PRIMEIRA EDIÇÃO DE 1º-3-2018 DO 'DA MÍDIA SEM MORDAÇA'

NA COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO
QUINTA-FEIRA, 01 DE MARÇO DE 2018
O embargo do Ibama às operações na Amazônia da Norsk Hydro, na exploração de bauxita, expôs a hipocrisia norueguesa quando o assunto é meio-ambiente. Dono de 43,8% da empresa, o governo da Noruega adora fazer pose de compromissos ambientalistas, mas no Pará ignorou até as recomendações do Ministério Público Federal e do governo para reduzir a produção de resíduos na mina, provocando vazamento de poluentes e desmatamento. Agora está embargada.

Além de desmatar e poluir mundo afora, a Noruega mata baleias sem piedade. O governo fixou “cota” de matança de mil baleias por ano.

A farsa norueguesa virou matéria da agência alemã Deutsche-Welle sobre a poluição dos mares do Ártico, na exploração de gás e petróleo.

A ampliação das atividades no Ártico aumentaria em 50% as emissões de gás carbônico na Noruega, violando inclusive o Acordo de Paris.

Até no bacalhau eles enganam: mandam para o Brasil a variedade mais ordinária, processada na China para explorar a mão de obra local.

A exploração sem limites dos clientes de companhias aéreas registra absurdos inexplicáveis. Não há lógica no assalto. Nesta terça (27), uma passagem de ida e volta da Latam entre Brasília e Araguaína (TO), por exemplo, custava R$3.834, enquanto a mesma empresa cobrava R$3.301 pelo voo para Miami. Cerca de 950km separam as duas cidade, enquanto a distância para Miami é seis vezes maior: 5.800km.

Para voar Rio-Ilhéus a Gol cobrava na terça R$2.592, quase o mesmo (R$2.630) do trecho Rio-Paris, pela TAP, 9 vezes mais distante.

A Gol arrancou nota vexatória do Ministério da Justiça dizendo não ser “ilegal” explorar clientes cobrando para marcar assentos.

A alegação cínica da Anac que no Brasil há “liberdade tarifária” não deveria se aplicar a empresas com monopólio sobre rotas.

O ministro Celso de Mello assumiu uma posição corajosa, no Supremo Tribunal Federal, ignorando o lobby de ONGs (quase todas estrangeiras) e desempatando em favor dos pequenos agricultores.

Dados da prefeitura de Boston, citados pela organização da Jornada Empresarial para investidores, em Orlando, mostram que 1,4 milhão residentes brasileiros contribuem com US$58 bilhões para o PIB dos EUA, geram 628 mil empregos e pagam US$7,5 bilhões em impostos.

O aumento criminoso de até 51% no preço do frete tornou o Sedex, dos Correios, o serviço mais caro e mais ineficiente do mundo. Vai encarecer ou até inviabilizar a compra e a venda pela internet.

Vice-presidente da Câmara, o deputado Fábio Ramalho (PMDB-MG) avisou a Michel Temer que a reforma da Previdência não tinha chance de ser aprovada, e ainda perguntou: “Presidente, o sr. tem outra coisa para botar no lugar?” Tinha: a intervenção no Rio de Janeiro.

A decisão da procuradora geral Raquel Dodge de não avalizar o pedido de quebra de sigilo de Michel Temer dá sentido ao palpite do ex-diretor da PF, Fernando Segóvia, apostando no arquivamento do inquérito.

A Câmara está realmente de férias. Marcou para esta quinta (1º) a votação de acordos internacionais e só uma reunião da Comissão de Esporte, que nem sequer tem presidente. Não deve haver quórum.

O superávit primário recorde, R$31 bilhões apenas no mês de janeiro, é revelador da recuperação da Economia. É quatro vezes o registrado em todo o primeiro trimestre de 2010, quando o PIB cresceu 7,5%.

Os críticos do Ministério da Segurança Pública preferiam que os ministros da Defesa e da Justiça simplesmente trocassem de cargo. Sairia bem mais barato e não esvaziaria o velho Ministério da Justiça.

...após a condenação do ex-deputado a 9 anos de cadeia por duplo homicídio, agora é oficial: tirar uma vida no Brasil só rende 4 anos e meio de cadeia. E olhe lá.

