TERCEIRA EDIÇÃO DE 20-11-2017 DO 'DA MÍDIA SEM MORDAÇA'
NO DIÁRIO DO PODER
Lula recebeu R$27 milhões com 'palestras' em quatro anos
Mas ele diz não ter os R$24 milhões que a PGR quer bloquear
Publicado segunda-feira, 20 de novembro de 2017 às 10:47 - Atualizado às 11:15
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva recebeu em conta de sua empresa de palestras, a Lils Palestras, Eventos e Publicações, R$ 27 milhões em quatro anos. Multi-investigado pelas operações Lava Jato, Zelotes e Janus, o petista afirmou neste domingo (19) não possuir os R$ 24 milhões que a Procuradoria da República pretende bloquear. Em pedido encaminhado à Justiça Federal os procuradores pediram para confiscar R$ 21,4 milhões em bens e mais R$ 2,5 milhões de seu filho, Luiz Cláudio.
Dono de 98% do negócio – os 2% restantes são de Paulo Okamotto, seu braço direito e presidente do Instituto Lula -, a Lils movimentou R$ 52 milhões entre 2011 e 2015.
Resultado das palestras dada pelo petista após deixar o Planalto – foram 72 ao custo de US$ 200 mil cada -, quase a totalidade dos valores que entraram na conta da Lils, no Banco do Brasil em São Paulo, entre abril de 2011 e maio de 2015, saíram exatos R$ 25.269.235,53.
A movimentação foi considerada suspeita pelo Conselho de Controle das Atividades Financeiras (Coaf), do Ministério da Fazenda, que enquadrou o caso em “movimentação de recursos incompatível com o patrimônio, a atividade econômica ou a ocupação profissional e a capacidade financeira do cliente”. O documento integra o material dos autos da Zelotes e da Lava Jato.
“Às vezes fico chateado com todas essas bobagens que falam a meu respeito, mas, como sou católico, acho que é uma provação. Já provei minha inocência, quero agora que eles provem. O cidadão deveria ter a decência de dizer onde tenho R$ 24 milhões”, reclamou durante o 14º Congresso do PCdoB.
O ex-presidente esteve em Brasília para participar do 14º Congresso do PCdoB, iniciado na última sexta-feira. Lula chegou por volta das 11h em Brasília, em um avião privativo, e foi recebido pela presidente nacional do PT, senadora Gleisi Hoffmann (PR).
Segundo documento do Coaf, a Lils aplicou entre 2011 e 2015 um total de R$ 35.177.093,99 em fundos de investimentos, via BB Gestão de Recursos – Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários S.A.. Foram feitos ainda investimentos de R$5 milhões na Brasilprev. Em 2015, a Lils informou faturamento de R$ 2.923.993,50.
Os técnicos alertam sobre possível ocorrência de “operações cujos valores se afiguram objetivamente incompatíveis com a ocupação profissional, os rendimentos e/ou a situação patrimonial/financeira de qualquer das partes envolvidas”.
Quando o documento do Coaf foi gerado, a informação era de que R$ 17.926.078,39 era “o saldo atual distribuído em fundos de investimento e previdência privada”.
O ex-presidente apresentou documentos para comprovar que realizou as palestras para qual foi contratado. Segundo o Instituto Lula, que registrou publicamente todos os serviços, foram 72.
Não há irregularidades em se dar palestras, registram os investigadores, porém os pagamentos das empreiteiras do cartel chamam a atenção.
Em julho, o Banco Central bloqueou R$ 606 mil de contas de Lula por ordem do juiz federal Sérgio Moro, da Lava Jato em Curitiba, decorrente da condenação do petista a 9 anos e 3 meses de prisão no caso do tríplex do Guarujá.
A Brasilprev também executou o bloqueio de R$ 9 milhões de duas previdências, uma empresarial da Lils e outra pessoal de Lula, em julho.
Ataques
Em seu discurso, Lula voltou a desafiar os procuradores e o juiz federal Sergio Moro “a provar um real de sua vida que não seja legal”. Para Lula, os investigadores inventaram mentiras sobre ele, e agora “não conseguem mais sair”. “Se tem político com rabo preso por causa do que a (Operação) Lava Jato está fazendo, eu não tenho rabo para prender. Não estou acima da lei, só quero respeito”, disse.
“Quando a Polícia entra na casa de alguém, adora mostrar dinheiro, joia, mas quando entra na minha e dos meus quatro filhos, revira tudo, levanta colchão, e não encontra nada, esses sacanas deveriam ter coragem de chamar a imprensa e dizer que na casa do Lula não tinha nada”, afirmou.
