SEGUNDA EDIÇÃO DE QUINTA-FEIRA, 02-8-2018

NO O ANTAGONISTA
Papa reescreve o catecismo para condenar a pena de morte
Quinta-feira, 02.08.18 09:37
O papa Francisco mudou o catecismo para condenar, sem exceções, a pena de morte.
Antes, o catecismo dizia:
“O ensinamento tradicional da Igreja não exclui, pressupondo apuração completa da identidade e da responsabilidade do culpado, o recurso à pena de morte, quando esta é a única maneira possível de defender eficazmente do agressor injusto a vida de seres humanos.”
Agora, diz o seguinte:
“Durante muito tempo, o recurso à pena de morte pela autoridade legítima, após um julgamento regular, foi considerado uma resposta adequada à gravidade de alguns crimes e um meio aceitável, ainda que extremo, de proteção do bem comum. Hoje, cresce a consciência de que a dignidade da pessoa não se perde mesmo depois de cometer crimes graves. Além disso, uma nova compreensão do sentido das sanções criminais da parte do Estado se difundiu. Por fim, foram desenvolvidos sistemas de detenção mais eficazes, que garantem a adequada defesas dos cidadãos, mas, ao mesmo tempo, não privam o agressor de forma definitiva da possibilidade de se redimir.”
A Igreja também agora promete empenhar-se para abolir pena de morte no mundo inteiro.

A cartada final do PT
02.08.18 09:00
Em O Globo, Ascânio Seleme alerta para a escalada do PT e adjacências contra a lei na primeira quinzena de agosto:
“Está em curso a mais bem coordenada ação em favor de Lula desde que ele foi preso, há quase quatro meses. O PT e seus braços sindical, rural e pastoral vão usar todo o resto de força e capacidade de mobilização de que dispõem para tentar emplacar a tese de que a prisão de Lula foi um golpe antidemocrático e que ele deve ser solto e participar da eleição de outubro. Como não foi possível a sublevação das massas, sonho que não se alcançou nem mesmo com o auxílio do exuberante leque de apoio nas redes sociais, a cartada final será jogada com greves de fome, marchas de militantes e sem-terra e com mobilizações sindicais.”
Não vai adiantar nada, mas turbulência é um saco.

Defesa de Lula pode desistir de ação de soltura
02.08.18 08:39
Vejam o que publica o Painel:
“Diante da indicação de que o Supremo vai acelerar o julgamento do recurso no qual o ministro Edson Fachin embutiu discussão sobre a inelegibilidade de Lula a um pedido de soltura, a defesa do ex-presidente avalia abrir mão da ação. No dia 6, os advogados do petista vão apresentar manifestação reiterando a tese de que a discussão sobre a elegibilidade não pode ser feita neste momento. Se sentirem que Fachin não vai acatar os argumentos, eles devem desistir do pedido de liberdade.”
Ah, que pena…

A inelegibilidade de Lula é chapada, meu chapa
02.08.18 08:00
O ex-presidente do STF, Carlos Velloso, disse a Sonia Racy que, ao enfatizar a “inelegibilidade chapada” de Lula, o ministro Luiz Fux “só repetiu o que está na Lei da Ficha Limpa”.
“Para Velloso, o pleno do TSE certamente decidirá nesse sentido. ‘Ela terá execução imediata e eventual recurso não suspenderá seus efeitos.’”
A inelegibilidade Lula é chapada, meu chapa.

PT pode ignorar TSE e apresentar Lula como candidato
02.08.18 09:43
A Folha publica que o PT deve apresentar Lula como candidato nos programas de TV mesmo se o TSE decidir que ele não pode sê-lo.
A lei não importa para o PT.

A Unasul definha
02.08.18 07:30
Olhem que notícia boa: a Unasul está sem dirigentes, sem dinheiro e corre o risco de perder sua sede.
Agora só falta prender todos os seus fundadores.

Procuradores querem disputar eleições sem deixar o cargo
02.08.18 07:03
A Associação Nacional dos Procuradores da República quer que o STF autorize que procuradores possam disputar eleições políticas sem deixar o cargo.
Trata-se de evidente absurdo, pois levaria a que o Ministério Público servisse como porto seguro para aventuras eleitorais.
O STF precisa dizer não a esse absurdo.

