PRIMEIRA EDIÇÃO DE QUARTA-FEIRA, 08-8-2018

NA COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO
QUARTA-FEIRA, 08 DE AGOSTO DE 2018
A ligação da cidade brasileira de Foz do Iguaçu (PR) a Puerto Iguazu, do lado argentino da tríplice fronteira, foi abandonado pelo governo do Brasil. Até há instalações, mas sem funcionários. A passagem é livre, como atestou esta coluna, apesar de abrir as portas ao tráfico de drogas e contrabando de armas, origens da criminalidade que avança. O Ministério da Segurança Pública nem se dá ao trabalho de explicar, nem reconhece o problema, passando a bola para a Polícia Federal.
Repórter da coluna teve de identificar-se a autoridades argentinas, como em qualquer fronteira. Mas, no lado brasileiro, não há vivalma.
No lado brasileiro com a fronteira argentina, guichês de identificação de fronteira viraram estacionamento. E são vistos “fiscais” trabalhando.
Há denúncias de falta de controle ou de serviço muito deficiente em postos que deveriam controlar fronteiras com os países do Continente.
A Polícia Federal encaminhou nosso questionamento sobre fronteiras à Coordenação de Polícia de Imigração, o “setor responsável”. Lá ficou.
A escolha do general Hamilton Mourão como vice desagradou a maioria dos aliados mais próximos do candidato Jair Bolsonaro (PSL). Generais que torcem pelo sucesso do capitão da reserva acharam sua escolha um erro grave. “Ainda bem que eles só terão alguns segundos de TV pra falar m****”, reclamou um deles, que torcia pela escolha de uma mulher ou jurista admirados para a posição. Até aliados que foram cogitados para vice de Bolsonaro estão inconformados com a escolha.
Escolher Mourão vice não acrescentou votos a Bolsonaro. Ao contrário. Ainda tira votos, quando liga negro à malandragem e índio a preguiça.
Há quem considere positivo Mourão como vice porque inibe iniciativas de impeachment. Afinal, se Bolsonaro for eleito e cair, ele assumiria.
O plano de governo do presidiário Lula, “O Brasil feliz de novo”, retoma proposta de inspiração fascista. Chama a legislação sobre a imprensa de “anacrônica” e promete “regular” o setor, inclusive as redes sociais.
A construção civil abusa do Óleo de Peroba como loção pós-barba. O Brasil tem sido implacavelmente roubado por empreiteiras, como mostram o Mensalão e a Lava Jato, mas em vez de fazer haraquiri e pedir perdão, promove “sabatinas” com os candidatos a presidente.
O governo de Roraima acha que a decisão que obrigou a reabertura da fronteira com a Venezuela, “reforça o quanto o Brasil está alheio à tragédia social e sanitária”. É a mais pura verdade.
Familiares e a defesa do ex-senador Luiz Estevão andam preocupados com seu estado de saúde. As “regalias” que motivaram seu isolamento na Papuda teriam sido substituídas pelo mais genuíno “esculacho”.
Para o megashow deste sábado (11) em Brasília, às 21h, no Estádio Mané Garrincha, o astro Roberto Carlos caprichou nas acomodações para sua equipe: reservou 53 apartamentos e suítes no Hotel Meliá.