Defesa
Lula tem reiterado, por meio de sua defesa, que é vítima de ‘lawfare’. “Todas as palestras do ex-presidente foram feitas e pagas com as devidas emissões de notas e pagamento de impostos. Todas as informações sobre elas encontram-se em relatório disponível na internet.
Tudo da mesma forma que outros ex-presidentes e dentro da lei, cobrando o mesmo valor e condições de palestras para mais de 40 empresas e setores, incluindo, por exemplo, Microsoft e InfoGlobo.” (AE)
Lula recebeu R$27 milhões com 'palestras' em quatro anos
Mas ele diz não ter os R$24 milhões que a PGR quer bloquear
Publicado segunda-feira, 20 de novembro de 2017 às 10:47 - Atualizado às 11:15
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva recebeu em conta de sua empresa de palestras, a Lils Palestras, Eventos e Publicações, R$ 27 milhões em quatro anos. Multi-investigado pelas operações Lava Jato, Zelotes e Janus, o petista afirmou neste domingo (19) não possuir os R$ 24 milhões que a Procuradoria da República pretende bloquear. Em pedido encaminhado à Justiça Federal os procuradores pediram para confiscar R$ 21,4 milhões em bens e mais R$ 2,5 milhões de seu filho, Luiz Cláudio.
Dono de 98% do negócio – os 2% restantes são de Paulo Okamotto, seu braço direito e presidente do Instituto Lula -, a Lils movimentou R$ 52 milhões entre 2011 e 2015.
Resultado das palestras dada pelo petista após deixar o Planalto – foram 72 ao custo de US$ 200 mil cada -, quase a totalidade dos valores que entraram na conta da Lils, no Banco do Brasil em São Paulo, entre abril de 2011 e maio de 2015, saíram exatos R$ 25.269.235,53.
A movimentação foi considerada suspeita pelo Conselho de Controle das Atividades Financeiras (Coaf), do Ministério da Fazenda, que enquadrou o caso em “movimentação de recursos incompatível com o patrimônio, a atividade econômica ou a ocupação profissional e a capacidade financeira do cliente”. O documento integra o material dos autos da Zelotes e da Lava Jato.
“Às vezes fico chateado com todas essas bobagens que falam a meu respeito, mas, como sou católico, acho que é uma provação. Já provei minha inocência, quero agora que eles provem. O cidadão deveria ter a decência de dizer onde tenho R$ 24 milhões”, reclamou durante o 14º Congresso do PCdoB.
O ex-presidente esteve em Brasília para participar do 14º Congresso do PCdoB, iniciado na última sexta-feira. Lula chegou por volta das 11h em Brasília, em um avião privativo, e foi recebido pela presidente nacional do PT, senadora Gleisi Hoffmann (PR).
Segundo documento do Coaf, a Lils aplicou entre 2011 e 2015 um total de R$ 35.177.093,99 em fundos de investimentos, via BB Gestão de Recursos – Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários S.A.. Foram feitos ainda investimentos de R$5 milhões na Brasilprev. Em 2015, a Lils informou faturamento de R$ 2.923.993,50.
Os técnicos alertam sobre possível ocorrência de “operações cujos valores se afiguram objetivamente incompatíveis com a ocupação profissional, os rendimentos e/ou a situação patrimonial/financeira de qualquer das partes envolvidas”.
Quando o documento do Coaf foi gerado, a informação era de que R$ 17.926.078,39 era “o saldo atual distribuído em fundos de investimento e previdência privada”.
O ex-presidente apresentou documentos para comprovar que realizou as palestras para qual foi contratado. Segundo o Instituto Lula, que registrou publicamente todos os serviços, foram 72.
Não há irregularidades em se dar palestras, registram os investigadores, porém os pagamentos das empreiteiras do cartel chamam a atenção.
Em julho, o Banco Central bloqueou R$ 606 mil de contas de Lula por ordem do juiz federal Sérgio Moro, da Lava Jato em Curitiba, decorrente da condenação do petista a 9 anos e 3 meses de prisão no caso do tríplex do Guarujá.
A Brasilprev também executou o bloqueio de R$ 9 milhões de duas previdências, uma empresarial da Lils e outra pessoal de Lula, em julho.
