PRIMEIRA EDIÇÃO DE TERÇA-FEIRA, 11 DE SETEMBRO DE 2018

NA COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO
TERÇA-FEIRA, 11 DE SETEMBRO DE 2018

O general Hamilton Mourão, candidato a vice de Jair Bolsonaro, assumiu nesta segunda-feira (10) um tom moderado, afirmando não ser “nenhum cão raivoso”. Em entrevista ao programa “Bastidores do Poder”, da Rádio Bandeirantes, ele admitiu reduzir benefícios a militares aposentados na reforma da Previdência e disseque jamais cogitou medidas extremas como fechar o Congresso.

Perseguido após fazer revelações constrangedoras sobre “heróis” da guerrilha do Araguaia, o historiador Hugo Studart denuncia que militantes do PCdoB pediram a dois procuradores a apreensão dos documentos nos quais ele fundamentou a pesquisa de doutorado que resultou no livro “Borboletas e Lobisomens”. Alguns “desaparecidos”, segundo o autor, apenas mudaram de nome após acordo de delação. Mais de 15 mil páginas de documentos sigilosos integram o acervo.

A maior parte dos documentos foi entregue pelo então ministro da Justiça, Nelson Jobim, segundo o pesquisador Hugo Studart.

O PT insiste que o Comitê, um dos dez órgãos de apoio ao Alto Comissariado das ONU dos Direitos Humanos, tem autoridade para anular decisão da Justiça brasileira. Não tem. É mentira. O comitê é um dos “órgãos de tratados”, compostos por técnicos, sem autoridade formal.

NO DIÁRIO DO PODER
Ex-ministro Palocci revela que Lula atuava diretamente no pedido de propina 
No delírio do pré-sal, Lula falou em bancar quatro campanhas 
Da Redação 
Segunda-feira, 10/09/2018 às 23:14 | Atualizado às 00:35
Em novo depoimento ao Ministério Público Federal, no âmbito da Operação Greenfield, que apura irregularidades em fundos de pensão, o ex-ministro Antonio Palocci revelou que o ex-presidente Lula se descuidou “da parte legal da sua atuação como presidente” e “passou a atuar diretamente no pedido de propina”.
Ex-ministro da Fazenda de Lula e ex-ministro da Casa Civil de Dilma Rousse, Antonio Palocci contou ainda que a descoberta do pré-sal causou um clima de “delírio político” no governo, e que Lula pediu vantagens indevidas diretamente. O ex-presidente, segundo ele, chamava o pré-sal, entre outras coisa, de “bilhete premiado”, e dizia que iria gerar recursos suficientes para bancar quatro campanhas presidenciais. “Ele sempre soube que tinha ilícito e sempre apoiou as iniciativas de financiamento ilícito de campanha, etc. Mas no caso, no pré-sal, ele começou a ter uma atuação pessoal”, afirmou Palocci, ao responder indagação de um procurador.

PT oficializa seu novo candidato a presidente na porta da cadeia, em Curitiba 
Da sala do seu estado-maior, na PF, Lula define substituto
Da Redação 
Segunda-feira, 10/09/2018 às 23:08 | Atualizado às 00:35
O ex-presidente Lula bateu o martelo e autorizou que Fernando Haddad seja oficializado como candidato do PT ao Planalto nesta terça-feira (11), em frente à cadeia onde se encontra desde abril, isto é, a sede da Polícia Federal em Curitiba. Em detalhes fechados nesta segunda-feira (10), durante conversas dentro de sua cela com o próprio Haddad e advogados, Lula decidiu que o anúncio da troca na chapa petista será feito após reunião da executiva nacional da sigla, na capital paranaense. Ladeado pelos dirigentes da sigla, com o objetivo de mostrar união, Haddad fará um pronunciamento à militância e também haverá a leitura de uma carta escrita pelo ex-presidente.
Lula pediu a colaboração de diversos aliados, que enviaram mensagens a ele sobre como fazer a substituição do posto. Haddad passou o dia em conversas com o padrinho político, ajustando os detalhes que constam da carta e de seu discurso. Nesta terça (11), encerra-se o prazo dado pela Justiça Eleitoral para que o PT faça a troca de Lula na cabeça de chapa do partido ao Planalto. A defesa do ex-presidente ainda aguarda recursos no STF (Supremo Tribunal Federal), mas petistas admitem que as ações são apenas formalidades para embasar o discurso de que lutaram até o fim para tentar garantir a candidatura de Lula. Uma ala do PT, ligada à presidente da sigla, Gleisi Hoffmann (PR), insistia em esticar a corda dos prazos até o último minuto, mas a ordem foi não arriscar a viabilidade da chapa.

