidores com a finalidade de beneficiar determinados candidatos, o que acarreta evidente prejuízo à lisura das eleições”, afirmou Maurício Ribeiro. “Espécie do gênero abuso de poder, a conduta vedada traduz-se na malversação da máquina administrativa em prol de determinados candidatos”, explicou o procurador. Em nota, a assessoria da prefeitura informou que Crivella ainda não tinha sido comunicado formalmente da ação e disse que, se esta existir, prestará esclarecimentos oportunamente e comprovará que não praticou qualquer conduta vedada. (ABr)

NO BLOG DO JOSIAS
Bolsonaro abusa da sorte na disputa com azarão
Por Josias de Souza
Quarta-feira, 24/10/2018 02:36
A poucos dias de cruzar a linha de chegada, os finalistas da corrida presidencial lembram a lebre e a tartaruga da fábula. Ao fundo, informou a penúltima pesquisa do Ibope, coisas estanhas acontecem. Bolsonaro (57%) oscilou dois pontos para baixo. Haddad (43%) moveu-se dois pontos para o alto. A taxa de rejeição do capitão, declinante na semana passada, saltou de 35% para 40%. O índice dos que rejeitam o petista, que subia, caiu de 47% para 41%.
Horas antes da divulgação da pesquisa, Bolsonaro e Haddad cumpriram suas agendas de lebre e tartaruga. Franco favorito, o capitão participou de um churrasco festivo na casa elegante do empresário Paulo Marinho, onde grava seus programas eleitorais, no Rio de Janeiro. A pretexto de se despedir da equipe, confraternizou à beira da piscina ao som de violoncelos. Presentes, dois personagens que frequentam o noticiário como quase-futuros-ministros: Gustavo Bebianno (Justiça) e Onyx Lorenzoni (Casa Civil).
Também no Rio, o azarão petista foi à favela da Maré. Discursou num centro de artes. Mangas arregaçadas, Haddad disse à plateia que ainda é possível vencer a eleição. Rogou aos presentes que pedissem votos aos familiares e conhecidos. Anabolizando os números que a pesquisa revelaria mais tarde, agarrou o otimismo pelo colarinho e disse: “O povo começa a perceber, já estou no 45%, 46%. Falta quatro, cinco para ganhar a eleição. Tem que conversar com as pessoas.”
Há uma semana, a lebre sentenciou: “Nós estamos com uma mão na faixa. Ele (Haddad) não vai tirar 18 milhões de votos daqui a dois domingos.” Bolsonaro entrou no segundo turno em cima de um salto agulha. Jogando parado, administra sua vantagem. Ela já foi de 18 pontos, está em 14. A distância ainda é grande o bastante para que a tartaruga, mesmo calçando havaianas, dependa de um milagre para alcançar o rival.
Entretanto, Bolsonaro abusa da sorte. Talvez devesse suspender a prática do tiro contra o próprio pé, seu esporte predileto. De resto, faria um favor a si mesmo se trocasse o modelo agulha por um discreto salto anabela — salto hétero, naturalmente. Do contrário, as urnas de domingo podem produzir um resultado de fábula.

Gula do PSL surge antes da vitória de Bolsonaro
Por Josias de Souza
24/10/2018 01:25
As urnas do segundo turno ainda nem foram computadas e o PSL já começou a dificultar a vida de Jair Bolsonaro. Todo mundo sabe que Rodrigo Maia (DEM-RJ) é candidato a permanecer no comando da Câmara. Mas um ala do partido do capitão avalia que desafiar Maia é uma prioridade. Em verdade, trata-se de uma temeridade, pois Rodrigo Maia arrasta consigo o apoio da maioria do Centrão.
A ala mais gulosa do PSL sonha com a hegemonia política porque virou a segunda maior bancada da Câmara, com 52 deputados, atrás apenas do PT. Os correligionários de Bolsonaro confundem ingenuidade com autoconfiança. Em vez de hegemonia, podem obter isolamento político.
Bolsonaro já farejou o cheiro de queimado. Pediu moderação ao PSL. Mas alguns dos seus correligionários ainda não se deram por achados. O último partido que imaginou que poderia acumular as presidências da Câmara e da República foi o PT. Em 2014, o petismo decidiu cutucar o MDB lançando Arlindo Chinaglia como adversário de Eduardo Cunha na briga pelo comando da Câmara. A manobra custou o pescoço de Dilma Rousseff.

