NO O ANTAGONISTA
Exclusivo: Ex-assessora de Palocci delatada pela Odebrecht e investigada na Zelotes também recebeu dinheiro de Orlando Diniz
Relatório de inteligência financeira da Receita Federal, obtido por O Antagonista, revela ainda que Orlando Diniz pagou R$ 7,2 milhões para um escritório de advocacia e uma consultoria usados por Lytha Spíndola, ex-assessora de Antonio Palocci, para receber propina.
A banca Spíndola Palmeira Advogados e a Green Century Consultoria pertencem aos irmãos Vladimir e Camilo Spíndola, filhos de Lytha, que foi chefe de gabinete de Antonio Palocci e ex-secretária-executiva da Câmara de Comércio Exterior do MDIC.
Segundo o delator Antônio de Castro Almeida, executivo da Odebrecht, Lytha atuava em benefício do grupo na Camex. Os acertos de propina eram feitos com seu filho Vladimir.
Lytha e seus filhos também são investigados na Zelotes por envolvimento no esquema de edição de medidas provisórias que beneficiaram o setor automobilístico. O escritório da ex-assessora de Palocci recebeu propina do lobista Mauro Marcondes, o mesmo que pagou Luís Cláudio Lula da Silva, o Luleco, filho caçula de Lula.
(...)
Exclusivo: Filho do vice-presidente do STJ recebeu R$ 25 milhões de alvo da ‘Operação Jabuti’
O escritório de Eduardo Martins, filho do vice-presidente do STJ, Humberto Martins, recebeu R$ 25 milhões da Fecomércio, segundo relatório de inteligência financeira obtido por O Antagonista.
Como O Antagonista já revelou, Eduardo Martins foi subestabelecido no contrato firmado pelo escritório do compadre de Lula com o então presidente da Fecomércio, Orlando Diniz, preso na Operação Jabuti.
O documento da Receita mostra ainda que o advogado Tiago Cedraz, filho do ministro do TCU Aroldo Cedraz, embolsou outros R$ 12,84 milhões, pagos pela Fecomércio.
O MPF precisa ir a fundo na atuação desses escritórios.
Depoimentos de ex-diretores da Fecomércio indicam que Orlando contratou Roberto Teixeira para resolver o que chamou de “problema político”, ao se referir à batalha jurídica travada pelo dirigente do Sistema S no Rio com o comando central da CNC.
O escritório Teixeira e Martins, sozinho, recebeu R$ 68 milhões da gestão de Orlando Diniz.
A especialidade dos ministros do TCU: levar o dinheiro público para passear
Enquanto isso, no Tribunal de Contas da União, os ministros continuam levando o dinheiro dos pagadores de impostos para passear.
Aroldo Cedraz, por exemplo, viajou no último dia 25 para Barcelona, para participar do “Mobile World Congress”. Ele vai ficar na Espanha até o próximo dia 7, com diárias de 691 dólares. No total, gastará 4.491 dólares. E mais 50 cents, porque é preciso ser exato com o dinheiro público. Fora a passagem aérea, não contabilizada nesse total. Se é que foi uma só, porque ministros como ele dificilmente viajam sozinhos.
O que Aroldo Cedraz, cuja função é relatar e julgar processos, foi fazer num congresso de tecnologia?
Resposta: Aroldo é mobile, qual piuma al vento…
TRF-4 nega mais um pedido de Lula para afastar Moro
A Oitava Turma do TRF-4 negou pedido da defesa de Lula para afastar Sérgio Moro – sim, mais um – da condução do processo em que o petista é réu por recebimento de propina da Odebrecht.
O pretexto, desta vez, foi a palestra de Moro na Petrobras, no início de dezembro. A estatal é parte em várias ações penais da Lava Jato, e a defesa de Lula apontou “eventual aconselhamento” por parte do juiz federal.
João Pedro Gebran Neto considerou que a palestra era aberta ao público em geral e não tinha relação com o processo penal. Os outros dois desembargadores da Oitava Turma acompanharam o relator.
A acusação em questão é a que envolve o terreno que seria usado para instalar o Instituto Lula e o apartamento vizinho ao do petista, em São Bernardo.
Fux pede mais prazo para informar STF sobre voto impresso
Luiz Fux, que agora preside o TSE, pediu mais prazo para apresentar informações ao STF sobre o voto impresso, informa o Estadão.
A solicitação foi em resposta a Gilmar Mendes, relator de ação no Supremo que pede a suspensão da implantação do voto impresso para a eleição deste ano.
A ação é de Raquel Dodge, que tenta barrar a novidade incluída na reforma política. Para a PGR, a reintrodução do voto impresso “caminha na contramão da proteção da garantia do anonimato do voto e significa verdadeiro retrocesso”.