Ataques
Em seu discurso, Lula voltou a desafiar os procuradores e o juiz federal Sergio Moro “a provar um real de sua vida que não seja legal”. Para Lula, os investigadores inventaram mentiras sobre ele, e agora “não conseguem mais sair”. “Se tem político com rabo preso por causa do que a (Operação) Lava Jato está fazendo, eu não tenho rabo para prender. Não estou acima da lei, só quero respeito”, disse.
“Quando a Polícia entra na casa de alguém, adora mostrar dinheiro, joia, mas quando entra na minha e dos meus quatro filhos, revira tudo, levanta colchão, e não encontra nada, esses sacanas deveriam ter coragem de chamar a imprensa e dizer que na casa do Lula não tinha nada”, afirmou.
Defesa
Lula tem reiterado, por meio de sua defesa, que é vítima de ‘lawfare’. “Todas as palestras do ex-presidente foram feitas e pagas com as devidas emissões de notas e pagamento de impostos. Todas as informações sobre elas encontram-se em relatório disponível na internet.
Tudo da mesma forma que outros ex-presidentes e dentro da lei, cobrando o mesmo valor e condições de palestras para mais de 40 empresas e setores, incluindo, por exemplo, Microsoft e InfoGlobo.” (AE)
NO BLOG DO JOSIAS
Chefe da PF cita futuro com o passado presente
Por Josias de Souza
Chefe da PF cita futuro com o passado presente
Por Josias de Souza
Segunda-feira, 20/11/2017 15:51
A cerimônia de posse do delegado Fernando Segóvia ajuda a entender o drama ético do Brasil. O novo chefão da PF declarou que o País atravessa um ''vendaval de dúvidas e questionamentos quanto ao futuro da Polícia Federal.'' Engano. O futuro, como se sabe, a Deus pertence. O que deixa o brasileiro inquieto é a sensação de que nenhum réu graúdo responde pelo passado. E a coreografia da cerimônia desta segunda-feira reforçou a inquietude. Quem assistiu não viu senão as imagens do pretérito passando novamente diante dos olhos da Nação.
Na pele de investigador-mor, Segóvia falou de futuro com o passado presente do seu lado. Michel Temer, o investigado-mor, não discursou. Mas anotou na internet: “Ao doutor Fernando Segóvia, desejo sucesso nesta função que agora assume.” O problema é que o êxito do delegado dependeria em parte do insucesso do presidente na articulação que empreende para estancar a sangria moral que, no seu governo, tornou-se um fenômeno hemorrágico.
Indicado por investigados do porte do ministro Eliseu Padilha e do ex-senador José Sarney, Segóvia foi nomeado pelo primeiro presidente da História a ser denunciado por corrupção, obstrução à Justiça e formação de organização criminosa. Duas denúncias foram congeladas pela Câmara. Mas ainda corre na PF um inquérito sobre supostas malfeitorias portuárias. Segóvia não se lembrava da pendência. Mas assegurou aos repórteres que Temer “continuará sendo investigado.”
A esse ponto chegamos: o comandante da PF é próximo de alguns dos principais alvos da corporação. A proximidade costuma ser conivente. Daí o “vendaval de dúvidas” que sacode a Polícia Federal. Para serenar o ambiente, Segóvia terá de providenciar mais do que um discurso arrumadinho. A interrogação só se dissipará no instante em que o delegado for capaz de demonstrar um distanciamento crítico em relação aos responsáveis pelo redemoinho que o conduziu ao cargo. Sem isso, o futuro será sempre embaçado pelo passado que não passa.
A cerimônia de posse do delegado Fernando Segóvia ajuda a entender o drama ético do Brasil. O novo chefão da PF declarou que o País atravessa um ''vendaval de dúvidas e questionamentos quanto ao futuro da Polícia Federal.'' Engano. O futuro, como se sabe, a Deus pertence. O que deixa o brasileiro inquieto é a sensação de que nenhum réu graúdo responde pelo passado. E a coreografia da cerimônia desta segunda-feira reforçou a inquietude. Quem assistiu não viu senão as imagens do pretérito passando novamente diante dos olhos da Nação.
Na pele de investigador-mor, Segóvia falou de futuro com o passado presente do seu lado. Michel Temer, o investigado-mor, não discursou. Mas anotou na internet: “Ao doutor Fernando Segóvia, desejo sucesso nesta função que agora assume.” O problema é que o êxito do delegado dependeria em parte do insucesso do presidente na articulação que empreende para estancar a sangria moral que, no seu governo, tornou-se um fenômeno hemorrágico.