Haddad foi enfeitiçado pelo feitiço das fake news
Por Josias de Souza
Terça-feira, 23/10/2018 18:09
Fernando Haddad comportou-se como um caçador de bruxas em sabatina promovida por jornais do Grupo Globo. Acusou o general Hamilton Mourão de ser “torturador.” Foi como se apontasse o dedo para o vice de Jair Bolsonaro e dissesse: “É uma bruxa”. Bolsonaro “é figura desimportante no meio militar”, declarou Haddad. “Mas o Mourão, por exemplo, ele próprio foi torturador.”
Caçadores de bruxas não precisam conferir a veracidade do que afirmam. Basta ouvir dizer. Instado a esmiuçar a acusação, Haddad afirmou que o cantor e compositor “Geraldo Azevedo declarou até, em um show, que foi pessoalmente torturado pelo Mourão.” Segundo o caçador de bruxas do PT, o “fato” seria noticiado com destaque pela imprensa em qualquer parte do Planeta.
Era mentira. Preso durante a ditadura um par de vezes, Geraldo Azevedo realmente dissera no sábado, 20, num palco da cidade baiana de Jacobina, que Mourão o havia torturado. “Olha, é uma coisa indignante, cara. Eu fui preso duas vezes na ditadura, fui torturado. Você não sabe o que é tortura, não. Esse Mourão era um dos torturadores lá.”
Geraldo Azevedo em show em Jacobina- BA
Vejam o que ele diz! pic.twitter.com/yGsxdquBlq
— Tamine Lira (@taminebb) 22 de outubro de 2018
Ao tomar conhecimento da acusação, o general subiu no caixote. Disse que Geraldo Azevedo “bebeu.” Contou que, em 1969, quando o cantor foi à garra pela primeira vez, ele tinha 16 anos. “Eu estava no Colégio Militar, em Porto Alegre, no 1º ano do 2º grau”, informou Mourão ao Globo. Com tantas verdades para estonteantes dizer sobre Mourão, Haddad escolheu justamente a que era mentirosa!
Por meio de sua assessoria, o acusador deu meia-volta numa nota oficial: ''Geraldo Azevedo se desculpa pelo transtorno causado por seu equívoco e reafirma sua opinião de que não há espaço, no Brasil de hoje, para a volta de um regime que tem a tortura como política de Estado e que cerceia as liberdades individuais e de imprensa.''
Num instante em que atribui o favoritismo do seu adversário à engrenagem de distribuição massiva de notícias falsas pelo WhatsApp, Haddad acabou sendo enfeitiçado pelo feitiço das fake news. Propagou uma inverdade sem checar. Exatamente como fazem os incautos que passam adiante qualquer tolice que lhes chega pelo visor do celular.
Comum na época em que ainda havia bruxas, a caça às bruxas foi reativada com força total na era da fake news. Acontece o ano inteiro. Mas as temporadas eleitorais são mais propícias à prática do esporte. Qualquer pessoa pode servir como bruxa. O próprio Haddad diz que ele e seus familiares foram acusados de ser bruxas no material que a campanha adversária despeja nas redes.
Com seu comportamento, Haddad demonstrou que a caça às bruxas é um esporte muito competitivo. Os competidores nem precisam de muita imaginação para praticar. Se estiverem desesperados, basta esticar o dedo. No momento, há tantos dedos hirtos na praça que a caça às bruxas vai se vulgarizando. Com sorte, pode cair em desuso. Com muita sorte, pode cair no ridículo.