NO BLOG DO JOSIAS
Perda de candidatura abate mais Lula que prisão
Por Josias de Souza
Terça-feira, 11/09/2018 04:54
Preso há cinco meses e quatro dias, Lula emite os primeiros sinais de abatimento. Na avaliação de um dirigente do PT, o desânimo não foi provocado pela prisão longeva, mas pela troca compulsória do figurino de candidato pelo de cabo eleitoral de Fernando Haddad. A despeito do baque, Lula comanda desde a cadeia cada detalhe da própria substituição, a começar pela escolha do cenário. Deslocou o palco de São Paulo para Curitiba.
A profusão de recursos judiciais revelou-se inútil. Embora ainda sonhe com o milagre da obtenção de uma liminar de última hora no Supremo, Lula reconheceu que sua candidatura está no buraco. E autorizou Haddad a substitui-lo antes que a Justiça Eleitoral comece a jogar terra em cima nesta terça-feira, quando vence o prazo para a troca.
O eleitor de Lula já havia farejado o movimento, informa o Datafolha. Na primeira pergunta de sua nova pesquisa, o Instituto pediu aos entrevistados que dissessem espontaneamente o nome do presidenciável preferido. As menções a Lula despencaram 11 pontos. Na pergunta estimulada, quando o pesquisador exibe um cartão com os nomes dos candidatos, o preso de Curitiba foi excluído. E o pupilo Haddad saltou de 4% para 9% antes mesmo da formalização da troca.
Haddad entrou automaticamente na briga pela vaga de adversário de Jair Bolsonaro no segundo turno. De acordo com a pesquisa, Haddad, Ciro Gomes, Marina Silva e Geraldo Alckmin estão tecnicamente empatados no intervalo entre 9% a 13% das preferências do eleitorado.
Embora tenha colecionado novos eleitores, subindo cinco pontos na pesquisa em apenas 20 dias, Haddad não ignora que o único eleitor capaz de levá-lo ao segundo round está preso em Curitiba. E Lula cuidará para que ele não esqueça a origem dos seus votos.
Assim como os filmes, as biografias também têm suas trilhas sonoras. Lula escolheu sua música num discurso palaciano de 2007. Exercia seu primeiro reinado. Evocou Raul Seixas: “…Eu prefiro ser considerado uma metamorfose ambulante, ou seja, estar mudando na medida em que as coisas mudam.”
A mudança atual não chega a ser original. No mesmo papel de carregador de postes, Lula já revelou uma força de estivador. Fez isso duas vezes com Dilma Rousseff em âmbito nacional. Repetiu o feito com o próprio Haddad, na seara municipal. Fracassou na reeleição de Haddad para o posto de prefeito de São Paulo. Pela primeira vez, testa seu poder de transferência de votos como cabo eleitoral preso.

Bolsonaro precisa fugir do marketing da facada
Por Josias de Souza
11/09/2018 02:24
Jair Bolsonaro tornou-se personagem de um drama clínico com potencial para marcar a História. Retirado da campanha por um golpe de faca, terá de passar por uma segunda cirurgia de grande porte. Seu estado, informa a equipe do Albert Einstein, ainda é grave. É improvável que retorne às ruas nas quatro semanas que restam de campanha. Difícil saber quais serão suas condições clínicas no dia da eleição.
Vencida a fase do susto e a etapa da solidariedade coletiva, chega-se ao estágio mais delicado: o gerenciamento das informações sobre o paciente. Nas primeiras horas, aliados de Bolsonaro insinuaram que o atentado renderia votos. Subordinaram a saúde do esfaqueado ao marketing da facada. Depois, sinalizaram que a recuperação seria rápida. Praticaram quiromancia hospitalar.
Saúde de candidato à Presidência é coisa tão séria quanto a saúde de presidente. Para sorte de Bolsonaro, ainda sujeito a infecções, proibiram-se as visitas que davam à UTI a aparência de palanque de redes sociais. Nessa hora, convém afastar do paciente os magos que tramam transformar lesões graves no intestino em tônico eleitoral.
Tudo ficará melhor se a saúde de um presidenciável com potencial para chegar ao segundo turno for tratada como assunto de interesse público, aos cuidados de médicos que se pronunciem por meio de notas oficiais rigorosamente técnicas.

