TERCEIRA EDIÇÃO DE 02-01-2018 DO 'DA MÍDIA SEM MORDAÇA'

NO CEARÁ NEWS 7
Delação de Jacob Barata Filho deixa empresários e políticos do Ceará sem dormir
Chiquinho Feitosa tem relação com o "Rei do Ônibus"

Terça-feira, 02/01/2018  14:10
Como bem lembrou Elio Gaspari em sua coluna na Folha, 2018 vem com tudo para que Jacob Barata Filho, o “Rei do Ônibus”, faça delação premiada na Lava Jato. Ele, que tem empresas de ônibus no Ceará, promete contar como lavava dinheiro com auxílio de empresários locais para beneficiar políticos.
Se tudo ocorrer dentro do previsto por Gaspari, Barata vai mostrar como o dinheiro vivo arrecadado com passagens em suas empresas de ônibus era repassado a empreiteiras, para que elas pudessem suprir os políticos com propina sem deixar rastro nos bancos.
Em contrapartida, as empresas beneficiadas — a Odebrecht, por exemplo — pagavam a mais a Jacob Barata Filho pelo dinheiro em cash por meio de uma corretora em transações bancárias lícitas no País ou no exterior.
No caso específico do operador Álvaro Novis,  ele tinha relação com a Fetranspor, que reúne as empresas de ônibus do Rio de Janeiro. Segundo a Folha, “desde a década de 1990, Novis gerenciava o caixa dois dessas companhias numa transportadora de valores. Ele era abastecido com o dinheiro recolhido nos coletivos”.
Por aqui
No Ceará, Jacob Barata Filho é ligado ao ex-deputado federal e empresário do ramo de ônibus, Chiquinho Feitosa — a filha de Barata é casada com o filho de Feitosa.
Com a delação de Jacob, muitos empresários e políticos cearenses precisarão de doses cavalares de tranquilizante para dormir. A Lava Jato, que perturba agora a vida do ex-governador Cid Gomes, vai atazanar a existência de muita gente.


MPF arrebenta Cid Gomes e deixa estrada livre para Camilo Santana voar
Não há como o ex-governador se preocupar, agora, em inviabilizar a reeleição do petista ou barrar as pretensões dele de se aliar ao presidente do Senado, Eunício Oliveira

Terça-feira 02/01/2018  9:26
O governador Camilo Santana teve um réveillon mais tranquilo quanto a sua reeleição, apesar de publicamente não poder manifestar nenhuma satisfação com a situação política e pessoal de seu padrinho, o ex-governador Cid Gomes. O futuro de Cid é o pior possível, tanto que ele anunciou a desistência de sua candidatura ao Senado e o apoio incondicional a um novo mandato de Camilo, durante os festejos de 60 anos de emancipação política do Município de Hidrolândia, na sexta (29). Essas decisões inesperadas de Cid tiveram uma razão: o seu envolvimento na Operação Lava Jato, especificamente no caso da JBS. No mesmo dia em que Cid revelava que, pessoalmente, estará fora da disputa das eleições 2018, a procuradora geral da República, Raquel Dodge, encaminhava ao Supremo Tribunal Federal (STF) um parecer onde o Ministério Público conclui: Cid forneceu à Justiça informações que corroboram (comprovam) as acusações contra ele feitas pelo empresário e delator Wesley Batista, da JBS.
Tradução da decisão da Procuradora
A chegada do ano novo para Cid foi a pior de sua vida. A decisão da procuradora Raquel Dodge se deveu a um pedido formal, feito pelo ex-governador cearense, que tentava desmentir Wesley e negava o recebimento de uma propina de R$ 25 milhões da JBS no ano de 2014. Fiel ao estilo dos Ferreira Gomes, Cid queria que o Supremo Tribunal Federal processasse Wesley Batista, da JBS, por mentir e envolver indevidamente seu nome no escândalo do pagamento de propina dentro da Lava Jato. Raquel Dodge compreendeu como verdadeiras as afirmações de Wesley, que disse “ter feito repasses (R$ 25 milhões), a pedido de Cid, em troca de o Estado do Ceará pagar uma dívida tributária com uma empresa do grupo JBS”. A empresa era a Cascavel Couros. Dodge defendeu a delação de Wesley Batista e se recusou a abrir inquérito contra ele, como queria Cid, com a falsa justificativa da JBS ter omitido na delação o pagamento feito pelo Governo do Estado nos três anos anteriores à eleição de 2014, em créditos de R$ 41 milhões de ICMS.
Ministério Público Federal arrebentou Cid
A procuradora Raquel Dodge calou a defesa de Cid em seu parecer, defendendo que o empresário e delator Wesley Batista usou uma figura de linguagem, quando disse que “o Estado não pagou um centavo”, quando na verdade a JBS recebeu R$ 41 milhões no período de 3 anos. Dodge fulmina as pretensões de Cid de anular a delação que o acusa de receber propina de R$ 25 milhões: “o simples uso deste recurso exagerado – não ter recebido um centavo -, na narrativa do colaborador, não pode conduzir à tipificação da conduta”. E prossegue o parecer do Ministério Público Federal: “os pagamentos no total de R$ 41 milhões ao longo de 3 anos e o pagamento de R$ 110 milhões apenas no ano de 2014 na verdade corroboram (comprovam) o que foi narrado pelo colaborador (delator) Wesley Batista”. Em suma: para a procuradora Raquel Dodge, Cid recebeu sim a propina de R$ 25 milhões, como acusa Wesley Batista.
Mais decisões da Procuradora Federal
O cenário de Cid é tenebroso. Não há como o ex-governador se preocupar, agora, em inviabilizar a reeleição de Camilo ou barrar as pretensões dele de se aliar ao presidente do Senado, Eunício Oliveira. Cid precisa se salvar. Requereu que as denúncias o envolvendo em propina fossem apuradas pelo STF. A procuradora Raquel Dodge se posicionou da seguinte forma: 2010, onde não tem a participação de nenhuma autoridade, o caso virá para a Justiça Federal do Ceará. Já o pagamento da propina de R$ 25 milhões em 2014, que teria sido recebida pelo deputado federal Antonio Balhman, Dodge defende que a apuração continue no Supremo. O azar de Cid é que o STF está sendo bem mais rígido com os políticos em suas condenações com os magistrados federais nos estados.
Caso da JBS ameaça liberdade de Cid
Os irmãos Joesley e Wesley Batista estão presos há mais de 105 dias. Não há perspectiva deles serem soltos. Todos os recursos interpostos no STF foram negados. Cid acompanha o drama dos Batistas diariamente. Sabe que o processo deles avança rapidamente. Os Batista viraram inimigos do presidente Michel Temer, que foi gravado por um deles, tanto que entre os ministros do Supremo e na Procuradoria Geral da República é consenso: Joesley e Wesley passarão uma longa temporada na cadeia. Ciente disso, Cid teme que, com o avançar do processo de Wesley, seu caso – colocar no bolso propina de R$ 25 milhões – já possa ser julgado em 2018 pelo ministro Edson Fachin. E o quadro que se avizinha é de tempestade para Cid. Suas chances de escapar de uma condenação hoje seriam mínimas.
Cid teme se eleger e ser condenado
O grande temor de Cid, que ele não admite nem para seu irmão mais velho e conselheiro Ciro Gomes, é recuar em sua desistência eleitoral, disputar um mandato de senador, ser eleito e, meses depois de tomar posse, ser condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF), passando pelo vexame de trocar o Senado por uma cadeia, não esquecendo que enfrentará publicamente um processo de cassação, igual a que o deputado federal Paulo Maluf encarará no mês de fevereiro, por determinação do presidente da Câmara, deputado Rodrigo Maia. Cid sabe dessas ameaças, daí estar repetindo que não é candidato a senador, e suas pretensões são: colocar Ciro no segundo turno presidencial e reeleger Camilo. A perspectiva de Cid ser preso inviabiliza a candidatura de Ciro ao Planalto.