Indicado por investigados do porte do ministro Eliseu Padilha e do ex-senador José Sarney, Segóvia foi nomeado pelo primeiro presidente da História a ser denunciado por corrupção, obstrução à Justiça e formação de organização criminosa. Duas denúncias foram congeladas pela Câmara. Mas ainda corre na PF um inquérito sobre supostas malfeitorias portuárias. Segóvia não se lembrava da pendência. Mas assegurou aos repórteres que Temer “continuará sendo investigado.”
A esse ponto chegamos: o comandante da PF é próximo de alguns dos principais alvos da corporação. A proximidade costuma ser conivente. Daí o “vendaval de dúvidas” que sacode a Polícia Federal. Para serenar o ambiente, Segóvia terá de providenciar mais do que um discurso arrumadinho. A interrogação só se dissipará no instante em que o delegado for capaz de demonstrar um distanciamento crítico em relação aos responsáveis pelo redemoinho que o conduziu ao cargo. Sem isso, o futuro será sempre embaçado pelo passado que não passa.
NO BLOG ALERTA TOTAL
Fim do Foro Privilegiado resolve tudo?
Segunda-feira, 20 de novembro de 2017
Edição do Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net
A guerra de todos contra todos os Poderes ganha um capítulo eletrizante esta semana. No meio da pancadaria está o tal “foro especial por prerrogativa de função”. O troço é popularmente conhecido como “Foro Privilegiado”. Novamente, vamos mergulhar em uma polêmica que não trata da verdadeira essência do problema: a falta de agilidade judicial que produz impunidade a bandidos públicos comprovados.
O grande problema é que não temos mecanismos diretos de fiscalização dos cidadãos sobre a máquina pública. A falta de transparência total das contas públicas agrava a sacanagem. O modelo de “tribunais” de contas é uma farsa. Primeiro, porque os “TCs” não fazem parte do Judiciário. Apesar de indevidamente chamados de “tribunais”, na verdade, são órgãos auxiliares do Poder Legislativo...
Além dessa distorção, o sistema Judiciário brasileiro comete uma falha grave: não ter varas criminais especializadas e unicamente focadas no combate a crimes cometidos contra a administração pública, geralmente ligados à corrupção. Sobre os TJs, ainda ocorre uma pressão política direta – feita pelas oligarquias locais. Geralmente, juízes, desembargadores e procuradores deixam de pegar pesado – como deveriam – contra pessoas próximas a seus círculos de relacionamentos.
“Amigos” se poupam e se protegem... Imagina um condenar o outro... Vai pegar mal nas rodinhas de carteado, whisky e nos clubes de “zelite”... Condenação pesada e cadeia no Brasil é só para quem não consegue acesso aos esquemas dos super-advogados-certos – geralmente pagos pelos recursos obtidos via corrupção... A OAB não faz nada contra isto? Claro que não! “O dinheiro não tem cheiro” – como dizia o filho do imperador Vespasiano...
Voltemos ao “foro privilegiado”. O elementar senso republicano, baseado na igualdade jurídica, deveria impedir que tal “privilégio” para julgamento fosse usado de modo abusivo pelos Donos do Poder. No entanto, tal casuísmo é um dos fenômenos mais canalhas da Ditadura do Crime Institucionalizado em Bruzundanga.
Tudo é culpa da “interpretação” dada, pilantramente, ao artigo 102 da Constituição vilã de 1988. O texto determina que o presidente e o vice-presidente da República, os senadores e deputados, os ministros e o procurador-geral da República devem ser julgados, em caso de crimes comuns, pelo Supremo Tribunal Federal. A regra permite que tenhamos criminosos especiais. Pode isto, “juiz” Arnaldo Cézar Coelho? Não pode, não... Não pode, não...
A maioria dos 11 ministros tende a decidir que crimes comuns cometidos por agentes públicos (hoje privilegiados) sejam julgados pelas instâncias iniciais do Judiciário – e não mais diretamente pelos tribunais superiores que não existem para isto. O papel deles é examinar recursos. O placar está em quatro a zero pela restrição da prerrogativa de foro aos políticos. O relator do caso, ministro Luís Roberto Barroso, prega que apenas os crimes cometidos durante a permanência no cargo e em decorrência dele deveriam ser tratados de forma diversa. Quinta-feira, o assunto volta à pauta do STF.