Áudios reforçam indícios de propinas para Temer
Por Josias de Souza
Segunda-feira, 10/09/2018 20:26
O inquérito em que a Polícia Federal colecionou evidências de repasse de propinas da Odebrecht para Michel Temer contém indícios sonoros que complicam a defesa do presidente da República. Os investigadores anexaram ao processo quatro gravações. Nelas, a voz do coronel João Baptista Lima Filho, amigo e operador de Temer, soa em diálogos com entregadores de propinas.
Em notícia veiculada no seu site, O Globo revela o conteúdo de quatro áudios. Foram gravados por funcionários da Hoya Corretora de Valores. A empresa pertence ao doleiro Álvaro Novis, contratado pela Odebrecht para realizar as entregas de dinheiro sujo a políticos. O material foi entregue à PF como parte do acordo de colaboração judicial celebrado pela empreiteira.
O inquérito que envolve Temer corre no Supremo Tribunal Federal. Apura a destinação de R$ 10 milhões do departamento de propinas da Odebrecht para caciques do MDB. Coisa alinhavada num jantar no Palácio do Jaburu, em 2014, quando Temer ainda era vice-presidente. Entre os presentes estava Marcelo Odebrecht. A PF sustenta que a parte do bolo que coube a Temer somou R$ 1,4 milhão.
Procurado, o Planalto informou que Temer não comentaria interpretações policiais que se baseiam apenas em “fantasias”. Nos áudios, porém, o operador do presidente fala de coisas reais. Acerta o recebimento de “encomenda”, eufemismo para a verba de má origem. Reclama do valor de uma das “atas”, outro apelido para propina. “Tem alguma previsão pra mais alguma coisa?”, indaga o coronel Lima numa das fitas. Leia abaixo as transcrições:
– Áudio Um: gravado em 19 de março de 2014, às 10h25. Ouvem-se na conversa as vozes de João Baptista Lima e Edimar Moreira Dantas, funcionário da Hoya Corretora de Valores. De acordo com a PF, o entregador combinava com o operador do presidente o horário da entrega:
Coronel João Baptista Lima – Alô?
Edimar – Seu João?
Coronel Lima – Ele mesmo.
Edimar – Meu pessoal tá ai … o senhor já tá no local da … aquela encomenda?
Coronel Lima – Não! Eu tô fora. Não… nós não falamos antes. Eu tô ai com uns compromissos agora. Eu só vou estar lá na minha base por volta das 14:30. Como é que o senhor vê ai? Dá pra passar às 14:30?
Edimar – Eu vou ver aqui e retorno. O senhor tá longe de lá, né?
Coronel Lima: – Estou longe. Eu tô aqui pro lado de Santo Amaro, viu? E … aí com um compromisso que eu não posso deixar de atender, viu? Então 14:30, 15 horas é que eu tô chegando lá na minha base.
Edimar – Então vou ver se consigo marcar para as 15 horas. Qualquer coisa…
Coronel Lima – O senhor faz o favor, me dá uma ligada, tá bom?
Edimar – Tá bom, tchau!
Coronel Lima – Obrigado!
– Áudio Dois: gravado em 19 de março de 2014, às 11h37. Nessa gravação, João Baptista Lima conversa com Márcio José Freira do Amaral, outro funcionário da Hoya:
Coronel Lima – Alô?
Márcio – Senhor João?