NO DIÁRIO DO PODER
DIREITO DE ESCOLHA
CÂMARA GARANTE DIREITO DE ESCOLHA APROVANDO APLICATIVOS TIPO UBER
DEPUTADOS APROVAM UBER & CIA E OS DISPENSAM DE PLACA VERMELHA
Publicado quarta-feira, 28 de fevereiro de 2018 às 22:37 - Atualizado às 22:59
Da Redação
A Câmara dos Deputados garantiu o direito de escolha dos cidadãos, aprovando nesta quarta-feira (28) a regulamentação do transporte por aplicativos, tipo Uber ou Cabify, que agora só depende da sanção presidencial para virar lei. 
Os deputados derrubaram a decisão do Senado, que havia vedado o direito dos Municípios e do Distrito Federal de regulamentarem o serviço, mantiveram a alteração feita pelos senadores e desobriga o motorista a ter autorização específica do Poder Público para que possa atuar nos aplicativos. Também foi decidido que os carros de motoristas de aplicativos não precisam usar placa vermelha. Mas os motoristas devem apresentar certidão negativa de antecedentes criminais.
O motorista será obrigado a ter inscrição como contribuinte individual no INSS, ser portador de habilitação na categoria B ou superior que tenha a informação de que ele exerce atividade remunerada.

MAIS PROVAS CONTRA LULA
MARCELO ENTREGA A MORO 43 E-MAILS PROVANDO RELAÇÃO DE LULA COM A ODEBRECHT
MARCELO ACHOU 43 E-MAILS QUE PROVAM RELAÇÃO COM EX-PRESIDENTE
Publicado quarta-feira,  28 de fevereiro de 2018 às 22:20
Da Redação
Um total de 43 e-mails trocados entre 2008 e 2013 foram entregues pelos advogados de Marcelo Odebrecht ao juiz Sérgio Moro, nesta quarta-feira (28), provando o relacionamento entre o ex-presidente Lula e a empreiteira baiana.
As mensagens confirmam o que o empresário revelou em seu acordo de delação premiada sobre a relação da Odebrecht com Lula.
Marcelo só teve acesso a esse conteúdo depois que passou a cumprir prisão domiciliar, em dezembro de 2017, segundo seus advogados. É a terceira entrega de e-mails do computador pessoal de Marcelo Odebrecht. Moro vai decidir se vai admitir as mensagens como prova nos processos contra Lula.
Em um dos e-mails, de 21 de junho de 2011, Marcelo Odebrecht diz para um ex-diretor da empresa: "Quando mencionar ao amigo de BG que o acerto do evento foi com italiano/amigo de meu pai, e não com PT, importante não mencionar nada sobre minha conta corrente com italiano pois só ele e amigo de meu pai sabem".
A mensagem reforça o conhecimento de Lula sobre a conta corrente mantida com o ex-ministro Antônio Palocci, segundo a defesa de Marcelo Odebrecht.
De acordo com as investigações, Palocci era identificado na Odebrecht como “italiano” e Lula como “amigo de meu pai”. Palocci administraria a conta de propina que a Odebrecht tinha com o PT.
A defesa também destacou trocas de e-mails que, segundo os advogados, falam do andamento das obras no Sítio Santa Bárbara, em Atibaia, que custaram R$ 1,02 milhão. Em 30 de dezembro de 2010, o engenheiro da Odebrecht escreve para Marcelo e executivos do grupo: "A equipe informou hoje pela manha que esta tudo conforme programado. O mais importante nesse tipo de obra e' que não ha indefinicoes por parte do proprietário. Eu diria que temos como meta o dia 15 e não havendo imprevistos a alcancaremos. Temos um eng senior que se instalou em Atibaia e esta' cuidando pessoalmente do assunto com equipe de sua confianca".

SEM MOTIVO
STJ ADIA PARA TERÇA-FEIRA O JULGAMENTO DE HABEAS CORPUS JÁ NEGADO A LULA
O HC SERÁ JULGADO PELA QUINTA TURMA DO TRIBUNAL NA PRÓXIMA TERÇA-FEIRA (6)
Publicado: quarta-feira, 28 de fevereiro de 2018 às 18:26 - Atualizado às 20:13
Por Francine Marquez
O Superior Tribunal de Justiça (STJ) adiou o julgamento marcado para esta quinta-feira (1º) do habeas corpus do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, mais uma tentativa da defesa do petista de evitar a sua prisão. O motivo do adiamento não foi informado. 
O habeas corpus foi negado liminarmente pelo ministro Humberto Martins, vice-presidente do STJ que se encontrava no exercício da presidência, durante o recesso da Justiça.
O caso será julgado pela Quinta Turma do Tribunal na próxima terça-feira (6). Será analisado o mérito do pedido de defesa do petista, que contesta a possibilidade de cumprimento da pena antes que sejam esgotados todos os recursos, em todas as instâncias.
Lula foi condenado pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), em janeiro, a 12 anos e 1 mês em regime inicialmente fechado. 