Quarta-feira, no entanto, os políticos voltam a tratar do assunto. A Comissão de Constituição e Justiça da Câmara dos Deputados agendou uma sessão extraordinária para apreciar uma proposta de emenda à constituição, já aprovada pelo Senado, que restringe a prerrogativa de foro privilegiado apenas para os chefes dos Três Poderes. O curioso é que a PEC estava parada há seis meses no Legislativo... Ainda pode demorar mais uns três meses tramitando no Congresso.
Que ninguém se iluda: a mudança na interpretação do artigo 102 da Constituição Vilã de 1988 não garante que o fim da impunidade e nem que o Judiciário será rápido nas decisões. O quadro atual pouco vai se alterar sem varas especializadas para cuidar especialmente do combate à corrupção promovida por agentes públicos. Atualmente, só alguns TJs teriam tal capacidade.
Além disso, corruptos poderosos, endinheirados e articulados socialmente sempre levarão vantagem na embromação de seus processos, até o momento do julgamento final. A demora em atingir o famoso “trânsito em julgado”, em muitos casos, pode até fazer prescrever o crime. A providencial lentidão sempre beneficia os infratores. O Rio de Janeiro é o melhor laboratório de todas as sacanagens que acontecem no Brasil. O que vem acontecendo lá é uma tendência.
Vale repetir por 13 x 13 até cansar: a única solução para o Brasil é uma inédita Intervenção Institucional. Uma nova Constituição, concisa e autoaplicável, sem necessidade de excessivas “interpretações” supremas, vai definir o Brasil desejado pela maioria dos cidadãos honestos. O que precisamos definir, agora, é tudo que precisa ser mudado para melhor. Temos de formular e debater um Plano Estratégico para a Nação brasiliana romper com o Estado-Ladrão.
É gigantesco o desafio de sugerir e promover mudanças estruturais, porém vale a pena o sacrifício para termos um País de verdade, baseado no exercício responsável da liberdade em todas as expressões do poder nacional.
Não percamos tempo com debates e conflitos inúteis. A hora é de união das pessoas honestas e de bem contra as oligarquias da organizada bandidagem. A prioridade agora é “Pensar Brasil” e, em 2018, reeleger nenhum bandido.
(...)
Fim do Foro Privilegiado resolve tudo?
Segunda-feira, 20 de novembro de 2017
Edição do Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net
A guerra de todos contra todos os Poderes ganha um capítulo eletrizante esta semana. No meio da pancadaria está o tal “foro especial por prerrogativa de função”. O troço é popularmente conhecido como “Foro Privilegiado”. Novamente, vamos mergulhar em uma polêmica que não trata da verdadeira essência do problema: a falta de agilidade judicial que produz impunidade a bandidos públicos comprovados.
O grande problema é que não temos mecanismos diretos de fiscalização dos cidadãos sobre a máquina pública. A falta de transparência total das contas públicas agrava a sacanagem. O modelo de “tribunais” de contas é uma farsa. Primeiro, porque os “TCs” não fazem parte do Judiciário. Apesar de indevidamente chamados de “tribunais”, na verdade, são órgãos auxiliares do Poder Legislativo...
Além dessa distorção, o sistema Judiciário brasileiro comete uma falha grave: não ter varas criminais especializadas e unicamente focadas no combate a crimes cometidos contra a administração pública, geralmente ligados à corrupção. Sobre os TJs, ainda ocorre uma pressão política direta – feita pelas oligarquias locais. Geralmente, juízes, desembargadores e procuradores deixam de pegar pesado – como deveriam – contra pessoas próximas a seus círculos de relacionamentos.
“Amigos” se poupam e se protegem... Imagina um condenar o outro... Vai pegar mal nas rodinhas de carteado, whisky e nos clubes de “zelite”... Condenação pesada e cadeia no Brasil é só para quem não consegue acesso aos esquemas dos super-advogados-certos – geralmente pagos pelos recursos obtidos via corrupção... A OAB não faz nada contra isto? Claro que não! “O dinheiro não tem cheiro” – como dizia o filho do imperador Vespasiano...
Voltemos ao “foro privilegiado”. O elementar senso republicano, baseado na igualdade jurídica, deveria impedir que tal “privilégio” para julgamento fosse usado de modo abusivo pelos Donos do Poder. No entanto, tal casuísmo é um dos fenômenos mais canalhas da Ditadura do Crime Institucionalizado em Bruzundanga.