NO O ANTAGONISTA
PRESSÃO POR ABSOLVIÇÃO DE LULA INCLUI PROMOÇÃO AO STJ
Brasil Terça-feira, 02.01.18 14:59
Victor Laus, um dos três desembargadores que julgarão Lula em 24 de janeiro, está sendo pressionado fortemente a pedir vista da ação ou absolver o petista.
Em troca, disseram a Laus que ele poderá ser promovido a ministro do STJ, cargo ao qual já foi candidato.
Victor Luiz dos Santos Laus chegou ao TRF-4 pelo quinto constitucional do MPF.
Dois presos morrem na Papuda
Sociedade 02.01.18 16:14
A Secretaria de Segurança do Distrito Federal confirmou a morte de dois presos na Papuda, informou o repórter Daniel Adjuto, do SBT.
Os detentos sofreram parada cardíaca e não conseguiram ser reanimados. Um deles estava preso por tráfico de drogas e o outro, por embriaguez ao volante. Seus nomes não foram divulgados.
Um dos mortos estava no bloco vizinho ao de Paulo Maluf.
Algazarra antecipada
Brasil 02.01.18 15:45
Paulo Pimenta, novo líder do PT na Câmara, disse que a algazarra em Porto Alegre começará no dia 13, mais de uma semana antes da data do julgamento de Lula no TRF-4, dia 24.
O STJ aposta em Lula
Brasil 02.01.18 14:11
Ministros do STJ disseram à Folha de S. Paulo que, se o TRF-4 condenar Lula por unanimidade, “prevalecerá a discussão sobre a possibilidade de sua prisão, e não sobre sua candidatura”.
A aposta dos ministros do STJ consultados pela reportagem é de que o próprio TRF-4 vai “evitar acelerar o processo”, dividindo-se em 24 de janeiro.
Ministro do Trabalho perde o trabalho
Brasil 02.01.18 13:04
Michel Temer desistiu de nomear Pedro Fernandes, do PTB, para o Ministério do Trabalho.
Segundo a Folha de S. Paulo, seu nome foi vetado por José Sarney.
Como disse O Antagonista, ele é ligado a Flávio Dino e votou contra o impeachment de Dilma Rousseff.
Quem quer salvar Lula no TSE?
Brasil 02.01.18 11:26
Um dos “futuros ministros do TSE, que devem julgar a possibilidade de Lula ser candidato mesmo que condenado”, disse à Folha de S. Paulo que “lerá a peça de Sérgio Moro com atenção, mas já ouviu críticas a ela, que teria ficado ‘aquém’ da ‘capacidade’ do juiz de Curitiba”.
Só há dois futuros ministros do TSE: Luís Roberto Barroso e Edson Fachin.
Qual deles está preparando o terreno para salvar Lula?

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