PRODUTO DE CRIME
BENS DO EX-MINISTRO PETISTA JOSÉ DIRCEU VÃO A LEILÃO EM ABRIL
O JUIZ SÉRGIO MORO RESSALTOU QUE NENHUM DOS IMÓVEIS É UTILIZADO COMO MORADIA
Publicado: quarta-feira, 28 de fevereiro de 2018 às 17:14 - Atualizado às 17:22
Por Francine Marquez
Conforme determinação do juiz federal Sérgio Moro, quatro imóveis no valor total de R$ 11.050.375,00, do ex-ministro petista José Dirceu serão leiloados no dia 26 de abril.
Em janeiro, Moro determinou a alienação dos bens e ressaltou que nenhum dos imóveis é utilizado como moradia. “O condenado mostrou que não tem condições ou não quer permanecer com os imóveis, já que não está pagando as parcelas do financiamento do IPTU ou do condomínio. Não se pode admitir o esvaziamento do confisco, meio para recuperação do produto de crime de corrupção, pela omissão do condenado”.
Os quatro imóveis que serão leiloados são, um imóvel em São Paulo que está no nome da filha de Dirceu, avaliado no valor de R$ 750.375,00, um imóvel onde fica a sede da empresa de consultoria JD Assessoria, avaliado em R$ 6 milhões, uma casa na cidade de Passa Quatro, em Minas Gerais, de R$ 2,5 milhões, e uma chácara em Vinhedo, no interior paulista, no valor de R$ 1,8 milhão.
Dirceu foi preso durante a deflagração da Operação Pixuleco, na 17ª fase Operação Lava Jato, em agosto de 2015.
Moro condenou o ex-ministro de Lula a 32 anos e 1 mês de prisão, em duas ações. Por decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) o petista ganhou liberdade em maio de 2017.

NA COLUNA DO AUGUSTO NUNES
#SanatórioGeral: Neurônio pilantra
Pior governante da História do Brasil faz de conta que esqueceu a privatização da Petrobras, confiscada pelo consórcio PT-PMDB-PP-Empreiteiras Amigas
Por Augusto Nunes
Quarta-feira, 28 fev 2018, 22h39
“O Brasil está sendo vendido pedaço por pedaço pelo governo golpista. Agora alienaram o controle da Embraer – 51% – para a Boeing. A desfaçatez do governo é absoluta quando diz “só 51%”. Ora, com esse percentual estão transferindo o controle acionário para a Boeing.“. (Dilma Rousseff, fingindo não ter nada a ver com a entrega de 100% da Petrobras ao maior esquema corrupto de todos os tempos, chefiado pelo fabricante do poste que foi despejado do Planalto antes que liquidasse o Brasil)

#SanatórioGeral: Faltou pouco
Lula reconhece que o governo do PT roubou mais do que todos, mas poderia ter roubado ainda mais
Por Augusto Nunes
Quarta-feira, 28 fev 2018, 16h24
“Certamente não fizemos tudo o que tinha pra fazer. Mas certamente ninguém nunca fez mais do que o PT“. (Lula, na comemoração dos 38 anos de vida desregrada do PT, admitindo que o maior esquema corrupto da História roubou como ninguém, mas não teve tempo para saquear todos os cofres públicos do Brasil)

O fiasco em letras e números do Brasil de Lula e Dilma
O País ficou parecido com Lula em Leitura e é a cara de Dilma em Matemática
Por Augusto Nunes
Quarta-feira, 28 fev 2018, 21h14 - Publicado em 28 fev 2018, 21h13
Um relatório do Banco Mundial acaba de ampliar a sórdida herança legada pela dupla Lula e Dilma Rousseff. Segundo o documento, divulgado nesta terça-feira, o País vai demorar 260 anos para alcançar o nível dos países desenvolvidos, em Leitura e 75 anos em Matemática.
Faz sentido. O viveiro de 12 milhões de analfabetos elegeu em 2002 e reelegeu em 2006 uma cabeça baldia. O ex-presidente condenado a 12 anos e 1 mês de cadeia acha leitura “pior que exercício em esteira”. Em 2010, a maioria do eleitorado instalou na Presidência um neurônio solitário e reincidiu na maluquice em 2014. Num vídeo famoso, a ex-presidente despejada pelo impeachment revela que “treze menos quatro dá sete”.
Deu no que deu. O Brasil ficou parecido com Lula em Leitura e é a cara de Dilma em Matemática.