Tudo é culpa da “interpretação” dada, pilantramente, ao artigo 102 da Constituição vilã de 1988. O texto determina que o presidente e o vice-presidente da República, os senadores e deputados, os ministros e o procurador-geral da República devem ser julgados, em caso de crimes comuns, pelo Supremo Tribunal Federal. A regra permite que tenhamos criminosos especiais. Pode isto, “juiz” Arnaldo Cézar Coelho? Não pode, não... Não pode, não...
A maioria dos 11 ministros tende a decidir que crimes comuns cometidos por agentes públicos (hoje privilegiados) sejam julgados pelas instâncias iniciais do Judiciário – e não mais diretamente pelos tribunais superiores que não existem para isto. O papel deles é examinar recursos. O placar está em quatro a zero pela restrição da prerrogativa de foro aos políticos. O relator do caso, ministro Luís Roberto Barroso, prega que apenas os crimes cometidos durante a permanência no cargo e em decorrência dele deveriam ser tratados de forma diversa. Quinta-feira, o assunto volta à pauta do STF.
Quarta-feira, no entanto, os políticos voltam a tratar do assunto. A Comissão de Constituição e Justiça da Câmara dos Deputados agendou uma sessão extraordinária para apreciar uma proposta de emenda à constituição, já aprovada pelo Senado, que restringe a prerrogativa de foro privilegiado apenas para os chefes dos Três Poderes. O curioso é que a PEC estava parada há seis meses no Legislativo... Ainda pode demorar mais uns três meses tramitando no Congresso.
Que ninguém se iluda: a mudança na interpretação do artigo 102 da Constituição Vilã de 1988 não garante que o fim da impunidade e nem que o Judiciário será rápido nas decisões. O quadro atual pouco vai se alterar sem varas especializadas para cuidar especialmente do combate à corrupção promovida por agentes públicos. Atualmente, só alguns TJs teriam tal capacidade.
Além disso, corruptos poderosos, endinheirados e articulados socialmente sempre levarão vantagem na embromação de seus processos, até o momento do julgamento final. A demora em atingir o famoso “trânsito em julgado”, em muitos casos, pode até fazer prescrever o crime. A providencial lentidão sempre beneficia os infratores. O Rio de Janeiro é o melhor laboratório de todas as sacanagens que acontecem no Brasil. O que vem acontecendo lá é uma tendência.
Vale repetir por 13 x 13 até cansar: a única solução para o Brasil é uma inédita Intervenção Institucional. Uma nova Constituição, concisa e autoaplicável, sem necessidade de excessivas “interpretações” supremas, vai definir o Brasil desejado pela maioria dos cidadãos honestos. O que precisamos definir, agora, é tudo que precisa ser mudado para melhor. Temos de formular e debater um Plano Estratégico para a Nação brasiliana romper com o Estado-Ladrão.
É gigantesco o desafio de sugerir e promover mudanças estruturais, porém vale a pena o sacrifício para termos um País de verdade, baseado no exercício responsável da liberdade em todas as expressões do poder nacional.
Não percamos tempo com debates e conflitos inúteis. A hora é de união das pessoas honestas e de bem contra as oligarquias da organizada bandidagem. A prioridade agora é “Pensar Brasil” e, em 2018, reeleger nenhum bandido.
(...)
NO O ANTAGONISTA
PGR quer que Geddel continue na cadeia
PGR quer que Geddel continue na cadeia
Brasil 20.11.17 16:29
A PGR mandou a Edson Fachin no Supremo um documento em que defende a manutenção da prisão preventiva de Geddel Vieira Lima.
No documento enviado na sexta-feira, 17, Luciano Maia, o vice de Raquel Dodge, disse que a eventual libertação de Geddel “coloca em grave risco a ordem pública e vulnera a garantia da aplicação da lei penal”.
Maia lembra que o ex-ministro de Lula e Temer é suspeito de ter ocultado num apartamento mais de R$ 51 milhões, na “maior apreensão de dinheiro vivo da história criminal brasileira”.
Lobista indica FHC e Palocci como testemunhas de defesa
A PGR mandou a Edson Fachin no Supremo um documento em que defende a manutenção da prisão preventiva de Geddel Vieira Lima.
No documento enviado na sexta-feira, 17, Luciano Maia, o vice de Raquel Dodge, disse que a eventual libertação de Geddel “coloca em grave risco a ordem pública e vulnera a garantia da aplicação da lei penal”.
Maia lembra que o ex-ministro de Lula e Temer é suspeito de ter ocultado num apartamento mais de R$ 51 milhões, na “maior apreensão de dinheiro vivo da história criminal brasileira”.
