PRIMEIRA EDIÇÃO DE 22-5-2018

NA COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO
TERÇA-FEIRA, 22 DE MAIO DE 2018
A Agência Nacional do Petróleo (ANP) foge, como o diabo da cruz, de explicar sua resolução 43/2009 proibindo os mais de 400 produtores brasileiros de etanol de vender esse combustível diretamente aos postos, obrigando-os a entregar o produto a três distribuidoras, que atuam como atravessadoras. Por isso, o etanol que sai da usina a R$ 1,54, chega em vários postos de Brasília a R$ 3,27 para o consumidor.

Dirigentes da ANP devem ter lá suas razões para se esconder quando indagados sobre a resolução bizarra beneficiando os atravessadores.

O lobby poderoso das atravessadoras também impede que a Câmara vote a urgência do projeto que suspende a resolução 43/09 da ANP.

O diretor Aurélio Amaral e o sub Francisco Neves, ligados ao tema, poderiam explicar o cartório que beneficia atravessadores. Mas calam.

Há cinco dias a coluna aguarda a explicação da ANP e seus dirigentes sobre tanto amor pelos atravessadores. “Está na área técnica”, dizem.

Dois anos depois, já não há ex-ministros do governo Dilma Rousseff (PT) pendurados nas tetas da “quarentena” generosamente atribuída pela Comissão de Ética Pública da Presidência da República. No auge, ex-auxiliares petistas “mamaram” um total de R$1,2 milhão por mês em salários sem trabalhar, ao menos oficialmente. Além de ex-ministros, também ex-presidentes de estatais conseguiram idêntica “boquinha”.

Apesar dos males que arruinaram o Brasil, cerca de 80 autoridades do Governo Dilma faturaram a quarentena. Foram mais de 20 ministros.

Ao menos a Comissão de Ética poupou nosso bolso da quarentena pretendida pelo ex-Presidente do BNDES, Paulo Rabello de Castro.

Atualmente recebem quarentena dois ex-auxiliares do Governo Temer: Leandro Daiello (Polícia Federal) e Guilherme Campos (Correios).

O Brasil mandou bem, articulando a declaração vigorosa do Grupo de Lima, de 14 países, contra a “eleição” na Venezuela. Mas hesita quanto a sanções, alegando que agravariam a crise humanitária do país.

O Brasil virou a meca da exploração sem controle também na área de seguros. A plataforma Compare Online mostra que em Brasília o seguro de um VW Fox custa 34% a mais em Recanto das Emas, área a 23km da capital, com idêntico esquema de segurança.

De zero a 10, não chega a 2 a chance de os presidentes da Câmara e do Senado jogarem papel decisivo contra a alta criminosa da Petrobras nos combustíveis. Quem decide sobre isso é o Palácio do Planalto.

Rodrigo Maia já avisou que uma comissão discutirá “sem demagogia” a alta abusiva da Petrobras. O presidente da Câmara diz o mesmo para impedir que se vote projeto do Senado, de 2016, anulando ato da Anac que criou o rico negócio da cobrança de malas pelas empresas aéreas.

Álvaro Dias (Pode) tem chamado para a briga Jair Bolsonaro (PSL), na tentativa de polarizar com o rival: nas redes sociais, o Senador garante que aprovou 242 projetos, contra apenas 2 do Deputado.

O leitor Oldemar Reis vai acionar os Correios na Justiça, após a estatal atrasar por 6 meses (!) a entrega de encomenda, retida em Curitiba. O pacote chegou ao Brasil em 30 de novembro. Passou tanto tempo que agora os Correios dizem que o leitor perdeu até o prazo para reclamar.

O Governo de finanças combalidas tem dois projetos que liberam R$108 milhões para reforma e compra de imóveis do Judiciário e do Ministério Público da União. Coisa de país rico e sem crise.

…o dólar fechou em siderais R$3,69, mas teve gente que ainda comemorou.

