PRIMEIRA EDIÇÃO DE QUINTA-FEIRA, 02-8-2018

NA COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO
QUINTA-FEIRA, 02 DE AGOSTO DE 2018
O dinheiro fácil do fundão eleitoral bancou o “teatrinho” do PCdoB e do PSOL, nesta quarta (1º), em convenções só para fingir que seus candidatos a presidente são para valer. Mas não são. Linhas auxiliares, ou “puxadinhos” do PT, os candidatos apenas vão “esquentar lugar” até que os petistas definam quem eles vão apoiar. Enquanto isso, ambos os partidos terão R$52 milhões do fundo eleitoral para torrar.

Os candidatos do PCdoB e PSOL já receberam R$2,4 milhões do Fundo Partidário e têm o Fundo Eleitoral. Tudo pago pelo contribuinte otário.

PCdoB e PSOL apoiarão o PT para o Planalto, com ou sem Lula. Ambos são candidatos a lanterninhas, com dinheiro público bancando.

O Fundo Partidário distribuirá mais de R$ 780 milhões públicos para os partidos. E o Fundo Eleitoral vai sacar R$1,72 bilhão do nosso bolso.

Os candidatos a presidente ainda não definiram os companheiros de chapa por uma simples razão: eles não têm a menor importância.

Apesar de dispensáveis, só com vices pode ser feito o registro de candidaturas a presidente e a governador na Justiça Eleitoral.

Cerca de 24 horas após a Operação Margem Controlada, no Paraná, a Justiça de Brasília multou em R$263 milhões a estatal BR Distribuidora, atravessadora da Petrobras, por seu envolvimento em um dos muitos escândalos envolvendo o setor, revelado na Operação Dubai, no DF.

Eduardo Paes (DEM) no Rio, Ciro Gomes no PDT, Manuela no PCdoB, Marina na Rede, Boulos e outros velhos políticos têm algo em comum: agem como se nada tivesse ocorrido no Brasil, nos últimos 4 anos.

Ivan Valente (PSOL) atacou Helio Bicudo, que já não pode se defender. Que coisa feia. Até porque é o deputado quem defende “gente da pior espécie”, bem ao contrário do valente jurista falecido nesta terça (31).

…bom negócio mesmo é ser “dono” de partido político: receberão uma montanha de dinheiro para gastar à vontade, na campanha.

NO O ANTAGONISTA
Fachin livra Jandira
Quarta-feira, 01.08.18 21:13
Edson Fachin determinou o arquivamento do inquérito que apurava pagamento de R$ 100 mil para a campanha da deputada Jandira Feghali.
A investigação foi aberta com base na delação de Sérgio Machado, ex-presidente da Transpetro. A PGR queria transferir o caso para a Justiça do Rio de Janeiro, mas Fachin negou o pedido.
“À míngua de qualquer indicação de medidas investigativas que, não levadas a efeito no decorrer do período de tramitação deste caderno apuratório, poderiam elucidar ou corroborar os fatos atribuídos à requerente, o arquivamento das investigações é medida que se amolda às garantias constitucionais dispostas em favor dos investigados.”
Assim como Fachin, outros ministros têm determinado o arquivamento sumário de investigações que não foram aprofundadas pela PGR.

Richa nega relação com desembargador
01.08.18 21:10
Beto Richa negou ter relação com o desembargador Luiz Fernando Wowk Penteado, do TRE-PR, que retirou inquérito contra ele das mãos do juiz federal Sergio Moro.
Como O Antagonista revelou ontem, Camila Penteado, filha do desembargador, foi nomeada pelo tucano – então governador do Paraná – para cargo comissionado na Governadoria em novembro de 2017.
Richa alega que só teve contato com Penteado uma vez, em um evento público. “As ilações são maldosas, tentando desconstruir minha imagem. É uma irresponsabilidade inominável, não ajuda em nada a sociedade”, disse o ex-governador.