NO O ANTAGONISTA
A folga de Bolsonaro
Quarta-feira, 24.10.18 06:17
A quatro dias do voto, Jair Bolsonaro tem, na pior das hipóteses, 14 pontos de vantagem sobre Fernando Haddad.
Antes do primeiro turno, todas as pesquisas (exceto a da Crusoé) e todos os jornais (exceto O Antagonista) apostavam numa disputa apertada no segundo turno.
O próprio Jair Bolsonaro temia que, no segundo turno, sua margem fosse menos folgada do que no primeiro.
O cálculo estava errado: os eleitores decidiram chutar o PT, e é o que farão neste domingo.

O eleitorado já escolheu
24.10.18 06:13
Jair Bolsonaro caiu dois pontos no Ibope.
As pesquisas estaduais do próprio instituto, porém, mostram que nada de relevante ocorreu de uma semana para a outra.
Jair Bolsonaro subiu um ponto em São Paulo (64% dos votos válidos) e outro ponto no Distrito Federal (71%).
Ele perdeu dois pontos em Minas Gerais (60%) e um no Rio Grande do Sul (58%).
No Rio de Janeiro, continuou igual (65%).
As pesquisas podem oscilar para um lado ou para o outro, mas o eleitorado já escolheu.

Poste parado
24.10.18 06:07
Os votos que Jair Bolsonaro perdeu na pesquisa do Ibope foram para os brancos, nulos e indecisos.
Fernando Haddad, como se espera de um poste, permaneceu parado de uma semana para a outra, com os mesmos 37%.
A pesquisa tem uns números estranhos.
Entre os eleitores com ensino fundamental, Fernando Haddad caiu de 52% para 47%. No Nordeste, ele caiu de 57% para 53%.
Isso foi compensado pela quedas de Jair Bolsonaro no Sudeste, de 58% para 54%, e entre os evangélicos, de 66% para 59%.

A língua do povo
24.10.18 06:30
Mano Brown estragou a festa de Fernando Haddad no Rio de Janeiro.
Em seu discurso, ele analisou a derrota petista:
“Se não está conseguindo falar a língua do povo vai perder mesmo. Falar bem do PT para a torcida do PT é fácil”.
Quando ele foi vaiado, Caetano Veloso defendeu-o:
“Eu acho que a fala de Mano Brown é muito importante porque traz a complexidade do nosso momento. A mera festa pode parecer que temos uma mensagem simples a passar. O Brasil tem sido bombardeado há algumas décadas por uma imbecilização planejada em que filósofos têm dito palavrões para acostumar a mente brasileira à ideia de que o cafajeste é que nos representa. Temos que negar isso dentro de nós – não só nós que estamos aqui, que já lutamos contra isso, mas encontrar meios de dizer àqueles que se deixaram hipnotizar por essa onda. Eu estou aqui por isso, em parte como vocês, em parte como Mano Brown.”
Sim, Caetano, essa é a verdadeira língua do povo.

Arquivado inquérito sobre maquiagem de dados do Banco Rural
24.10.18 06:08
Gilmar Mendes arquivou, a pedido da PGR, o inquérito que investigava a maquiagem de dados do Banco Rural enviados à CPI do Mensalão, para ocultar a participação dos tucanos no escândalo.
A PF apontou Aécio Neves e Clésio Andrade como autores da fraude.
De acordo com a PGR, não havia provas suficientes.

Polícia suspeita de atuação dos advogados no caso do tiroteio de Juiz de Fora
Terça-feira, 23.10.18 20:42
Por Claudio Dantas
O advogado Pedro Possa, correspondente do escritório de Zanone Oliveira Júnior em Juiz de Fora,MG, assina a ata da audiência de custódia dos envolvidos no tiroteio de sexta-feira, 19, no hospital Monte Sinai.
O documento comprova a informação publicada há pouco por O Antagonista e aporta novas informações. Pedro Possa aparece como representante legal do empresário Jerônimo da Silva Leal, dono do grupo Good Security. Ferido no abdômen, Leal ainda está na UTI.
Na defesa do estelionatário Antônio Vilela está o jovem advogado Valter Aguilar de Carvalho, que trabalha no escritório do advogado Jorge Ponciano. Os dois estiveram no Monte Sinai, mas só Valter compareceu à audiência de custódia.
A Polícia suspeita que Ponciano esteja envolvido nas atividades criminosas de seu cliente, pois há informações de participação anterior em outro episódio parecido envolvendo a troca de dinheiro falso por bom.
Informações preliminares sugerem uma relação entre Ponciano e o advogado Ércio Quaresma Firpe, responsável pela defesa do goleiro Bruno e muito amigo de Zanone de Oliveira, que defendeu o Bola, cúmplice do jogador no bárbaro assassinato de Eliza Samúdio.