NO BLOG DO JOSIAS
Cansado de viver como um mito, Lula vira piada
Por Josias de Souza
Quinta-feira, 01/03/2018 05:18
Lula concedeu uma entrevista à Folha. Longa, ela se divide em duas partes. Nos trechos em que desconversa, Lula demonstra ser capaz de tudo. Mas revela-se incapaz de todo nos pedaços em que é convidado a dar explicações sobre seus confortos. Quem não quiser desperdiçar tempo pode se concentrar em duas passagens. Numa, Lula foge das perguntas sobre o sítio de Atibaia. Noutra, insinua que a força-tarefa da Lava Jato segue ordens de controladores americanos, instalados numa salinha obscura de um prédio qualquer de Washington.
Perguntou-se a Lula se a reforma que a Odebrecht fez no sítio de Atibaia não revelaria um relacionamento promíscuo entre um político e uma empreiteira. E ele: “Não. Esse é um outro tipo de processo. Não é o processo do qual estou sendo vítima.” A repórter deu uma segunda chance ao entrevistado: "É uma pergunta que estou fazendo ao senhor", insistiu. Lula não se deu por achado:
“Essa pergunta eu espero que seja feita em juízo, pelo Moro. Porque primeiro disseram que o sítio era meu. Aí descobriram que ele tem dono. Então mudaram [para dizer que] me fizeram favor. Se fizeram, não me pediram. Eu fiquei sabendo desse sítio no dia 15 de janeiro de 2011.”
Ofereceu-se a Lula uma terceira chance de se defender. "Por que empreiteiras tinham que reformar o sítio?" E nada: “Quando eu for prestar depoimento, eu espero que essas sejam as perguntas que eles me façam.” A repórter não se deu por vencida. "Estou fazendo a pergunta agora", ela disse. Esforço inútil: “Não, você não é juíza. Eu vou esperar o juiz. Porque se eu responder para você, o Moro vai fazer outras…”
Coube a Lula injetar os Estados Unidos na conversa. De repente, ele declarou: “Estou convencido de que os americanos estão por trás de tudo o que está acontecendo na Petrobras. Porque interessa para eles o fim da lei que regula o petróleo, o fim da lei que regula a partilha. O Brasil descobriu a maior reserva de petróleo do mundo do século 21. E não se sabe se tem outra…”
Perguntou-se a Lula se ele faz uma conexão entre a trama supostamente urdida pelos americanos e o drama criminal que o assedia. “Faço”, disse ele, com sólida convicção. “Se estiver errado, vou viver para pedir desculpas”, acrescentou, abrindo uma ligeira brecha para a dúvida.
A repórter foi ao ponto: "Acha que os procuradores da Lava Jato vão aos EUA e se reúnem com um mentor?" “Eu acho”, declarou Lula. “Agora mesmo o Moro está lá, para receber um prêmio dessa Câmara de Comércio Brasil-EUA. Ele foi lá para ficar 14 dias. Eu já recebi prêmios. Você vai num dia e volta no mesmo dia.”
Como se vê, Lula escolheu viver num Brasil alternativo, onde nada aconteceu. Nesse país paralelo, Lula é uma inocente criatura a quem empreiteiras culpadas prestam favores monetários jamais solicitados. Tudo tramado num porão de Washington, nos arredores da Casa Branca, de onde nossos controladores mexem os cordões que movem as marionetes de Curitiba.
O fracasso subiu à cabeça de Lula. Pelo elevador do tríplex. Cansado de viver como mito, o líder máximo do PT escolheu ser preso como piada. “Eu não tenho essa perspectiva nem de me matar nem de fugir do Brasil. E vou ficar aqui. Aqui eu nasci, aqui é o meu lugar. Eu não tenho medo de nada. Só de trair o povo desse País. É por isso que eu estou aqui, fazendo a minha guerra”, disse Lula a certa altura, como um Napoleão se descoroando, numa Waterloo particular.