NO BLOG DO JOSIAS
Lula já constrói sua ‘candidatura’ a cabo eleitoral
Por Josias de Souza
Quarta-feira, 08/08/2018 03:24
O PT ensaia uma coreografia grandiosa para o registro da candidatura de Lula na Justiça Eleitoral. Será na próxima quarta-feira (15). Nesse dia, haverá manifestações nas principais capitais. Três marchas de movimentos sociais devem chegar a Brasília no início da semana. A multidão gritará ‘Lula livre’. Mas o PT já não cultiva a ilusão de que a cela de Curitiba será aberta antes da eleição. Embora seus dirigentes não admitam publicamente, o que está em curso é a montagem da ‘candidatura’ de Lula ao posto de cabo eleitoral, não mais à Presidência da República. O enquadramento de Lula na Lei da Ficha Limpa é tratado internamente como fava contada.
Para vitaminar o poder de transferência de votos de Lula, o petismo aposta na comoção. Na noite desta terça-feira, o PT levou às redes sociais um vídeo que insinua o que está por vir (...). O mote para a elaboração da peça foi um conjunto de frases pronunciadas por Lula defronte do Sindicato dos Metalúrgicos de São Bernardo em 7 de abril, dia em que se entregou à Polícia Federal. “Eu não sou mais um ser humano, eu sou uma ideia misturada com as ideias de vocês”, disse o condenado, antes de ser conduzido para a cela especial de Curitiba. “Minhas ideias já estão no ar… Agora vocês são milhões de Lulas”.
Lula e seus operadores mantêm em pé o plano de empurrar a impugnação da candidatura presidencial para uma data tão próxima do dia da eleição quanto possível. Consumado o indeferimento do registro no TSE, o partido recorrerá — primeiro à própria Corte eleitoral; depois, ao Supremo. Assim, a golpes de barriga, o PT espera esticar a corda até meados de setembro. Nesse intervalo, enverniza-se a pose de vítima de Lula.
Simultaneamente, alimenta-se o noticiário com matéria-prima para a mistificação do preso. Coisas como o estado de saúde dos seis militantes que dizem fazer greve de fome em Brasília e as evoluções da chapa tríplex (Lula—Fernando Haddad—Manuela D’Ávila), a ser convertida em chapa convencional (Haddad—Manuela) depois que a Justiça interromper, finalmente, a pantomima.
O poder de transfusão de votos de Lula será aquilatado pelas próximas pesquisas eleitorais. Em sua última sondagem, divulgada em junho, o Datafolha informara o seguinte: 30% do eleitorado dizia que votaria com certeza em um nome apoiado pelo pajé do PT. Outros 17% afirmavam que talvez votariam. Uma terceira fatia do eleitorado, estimada em 51%, declarava que não votaria num poste de Lula.
Além de elevar o índice dos eleitores que se deixam influenciar por Lula, o PT tenta reduzir as taxas de migração de votos do seu líder preso para candidatos de outros partidos. Segundo esse Datafolha de junho, 17% dos eleitores de Lula manifestavam a intenção de votar em Marina Silva se a candidatura do petista fosse barrada. Outros 13% prefeririam Ciro Gomes. Fernando Haddad, o poste de Lula, herdaria apenas 2% do eleitorado do padrinho. Até Jair Bolsonaro beliscaria uma fatia maior do cesto de votos de Lula: 6%.

Vice de Bolsonaro agride sua árvore genealógica
Por Josias de Souza
Terça-feira, 07/08/2018 20:42
Morrer é um exercício que, às vezes, exige vocação. A candidatura de Jair Bolsonaro, por exemplo, revela-se vocacionada para o suicídio. A cada novo gesto, o candidato parece enviar uma coroa de flores para si mesmo. Ao escolher o general Mourão como vice de sua chapa, Bolsonaro jogou sobre o seu projeto político algo muito parecido com uma pá de cal.
No poder, o melhor vice presidente é a ociosidade. Na campanha, o candidato a vice mais conveniente é aquele que agrega valor à chapa. Há uma célebre canção cuja letra ensina que ''a vida é arte, errar faz parte''. Mas Bolsonaro cultiva uma arrogância destruidora. Quanto mais erra, mais o candidato persiste no erro.
Bolsonaro escalou as pesquisas trombeteando uma agenda em que homossexuais índios e quilombolas são equiparados a marginais e vagabundos. Parou de subir. Mourão, seu vice, atribuiu os males do Brasil à herança ibérica, à “indolência” dos índios e à “malandragem” dos africanos. Num país 100% feito de miscigenação, o general conseguiu ofender todo mundo. Tomado pela aparência, o vice de Bolsonaro é um racista sui generis, do tipo que não mandou examinar sua árvore genealógica.