Coronel Lima – Ele mesmo!
Márcio – Ah, sim! Bom dia!
Coronel Lima – Tudo bem!
Márcio – Bem. Hoje então aquela reunião foi adiada, né? Vai ser entre 3 e 5 horas. Das 15 às 17.
Coronel Lima – Ok. Tô por lá nesse horário.
Márcio – Tá. Só que nós temos 3 etapas dessa reunião, que vai ser 5ª e 6ª feira. Agora, 5ª e 6ª eu gos … bem, eu queria ver com o senhor se pode ser entre 10 e 12 horas, na 5ª e na 6ª?
Coronel Lima – Veja se vocês podem me fazer isso daí às 12 horas. Eu faço de tudo para tá às 12 horas. É possível?
Márcio – De 12 … vamo marcar então de … é que tem sempre que dar um espaço de tempo, de 12 até que horas, mais ou menos?
Coronel Lima – 12 às 13, tudo bem?
Márcio -12 às 13. Nos dois dias?
Coronel Lima -12 às 13. Nos dois dias
Márcio – Então tá combinado
Coronel Lima – Combinado, um abraço!
Márcio – Grande abraço, até logo!
João – Outro! Tchau!
– Áudio três: gravado, novamente, em 19 de março de 2014, às 15h54. Os interlocutores são, de novo, João Baptista Lima e Márcio José Freira do Amaral, da Hoya. Segundo a PF, o entregador ligou porque o operador de Temer não fornecera a senha combinada para receber a propina.
Coronel Lima – Alô?
Márcio – João?
Coronel Lima – Ele
Márcio – É o Márcio aqui. Tudo bem?
Coronel Lima – Tudo bem!
Márcio – Meu pessoal tá aí com você?
Coronel Lima – Tá aqui. Ok e … conforme combinamos .
Márcio – Ah, tá. Porque eles disseram que você não sabia o nome, né?
Coronel Lima – Então, não houve um nome … só ficou nessa base do ok, … E nada mais, ok e… Só isso!
Márcio – Tá. Ok! Beleza!
Coronel Lima – Ok, reunião confirmada, só isso!
Márcio – Tá, muito obrigado!
Coronel Lima – Obrigado a você. Tchau!
Márcio – Um abraço! Tchau!
Áudio quatro: gravado em 24 de março de 2014, às 15h37. Dias depois das entregas, João Baptista Lima e Márcio José Freira do Amaral conversam sobre o valor de uma das remessas, mais baixo que o de entregas anteriores.
Coronel Lima – Alô?
Márcio – João?
Coronel Lima – Ele
Márcio – Opa! Aqui é o Márcio. Tudo bom?
Coronel Lima – Tudo bem, Márcio
Márcio – Eu recebi um recado aqui, sinceramente não tô entendendo, acho que a pessoa tá se expressando mal aqui, eu não tô entendendo. É … nós tivemos 3 reuniões: quarta, quinta e sexta. Fiz uma na quarta, fiz na quinta, e na sexta você ia demorar me pediu que entregasse ao Silva.
Coronel Lima -Isto, isto!
Márcio – Então, as três reuniões foram concretizadas.
Coronel Lima – Tudo bem! Tem alguma previsão pra mais alguma coisa, ou não?
Márcio – Ah, não! É .. não! Ainda não tem informação nenhuma. Mas essas 3 foi tudo certinho, né?
Coronel Lima – Foi.
Márcio – É que o pessoal tá se expressando mal, tá fazendo uma confusão do cacete.
Coronel Lima – Tudo bem, tudo bem. A última, a da sexta feira, em que foi entregue ai ao Silva as atas, elas não foram iguais às atas anteriores, né? Ficou um pouco abaixo.
Márcio – É! Um pouquinho abaixo, o número era quebrado.
Coronel Lima – Tá certo, tá certo!
Márcio – Tá bom?