Ação de Jungmann se volta contra Temer no STF
Por Josias de Souza
Quinta-feira, 01/03/2018 03:02
Jungmann protocola em 2015 ação contra Dilma, que agora pode ricochetear em Temer
Uma petição protocolada no Supremo Tribunal Federal por Raul Jungmann contra Dilma Rousseff, virou uma espécie de bala perdida que pode atingir Michel Temer. Graças à ação de Jungmann, o ex-ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal, anotou em decisão de 15 de maio de 2015 que o entendimento consolidado da Suprema Corte permitiria a abertura de investigação contra Dilma na Lava Jato caso houvesse indícios do envolvimento dela em irregularidades.
Agora, valendo-se da mesma tese, a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, pede a instauração de inquérito para investigar Temer no caso do jantar do Jaburu, que envolve o pagamento de propina de R$ 10 milhões da Odebrecht. Suprema ironia: quando foi ao Supremo contra Dilma, Jungmann era deputado federal pelo PPS de Pernambuco. Decorridos quase três anos, virou um dos mais prestigiados ministros de Temer. Acaba de ser transferido da pasta da Defesa para o Ministério Extraordinário da Segurança Pública, nova coqueluche do governo.
Na ação judicial de 2015, assinada a pedido de Jungmann pelo presidente do PPS, Roberto Freire, o agora ministro da Segurança contestava uma posição de Rodrigo Janot, antecessor de Raquel Dodge no comando da Procuradoria-Geral da República. O nome de Dilma fora citado pelo ex-diretor da Petrobras, Paulo Roberto Costa. Ele dissera que o ex-ministro petista, Antonio Palocci, o procurara para pedir dinheiro para o caixa dois da campanha presidencial de Dilma em 2010. A despeito da menção do delator, Janot sustentou no Supremo que Dilma não poderia ser investigada.
Janot escorou-se em dois argumentos. Num, alegou que não havia indícios sólidos que justificassem a abertura de um inquérito. Noutro, argumentou que, mesmo que desejasse investigar a então presidente petista, a Constituição não permitiria. Nessa versão, os presidentes da República seriam beneficiários de algo que Janot chamou de “imunidade temporária”. Por quê? O paragrafo 4º do artigo 86 da Constituição anota que “o presidente da República, na vigência de seu mandato, não pode ser responsabilizado por atos estranhos ao exercício de suas funções.”
Traduzindo para o Português das ruas: enquanto estiver no Planalto, um presidente não pode ser incomodado por crime cometido antes do início do seu mandato. Pois bem. Auxiliado pelos advogados do PPS, Jungmann buscou nos arquivos do próprio Supremo decisões que contrariavam o entendimento de Janot. Encontrou duas: uma, do decano Celso de Mello e outra, de Sepúlveda Pertence, já aposentado.
Escorando-se nestas decisões, a petição do PPS sustentava que o presidente poderia, sim, ser investigado por crimes cometidos antes do mandato. O que a Constituição proíbe é a responsabilização criminal. Assim, a investigação garantiria a coleta de provas que seriam utilizadas para a eventual abertura de ação penal depois que terminasse o mandato do alvo do inquérito.
Teori Zavaschi, que morreria depois em acidente aéreo, já havia concordado com a tese da “imunidade temporária” de Dilma. Mas deu o braço a torcer. No despacho que assinou em 15 de maio de 2015, Teori escreveu:
“Não se nega que há entendimento desta Suprema Corte no sentido de que a cláusula de exclusão de responsabilidade prevista no parágrafo quarto do artigo 86 da Constituição (o presidente da República, na vigência de seu mandato, não pode ser responsabilizado por atos estranhos ao exercício de suas funções) não inviabiliza, se for o caso, a instauração de procedimento meramente investigatório, destinado a formar ou a preservar a base probatória para uma eventual e futura demanda contra o chefe do Poder Executivo.” (...)
(...)
Embora tenha reconhecido a possibilidade de abertura de investigação contra presidentes da República, Teori anotou no mesmo despacho que, em relação a Dilma, não havia o que fazer, pois Janot alegara não ter encontrado indícios que justificassem a abertura de um inquérito contra ela. E o Supremo, acrescentou Teori, não poderia agir sem ser acionado pelo chefe do Ministério Público Federal. “Cabe exclusivamente ao procurador-geral da República requerer abertura de inquérito, oferecer a inicial acusatória e propugnar medidas investigatórias”, justificou-se, antes de enviar a petição de Jungmann para o arquivo.
Em relação a Temer a coisa é diferente. O jantar do Jaburu, no qual Marcelo Odebrecht foi mordido em R$ 10 milhões, foi citado por seis delatores da construtora. Janot considerou que havia matéria prima para um inquérito. Mas invocou em favor de Temer a mesma tese da “imunidade temporária” que levantara como escudo para Dilma. O ministro Edson Fachin, que herdou de Teori Zavaschi a relatoria da Lava Jato no Supremo, atendeu às ponderações de Janot. Abriu inquérito apenas contra os ministros palacianos Eliseu Padilha e Moreira Franco, deixando Temer de fora.
Sobreveio a posse de Raquel Dodge no comando da Procuradoria, em setembro de 2017. Na última terça-feira, com mais de cinco meses de atraso, a doutora enviou ofício a Fachin pedindo a inclusão de Temer no inquérito sobre o jantar do Jaburu. Cabe ao relator da Lava Jato decidir se acata ou não o pedido. Ele pode dividir a decisão com o plenário do Supremo. Graças a Jungmann, Fachin irá se deparar com o despacho de Teori ao estudar o caso.