Exclusivo: Investigação de tiroteio em Juiz de Fora pode chegar a clube do goleiro Bruno e advogados de Adélio
23.10.18 21:46
Por Claudio Dantas
O empresário Flávio de Souza Guimarães, acusado inicialmente de levar milhões de dólares para trocar por reais em Juiz de Fora (MG), negou essa versão, ontem, em depoimento à Polícia Civil de São Paulo.
No documento, obtido por O Antagonista, ele diz que foi até a cidade mineira para recolher um empréstimo para o AJC Group (AllJaber Company), do qual é presidente executivo.
Segundo Guimarães, que escapou do tiroteio e voltou para São Paulo num jatinho fretado, o grupo passa por “dificuldades financeiras, inclusive para captação de capital junto ao mercado financeiro”.
A versão do executivo, porém, não convenceu os investigadores. Na véspera do tiroteio, Guimarães anunciou patrocínio do grupo AJC ao ‘Boa Esporte’, para a reta final da Série B.
“Se o grupo AJC passa por dificuldades financeiras a ponto de recorrer a um empréstimo no mercado negro, não tem sentido querer bancar um clube de futebol”, comenta um policial. E um clube que está prestes a ser rebaixado.
Coincidência ou não, o Boa Esporte é o mesmo clube que contratou o goleiro Bruno em 2017, depois de deixar a cadeia. Para os investigadores, pode haver uma ligação direta entre o dinheiro que motivou o confronto no estacionamento do Monte Sinai e o patrocínio ao Boa.
“Esse patrocínio pode ser apenas uma forma de encobrir o real destino desses recursos”, diz uma fonte ligada à investigação.
Como O Antagonista mostrou há pouco, a Polícia suspeita da atuação de advogados que passaram a atuar no caso, em especial de Jorge Ponciano, que defende o estelionatário Antônio Vilela.
Segundo os policiais, Ponciano teria relação com Ércio Quaresma Firpe, que defendeu justamente o goleiro Bruno – enquanto Zanone de Oliveira, advogado de Adélio Bispo, defendeu o Bola, cúmplice do jogador no assassinato de Elisa Samúdio.
Além disso, Zanone destacou o advogado Pedro Possa para defender Jerônimo Leal, dono da empresa de vigilância que fazia a escolta de Flávio Guimarães.

Advogados de Adélio já estavam na mira da PF
23.10.18 21:56
A Crusoé desta semana mostra que a PF suspeita dos advogados de Adélio Bispo de Oliveira também no caso da facada em Jair Bolsonaro.
Leia:
Atentado a Bolsonaro: saiba com exclusividade o que a PF está investigando AQUI

Juiz impede realização de ato pró-Haddad em universidade federal
23.10.18 21:40
O juiz do TRE do Rio Grande do Sul Rômulo Pizzolatti proibiu a realização de um ato pró-Haddad, com a presença de Guilherme Boulos, na UFRGS.
O evento estava marcado para a próxima quinta-feira.
O magistrado acolheu o pedido dos deputados Jerônimo Goergen e Marcel van Hattem — antecipado por O Antagonista mais cedo –, deixando claro que o ato político, em respeito à lei eleitoral, não pode ocorrer nas dependências da universidade federal.
AQUI a íntegra da decisão.

Segurança de Bolsonaro é reforçada após relatos de ameaças
23.10.18 21:30
O número de policiais federais na escolta de Jair Bolsonaro aumentou de 25 para 30 às vésperas do segundo turno, informou o presidente do PSL, Gustavo Bebianno.
A segurança ao presidenciável também passou a incluir agentes do Batalhão de Choque da PM do Rio de Janeiro até o dia da eleição, registra a Agência Brasil.
Bebianno disse que o reforço foi decorrente de “relatos de ameaças” a Bolsonaro, que ainda se recupera depois de ter sido esfaqueado no início de setembro.