NO DIÁRIO DO PODER
ESPELHO MEU
ALCKMIN REPETE LULA E DIZ NÃO HAVER 'NINGUÉM MAIS ÍNTEGRO' QUE ELE
QUESTIONADO SOBRE USO DE CAIXA 2, ALCKMIN USA TÁTICA DE LULA
Publicado segunda-feira, 21 de maio de 2018 às 17:15 - Atualizado às 00:25
Da Redação
O ex-Governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), afirmou hoje que não há alguém mais "íntegro" do que ele, ao ser questionado sobre a revelação de que a concessionária CCR narrou ao Ministério Público ter contribuído com R$ 5 milhões à sua campanha ao Palácio dos Bandeirantes em 2010 através de Caixa Dois.
Pré-candidato à Presidência da República, o tucano classificou a citação como "absurda" e disse que nem conhece o depoimento. "Tão absurdo, eu não tenho nem conhecimento disso. Pode haver alguém tão íntegro como eu, mas mais não tem", disse, repetindo basicamente a mesma frase utilizada pelo ex-Presidente Lula, hoje preso, para jurar inocência.
A frase parece com a que o ex-Presidente Lula proferiu em janeiro de 2016, quando disse não haver uma "alma viva mais honesta" do que ele. Questionado sobre a associação da declaração, Alckmin afirmou que a comparação deveria ser feita com base em sua trajetória. "É só ver a minha vida, pode ver de A a Z."
O empresário Adhemar Ribeiro, cunhado do político, é apontado como intermediário dos supostos pagamentos não declarados em campanhas de Alckmin. "Nunca participou como tesoureiro de campanha, nada disso", alegou o ex-Governador. Ele declarou que a participação do cunhado nas campanhas foi apenas como "amigo".
O fantasma Dória
Alckmin negou ainda que esteja havendo uma reinclusão do ex-Prefeito de São Paulo, João Dória nas especulações sobre uma candidatura presidencial, em função do baixo desempenho de Alckmin nas pesquisas, além das investigações contra ele que têm gerado repercussão negativa. Segundo ele, tudo é uma "criação" da imprensa em busca de "novidade".
"A imprensa gosta de novidades, então criaram o Luciano Huck, depois criaram o Joaquim Barbosa, agora criam o João Dória. Estão desinformando a população, e nós vamos fazendo campanha", disse. Perguntado se o movimento pró-Dória não viria de seu próprio partido, Alckmin argumentou que foi eleito como presidente da legenda com 99,8% dos votos.

NO BLOG DO JOSIAS
Brasil reage à crise na Venezuela sem método
Por Josias de Souza
Segunda-feira, 21/05/2018 20:16
A diplomacia brasileira caducou. A principal evidência de sua senilidade está na forma atabalhoada com que lida com o derretimento institucional da Venezuela. 
Sob Lula e Dilma, vigorou a diplomacia das empreiteiras, levadas a Caracas com o dinheiro barato do BNDES. Deu em calote. Sob Temer, um Itamaraty tucano dedica-se a bicar em público o regime bolivariano. Vai dando em vexame, pois quem briga com gambá, mesmo que ganhe, sai cheirando mal.
Ah, que saudade da diplomacia brasileira. Mesmo nos períodos em que a opinião do Brasil não interessava a ninguém no mundo, como agora, todos sabiam que, se acontecesse o pior, se tudo desse errado, sobrava a coerência da diplomacia brasileira. Num caso como o da Venezuela, que mantém com o Brasil algo como 2.200 quilômetros de fronteiras, a antiga diplomacia brasileira não ignoraria que a divergência, quando é inevitável, deve ser exercida com muita calma.
Diante das fraudes que mantiveram Nicolás Maduro no poder, a diplomacia brasileira diverge sem método. Grita em notas oficiais no mesmo timbre dos Estados Unidos. Na base do grito, Brasília arrisca-se a perder o papel de moderador para Washington, que grita a esmo desde que Donald Trump assumiu o comando. Trump quer que a Venezuela se exploda. Sobram para Brasil os estilhaços: o buraco no orçamento do BNDES, coberto com dinheiro do Seguro Desemprego, e o êxodo dos venezuelanos que cruzam a fronteira em busca de oportunidades inexistentes.

NO O ANTAGONISTA
Temer quer repetir o estelionato eleitoral de Dilma
Brasil Terça-feira, 22.05.18 07:02
Os caminhoneiros interditam rodovias pelo segundo dia seguido.
E o Governo de Michel Temer já pensa em estourar as contas públicas subvencionando gasolina e óleo diesel.
O plano é repetir o estelionato eleitoral de Dilma Rousseff.
Diz Miriam Leitão:
“No arsenal de medidas contra a alta dos combustíveis não há solução boa. O Governo pensa em reduzir impostos, e a reunião do Presidente Temer com a Petrobras aumenta o risco de intervenção nas decisões da empresa. No governo Dilma houve as duas coisas: redução de tributos e intervenção na Petrobras. Só à estatal isso custou US$ 40 bilhões. Perdeu-se receita sem que houvesse ganho para o País.
Que o dilema apareceria era previsível. Os preços oscilaram conforme as cotações internacionais enquanto não tinham disparado. Mas agora o barril está acima de US$ 80. Entre o dia primeiro de maio e esta terça-feira, a gasolina foi reajustada pela Petrobras em 15,5% e o diesel subiu 13,6%. Um aumento nessa proporção pesa ainda mais porque a economia está tentando se recuperar de uma longa recessão, e o percentual parece desproporcional para um País que está com inflação abaixo de 3% ao ano. Além disso, a eleição está chegando, e a tentação intervencionista aumenta. Diante disso, fazer o quê? Repetir os erros do passado?”

Lulinha nomeia Lulinha
Brasil 22.05.18 06:32
Lulinha está na mira da Lava Jato.
A Oi deve ter farejado o perigo.
Segundo o Estadão, “a última assembleia da Gamecorp informa em letras garrafais que a Oi Internet ‘NÃO’ participou da reunião que decidiu pela recondução de Fábio Luís Lula da Silva como diretor-presidente.
A Oi detém 29,9% da BR4, dona da Gamecorp. O restante está em nome de Lulinha.”

