TERCEIRA EDIÇÃO DE SEGUNDA-FEIRA, 20 DE AGOSTO DE 2018

NO O ANTAGONISTA
Google é acusado de monitorar usuários ilegalmente
Segunda-feira, 20.08.18 14:53
O Google é acusado, em um processo nos EUA, de monitorar ilegalmente milhões de usuários de smartphones iPhone e Android mesmo quando eles ajustam as configurações de privacidade para evitar isso, informa a agência Reuters.
De acordo com a acusação, o Google assegura que as pessoas não serão rastreadas se desligarem o recurso “histórico de localização” de seus celulares –mas, em vez disso, viola a privacidade ao monitorar e armazenar os movimentos dos usuários.
“A afirmação do Google de que o usuário pode desligar o histórico de localização a qualquer momento simplesmente não é verdade”, afirma o processo, encaminhado a um tribunal federal de San Francisco.
A empresa não comentou o caso.

Moro condena ex-contadora de Youssef
20.08.18 14:39
Sergio Moro condenou Meire Poza, ex-contadora de Alberto Youssef, a 2 anos e 03 meses de serviços à comunidade, pelo crime de lavagem de dinheiro.

CNT/MDA: Bolsonaro sobe 2 pontos, Marina desce 2
20.08.18 11:57
Na pesquisa CNT/MDA, Jair Bolsonaro subiu de 16,7% em maio para 18,8% das intenções de voto, uma variação de 2,1 pontos percentuais.
Marina Silva teve queda de 2 pontos, passando de 7,6% para 5,6%; e Ciro Gomes de 1,3, passando de 5,4% para 4,1%.
Geraldo Alckmin teve leve variação positiva, de 4% para 4,9%.
Bolsonaro ainda subiu 2,7 pontos na pesquisa espontânea, passando de 12,4% para 15,1%.
Alckmin subiu de 1,3% para 1,7%; e Marina de 1% para 1,1%.
Ciro caiu de 1,7% para 1,5%.

Poste sem luz
20.08.18 13:39
Segundo a pesquisa CNT/MDA, Fernando Haddad herdaria 17,3% dos votos de Lula, como registramos há pouco.
Isso representa apenas 6,45% do total, insuficientes para garantir o vice-poste no segundo turno.
Lula faz bem em esconder sua marionete.

A terceira condenação de André Vargas
20.08.18 13:35
Sergio Moro condenou por lavagem de dinheiro o ex-deputado federal petista André Vargas, o irmão dele, Leon Vargas, o empresário Marcelo Simões e a ex-contadora de Alberto Youssef, Meire Poza, informa o G1.
Na sentença, o juiz diz que o grupo ocultou quase R$ 2,4 milhões oriundos de um contrato entre a Caixa Econômica Federal e a empresa IT7 Sistemas.
Vargas está preso desde abril de 2015. Essa é a terceira condenação na primeira instância do petista na Lava Jato.

TST ‘libera’ venda de distribuidoras da Eletrobras
20.08.18 13:30
O ministro Brito Pereira, presidente do TST, suspendeu a liminar que impedia o leilão de privatização das distribuidoras da Eletrobras.
Está, portanto, liberada a venda das distribuidoras da estatal — três delas estão previstas para irem a leilão no dia 30 deste mês, registra o G1.

Na cadeia, o poste recebe ordens de seu criador
20.08.18 13:22
Fernando Haddad visitou seu criador na cadeia na manhã de hoje e, na saída, disse que nos próximos dias visitará Bahia, Paraíba, Sergipe, Maranhão e Rio Grande do Norte.
Segundo ele, o presidiário pediu o apoio dele para eleger seus candidatos ao governo nesses Estados, “que ele [Lula] reputa da maior importância para o Nordeste”.