Lobista indica FHC e Palocci como testemunhas de defesa
Brasil 20.11.17 15:32
Mauro Marcondes, o lobista envolvido no caso dos caças suecos, indicou Antonio Palocci e Fernando Henrique Cardoso como testemunhas de defesa, informa a Época.
Palocci e FHC estão na lista de oito testemunhas que Marcondes quer que sejam ouvidas pela Justiça Federal em Brasília.
Além da compra dos caças suecos, o lobista é acusado de atuar na “venda” da MP 471, que em 2009 prorrogou incentivos fiscais a montadoras. Ele foi denunciado no caso juntamente com Lula e Gilberto Carvalho.
Glória Maria, patrulhada, responde: “Não sigo cartilhas. Minhas dores raciais combati sozinha!”
Mauro Marcondes, o lobista envolvido no caso dos caças suecos, indicou Antonio Palocci e Fernando Henrique Cardoso como testemunhas de defesa, informa a Época.
Palocci e FHC estão na lista de oito testemunhas que Marcondes quer que sejam ouvidas pela Justiça Federal em Brasília.
Além da compra dos caças suecos, o lobista é acusado de atuar na “venda” da MP 471, que em 2009 prorrogou incentivos fiscais a montadoras. Ele foi denunciado no caso juntamente com Lula e Gilberto Carvalho.
Glória Maria, patrulhada, responde: “Não sigo cartilhas. Minhas dores raciais combati sozinha!”
Internet 20.11.17 15:14
A jornalista Glória Maria, quatro dias atrás, postou a seguinte frase de Morgan Freeman no Instagram:
“O dia em que pararmos de nos preocupar com Consciência Negra, Amarela, ou Branca e nos preocuparmos com Consciência Humana, o racismo desaparece.
Morgan Freeman”
A patrulha do politicamente correto caiu em cima dela.
Ela respondeu:
“Pra todos que não concordam com este pensamento do Morgan Freeman: não concordar é um direito de vocês! Mas pretender que todos pensem igual é no mínimo prepotente! Eu concordo totalmente com ele! Pra começar ele não é brasileiro e não está citando o dia da Consciência Negra. Uma conquista nossa! Está falando de algo muito maior. Humanidade! Eu e ele também nascemos negros e pobres e conquistamos nosso espaço com muita luta e trabalho! Não somos privilegiados. Somos pessoas que nunca aceitaram o lugar reservado pra nós num mundo branco! Algum de vocês conhece a minha história e a dele? Se contentam em tirar conclusões e emitir opiniões equivocadas em redes sociais! Nós estudamos, lutamos, resistimos e combatemos todo tipo de discriminação! O preconceito racial é marca nas nossas vidas! Mas não tenho que mudar minhas ideias por imposição de quem quer que seja! Apagar este post???? Nunca!!!! Quem não concorda com ele ok! Acho triste mas entendam. As cabeças e os sentimentos graças a Deus não são iguais! Como lutar contra a desigualdade se não aceitamos as diferenças? Queridos vivam suas vidas e nos deixe viver a nossa! Temos que tentar sempre encontrar nosso próprio caminho! Sem criticar e condenar o dos outros! Cada um precisa combater o racismo da maneira que achar melhor! Lembrando sempre do direito e da opinião do outro, sou negra e me orgulho. Mas não sigo cartilhas . Minhas dores raciais conheci e combati sozinha! Sem rede social para exibir minhas frustrações! Tenho direito e dever de colocar o que penso num espaço que é meu! Não imponho e não aceito que me digam como devo viver ou pensar!”
Se uma mala de propina não é prova, várias malas também não são Brasil 20.11.17 14:49
Fernando Segovia acha que aquela corridinha de Rodrigo Rocha Loures com a mala recheada de propina (500 mil reais) — tudo filmado pela PF que agora dirige — não é prova concreta de crime.
Por esse raciocínio, as malas encontradas pela PF no apartamento de Geddel, com 51 milhões de reais em espécie, também podem não ser.
Pois é, por essas e outras, que Jair Bolsonaro avança nas pesquisas e não é “um ponto de interrogação no imaginário popular”.
O ministério do marqueteiro
A jornalista Glória Maria, quatro dias atrás, postou a seguinte frase de Morgan Freeman no Instagram:
“O dia em que pararmos de nos preocupar com Consciência Negra, Amarela, ou Branca e nos preocuparmos com Consciência Humana, o racismo desaparece.