Coronel Lima – Tá entendido, então!
Márcio -Ok!
Coronel Lima – Eu agradeço a tua atenção!
Márcio – Um abração, Tchau, tchau!
Coronel Lima – Outro. Obrigado. Um abraço! Tchau!

NO O ANTAGONISTA
LAVA JATO PRENDE BETO RICHA
Terça-feira, 11.09.18 06:41
Beto Richa foi preso na 53ª fase da Lava Jato.
Diz o G1:
“Batizada de ‘Piloto’, esta nova etapa cumpre 36 mandados judiciais em Salvador, São Paulo, Lupianópolis, Colombo e Curitiba.”

Tucano preso
11.09.18 07:01
O tucano Beto Richa é (era?) candidato ao Senado.
Sua prisão afunda ainda mais a candidatura de Geraldo Alckmin.

PILOTO NA CADEIA
11.09.18 06:50
A mulher de Beto Richa, Fernanda Richa, foi presa junto com o marido, informa o G1.
A 53ª fase da Lava Jato foi batizada de Piloto, o codinome de Beto Richa no departamento de propinas da Odebrecht.

Ventos frios
11.09.18 07:08
Os assinantes da Crusoé já sabiam que a Lava Jato se preparava para prender gente graúda.
Leia aqui.

O roteiro da farsa
11.09.18 06:38
Fernando Haddad será coroado hoje à tarde.
O Globo deu o roteiro da farsa:
“O anúncio foi autorizado por Lula e será feito em Curitiba, onde o ex-presidente está preso desde abril.
Pelo roteiro combinado entre os petistas, Haddad fará uma última visita ao padrinho político por volta das 9h. Depois, ele seguirá para a reunião da executiva nacional do partido, na capital paranaense.
Finalmente, o ex-prefeito voltará à sede da Polícia Federal. Em frente ao edifício, ele lerá uma carta de Lula aos militantes. Também deve fazer um breve discurso, no qual prometerá defender o legado do ex-presidente.”
É o nosso 11 de setembro.

CRUSOÉ, EXCLUSIVO: PF APURA SE ATENTADO A BOLSONARO TEVE “MANDANTE” OU “INCENTIVADOR
Segunda-feira, 10.09.18 23:25
Rodrigo Rangel, na Crusoé, informa com exclusividade que a PF descobriu que Adélio Bispo de Oliveira, autor do atentado contra Jair Bolsonaro, frequentava uma lan house em Juiz de Fora — apesar de ter computador e quatro telefones celulares.
Os investigadores apuram agora se o atentado teve um “mandante” ou um “incentivador”.
(...)

Exclusivo: Palocci relata propina a ex-presidentes de fundos de pensão
10.09.18 23:10
Por Claudio Dantas
Em seu depoimento à força-tarefa da Greenfield, já na condição de delator, Antonio Palocci contou sobre vantagens ilícitas recebidas pelos presidentes dos fundos de pensão.
Ele cita Ricardo Flores e Sérgio Rosa, da Previ; além de Wagner Pinheiro (Petros) e Guilherme Lacerda (Funcef).
“Ricardo Flores aceitava propina (…) ganhou um apartamento em Recife e outro em Miami”, disse Palocci.
Segundo o ex-ministro, quem fez a compra foi o publicitário André Gustavo, da Arcos Comunicação, preso com Aldemir Bendine no esquema envolvendo a Odebrecht.
“A empresa OAS pagou ele por outro empreendimento na Previ. Era costumeiro receber vantagens pelo Ricardo Flores.”
Palocci também diz que Wagner Pinheiro recebia propina “através do (Luiz) Gushiken” e que Guilherme Lacerda “pedia vantagens para empresas ligadas ao FIP Sondas e outras”.
Ainda segundo Palocci, Sérgio Rosa, que antecedeu Flores na Previ, abriu uma consultoria e recebeu recursos de diversas empresas do pré-sal, mas não soube dizer que se haveria relação.

EM DELAÇÃO, PALOCCI DIZ QUE A ‘SETE BRASIL’ BANCARIA 4 OU 5 CAMPANHAS DO PT
10.09.18 22:17
Por Claudio Dantas
No depoimento prestado à força-tarefa da Operação Greenfield, já na condição de delator, Antônio Palocci relata a reunião em que Lula disse “explicitamente que queria” que o esquema das sondas do pré-sal “pagasse a candidatura de Dilma”, em 2010.
A reunião ocorreu à noite na biblioteca do Palácio do Planalto, entre o fim de 2009 e o começo de 2010.
“Foi uma reunião curta e que os demais presentes ficaram perplexos com a conduta do presidente Lula; que disse explicitamente que queria que a Sondas (sic) pagasse a candidatura de Dilma.”
O ex-ministro se refere ao FIP Sondas, criado com aportes dos fundos de pensão para financiar a construção de navios-sonda para exploração do pré-sal, sob administração da Sete Brasil.
Ainda segundo Palocci, “Dilma se encontrou com os presidentes dos fundos para forçar o investimento”. Ele comenta que Lula e Dilma “não eram muito cuidadosos” e que ignoraram os riscos.
“Os contratos da Sete Brasil gerariam 25 bilhões. Que o montante representaria o financiamento de 4 ou 5 campanhas para presidente.”