Propina do kirchnerismo foi de 344 milhões de dólares só em trens, diz jornal
20.08.18 12:59
O empreiteiro Aldo Roggio, dono da Metrovías – concessionária do metrô de Buenos Aires e da ferrovia Urquiza –, revelou que entregou periodicamente à Secretaria de Transportes dos governos de Néstor e Cristina Kirchner na Argentina 5% dos subsídios que recebeu, registra o jornal La Nación.
“Não é uma confissão menor.
Entre 2003 e 2015, sua empresa recebeu US$ 211,9 milhões. Pode-se concluir que contribuiu com cerca de US$ 49,59 milhões para a coleta ilegal, de acordo com a cotação do último dia de cada ano dos pagamentos. Se o esquema foi repetido com cada companhia ferroviária, esse número chega a US$ 344,4 milhões.”
(...)

O que fará Barroso
20.08.18 12:58
A Crusoé informa que Luís Roberto Barroso deve indeferir o registro da candidatura de Lula, determinar a retirada do nome do presidiário da urna e vetar campanha petista usando o condenado.

PGR se manifesta contra pedido de Geddel para anular audiências
20.08.18 12:08
Em manifestação enviada hoje ao STF, a Procuradoria-Geral da República pediu a rejeição de um recurso apresentado pela defesa de Geddel Vieira Lima com o propósito de impedir a realização de audiências no âmbito da ação penal à qual ele responde pelos crimes de lavagem de dinheiro e organização criminosa.
Serão ouvidas testemunhas em Brasília, Salvador e São Paulo. O réu, preso na Papuda, vai acompanhar tudo por meio de videoconferência.
Raquel Dodge, na petição (veja AQUI a íntegra), rebate os argumentos apresentados por Geddel, como o que sugere cerceamento de defesa pelo não acompanhamento presencial das audiências.
“Ele terá contato prévio com sua defesa, poderá fazer intervenções e até questionamentos via sua defesa técnica — tudo em tempo real, on line e sensível aos tempos de redução de gastos públicos.”
Geddel, o irmão Lúcio Vieira — deputado candidato à reeleição — e a mãe deles, Marluce Vieira, foram denunciados no fim do ano passado pelos crimes de lavagem de dinheiro e organização criminosa no caso do bunker de 51 milhões de reais em espécie encontrados em um apartamento da família em Salvador.
(...)

O legado de dívidas da Olimpíada do Rio
20.08.18 11:37
Com gastos de R$ 7 bilhões acima do previsto, segundo o MPF, a Olimpíada do Rio ainda tem, dois anos depois, um legado de dívidas e promessas não cumpridas, registra o G1.
“Encerrados os Jogos [de 2016], nós ainda temos uma pendência, uma dívida de R$ 52 milhões aproximadamente [a receber dos organizadores]. São várias execuções e ações ordinárias cobrando essa dívida”, afirmou Gustavo Gregati, advogado da francesa GL Events, a principal empresa contratada para o evento e que também atuou nos Jogos de Londres, em 2012.
“O que estava no acordo de pagamentos, quando começaram os Jogos Olímpicos, não pagaram mais”, relatou também Júlio Ferreira, da portuguesa Irmafer, outra empresa que teve de reduzir o valor que tinha sido contratado para conseguir fechar as contas. Ela construiu o que a imprensa chamou de “a maior tenda do mundo”, com um refeitório capaz de receber 7,5 mil atletas.
“Estamos fazendo uma lista de credores, auditando essa lista de credores, esperamos que até o início de outubro a gente tenha isso tudo pronto”, informou Ricardo Trade, diretor-executivo do comitê organizador dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016, listando quatro casos a resolver: fornecedores não-pagos, dívidas trabalhistas, dívidas de ingressos e devoluções de instalações esportivas.