Haddad diz jogar com Lula como Messi e Suárez
Por Josias de Souza
07/08/2018 16:08
Fernando Haddad declarou nesta terça-feira que mantém com Lula uma parceria semelhante à que se estabeleceu entre Lionel Messi e Luiz Suárez no time do Barcelona. Fez a analogia em resposta a uma pergunta sobre o papel que Lula exerceria num eventual governo chefiado por seu novo poste. Uma hipótese que Haddad ainda não admite. “Se perguntar o que vou fazer nas próximas semanas, é isso: lutar pela candidatura do Lula e ter a honra de ceder a vaga de vice-presidente para Manuela D’Ávila”.
Em entrevista a jornalistas simpáticos ao PT, Haddad atribuiu a analogia futebolística ao próprio Lula. “Ele falou: ‘Eu e o Haddad, a gente joga que nem o Messi e o Suárez’.” O novo poste de Lula sentiu a necessidade de esclarecer: “Eu sou o Suárez, ele é o Messi.” Como que antevendo a necessidade de receber uma transfusão de votos do prisioneiro de Curitiba, Haddad acrescentou:
“A minha relação com o Lula é de muita confiança. Foi construída ao longo de muitos anos. Eu entendo perfeitamente bem a minha posição nessa chapa. Vou lutar como advogado, como cidadão e como militante pela sua candidatura até o fim. Espero vê-la registrada. Isso acontecendo, Manuela assume a minha posição. E eu vou ser, muito feliz, possível futuro ministro do governo Lula. A única coisa que eu falei pra ele foi: Eu escolho o ministério.”
Uma repórter perguntou a Haddad se, na hipótese de ser eleito com o apoio de Lula, reeditaria no Brasil a “fórmula Cámpora-Perón”. Ela se referia a Héctor Cámpora, um presidente argentino cuja dependência política foi denunciada pelo slogan de sua própria campanha: ‘Cámpora al gobierno; Perón al poder’. Dois meses depois de empossado, Cámpora renunciou, abrindo caminho para o retorno ao poder do caudilho argentino Juan Domingos Perón, em 1973.
Haddad deu uma resposta ensaboada: “O Lula é uma figura central na História do Brasil. Ponto. Goste ou não, isso é um dado da realidade. Nós temos que levar em conta isso sempre. Espero ver o Lula na Presidência da República. Essa é a minha resposta. É um direito que ele tem. Será eleito se for candidato. Seria eleito, se não for. Espero que isso aconteça.”
Perguntou-se também a Haddad se concederia um indulto a Lula. Ele recordou que, quando esse tema começou a ser mencionado, conversou com o preso petista. “Lula falou: ‘Haddad, eu quero um julgamento justo. Quero ser julgado pelo que está no processo.”
Nesse ponto, Haddad reconheceu que a situação jurídica de Lula não se resolve rapidamente . “Infelizmente, isso talvez só aconteça depois da eleição. O problema que nós estamos vivendo não é provar a inocência do Lula. O problema é a Justiça reconhecer a inocência do Lula. […] Obviamente que não está no horizonte de curto prazo a revisão da sentença [que resultou na condenação a 12 anos e 01 mês de cadeia no caso do triplex]. Mas ela terá que ser analisada novamente pelos tribunais superiores, tanto o STF quando o STJ. Vão ter que reanalisar.”
Espremendo-se as palavras de Haddad, consolida-se a evidência de que Lula tenta novamente governar o Brasil por procuração. Depois do fiasco Dilma Rousseff, o Messi petista encontrou no novo “poste” as qualidades de um Suárez diferente do original. Haddad é incapaz de morder as pessoas. Na campanha, será ainda mais comportado do que o usual. Ecoando um recado de Lula, a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, declarou que o poste está ''em estágio probatório''.

NO O ANTAGONISTA
PT se alia a partidos do impeachment em 15 Estados
Quarta-feira, 08.08.18 07:00
O Estadão mostra que o PT já superou o impeachment de Dilma Rousseff e se aliou a partidos “golpistas” em 15 Estados.
Em seis Estados, o PT será cabeça de chapa na disputa por governos. Em outros nove, a situação é inversa e os petistas apoiarão candidatos de outras siglas.
“Desses nove, há filiados ao MDB, PSD, PTB, PR e Rede. Outros quatro são do PSB, partido que em 2016 orientou voto favorável ao afastamento da presidente cassada.”

POLÍCIA CIVIL NAS RUAS DO RIO
08.08.18 06:49
A Polícia Civil do Rio cumpre 84 mandados de prisão contra traficantes. O alvo prioritário é Niterói.
Segundo a GloboNews, as investigações apontam ligação dos criminosos com políticos fluminenses.