Sérgio Moro no México
Sérgio Moro esteve no México ontem, a convite de uma ONG. Conversou com estudantes de Direito, foi ao Senado e esteve com ministros da Suprema Corte do país, relata El País.
O juiz federal disse, entre outras coisas, que a corrupção continuará existindo, mas é preciso “romper as regras” da impunidade.
Moro também destacou a importância das delações premiadas na Lava Jato. E frisou: “É importante ter provas. Não se pode julgar somente com depoimentos”.
General Mourão diz que Temer tem de ser “expurgado da vida pública”
O general Hamilton Mourão disse que Michel Temer tem de ser “expurgado da vida pública”.
Leia o relato de O Globo:
<À imprensa, o general Mourão disse que somente com o voto e com a atuação do poder Judiciário o País pode superar a crise do sistema político.
— As pessoas hoje entram na política não para servir, mas para ser servido, esse é o recado (…).
Ele disse ainda que a solução para o regime político passa pelo voto da população e pelo Judiciário, que na visão dele “tem que fazer o papel dele e expurgar da vida pública aquelas pessoas que não tem condições dela participar”.
Questionado se o recado incluía o presidente Temer, Mourão foi categórico:
— Inclui, sim senhor.>
Defesa do terrorista Battisti acha que a República brasileira vale menos do que a francesa
Depois do “argumento” apresentado pela defesa de Cesare Battisti, de que não cabe “à República da Itália, nem ao atual ou vindouro Poder Executivo brasileiro, nem ao Poder Judiciário e nem à mídia criar brechas no sistema jurídico brasileiro com vistas à remessa ilegal do reclamante ao exterior”, Michel Temer deveria chutar o terrorista para uma prisão italiana o mais rápido possível.
Acolhido por François Mitterrand, presidente da República francesa, o terrorista estava para ser extraditado por Jacques Chirac, também presidente da República francesa, quando escapou para o Brasil.
Se um presidente da República francesa pode reverter uma decisão de um antecessor, o presidente da República brasileira também pode.
A República brasileira não vale menos do que a francesa, ao contrário do que acha a defesa do terrorista Cesare Battisti.
Barroso rebate Gilmar: “Não frequento palácios”
Ele escreveu ao blog de Andréia Sadi:
“Jamais antecipei julgamento. Nem falo sobre política. Eu vivo para o bem e para aprimorar as instituições. Sou um juiz independente, que quer ajudar a construir um País melhor e maior. Acho que o Direito deve ser igual para ricos e para pobres, e não é feito para proteger amigos e perseguir inimigos. Não frequento palácios, não troco mensagens amistosas com réus e não vivo para ofender as pessoas.”
Não é de hoje que os dois ministros se estranham.
(...)
Defina “quebrar o galho dele”, Paulinho
Michel Temer tem mesmo obsessão por encontros fora da agenda — ou por colocar encontros na agenda depois que eles ocorreram.
Andréia Sadi conta que o encontro com Paulinho da Força não constava da agenda do presidente “até às 11h35, quando foi atualizada pela assessoria da Presidência. Na atualização, a reunião com Paulinho apareceu às 9h30”.
E mais:
“Ao longo da manhã, enquanto ocorria o encontro com o deputado, a agenda apontava que o primeiro compromisso de Temer era às 10h, com o presidente do BNDES, Paulo Rabello de Castro.
Paulinho chegou ao Planalto acompanhado por João Carlos Gonçalves, o Juruna, secretário-geral da Força Sindical. Mas o deputado teve uma reunião privada com o presidente.”
Será que Paulinho é questão urgente porque disse a Ricardo Saud, da JBS, que Temer teria uma fazenda registrada no nome do Coronel Lima?
Claro que não. Paulinho disse que foi falar de “questões sindicais” e que não deu explicações a Temer sobre a tal fazenda.
“Também não falei nada. Até porque, se alguém tivesse que falar, seria ele, né? Eu quebrei o galho dele. Se eu tivesse falado o contrário… Na verdade, eu falei a verdade.”
Agora Paulinho diz que não falou nada a Ricardo Saud.
Defina “quebrar o galho dele”, Paulinho.
Fachin nega medidas cautelares para Lúcio Vieira e a mãe
Edson Fachin negou o pedido da PGR para aplicar medidas cautelares contra Lúcio Vieira Lima e a mãe, Marluce Vieira Lima, no inquérito que investiga a origem de R$ 51 milhões apreendidos em um apartamento em Salvador.
O Ministério Público queria recolhimento domiciliar noturno para Lúcio Vieira Lima, com uso de tornozeleira, e a prisão domiciliar de Marluce.