NO INSTITUTO MILLENIUM
COBRA NA RUA
Por J.R. Guzzo
Segunda-feira, 20/08/2018
O tempo passa, o mundo gira, a tecnologia tornou o homem de hoje melhor informado do que jamais foi desde que escrevia nas paredes da caverna, mas continua não existindo no Universo nenhuma força capaz de fazer a Humanidade saber com um mínimo de exatidão o que acontece no Brasil. Entenda-se, aí, os países bem sucedidos ─ aqueles com renda per capita acima de 40.000 dólares por ano, acostumados a viver sob o império da lei e capazes de ganhar prêmios Nobel em assuntos sérios como Física, Química ou Matemática. Dos demais, é inútil falar. Nem sabem onde fica o Brasil, e quando por acaso ficam sabendo de alguma coisa, nunca se interessam em saber mais. Nossa real carência, desde sempre, é o vasto pouco caso que o mundo civilizado demonstra em informar-se um pouco melhor sobre o Brasil. É desagradável. Naturalmente, isso não torna o Brasil pior do que é, nem melhor ─ e, além disso, a imensa maioria da população não se incomoda nem um pouco com a desinformação do mundo externo a nosso respeito. Se milhões de brasileiros não conhecem os fatos mais rudimentares sobre o seu próprio País, porque raios iriam lamentar a ignorância dos suecos ou dos esquimós a respeito do que acontece aqui? Mas para o Brasil mais instruído, que foi à escola, viaja e conversa de política, esse desinteresse universal é uma coisa que incomoda. Justo hoje, no prodigioso mundo da comunicação absoluta em que vivemos? É humilhante.
O mundo desenvolvido, hoje, não é ignorante sobre as mesmas coisas que ignorava no passado, como resultado direto do que sua grande imprensa escrevia sobre o Brasil. Mas por conta do que essas mesmas fontes lhe dizem atualmente, continua imaginando que existem por aqui os fenômenos mais extraordinários. Já não se fala mais, hoje em dia, que há cobras gigantes no meio da rua em Copacabana, que o brasileiro passa a vida dormindo nas calçadas com um sombrero mexicano na cabeça, ou que a capital do Brasil é a cidade de Bolívia. O que mudou foram as áreas sobre as quais a mídia internacional joga os seus fachos de escuridão. Fiel ao espírito dos tempos, a ignorância de hoje tornou-se politicamente correta. Não há mais interesse em dizer que você pode ser comido por uma onça ao atravessar o Viaduto do Chá. O que excita o comunicador de primeiro mundo, agora, é a divulgação do disparate com conteúdo político e social; isso faz parte dos seus deveres de soldado da resistência mundial em favor dos mais pobres, da igualdade, da preservação da natureza, etc. etc.
A cobra de Copacabana na versão de 2018 é a lenda, promovida à categoria de verdade científica pela melhor imprensa internacional, segundo a qual o ex-presidente Lula é um “preso político”. Anda de mãos dadas, nas mesmas páginas, com a fábula de que houve um “golpe de Estado” no Brasil, que derrubou a presidente popular Dilma Rousseff e age, no momento, para impedir que Lula concorra à eleição presidencial de outubro próximo. Praticamente não se diz, em nenhuma notícia, que Lula está preso por que foi condenado pelos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro, em processo legal iniciado com a sua denúncia em setembro de 2016 e concluído com sua condenação definitiva em janeiro de 2018. É quase impossível, da mesma forma, encontrar qualquer menção ao fato de que o ex-presidente usou durante esse período todos os meios de defesa possíveis na legislação universal; contestou todas as decisões do juízo, apresentou dezenas de recursos e não foi capaz de demonstrar, em nenhum momento, a mínima irregularidade legal no seu julgamento. Também não se diz em lugar nenhum que Dilma foi deposta pelo voto de quase três quartos do Congresso Nacional, após um processo de impeachment monitorado em todos os detalhes pelo Supremo Tribunal Federal ─ e durante o qual não se encontrou até agora uma única ilegalidade de fundo ou de forma.
O que a imprensa mundial diz ao público é que Lula está preso porque lidera “todas as pesquisas”; se estivesse solto seria candidato à presidente e ganharia a eleição, e “não querem” que isso aconteça, porque ele voltaria a ajudar os pobres. Quem “não querem”? E o que alguém ganharia ficando contra “os pobres”? Não há essas informações. Não há nenhuma palavra, também, sobre o fato de que a presidência de Lula foi o período de maior corrupção já registrado na História Mundial ─ realidade comprovada por delações, confissões e devolução de bilhões em dinheiro roubado.
Mas e daí? Ninguém está ligando para o Brasil como ele é. O Brasil do Zé Carioca é muito mais interessante.
(Fonte: “Veja”, 19/08/2018)