Delegados celebram a saída de Segovia da PF
Por Josias de Souza
Quarta-feira, 28/02/2018 21:31
O tempo dirá o que Raul Jungmann será capaz de fazer com o Ministério Extraordinário da Segurança Pública, que recebeu de Michel Temer. Mas a transferência de Jungmann da pasta da Defesa para o novo ministério produziu um primeiro efeito colateral benfazejo. O afastamento de Fernando Segóvia da direção-geral da Polícia Federal retirou da sala da Lava Jato um bode que exalava um odor insuportável. Rogério Galloro, o substituto, é um delegado respeitado pela corporação. Tende a apagar o incêndio que arde na PF.
Se Michel não fosse tão Temer, José Sarney jamais teria ousado indicar Segóvia para a chefia da PF. E o denunciado Eliseu Padilha não estaria na Casa Civil para avalizar um apadrinhado disposto a azeitar a Operação Abafa a Jato. Auxiliares de Temer esforçaram-se para manter Segóvia na PF. Natural. Enquanto ele estivesse lá, as investigações contra o PMDB é que seriam suspeitas, não os investigados. Nem mala com propina de R$ 500 mil era evidência de corrupção.
Temer dissera que tinha dez nomes para a pasta da Segurança Pública. Era lorota. Recorreu a Jungmann, opção doméstica. O novo ministro levantou duas condicionantes: carta branca para trocar os subordinados e reforço orçamentário. Premido pelo relógio, Temer concordou. Jungmann deu entrevista nesta quarta-feira.
Com Segóvia, teria desperdiçado 100% do tempo dando explicações sobre um subordinado tóxico. Sem ele, pôde falar sobre Segurança. Como ensinou o gênio Guimarães Rosa, ''sapo não pula por boniteza, mas sim por precisão''. Foi por necessidade, não por boniteza, que Jungmann livrou a Polícia Federal de Segóvia. Os delegados que se ocupam de inquéritos anticorrupção celebram a novidade.

Segurança: governadores pedirão verba a Temer
Por Josias de Souza
Quarta-feira, 28/02/2018 19:55
Animados com a súbita prioridade que Michel Temer atribuiu à área da Segurança Pública, os governadores virão a Brasília nesta quinta-feira munidos de sugestões que têm algo em comum: precisam de verbas federais para sair do papel. O governo ainda não informou quanto a intervenção na Segurança do Rio de Janeiro custará ao Tesouro Nacional. Mas os governadores esperam que, na reunião marcada para esta quinta-feira, em Brasília, Temer estenda sua generosidade para os outros Estados da Dederação.
(...)
Alguns governadores trocam telefonemas para uniformizar as posições que serão levadas a Temer. Um deles lembrou, em conversa com o blog, o conteúdo de manifesto encaminhado ao presidente em 5 de janeiro deste ano pelos governadores de sete Estados. ''A situação é a mesma'', disse. Escrito nas pegadas de uma rebelião que produziu nove mortos num presídio de Goiás, o documento acusou a União de se omitir: ''Os entes federados enfrentam praticamente sozinhos os grandes desafios impostos pelo avanço da criminalidade.”
Assinaram o manifesto os governadores Marconi Perillo (Goiás), Rodrigo Rollemberg (Distrito Federal), Pedro Taques (Mato Grosso), Reinaldo Azambuja (Mato Grosso do Sul), Marcelo Miranda (Tocantins), Confúcio Moura (Rondônia) e Flávio Dino (Maranhão). Cobravam “a tomada de providências urgentes” por parte do governo federal. Enumeravam cinco sugestões. Quatro envolviam a liberação de verbas. Uma pedia leis mais duras contra a bandidagem. Temer fez ouvidos moucos. Mas os signatários da peça acham que a situação mudou.
Antes da intervenção federal no Rio, prevalecia o velho jogo de empurra. Brasília dizia que o flagelo da Segurança Pública era uma responsabilidade constitucional dos Estados. Aos mais ameaçados, oferecia o envio de tropas das Forças Armadas. Conhecidas no jargão militar como GLOs, as operações de garantia da lei e da ordem banalizaram-se. O que não impediu os governadores de continuar sustentando que parte da encrenca era de alçada federal, “sobretudo as ações de grupos organizados para o tráfico de drogas e crimes correlatos”, como realçaram os signatários do manifesto de janeiro.
Convidados pelo presidente para a reunião desta quinta, os governadores esperam encontrar u'a mão estendida. De preferência com a oferta de dinheiro. Avaliam que, sem verba, a nova pasta da Segurança Pública será apenas mais um apêndice inútil no organograma federal.
Entre as ideias que devem ser levadas à mesa no encontro com Temer e seus ministros está a criação de um “Fundo Nacional de Segurança Pública.” Coisa a ser abastecida com dinheiro da União, livre dos bloqueios orçamentários que a área econômica costuma impor. Aliás, os governadores esperam que Temer libere as comportas que impedem o escoamento da verba do Fundo Penitenciário Nacional (Funpen).
Outra sugestão que deve ser mencionada na reunião envolve a criação de um “programa nacional” para reprimir nas fronteiras o tráfico de armas e de drogas. De novo, com verba federal. De resto, alguns governadores repetirão uma velha demanda pela construção de novos presídios federais, para abrigar presos de alta periculosidade.
Como se vê, os executivos estaduais parecem mais interessados em ouvir o ministro Henrique Meirelles (Fazenda), que administra a chave do cofre, do que seu colega Raul Jungmann, acomodado na poltrona de ministro da Segurança Pública.