Barroso prorroga inquérito que investiga Temer
01.08.18 20:26
Luís Roberto Barroso, relator do inquérito que investiga Michel Temer no caso dos portos, autorizou a prorrogação da apuração até o início de setembro, informa o G1.
Com isso, a PF tem até o começo de setembro para concluir o inquérito, aberto no ano passado a partir da delação premiada de executivos do grupo J&F.
A investigação apura se um decreto editado pelo presidente visava beneficiar empresas específicas que atuam no Porto de Santos. Temer nega.

PGR recorre contra suspensão de ação do ex-presidente do PR
01.08.18 19:53
Raquel Dodge apresentou há pouco recurso contra a liminar que suspendeu a ação penal do ex-ministro Antônio Carlos Rodrigues, ex-presidente nacional do Partido da República (PR).
Denunciado por organização criminosa, corrupção passiva e sonegação de informações eleitorais, Antônio Carlos é acusado de envolvimento no esquema de arrecadação de Anthony Garotinho e Rosinha.
A PGR pede a reconsideração da decisão de Dias Toffoli, defendendo a cisão do processo de forma que os crimes eleitorais e os crimes comuns estaduais sejam julgados pela 98ª Zona Eleitoral do Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro (TRE/RJ).
Já os crimes comuns federais devem ser julgados pela Justiça Federal, na Seção Judiciária do RJ. No documento, a PGR rebate o argumento de que TRE/RJ não tem competência para atuar no caso.
“A competência da Justiça especializada tem força atrativa frente às imputações de crimes de competência da Justiça Comum Estadual.”
Em relação aos crimes indicados na denúncia que envolvem repasses de recursos feitos pela JBS, Raquel Dodge indica a competência da Justiça Federal.

Em decisão, Fux escreve que Lula é inelegível
01.08.18 19:31
Na decisão em que rejeitou confirmar a inelegibilidade de Lula antes que seja feito o registro da candidatura do petista, Luiz Fux escreveu com todas as letras que ele é inelegível, informa o G1.
Fux rejeitou a ação porque considerou que havia “vício processual” e que o autor não tinha legitimidade para o pedido, mas ressaltou que sua posição sobre o tema é “pública e notória”.
“Não obstante vislumbrar a inelegibilidade chapada [evidente, indubitável] do requerido [Lula], o vicio processual apontado impõe a extinção do processo”, escreveu o presidente do TSE.

URGENTE: STF DEVE JULGAR PEDIDO DE LIBERDADE DE LULA NA PRÓXIMA SEMANA
01.08.18 18:18
O STF deve julgar na próxima semana o pedido para que o corrupto e lavador de dinheiro Lula seja libertado e autorizado a disputar as eleições de outubro, informa O Globo.
Segundo o jornal carioca, Edson Fachin, que hoje defendeu “celeridade” na resolução do assunto, deve liberar o caso para a pauta até semana que vem, e Cármen Lúcia pode marcar o julgamento em plenário na sequência.
A intenção dos dois é que o STF defina o imbróglio antes que o TSE analise os pedidos de candidatura, que podem ser apresentados até 15 de agosto.

Congresso enforca primeira semana pós-recesso
01.08.18 17:28
Oficialmente, o recesso parlamentar acabou ontem, 31 de julho, mas Câmara e Senado não agendaram nenhuma sessão para votação de projetos, registra a Folha.
As comissões das duas Casas também não têm reuniões marcadas pelo menos até a próxima semana. Até o meio da tarde de hoje, só 20 dos 513 deputados passaram pela Câmara.
Nas próximas semanas, Rodrigo Maia e Eunício Oliveira pretendem fazer um “esforço concentrado” nos dias 7, 8, 13 e 14 para a votação de projetos. A ideia, ao que parece, é se livrar de tarefas para se dedicar à campanha eleitoral de uma vez.

PGR DEFENDE QUE AÇÃO DO SÍTIO DE ATIBAIA FIQUE COM MORO
01.08.18 17:17
Por Claudio Dantas
Raquel Dodge enviou ao STF manifestação em que defende a permanência, na 13a Vara Federal, no Paraná, da ação penal que Lula responde por corrupção e lavagem de dinheiro nas obras do sítio de Atibaia.
Para a PGR, o envio para São Paulo de determinados depoimentos de executivos da Odebrecht não transfere competência.
“O STF decidiu pela remessa dos mencionados termos de depoimento à SJ/SP em caráter precário ou provisório, e – o mais importante – com base em elementos de prova limitados acerca do tema.”
Dodge considerou o recurso da defesa de Lula uma tentativa de burlar o rito do STF e suprimir instâncias.