Morgan Freeman”
A patrulha do politicamente correto caiu em cima dela.
Ela respondeu:
“Pra todos que não concordam com este pensamento do Morgan Freeman: não concordar é um direito de vocês! Mas pretender que todos pensem igual é no mínimo prepotente! Eu concordo totalmente com ele! Pra começar ele não é brasileiro e não está citando o dia da Consciência Negra. Uma conquista nossa! Está falando de algo muito maior. Humanidade! Eu e ele também nascemos negros e pobres e conquistamos nosso espaço com muita luta e trabalho! Não somos privilegiados. Somos pessoas que nunca aceitaram o lugar reservado pra nós num mundo branco! Algum de vocês conhece a minha história e a dele? Se contentam em tirar conclusões e emitir opiniões equivocadas em redes sociais! Nós estudamos, lutamos, resistimos e combatemos todo tipo de discriminação! O preconceito racial é marca nas nossas vidas! Mas não tenho que mudar minhas ideias por imposição de quem quer que seja! Apagar este post???? Nunca!!!! Quem não concorda com ele ok! Acho triste mas entendam. As cabeças e os sentimentos graças a Deus não são iguais! Como lutar contra a desigualdade se não aceitamos as diferenças? Queridos vivam suas vidas e nos deixe viver a nossa! Temos que tentar sempre encontrar nosso próprio caminho! Sem criticar e condenar o dos outros! Cada um precisa combater o racismo da maneira que achar melhor! Lembrando sempre do direito e da opinião do outro, sou negra e me orgulho. Mas não sigo cartilhas . Minhas dores raciais conheci e combati sozinha! Sem rede social para exibir minhas frustrações! Tenho direito e dever de colocar o que penso num espaço que é meu! Não imponho e não aceito que me digam como devo viver ou pensar!”
Se uma mala de propina não é prova, várias malas também não são Brasil 20.11.17 14:49
Fernando Segovia acha que aquela corridinha de Rodrigo Rocha Loures com a mala recheada de propina (500 mil reais) — tudo filmado pela PF que agora dirige — não é prova concreta de crime.
Por esse raciocínio, as malas encontradas pela PF no apartamento de Geddel, com 51 milhões de reais em espécie, também podem não ser.
Pois é, por essas e outras, que Jair Bolsonaro avança nas pesquisas e não é “um ponto de interrogação no imaginário popular”.
O ministério do marqueteiro
Brasil 20.11.17 12:06
Andréia Sadi informa que o novo ministro das Cidades, Alexandre Baldy, é primo em primeiro grau do marqueteiro de Michel Temer, Elsinho Mouco.
Gustavo Mouco, irmão de Elsinho, é um dos maiores fornecedores de publicidade do governo.
O inimigo da imprensa
Andréia Sadi informa que o novo ministro das Cidades, Alexandre Baldy, é primo em primeiro grau do marqueteiro de Michel Temer, Elsinho Mouco.
Gustavo Mouco, irmão de Elsinho, é um dos maiores fornecedores de publicidade do governo.
O inimigo da imprensa
Brasil 20.11.17 11:23
Os ataques de Lula à imprensa foram o tema da coluna de Carlos Alberto di Franco, em O Globo.
Leia um trecho:
“Lula da Silva, o chefão do PT, lidera a construção do roteiro de suposta injustiça e perseguição. O ex-presidente manifesta crescente irritação com o trabalho da imprensa independente. Seus sucessivos e reiterados ataques à mídia, balanceados com declarações formais de adesão à Democracia, não conseguem mais esconder a verdadeira face dos que querem tudo, menos democracia. Para Lula, um político que deve muito à liberdade de imprensa e de expressão, imprensa boa é a que fala bem. Jornalismo que apura e opina com isenção incomoda e deve ser extirpado.”
Os ataques de Lula à imprensa foram o tema da coluna de Carlos Alberto di Franco, em O Globo.
Leia um trecho:
“Lula da Silva, o chefão do PT, lidera a construção do roteiro de suposta injustiça e perseguição. O ex-presidente manifesta crescente irritação com o trabalho da imprensa independente. Seus sucessivos e reiterados ataques à mídia, balanceados com declarações formais de adesão à Democracia, não conseguem mais esconder a verdadeira face dos que querem tudo, menos democracia. Para Lula, um político que deve muito à liberdade de imprensa e de expressão, imprensa boa é a que fala bem. Jornalismo que apura e opina com isenção incomoda e deve ser extirpado.”
Comentários
Postar um comentário