URGENTE: GILMAR SUSPENDE AÇÃO PENAL DE BARATA FILHO
Terça-feira, 07.08.18 20:41
Gilmar Mendes acaba de suspender liminarmente a ação penal que investiga o empresário de ônibus Jacob Barata Filho por evasão de divisas.
Barata, o “rei dos ônibus”, foi preso em junho de 2017 quando tentava embarcar para o exterior com R$ 40 mil não declarados.
A defesa questiona o fato de que a ação começou a tramitar na 5a Vara Federal Criminal do Rio e depois foi transferida para a 7a Vara Federal, onde o empresário é investigado também por envolvimento no esquema de corrupção montado por Sérgio Cabral.
Gilmar acatou pedido dos advogados, que alegaram urgência diante de audiência do caso marcada para amanhã. Caberá ao STF decidir se Marcelo Bretas é o juiz prevento nessa ação.

Para Bolsonaro, ‘indolência’ é ‘capacidade de perdoar’
07.08.18 21:30
Jair Bolsonaro tentou justificar hoje a fala de seu vice, o general Antonio Hamilton Mourão, sobre a “indolência” dos índios e a “malandragem” dos africanos.
Segundo o presidenciável do PSL, quando Mourão disse que um traço da cultura indígena é a indolência, quis se referir à “capacidade de perdoar”.
“O que é a indolência? É a capacidade de perdoar? Veja aí no dicionário. É a capacidade de perdoar? O índio perdoa. Não é isso? Que mais? Malandragem. Esperteza. É a mesma coisa? É isso? Ohhhh. Me chamam de malandro carioca o tempo todo”, afirmou Bolsonaro, segundo o relato de O Globo.
O significado de “indolência”, no Houaiss e em outros dicionários de Língua Portuguesa, é “preguiça”, “ócio”, “apatia”, “indiferença” ou, menos usual, “ausência de dor”.

HC de Puccinelli vai para Alexandre de Moraes
07.08.18 20:32
Por erro de distribuição, o HC do ex-governador André Puccinelli caiu no gabinete de Dias Toffoli na semana passada.
O recurso foi redistribuído hoje para o ministro Alexandre de Moraes, prevento da Operação Lama Asfáltica.
Puccinelli espera sair da cadeia para participar das eleições ao governo do Mato Grosso do Sul.

Novo presidente da Colômbia promete rever acordo com as Farc
07.08.18 20:16
Iván Duque, o novo presidente da Colômbia, assumiu o cargo hoje anunciando “corretivos” no acordo de paz entre o governo e os guerrilheiros das Farc.
Duque é afilhado político do ex-presidente Álvaro Uribe (2002-2010), contrário ao pacto com os rebeldes, assinado no fim de 2016 por Juan Manuel Santos.
O acordo alegadamente desmobilizou as Farc, mas foi reprovado pela população num plebiscito em 2016. O novo presidente prometeu às vítimas da guerrilha “reparação moral, material e econômica de parte de seus algozes”.
Em mais de meio século, o conflito entre o governo colombiano e as guerrilhas deixou centenas de milhares de mortos.

Thereza Collor lamenta aliança de Alckmin com ex-cunhado
07.08.18 17:52
Em nota, a tucana Thereza Collor, candidata a uma vaga na Câmara por São Paulo, criticou a aliança de Geraldo Alckmin em Alagoas com seu ex-cunhado Fernando Collor.
“É muito triste para mim, que cortei da própria carne para combater esquemas nefastos para o Brasil, ver meu próprio partido, ao qual estou filiada há 20 anos, se aliar regionalmente a esta candidatura ao governo de Alagoas”, escreveu a viúva de Pedro Collor.
Na nota, Thereza diz que não apoiará Fernando Collor “jamais”, mas compreende a “posição delicada” de Alckmin e não o constrangerá.

José Dirceu é uma minoria
07.08.18 17:37
Dias Toffoli disse hoje que “muitas vezes” é papel do Judiciário o “restringir a vontade popular” para evitar o “esmagamento de minorias”.
José Dirceu é uma minoria.

“Haddad é um ilustre desconhecido”
07.08.18 17:29
Por Diego Amorim
ACM Neto, coordenador da campanha de Geraldo Alckmin no Nordeste, rebateu a declaração de Fernando Haddad de que a região “está fechada com o Lula”.
Ele disse a O Antagonista:
“O PT esquece que seu verdadeiro candidato, Fernando Haddad, é um ilustre desconhecido na região. A influência de Lula, preso em Curitiba, terá impacto infinitamente menor do que em outras eleições.”