PGR é contra habeas corpus para Puccinelli
01.08.18 16:47
Raquel Dodge se manifestou contra o pedido de André Puccinelli, André Puccinelli Júnior e João Paulo Calves para suspender suas prisões preventivas determinadas em primeira instância.
O ex-governador de Mato Grosso do Sul, seu filho e o advogado Calves são investigados na Operação Lama Asfáltica, que apura desvios de recursos públicos destinados ao pagamento de obras no estado, e foram presos em 20 de julho.
Na sua manifestação, a PGR escreveu que a decretação das prisões preventivas pela Justiça Federal em Campo Grande fundamentou-se em razões concretas.
Segundo ela, os investigados praticaram crimes como lavagem de dinheiro e se movimentaram para ocultar provas.

NO BLOG DO JOSIAS
Esquartejamento de Ciro pode custar caro a Lula
Por Josias de Souza
Quinta-feira, 02/08/2018 05:34
Lula não frita, esquarteja Ciro Gomes. Ensanguentado, Ciro tornou-se um personagem novo na sucessão. Até aqui, atirava contra o próprio pé. Agora, dispõe de um alvo novo: Lula. A morte de Ciro ainda não é fava contada. Na pior hipótese, tombará atirando. Na melhor, entrará na briga pela simpatia dos 51% de eleitores que informaram ao Datafolha que não votariam num poste de Lula.
Na noite desta quarta-feira, horas depois de saber que Lula passara na lâmina o PSB, último pedaço do seu projeto de coligação, Ciro reagiu com método. Em entrevista à Globonews, lembrou que conhece o esquartejador de perto: “Apoiei o Lula todos os dias, sem faltar nenhum, ao longo de 16 anos.” Colocou-se na posição de credor: “Ouvi dele, chorando, que devia muito a mim.”
Em seguida, Ciro desceu à trincheira. Diante das câmeras, exibiu o armamento. “Se o Lula se considera inocente, o Palocci é réu confesso. Comandou a economia por oito anos.” Ciro referia-se à delação de Antonio Palocci. Nela, o ex-ministro da Fazenda repetiu na Polícia Federal, entre outras coisas, algo que dedurara ao juiz Sergio Moro: Lula firmou com a Odebrecht um “pacto de sangue” que rendeu R$ 300 milhões em propinas.
Ao longo da entrevista, Ciro desdenhou da candidatura de Lula — “Sabemos que a Lei da Ficha Limpa não permite a um condenado em segunda instância ser candidato” —, tratou a tática petista como uma aventura — “Estão ensaiando uma valsa na beira do abismo” —, ironizou a greve de fome dos seis militantes recrutados por João Pedro ‘MST’ Stédile — “Virou religião”— e redefiniu o projeto de poder traçado por Lula desde a cela especial de Curitiba — “Isso não é política, é caudilhismo do mais barato.”
Perto das observações desairosas, as poucas referências elogiosas que Ciro fez a Lula durante a entrevista pareceram asteriscos. “O Lula loteou a Petrobras”, atacou a certa altura. Quando parecia que dava voltas em torno do óbvio, Ciro insinuou que o velho bordão de Lula — “Eu não sabia” — não se aplica à petrorroubalheira: “Cansei de dizer pra ele aquele VDM.” Em cirês, o idioma de Ciro, o significado de VDM é “vai dar merda.”
Mal comparando, Lula tenta fazer com Ciro o que Dilma Rousseff fez com Marina Silva na sucessão de 2014. A diferença é que Marina, triturada no moedor do marqueteiro João Santana, recolheu-se. Ciro, ao contrário, ergue barricadas. “A disputa é comigo. Não querem que eu seja o candidato que vai representar uma renovação do pensamento progressista brasileiro. Vamos ver se eles vão conseguir, porque tem um negócio aí muito maravilhoso, que é o povo.” O novo adversário do petismo soou confiante: “Já, já eu venço eles.”
A vitória de Ciro não é provável. Mas está claro que o esquartejamento de sua coligação pode custar caro a Lula. Empurrado para as margens de uma espécie de Rubicão imaginário, Ciro não é o tipo de personagem que vai ao rio para pescar. O esquartejamento de sua candidatura pode custar caro a Lula.