NO O ANTAGONISTA
Lula se prepara para a cadeia (com Whey e sem povo na rua)
Brasil Quinta-feira, 01.03.18 07:02
Lula disse à Folha de S. Paulo que está se preparando para passar uma temporada na cadeia:
“Tô me preparando. Levanto todos os dias às 5h da manhã, faço duas horas e meia de ginástica, tomo Whey todo dia para ficar bem forte. E vou levando a vida assim. Eu não tenho essa perspectiva nem de me matar nem de fugir do Brasil. E vou ficar aqui. Aqui eu nasci, aqui é o meu lugar. Eu não tenho medo de nada. Só de trair o povo desse País. É por isso que eu estou aqui, fazendo a minha guerra.”
A colunista social perguntou:
“E o povo na rua?”
Lula respondeu, reconhecendo o fracasso de todos os protestos convocados pelo PT:
“Você não leva o povo na rua para qualquer coisa.”

“Ô, querida, não me peça provas de uma coisa que eu não tenho”
Brasil 01.03.18 06:43
Lula acusou Sérgio Moro de ser um agente dos americanos, que querem roubar nosso petróleo.
Em seguida, ele admitiu candidamente à colunista social da Folha de S. Paulo que acusou sem provas, insinuando um conluio entre os membros da Lava Jato e os Estados Unidos:
“Ô, querida, não me peça provas de uma coisa que eu não tenho. Eu estou apenas insinuando que pode ser, tal é a proximidade do Ministério Público com a Secretaria de Justiça dos EUA."

O golpe da TV Globo
Brasil 01.03.18 06:29
A TV Globo tentou dar um golpe em Michel Temer.
De todas as mentiras contadas por Lula à Folha de S. Paulo, essa é a mais bizarra. Nem a colunista social do jornal conseguiu entender o raciocínio do criminoso condenado pela Lava Jato.
Ele disse:
"É importante ter em conta que o Temer teve uma vitória quando derrubou o golpe que a TV Globo, o Janot e o Joesley tentaram dar nele.
Aquele golpe tinha como pressuposto básico o Temer cair, o Rodrigo Maia assumir a presidência e o Janot ter um terceiro mandato."
"O senhor acha que a Globo tentou dar um golpe?"
"Acho. Eu acho." 
"E por que isso ocorreria?"
"Porque era importante manter o Janot. Era importante tirar o Temer. E era importante colocar o Rodrigo Maia. Isso para mim tá claro."
"Mas por que Rodrigo Maia se o Temer tem uma plataforma…"
"O Temer se prestou a fazer o serviço do golpe. Mas não era uma figura palatável, e houve uma tentativa de golpe. Senão, me explica o que aconteceu."