Barroso mantém indiciamento de Temer
23.10.18 20:41
Luís Roberto Barroso manteve o indiciamento de Michel Temer pelos crimes de corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa, feito pela PF, informa o G1.
O presidente e mais dez pessoas são acusados de integrar um esquema que teria atuado para beneficiar empresas do setor portuário em troca de propina.
Os advogados de Temer tinham pedido “imediata decretação da nulidade do indiciamento”, por considerarem que a PF usurpou a competência do STF ao indiciar sem autorização do Tribunal.
Barroso, porém, respondeu que o indiciamento “é ato expressamente previsto em lei, que não ressalva de sua incidência os ocupantes de cargos públicos”.

PGR pede à PF inquérito contra coronel da reserva
23.10.18 20:38
Raquel Dodge requisitou abertura de inquérito à Polícia Federal para investigar coronel que atacou Rosa Weber e outros ministros do STF em vídeo, relata Daniel Adjuto, do SBT.
A procuradora-geral da República disse ter visto no vídeo gravado por Carlos Alves, coronel da reserva, indícios dos crimes de ameaça e contra a honra.

Exército divulga nota criticando vídeo de coronel da reserva sobre Rosa Weber
23.10.18 18:20
O Centro de Comunicação Social do Exército divulgou nota confirmando que o autor do vídeo com ofensas a Rosa Weber é o coronel da reserva Carlos Alves, informa o site Jota.
O Exército disse que Alves “afronta diversas autoridades” e que suas declarações não representam o pensamento do Exército brasileiro.
Leia a nota abaixo:
Juiz nega revogar prisão de presidente do PROS
23.10.18 20:19
O juiz Heitor Moura Gomes, de Marabá (Pará), rejeitou revogar o mandado de prisão temporária de Eurípedes Júnior, o presidente do PROS, informa Camila Bonfim, da TV Globo.
Eurípedes teve a prisão decretada na Operação Partialis, que apura desvio de recursos em licitações no Pará. Hoje, apresentou-se à PF, mas não foi preso porque a lei eleitoral impede prisões nesta época, exceto em casos de flagrante.
Ao negar o pedido da defesa do presidente do PROS, o juiz Gomes escreveu que sua atitude foi “voluntariedade travestida de um ‘fazer de conta'” e que sua “suposta disposição” de dar esclarecimentos à PF “não se mostrou verdadeira”.

Bolsonaro contra o ‘coitadismo’
23.10.18 19:45
Jair Bolsonaro deu uma entrevista à afiliada do SBT no Piauí em que critica as chamadas políticas de “ação afirmativa”, como as de cotas, e afirma que elas reforçam preconceitos contra os beneficiados.
“Tudo é coitadismo. Coitado do negro, coitada da mulher, coitado do gay, coitado do nordestino, coitado do piauiense. Vamos acabar com isso.”

Lula tenta retirar caso de Moro
23.10.18 18:42
Além de tentar suspender a ação penal que trata do repasse de propina da Odebrecht a Lula, seus advogados também tentam no STF retirar o caso da Justiça Federal no Paraná, transferindo-o para São Paulo.

O candidato Endividado
23.10.18 17:38
Fernando Haddad declarou à Justiça Eleitoral ter contratado despesas que somam R$ 32,5 milhões, relata Igor Gadelha em Crusoé.
O valor já é maior que os R$ 32,4 milhões arrecadados pela campanha do PT até agora.


Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

NOTÍCIAS EM DESTAQUE - 1ª EDIÇÃO DE 10/12/2023 - DOMINGO

NOTÍCIAS EM DESTAQUE - 1ª EDIÇÃO DE 05/8/2023 - SÁBADO

NOTÍCIAS EM DESTAQUE - 2ª EDIÇÃO DE 08/4/2024 - SEGUNDA-FEIRA