Decisão do STF sobre Lula higienizaria eleição
Por Josias de Souza
Quarta-feira, 01/08/2018 20:56
O Judiciário está de volta das férias. Na sessão de abertura do Supremo, a presidente Cármen Lúcia lembrou que a Constituição faz aniversário de 30 anos neste segundo semestre. Ela disse esperar que “a democracia prevaleça no Brasil”. Relator da Lava Jato, o ministro Edson Fachin, insinuou que Cármen homenagearia o processo democrático se incluísse na pauta o julgamento do recurso sobre a liberdade de Lula e o hipotético direito dele de disputar a Presidência da República.
Lula leva até as fronteiras do paroxismo sua coreografia penal. Pela Lei da Ficha Limpa, ele não pode pedir votos, pois foi condenado em segunda instância por corrupção e lavagem de dinheiro. Mas Lula decidiu constranger a Justiça Eleitoral com um pedido de registro de sua candidatura cenográfica. Impugnado, recorrerá ao Supremo. Se perder, lançará o nome de um poste.
Edson Fachin declarou que, em matéria eleitoral, a celeridade é importante para eliminar um elemento tóxico: a “dúvida”. Por isso, seria conveniente que o recurso de Lula, mais um, fosse julgado até 15 de agosto, prazo limite para o registro das candidaturas no TSE. A retirada de cena de um ficha-suja higienizaria a campanha. Mas a chance de isso ocorrer rapidamente é mínima. O Supremo é, hoje, uma fábrica de insegurança jurídica. Pelo menos cinco dos 11 ministros adorariam abrir a porta da cela de Lula.

Acordo PT-PSB é tiro de Lula no projeto de Ciro
Por Josias de Souza
01/08/2018 20:00
A campanha de 2018 revelou para Ciro Gomes que a pior forma de solidão é a companhia de Lula. Ao saber que o PT bloqueou o ingresso do PSB na canoa do seu ex-ministro e “amigo”, um dos operadores do PDT reagiu assim: “Já sabíamos que o PT não iria ajudar. Mas não imaginávamos que o Lula se empenharia tanto para prejudicar o Ciro. Isso não é política. É doença.”
Na prática, a candidatura de Ciro começou com a prisão de Lula. Beneficiado com a migração de parte do eleitorado do petista, o presidenciável do PDT empatou com Geraldo Alckmin nas pesquisas, ficando numericamente à frente do tucano. Com uma vitrine eletrônica mixuruca, Ciro ganhou musculatura para encostar o estômago no balcão onde a ''hegemonia moral'' é trocada por alguns segundos de propaganda.
Súbito, começaram a surgir as digitais de Lula. O PCdoB condicionou eventuais acertos com Ciro a uma ilusória união da esquerda, com o PT incluído. Dono do PR, o ex-presidiário do Mensalão, Valdemar Costa Neto passou a percorrer as articulações como um drone guiado por controle remoto desde a cela especial de Curitiba.
Quando Ciro estava na bica de fechar um acordo que lhe renderia o tempo de TV do DEM, do Solidariedade e do PP, Valdemar afastou o PR do balaio de Jair Bolsonaro. Torceu o nariz para a proposta de fechar negócio com o PT. Mas achegou-se aos parceiros do Centrão, convencendo-os a aderir em bloco ao projeto de Alckmin.
Emboscado pelo PT, refugado pelo PCdoB e abandonado pelo Centrão, restou a Ciro apostar suas fichas no PSB. Ofereceu o posto de vice ao ex-prefeito socialista de Belo Horizonte, Márcio Lacerda. A coisa parecia caminhar bem. Súbito, o candidato a poste Fernando Haddad, outro suposto amigo de Ciro no PT, visitou Lula na cela especial de Curitiba. Saiu de lá, na tarde de terça-feira, com as orientações finais para o aleitamento da negociação do PT com o PSB.
Com o aval de Lula, foi para os ares a candidatura petista de Marina Arraes ao governo de Pernambuco. Ela está empatada nas pesquisas com o governador Paulo Câmara, do PSB. Com os estilhaços do projeto de Marina, o PT pavimentará o caminho que pode levar Paulo Câmara à reeleição.
Em troca, o PSB comprometeu-se a ficar neutro na disputa presidencial, retirando-se das negociações com Ciro. O PSB também rifou a candidatura de Márcio Lacerda ao governo de Minas Gerais, eliminando uma das pedras que se acumulam no caminho do governador petista Fernando Pimentel, que pleiteia a reeleição em Minas.
Ao isolar Ciro, Lula potencializa suas chances de levar ao segundo turno o poste que lançará depois do provável veto da Justiça Eleitoral à sua candidatura cenográfica. De acordo com os planos traçados na cela de Curitiba, uma vez inviabilizada a candidatura de Lula, o segundo turno dos sonhos do PT seria a reedição do velho Fla-Flu entre tucanos e petistas. De um lado, Alckmin. Do outro, o poste.
Na hipótese mais pessimista, imaginam Lula e seus operadores, o PT mediria forças no segundo round com Jair Bolsonaro. E todos, do tucanato a Ciro Gomes, cairiam no colo do ''poste'' por gravidade, sob o argumento de que seria necessário ''evitar o pior.'' Numa eleição tão imprevisível, tudo pode acontecer. Inclusive nada do que foi planejado por Lula. Por ora, a única certeza disponível é a de que Ciro Gomes, alcançado pelo tiro do presidiário petista, levará a faca aos lábios.
De resto, o maior inconveniente desse tipo planejamento que trata a formação de alianças como mais uma modalidade de conluio é a suposição de que a plateia é 100% feita de idiotas. O crescimento da fatia do eleitorado que declara não ter candidato indica que o percentual de bobos cai na proporção direta da reiteração das espertezas.