Em delação, Palocci relata “reunião noite adentro” entre Lula e Sarkozy
10.09.18 22:04
Por Claudio Dantas
O Antagonista teve acesso ao depoimento prestado por Antônio Palocci no mês passado, em Brasília, no âmbito da Operação Greenfield.
Palocci revelou que Lula e o francês Nicolas Sarkozy tiveram “uma reunião noite adentro” para discutir propina na compra dos caças. Segundo o ex-ministro, Lula e o PT foram beneficiados pelas “vantagens indevidas”.
No despacho em que marcou novas oitivas de Antônio Palocci e Nelson Jobim, o juiz Vallisney de Oliveira destacou esse trecho e apontou “contradição” com depoimento prestado anteriormente por Jobim, então ministro da Defesa.

Palocci diz que Lula pediu propina em fundos, pré-sal, Belo Monte e caças
10.09.18 21:36
O ex-ministro Antônio Palocci prestou novo depoimento no âmbito das investigações da Operação Greenfield. Ele reiterou que Lula atuou diretamente nos pedidos de propina e deu mais detalhes.
Segundo o Jornal Nacional, Palocci citou especificamente o interesse de Emílio Odebrecht na Previ, que investiu na Braskem.
No caso do pré-sal, o ex-ministro comentou que sua descoberta se tornou “motivo de delírio político no ambiente governamental”.
“É quando Lula começa a se descuidar da parte legal e passa a atuar diretamente no pedido de propina. O pré-sal é que marca essa mudança mais significativa.”
Em relação à compra dos caças, Palocci comenta que Lula e o francês Nicolas Sarkozy tiveram reuniões “noite adentro” e que chegaram a firmar um “protocolo, um contrato” para a compra dos caças Rafale – o que gerou um escândalo internacional.
“Isso gerou todo tipo de propina”, diz Palocci. Segundo o delator, “Lula também se envolveu na obra de Belo Monte”.

Em carta-testamento, laranja aponta bens do coronel Lima
10.09.18 20:53
A Polícia Federal apreendeu na sede da Argeplan, empresa do coronel João Batista Lima, um envelope lacrado que continha a carta-testamento de José Aparecido da Silva, funcionário morto em 2014.
Aparecido era o representante da offshore Langley Trade Co., empresa que aparece em negócios no Porto de Santos e também numa transação imobiliária de R$ 2,2 milhões.
No testamento, que integra o relatório final da PF, Aparecido orienta a esposa a procurar Lima caso algo lhe acontecesse. E elenca bens que estariam em seu nome, mas que pertenceriam ao coronel – entre eles, uma moto e uma linha telefônica.
Segundo a Folha, o ex-funcionário menciona uma conta, identificada apenas pelas siglas ‘RO’, sobre a qual o coronel teria conhecimento. “Eu utilizei por conta dessa dívida R$ 36.390 da conta RO, que o dr. Lima sabe do que se trata”, escreveu.
Para a PF, “todos esses elementos, junto ao que já foi apresentado nos relatórios anteriores e as entrevistas realizadas com os demais empregados da Argeplan, (…) ratificam a hipótese de que José Aparecido da Silva era ‘laranja’ do coronel”.

Lewandowski apoia indulto a condenados
10.09.18 19:09
Em decisão monocrática, Ricardo Lewandowski restabeleceu decisão da primeira instância que avalizou benefício de indulto para condenado a pena restritiva de direito.
Segundo o Jota, a decisão foi tomada mesmo sem o plenário da Corte ter enfrentado a ação de inconstitucionalidade (ADI 5.874), da PGR, contra o indulto de Natal de Michel Temer.
O entendimento de Lewandowski tem apoio dos candidatos de esquerda, que esperam chegar ao Palácio do Planalto para livrar Lula da cadeia.

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