Petistas constrangidos a financiar Instituto Lula
Brasil 22.05.18 06:14
O Instituto Lula está falindo.
“Com o chefe preso, as receitas secaram, e não há mais como arcar com a manutenção e o pagamento de funcionários”, diz O Globo.
E mais:
“Parlamentares petistas estão sendo constrangidos a contribuir para manter as atividades funcionando minimamente.”

O pombo-correio de Lula
Brasil 22.05.18 06:43
Wadih Damous ganhou o direito de visitar Lula como advogado.
Ele saiu da cela dizendo:
“O lançamento da pré-candidatura do ex-Presidente Lula vai acontecer no dia 27 de maio. Essa é a vontade dele”.
O PT avacalha completamente o direito de defesa. O Tribunal de Curitiba tem de barrar as visitas do pombo-correio ao presidiário.

Empreiteira investigada na Lava Jato contratou empresa da sogra de Lulinha
Brasil segunda-feira, 21.05.18 21:46
Por Claudio Dantas  
O Antagonista apurou que a Hochtief do Brasil, fisgada pela Lava Jato, subcontratou a Geobase Construção e Pavimentação, de Maria Teresa de Abreu Moreira, mãe de Renata Moreira – mulher de Fábio Luís Lula da Silva, o Lulinha.
A Hochtief integrou consórcio com a Odebrecht e a Camargo Corrêa para construir a sede da Petrobras em Vitória. Ela também construiu o Rec Sapucaí, edifício com projeto de Niemeyer erguido ao lado do Sambódromo.
Há obras também em Minas Gerais e São Paulo.
Por enquanto, a Lava Jato só conseguiu identificar um repasse de R$ 143 mil da SM Terraplenagem, empresa de fachada usada por Adir Assad para lavar propina. É muito pouco.

Ex-tesoureiro do PP é preso
Brasil 21.05.18 20:20
Ex-Tesoureiro do PP, João Claudio Genu foi preso há pouco após decisão do TRF-4 que negou seu último recurso.
Genu foi condenado por Sergio Moro, em 2016, por corrupção e associação criminosa. Recorreu à 8ª Turma, que aumentou sua pena para 9 anos e 4 meses de prisão.

A academia da propina de Aécio Neves
Brasil 21.05.18 19:55
Por Claudio Dantas
A Polícia Federal tem uma nova pista de que Aécio Neves teria usado a rede de academias Bodytech, de Alexandre Accioly, para receber propina da Andrade Gutierrez.
Delatores da empreiteira já contaram à Lava Jato sobre o repasse de pelo menos R$ 20 milhões ao tucano por meio de um aporte financeiro na empresa de Accioly.
Agora, o quebra-cabeças deve se fechar.
Segundo um novo colaborador, os registros de alunos da rede de academias teriam sido ‘inflados’ para gerar um faturamento fictício, permitindo ‘esquentar’ a retirada desses recursos.
Os investigadores foram informados de que Roberto Rezinski, preso na ‘Operação Câmbio, Desligo’, figurava no quadro societário do grupo Bodytech como representante do megadoleiro Dario Messer.
Aécio e Accioly têm negado de forma veemente qualquer ilegalidade. Em nota a O Antagonista, o empresário disse que a Bodytech “é auditada desde 2007”.
“A partir de 2010, é auditada pela Ernst & Young e nunca teve qualquer ressalva em seus balanços anuais. É um despropósito falar em inflar o número de alunos ou qualquer outro indicador. Quanto à afirmação que envolve Dario Messer e Roberto Rezinski, o despautério é de tal ordem que nem merece resposta. É impossível deixar de registrar a indignação diante de algo tão infame e que causa danos tão evidentes a quem já tem sido alvo de campanha difamatória das mais persistentes.”

Fachin tira de Moro inquérito envolvendo Franklin Martins
Brasil 21.05.18 17:48
Edson Fachin tirou de Sergio Moro inquérito sobre pagamentos da Odebrecht no exterior para João Santana e Mônica Moura pela campanha de Hugo Chávez em 2012, informa Fausto Macedo.
O caso, que envolve supostos repasses a Franklin Martins, deverá ser julgado pela Justiça Federal de Brasília, por decisão do ministro do STF.
Em sua delação, Mônica Moura disse que o valor acertado para a campanha foi de US$ 35 milhões, mas “só” US$ 20 milhões foram pagos.
Do total recebido, US$ 9 milhões teriam sido depositados por Odebrecht e Andrade Gutierrez em offshores dos marqueteiros no exterior, e R$ 11 milhões oferecidos pessoalmente por Nicolás Maduro, então chanceler de Chávez.
Parte desse dinheiro teria sido repassada à mulher de Franklin Martins, então Ministro da Comunicação Social de Lula, a título de custeio de serviços de marketing de internet para a campanha chavista.
A defesa de Martins alegou que os fatos narrados pelos delatores não têm conexão com a Petrobras. Fachin acatou as alegações e tirou o caso do Juiz da Lava Jato.
Fachin dá uma no cravo, outra na ferradura.

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