“Não constato, no atual panorama processual, a necessidade de decretação das medidas cautelares”, decidiu o ministro do STF.
Grupo de Silvio Santos é condenado a pagar 38,1 milhões de reais
A CVM condenou por unanimidade 16 ex-executivos do Banco Panamericano por irregularidades na administração.
A maior multa, registra a Folha, foi aplicada a Silvio Santos Participações, como controladora do banco: R$ 38,1 milhões.
Os condenados teriam manipulado a elaboração, análise e divulgação de informações financeiras da companhia.
20 delegados para o combate a corrupção
Raul Jungmann diz que o combate à corrupção contará com mais 20 delegados da PF.
“O combate à corrupção e à criminalidade não são excludentes. Ambos são essenciais.”
Corrupção é criminalidade.
NO JORNAL DA CIDADE
Em programa ao vivo jornalista petista prenuncia a morte de Cármen Lúcia
A morte de Carmen Lúcia é apontada como solução
Da Redação
Quarta-feira, 28/02/2018 às 09:35
Chocante, preocupante e gravíssimo.
O conhecido jornalista petista Alex Solnik, extremamente talentoso, que já trabalhou em grandes veículos brasileiros, autor de livros publicados é um dos inúmeros casos de profissionais que se tornaram reféns do PT.
O jornalista já atuou em publicações como Jornal da Tarde, IstoÉ, Senhor, Careta, Interview e Manchete. É autor de treze livros, dentre os quais ‘Porque não deu certo’, ‘O Cofre do Adhemar’, ‘A guerra do apagão’ e ‘O domador de sonhos’.
Infelizmente, Solnik entregou sua alma, sua inteligência, seus princípios e todo o seu profissionalismo ao PT.
Acabou o homem...
Nesta terça-feira (27), durante uma transmissão ao vivo no portal petista conhecido como 247, Alex Solnik deixou escapar uma revelação ou um prenúncio ou, talvez, uma ameaça, extremamente preocupante.
O tema da discussão era justamente a prisão de Lula e a manifesta demonstração da presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Cármen Lúcia, de que não pautará para julgamento o Habeas Corpus em favor de Lula.
Veio a pergunta: 'Qual a possibilidade de o STF pautar sem a Cármen Lúcia?'
Solnik não se conteve: ‘Só se a Cármen Lúcia morrer e assumir o seu sucessor. Essas coisas acontecem no Brasil. As tragédias...’
O PT é uma organização criminosa perigosíssima.
Não dá para duvidar.
Qualquer um que cruze o caminho tortuoso do PT está em risco.
Vamos compartilhar para que o País fique em alerta.
Lula e Roberto Teixeira, uma sociedade infame e sem limites
Da Redação
Terça-feira, 27/02/2018 às 13:15
É verdade que a estreita relação havida entre Lula e o advogado Roberto Teixeira demanda algumas décadas.
São compadres. Teixeira é padrinho de Lulinha.
Mas, muito mais do que isso, entre Lula e o advogado estabeleceu-se uma sociedade de fato, com um objetivo bem definido: ganhar dinheiro.
Em todos os negócios de Lula aparece a figura nebulosa de Teixeira. Desde a compra de um terreno, apartamento ou sítio até grandes negociatas envolvendo conglomerados financeiros, empresas de aviação e empreiteiras.
Não é sem razão que hoje Teixeira também é réu e fatalmente será condenado.
Assim, quando se vê uma entidade como a Fecomércio pagando R$ 68 milhões para o escritório do causídico, enxerga-se facilmente a sombra de Lula por trás do negócio.
Essa asquerosa sociedade deu muitos prejuízos ao Brasil e ao povo brasileiro.
NO DIÁRIO DO PODER
INQUÉRITO DO STF
PF COBRA A EUNÍCIO DADOS DE VISITAS DE EXECUTIVOS DA ODEBRECHT A RENAN
EUNÍCIO ATRASA EM TRÊS MESES DADOS SOBRE RESIDÊNCIA OFICIAL
Publicado quarta-feira, 28 de fevereiro de 2018 às 12:03 - Atualizado às 12:05
Por Davi Soares
Motivada pelos rumos do inquérito que investiga o senador Renan Calheiros (MDB-AL), a Polícia Federal cobrou ao presidente do Congresso Nacional, Eunício Oliveira (PMDB-CE), os registros de entrada de diretores e ex-executivos da Odebrecht na residência oficial do presidente do Senado, entre 2012 e 2017, quando o senador alagoano ocupava o imóvel.