Plano de Lula de unir esquerda na cadeia falhou
Por Josias de Souza
01/08/2018 16:42
Faltam 67 dias para a eleição presidencial. E Lula ainda faz pose de presidenciável. Sabe que tropeçará na Lei da Ficha Limpa. Mas se finge de desentendido. Dispõe de um Plano B. Mas retarda o anúncio do nome do poste. A imobilidade da divindade petista produziu um primeiro estrago: a fragmentação da autoproclamada esquerda. Até o PCdoB, velho aliado do petismo, trocou a procissão que leva à cela especial de Curitiba pelo andor de Manuela D’Ávila, formalizando sua candidatura.
Por inércia e submissão, o PT acorrentou-se a Lula. Mas os aliados assustaram-se com a perspectiva de intoxicar o próprio futuro com o passado criminal que Lula tem pela frente. Além dos 12 anos e 01 mês de cadeia, vem aí a sentença do caso do sítio de Atibaia. Antes do PCdoB, o PDT já havia optado por Ciro Gomes. O PSOL lançara Guilherme Boulos. Do PSB, o máximo que o petismo conseguiu arrancar foi uma hipotética neutralidade.
Se Lula tivesse anunciado seu apoio a Ciro, gravaria na testa do seu ex-ministro a marca do favoritismo, unindo a esquerda. Se tivesse levado um poste à vitrine, o PT já estaria com um pé no segundo turno. Se compartilhasse prestígio e poder, o xamã do PT dificultaria a trajetória dos rivais. Jogando sozinho, Lula transforma-se em cabo eleitoral da direita, tonificando a candidatura de Jair Bolsonaro.
O petismo tentou convencer os parceiros de que a união em torno da candidatura cenográfica de Lula evitaria a criminalização da política. O problema é que a política foi criminalizada por criminosos que violaram cofres públicos. E Lula se meteu na encrenca porque quis. Os aliados, mesmo os cúmplices, levaram sua solidariedade até a porta da cela. Mas preferiram permanecer do lado de fora. Dessa vez, a esquerda não se uniu nem na cadeia.

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