Dodge se manifesta contra pedido de Aécio
Brasil Quarta-feira, 28.02.18 21:00
Raquel Dodge se manifestou contra o pedido de Aécio Neves para ter acesso a delações de executivos da Odebrecht, relata o repórter Daniel Adjuto, do SBT.
O senador tucano tinha solicitado acesso aos depoimentos de Marcelo Odebrecht, Benedicto Barbosa, Sérgio Neves, Henrique Valadares e Cláudio Melo Filho de uma só vez.
A procuradora-geral da República disse ao Supremo que atender ao pedido poderia “inviabilizar a investigação” e “abrir espaço para a fragilização dos elementos de prova que estejam ao alcance dos comparsas”.

Coronel Lima quer depor por escrito à PF
Brasil 28.02.18 20:38
A defesa de João Baptista Lima Filho, o coronel Lima, amigão de Michel Temer, pediu à Polícia Federal que seu depoimento seja tomado por escrito e alegou que a saúde dele é frágil, informa a Folha.
A PF está tentando ouvir o coronel no âmbito do inquérito dos portos, aquele que corre no STF e apura se Temer favoreceu a empresa santista Rodrimar na edição de um decreto para o setor.
Desde maio do ano passado o coronel Lima, que tem 74 anos, apresenta atestados médicos para não comparecer aos interrogatórios.
Em 30 de janeiro, Cleyber Malta Lopes, o delegado que conduz o inquérito dos portos na PF, intimou Lima novamente.
A defesa do assessor de Temer respondeu que ele se recupera de cirurgia para retirar o rim esquerdo, em razão de um tumor, e que seu quadro neurológico ainda é grave.

Alvo da ‘Jabuti’ pagou 5,6 milhões a atual presidente da Oi
Brasil 28.02.18 19:59
A banca Eurico Teles Advocacia Empresarial aparece na lista de escritórios de advocacia beneficiados pela gestão de Orlando Diniz, preso na Operação Jabuti.
Eurico, atual presidente da Oi, embolsou quase R$ 5,6 milhões. Em dezembro, O Antagonista publicou uma nota fiscal emitida por Eurico à Fecomércio no valor de R$ 5,3 milhões.
Curiosamente, Eurico também foi alvo de denúncias por contratações suspeitas de escritórios de advocacia quando era diretor-jurídico da companha telefônica.
Mais cedo, O Antagonista mostrou também que, além do escritório Teixeira e Martins (advogados de Lula), foram beneficiados por Diniz os filhos do vice-presidente do STJ e de um ministro do TCU, assim como uma ex-assessora de Antonio Palocci investigada na Zelotes.

Foi a defesa de Lula que pediu para adiar o julgamento do HC
Brasil 28.02.18 19:44
Foi a defesa de Lula que pediu – e Félix Fischer, do STJ, concedeu – o adiamento do julgamento do pedido de habeas corpus do ex-presidente, informa o Estadão.
Segundo o jornal, o motivo é que Sepúlveda Pertence, que faria a sustentação oral, teve um problema de saúde que o impediria de comparecer ao STJ amanhã.

Fux resolve ouvir testemunhas de Bolsonaro
Brasil 28.02.18 19:43
Luiz Fux resolveu convocar as testemunhas de Jair Bolsonaro na ação penal por incitação ao estupro para que sejam ouvidas no mesmo dia do interrogatório do parlamentar, em 4 de abril.
Ontem, O Antagonista denunciou que o ministro estava pisoteando a jurisprudência ao tentar ouvir o deputado antes das testemunhas.
Leiam o despacho:
“Considerando o cancelamento das audiências marcadas para as datas de 29/11/2017 e 30/11/2017 e, tendo em vista, ainda, a dificuldade, mediante contato telefônico prévio com os parlamentares, de se viabilizar novo agendamento, em conformidade com os princípios constitucionais da economia e celeridade processual, intime-se a defesa para se manifestar, no prazo de 5 (cinco) dias, acerca da possibilidade das testemunhas arroladas comparecerem a este Supremo Tribunal Federal em 04/04/2018, às 9h30 – data designada para o interrogatório do réu nos autos da Ação Penal 1008/DF.”

Força no crochê, Ideli
Brasil 28.02.18 16:44
Ideli Salvatti, de nada saudosa memória, reapareceu no Congresso hoje, registra a Época.
A ex-senadora e ex-ministra de Dilma Rousseff disse estar tentando “tocar um projeto de soberania nacional”.
Segundo a revista, a petista descartou novas candidaturas. “Tenho 66 anos. Minha vida agora é crochê, netos e militância.”
O Antagonista dá a maior força ao crochê de Ideli Salvatti. Alguma coisa ela deve fazer direito.











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