A ASCENSÃO DO RESSENTIMENTO
Oscar Vilhena
Domingo, 19/08/2018
Difícil encontrar alguém que seja contra a liberdade, a justiça, a dignidade ou mesmo a igualdade. São palavras boas, que evocam nossas mais profundas aspirações. Democracia, Constituição e direitos humanos, enquanto expressão institucional desses valores, se beneficiam da carga emocional positiva dessas palavras.
Daí porque, mesmo os mais sanguinários autocratas, elaboram constituições, denominam seus regimes democráticos e se negam a reconhecer violações aos direitos humanos. Abjurar esses valores seria como negar a própria ideia de bem.
Paradoxalmente, não é isso que tem acontecido no Brasil em relação aos direitos humanos. É o que sugere a pesquisa do Instituto Ipsos.
Entre os 28 países pesquisados, os brasileiros estão entre aqueles que demonstram maior desconfiança e estranhamento em relação aos direitos humanos. Para 60% dos entrevistados os direitos humanos apenas protegem pessoas que não merecem, como criminosos. No mesmo sentido, os brasileiros se encontram entre aqueles que menos associam a ideia de direitos humanos à criação de uma sociedade mais justa.
Esses dados ajudam a entender por que expressões como: “bandido bom é bandido morto”, “estupra, mas não mata”, “coisa de preto”, se tornaram de uso comum entre nós.
Também permitem entender por que um candidato à Presidência da República está atraindo uma parcela do eleitorado ao dizer frases como: “O erro da ditadura foi torturar e não matar”, “seria incapaz de amar um filho homossexual. Prefiro que um filho meu morra num acidente do que apareça com um bigodudo por aí”, ou “mulher deve ganhar menos porque engravida”.
A questão é por que tantas pessoas no Brasil têm uma percepção negativa sobre direitos que, em realidade, têm por função assegurar a todos, sem distinção, a liberdade, a dignidade, a igualdade e a justiça? Diversas são as explicações.
A primeira delas, de natureza mais cultural, está associada à dificuldade dos brasileiros, especialmente dos homens brancos, de reconhecer a ideia de que todos são merecedores de igual respeito e consideração.
Como nossa sociedade se estruturou a partir de uma forte hierarquização de raça, classe e gênero, é muito difícil aceitar que negros, pobres ou mulheres reivindiquem ser tratados como iguais. Nasceram para servir.
De outro lado, a manutenção da ordem numa sociedade tão desigual depende em grande medida do uso abusivo da força. Como o Estado brasileiro nunca foi capaz reformar seu sistema de segurança pública arcaico, autoritário e ineficiente, assegurando a paz social, busca-se transferir a conta deste fracasso do poder público aos direitos humanos e aos seus defensores. É chocante ver pessoas que se dizem liberais abraçar o discurso da bala.
O discurso de ataque aos direitos humanos, ora vocalizado por Bolsonaro (PSL), também é, por outro lado, uma reação aos avanços e conquistas derivados de nossa democracia constitucional.
O reconhecimento de maior respeito às mulheres, negros, indígenas, crianças ou LGBTs gera um enorme ressentimento por parte daqueles que se veem ameaçados por essa nova sociedade, mais plural e inclusiva.
O que está em disputa nessa eleição é se queremos dar continuidade ao processo de fortalecimento da democracia e desenvolvimento de nossa sociedade, iniciado em 1988, ainda que marcado por percalços, ou se setores da sociedade se deixarão iludir pelo canto mortal do autoritarismo e do retrocesso social.
(Fonte: “Folha de S. Paulo”, 18/08/2018)




Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

NOTÍCIAS EM DESTAQUE - 1ª EDIÇÃO DE 25/02/2024 - DOMINGO

NOTÍCIAS EM DESTAQUE - 2ª EDIÇÃO DE 25/02/2024 - DOMINGO

NOTÍCIAS EM DESTAQUE - 1ª EDIÇÃO DE 26/02/2024 - SEGUNDA-FEIRA