As informações são esperadas há três meses e podem confirmar uma das delações premiadas, que relatou sobre a visita de ex-dirigentes da Odebrecht ao local. Outro ofício do delegado Bernardo Guidali Amaral já havia sido enviado em novembro do ano passado, pedindo ao senador Eunício Oliveira os registros, a fim de verificar se cinco ex-dirigentes da Odebrecht ou de empresas subsidiárias estiveram no local.
O objetivo dos investigadores é apurar o suposto pagamento de propina pela Braskem, subsidiária da Odebrecht, camuflada em doação de campanha para a campanha do governador de Alagoas Renan Filho (MDB).
O novo ofício reforçando a solicitação foi enviado pelo delegado no último dia 21 deste mês de fevereiro, e quer a confirmação de que estiveram na residência: Cláudio Melo Filho, Milton Pimentel Pradines Filho, Marcelo Lyra Gurgel do Amaral, Marcelo de Oliveira Cerqueira e Carlos José Fadigas de Souza Filho.
A ausência de respostas, entre outros motivos, fez o delegado pedir ao Supremo Tribunal Federal (STF) a prorrogação das investigações, que podem subsidiar outro processo que foi desmembrado para o Superior Tribunal de Justiça (STJ), para apurar as responsabilidades do governador Renan Filho.
(...)
O ponto de partida para a tentativa de consulta à lista de frequentadores da residência oficial do Senado foi a delação do ex-diretor da Odebrecht, Cláudio Melo Filho, que disse à Procuradoria Geral da República (PGR) que aconteceu naquele local a reunião em que foram pedidos recursos para a campanha dos Calheiros.
(...)
Segundo o relato de Melo Filho à Polícia Federal, ao fim da reunião entre Renan e os executivos da Odebrecht, o senador teria dito: "Meu filho será candidato, contamos com vocês". E o delator compreendeu que o senador "deixou subentendido que contava com a colaboração financeira da Braskem [subsidiária da Odebrecht] para a campanha do filho dele".
Renan Calheiros admitiu para a PF que pediu a Melo Filho doações para o PMDB de Alagoas, mas sem oferecer sua atuação parlamentar como contrapartida.
"O pedido foi repassado a João Antônio Pacífico Ferreira que, atento aos interesses da empresa no ramo energético, autorizou o repasse de R$ 1.200.000,00 (um milhão e duzentos mil reais), via doação oficial ao Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB), propiciando a transferência de ao menos R$ 800.000,00 (oitocentos mil reais) ao filho do referido Senador", diz trecho da decisão do ministro Edson Fachin, em relação ao inquérito 4389/DF.
A PF também espera há mais de cinco meses que a Câmara dos Deputados envie dados da CPI da Petrobras, solicitadas pelo mesmo delegado, para robustecer o inquérito que investiga o deputado federal João Carlos Bacelar (PP-BA), acusado em delação de ter vazado informações sigilosas da comissão para a Odebrecht.
OUTRAS HISTÓRIAS
Dois inquéritos contra Renan Calheiros e Renan Filho foram abertos em abril de 2017 pelo ministro do STF, Edson Fachin. E o governador de Alagoas também foi citado no inquérito 4464/DF, aberto contra o senador Renan Calheiros, sobre o qual pesam os relatos de delatores da empreiteira Odebrecht, que indicam os supostos recebimentos de propina de 2,25% do total do contrato de empreiteiras que executam a obra do Canal do Sertão Alagoano; de um repasse de R$ 500 mil em dinheiro, entregues em um hotel de Maceió; e de parte dos R$ 5 milhões pagos ao senador Romero Jucá (PMDB-RR), em contrapartida à aprovação da Medida Provisória nº 627/2013 que beneficiaria subsidiárias da Odebrecht no exterior.
Outra acusação contra o senador Renan é de ter recebido R$ 2 milhões da Odebrecht, fruto de suposta atuação de Romero Jucá para obter um montante de R$ 7 milhões em propina.
À época da abertura dos inquéritos, a assessoria do senador Renan Calheiros divulgou a seguinte nota, em que saiu em defesa do filho: “O senador Renan Calheiros informa que o governador [Renan Filho] jamais tratou de doações eleitorais com empresas. Essa tarefa coube ao presidente do partido em Alagoas, que é o próprio senador. Acusar alguém por obra executada por governo adversário é, no mínimo, um absurdo”.
O Governo de Alagoas não se manifesta sobre o caso. Mas à época da abertura dos inquéritos, Renan Filho declarou que "todas as doações recebidas durante a campanha ocorreram dentro da lei e foram devidamente declaradas e aprovadas pela Justiça Eleitoral”.
Renan Filho recebeu e registrou no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) um montante de R$ 9,2 milhões somente em doações de campanha originadas de nove empresas enroladas com a Operação Lava Jato.
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