NA COLUNA DO WILLIAM WAACK
Memórias distantes
Há momentos em que sociedades decidem que um assunto já foi encerrado
Por William Waack, O Estado de S.Paulo
Quinta-feira, 02 Agosto 2018 | 03h00
A reabertura da investigação sobre o assassinato no DOI/Codi de Vladimir Herzog por parte do MPF e o consequente apelo a invalidar a Lei da Anistia – que perdoou crimes cometidos nos dois lados da guerra suja brasileira – trouxeram de volta a mim memórias muito pessoais que, confesso, estavam bem distantes. Simbolicamente representadas na morte terça-feira última de Hélio Bicudo, naquela época um herói para mim e exemplo de coragem como o homem que enfrentou o Esquadrão da Morte.
Lembranças pessoais nada têm a ver com a maneira como sociedades “trabalham” períodos traumáticos de sua História, isto é, como “lembram” (ou decidem esquecer) esse tipo de acontecimento. Lição que aprendi participando diretamente durante cinco anos seguidos da cobertura jornalística de como a Alemanha reunificada lidou com o legado vivo e palpitante de uma odiosa ditadura comunista, também acusada de crimes contra a Humanidade.
Há momentos em que essas sociedades (e aqui incluiria os exemplos de Espanha, Chile, Argentina e Uruguai – mais complexos são os casos de França e Itália) decidem por um entendimento político tácito que o assunto foi encerrado. Por mais ofensivo e dolorido que possa parecer, por exemplo, à viúva de Vlado e seus filhos. E parece-me bastante óbvio que o mesmo – página virada – ocorreu já no Brasil. Não se trata aqui de examinar argumentos jurídicos para invalidar a anistia, e que me parecem bastante frágeis, devido ao fato de que os constituintes de 1988 plantaram-se sobre essa lei para propor a rota futura do País.
Por mais que grupos e personalidades políticas ligadas ao que se convencionou chamar de “esquerda” no Brasil insistam, a tal “memória coletiva” (concordo, de difícil definição) sobre a sequência de acontecimentos datados a partir de 1964 não é nem de longe e não guarda a menor comparação com processos político eleitorais de uma Espanha, um Chile ou uma Argentina pós-ditaduras. Mesmo a recente publicação de papéis da CIA segundo os quais decisões de matar inimigos foram tomadas por generais dentro do Palácio do Planalto sequer arranha a superfície de um estado de espírito na sociedade segundo o qual o passado pouco interessa para decisões que têm de ser tomadas a partir das votações de hoje.
Pode-se lamentar esse tipo de coisa, mas me parece um fato da nossa realidade política. Em outras palavras, não há uma “memória coletiva” dos males de uma ditadura (como foi a brasileira) que sirva para definir como parte expressiva do eleitorado encara a candidatura de Jair Bolsonaro, e tentar destruir a candidatura dele por esse caminho, o de confrontá-lo com a ditadura militar, revelou-se até agora bem pouco eficaz. Há semelhanças com o fenômeno político-eleitoral americano recente, no qual, em vez de perder, Trump ganhava projeção com o que a sabedoria política convencional considerava posturas intoleráveis do então candidato.
As pesquisas indicam que o eleitorado brasileiro este ano postula honestidade pessoal como critério primordial para escolher candidatos, e esse é claramente um julgamento moral. Só posso dizer que, em algum momento na nossa rota, nós brasileiros perdemos (se é que uma vez tivemos) a noção de critérios morais mais abrangentes, substituídos até aqui nesta corrida eleitoral pela doutrina do saco cheio, do vamos acabar com tudo, do não me importam as consequências (vide greve dos caminhoneiros).
Não sei se este estado de espírito se altera com a entrada da clássica propaganda eleitoral na TV, que privilegia por exemplo Geraldo Alckmin contra Jair Bolsonaro. Por enquanto, parece que não.

NO BR18
Quinta-feira, 02.08.2018 | 07h00
Opinião do Estadão: Lula é, sim, inelegível
“É alvissareiro para a saúde do pleito deste ano que a mais alta instância eleitoral do País esteja atenta às maquinações não só de Lula da Silva e de seus acólitos, mas de qualquer candidato que esteja sujeito aos rigores da Lei da Ficha Limpa. O reatamento dos laços entre eleitores e eleitos passa, antes de tudo, pela segurança de que as escolhas feitas na urna estão amparadas pela lei e, portanto, são válidas.”
Trecho de editorial do Estadão desta quinta-feira, 2.

Quarta-feira, 01.08.2018 | 21h49
Fux agora é direto: Lula tem ‘inelegibilidade chapada’
O presidente do TSE, Luiz Fux, já havia deixado claro que “candidato condenado em segunda instância já é inelegível” sem citar o caso de Lula. Nesta quarta-feira, ao arquivar processo no TSE pedindo para que o petista já fosse declarado impedido de ser eleito, o ministro foi mais direto: Há “inelegibilidade chapada” do ex-presidente.
“Não obstante vislumbrar a inelegibilidade chapada do requerido, o vicio processual apontado impõe a extinção do processo”, afirmou Fux. O ministro justificou que o pedido, feito pelo advogado Manoel Pereira Machado Neto, foi arquivado porque o processo é genérico e “apresentado por um cidadão isolado, antes do início do período legalmente destinado à oficialização das candidaturas”, segundo o Blog do Fausto.

NO JORNAL DA CIDADE ONLINE
Greve de fome é um retumbante fracasso e Dodge arrebenta com Lula
Da Redação
Quarta-feira, 01/08/2018 às 11:28
A greve de fome pela libertação de Lula vem sendo planejada há muito tempo.
Nas hostes petistas havia o entendimento de que, notadamente após o fracasso do ‘Golpe do Plantonista’, necessitavam de alguma manifestação impactante.
A greve de fome foi a brilhante ideia de João Pedro Stédile, o farsante que lidera o malfadado Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST).
Restava encontrar ‘militontos’ com disposição de fazer o sacrifício pelo presidiário.
Anunciaram que seriam 11 ‘guerreiros’.
Na hora ‘H’ só seis toparam.
E nesta terça-feira (31) no horário marcado para o início da ‘encenação’, o fiasco.
Pouquíssimas pessoas compareceram. Nem mesmo os parlamentares petistas, cada qual preocupado com suas respectivas campanhas em suas bases eleitorais.
Não deu outra. Os seis grevistas foram retirados na marra de dentro das dependências do Supremo Tribunal Federal. A segurança, por determinação da ministra Cármen Lúcia, não deu moleza para os indecentes. A greve de fome não conseguiu atrair nenhum apelo. Um fracasso total.
Em contrapartida, a procuradora geral da República, em contundente manifestação de quase 80 páginas, fez duras críticas a Lula e defendeu que o petista permaneça preso no cumprimento de sua pena.
(...)

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