A vaquinha de Dilma
07.08.18 17:27
Dilma Rousseff, a pior presidente da História do Brasil, lançou sua “vaquinha virtual” para concorrer ao Senado pelo PT mineiro, informa O Globo.
Segundo a Gerente, “é hora de reverter os efeitos do golpe de 2016”. Claro que Dilma não se refere ao verdadeiro golpe: o de Ricardo Lewandowski e Renan Calheiros para que ela mantivesse direitos políticos mesmo após o impeachment.
Chamada de oportunista por ter mudado o domicílio eleitoral para Minas após décadas votando no Rio Grande do Sul, Dilma alegou ter ido embora do Estado porque foi “perseguida pela ditadura militar”.

Defesa de Lula em dúvida
07.08.18 17:21
Basília Rodrigues, da CBN, diz que advogados de Lula analisam se insistir na participação do presidiário em debates pode antecipar a decretação de sua inelegibilidade.
É a mesma preocupação que levou a defesa do corrupto e lavador de dinheiro a retirar o pedido de liberdade dele da pauta do STF.

NO NOTÍCIA AO MINUTO
CBF não pede restituição por desvios cometidos por Marin, preso nos EUA
Pelo cronograma da Justiça de Nova Iorque, a CBF tinha até a última segunda-feira, 06, para submeter um documento dizendo ser vítima dos crimes cometidos por Marin
Terça-feira, 07-8-2018
A CBF (Confederação Brasileira de Futebol) não pediu restituição dos valores que teriam sido desviados pelo ex-presidente José Maria Marin no caso Fifagate, o grande escândalo de corrupção envolvendo a maior entidade do futebol mundial. A informação foi publicada pelo Estado de S.Paulo e confirmada pela reportagem.
Pelo cronograma da Justiça de Nova Iorque, a CBF tinha até a última segunda-feira (6) para submeter um documento dizendo ser vítima dos crimes cometidos por Marin, cuja sentença será publicada dia 22.
A corte nova-iorquina, porém, não recebeu nenhuma solicitação da Confederação Brasileira.
Fifa, da Concacaf (Confederação das Américas Central e do Norte) e da Conmebol (Confederação Sul-americana) oficializaram pedidos para receber restituições por desvios por seus dirigentes, que foram apontados na investigação das autoridades dos EUA.
Na solicitação mais antiga, três ex-funcionários da Traffic Sports USA requisitaram, em setembro de 2017, restituição dos crimes cometidos pelo então presidente da empresa, Aaron Davidson, e por outros executivos, Marin entre eles.
No pedido enviado à Justiça americana, a Conmebol diz ter sofrido "dano financeiro considerável", incluindo mais de R$ 24,4 milhões em subornos ilegais pagos diretamente a Marin. O dinheiro, diz, deveria ter sido destinado legalmente a Conmebol como resultado do aumento dos preços em contratos para marketing e direitos de transmissão.
Também diz ter sofrido perdas por salários e benefícios pagos a Marin no período em que ele estava violando seus "deveres éticos" para com a Confederação. E fala de milhões de dólares a menos em receita que teriam ido para a Confederação caso o cartola não tivesse cometido os atos de corrupção.
Já a Concacaf diz que os "conspiradores" armaram para que o presidente da confederação, Jeffrey Webb, recebesse US$ 10 milhões (cerca de R$ 37,6 milhões) em suborno para que concordasse em vender os direitos de transmissão e mídia para a Datisa. Afirma ainda que os direitos foram subprecificados.
A Fifa, em seu pedido, diz que a conduta de Marin prejudicou a Federação. O ex-presidente da CBF teria obtido benefícios da Fifa usando falsas alegações e que, por isso, a Federação teria direito de receber o valor em benefícios que foi pago ao cartola, calculado em R$ 367,5 mil.
Também pede ressarcimento pelos gastos legais, com advogados e com a investigação. O total desses custos é estimado em mais de R$ 106,5 milhões.
As acusações no chamado Fifagate englobam ações de suborno, fraudes e de lavagem de dinheiro. Os cartolas teriam recebido pagamentos ilegais, que começaram em 1991 e atingiram duas gerações de dirigentes e executivos, que movimentaram mais de R$ 564 milhões.
Parte desse dinheiro foi pago para obtenção de vantagens por empresas para terem os direitos de transmissão de partidas das eliminatórias do Mundial.
Procurada, a CBF informou que comentará nada sobre a decisão. (Com informações da Folhapress).

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