PRIMEIRA EDIÇÃO DE 06-11-2017 DO 'DA MÍDIA SEM MORDAÇA'

NA COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO
Segunda-feira, 06 de Novembro de 2017
DF paga R$297,8 milhões de ‘pecúnia’ a servidor
Além de salários elevados e aposentadoria integral, e ao contrário dos trabalhadores do setor privado, funcionários públicos do Distrito Federal têm um privilégio que custa caro ao contribuinte: a “pecúnia”. É assim: a cada 5 anos, o servidor tem direito a férias de três meses, mas eles optam por receber isso em dinheiro, ao se aposentar. É a “pecúnia”. Só em 2017, 3.136 servidores recém-aposentados no DF vão dividir um bolo de R$297,8 milhões. Cada um vai embolsar R$94,8 mil, em média.
Sangria desatada
O governo DF vai pagar nesta terça R$5,5 milhões a 63 servidores aposentados entre 27 de janeiro e 2 de fevereiro.
Loteria imparável
Servidor do DF em fim de carreira, que recebe R$20 mil e trabalhou 20 anos, ganha mais R$240 mil no último contracheque. Autêntica loteria.
Só DF e Acre
Acre e DF são as únicas unidades da Federação a pagar a regalia da “pecúnia”, já extinta nos demais Estados.
Nada deve mudar
O fim da pecúnia é só um sonho de quem paga a conta. “Nada contra servidor passa na Câmara”, tem dito Rogério Rosso (PSD-DF).
Parlamentares gastaram R$670 milhões em 3 anos
Os 594 parlamentares do Congresso (513 deputados e 81 senadores) torraram R$ 670 milhões e foram reembolsados pela chamada “cota parlamentar” desde que tomaram posse, em fevereiro de 2015, segundo a Operação Política Supervisionada (OPS). O “campeão” foi o deputado Édio Lopes (PMDB-RR), que gastou R$1,48 milhão. No Senado, foi João Capiberibe (PSB-AP) quem caprichou: R$1,34 milhão.
Multimilionários
Em média, cada parlamentar custou ao contribuinte R$1,127 milhão, desde 2015, sem contar carro, apartamento e salários de R$33,7 mil.
Recorde histórico
O ano de 2016 foi o recorde histórico de gastos com a cota parlamentar no Congresso: R$221 milhões na Câmara e R$25 milhões no Senado.
Norte mais caro
Deputados e senadores do Norte, com passagens mais caras, são os que mais gastam e estão nas cinco primeiras posições nas duas Casas.
Panos quentíssimos
Michel Temer ligou três vezes para o governador do Rio, Luiz Fernando Pezão, entre terça e quinta-feira da semana passada, propondo impedir ampliação da crise motivada por declarações do ministro da Justiça.
Fora, cocaleiro
Além de permitir que Evo Morales passasse e mão na refinaria de R$5 bilhões da Petrobras, Lula ainda deu ordens ao BNDES para financiar rodovias na Bolívia construídas pela OAS, do clube do propinoduto ao petista. E Michel Temer ainda concorda em receber a visita de Morales.
Haddad fraco
Eventual substituto de Lula na disputa presidencial de 2018, caso o ex-presidente esteja preso, o ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad (PT) soma apenas entre 1% e 3% nas pesquisas de intenção de voto.
Calote premiado
Estudo do Banco Mundial mostra que, no Brasil, não conseguem recuperar o dinheiro 92% dos bancos que fazem empréstimo sob a garantia de bens. E os que conseguem levam, em média, 4 anos.
ANS incluída fora dessa
A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) informa que nada tem com o plano para eliminar empresas de plano de saúde com menos de 20.000 explorados cidadãos. É coisa do governo mesmo.
De volta a Brasília
O general Augusto Heleno, respeitado líder militar, prepara seu retorno a Brasília, onde voltará a morar em dezembro. Ele tem familiares na cidade ,como a filha Renata Pinheiro, advogada muito conceituada.
O que é, então?
Réu na Lava jato, além de ser condenado por corrupção, Lula fez comícios em nove estados do Nordeste e 20 municípios mineiros, em outubro. Mas, para a Justiça, isso não é campanha antecipada.
Pensando bem...
...se o Brasil não tivesse permitido que a Bolívia invadisse uma refinaria da Petrobras, haveria aumento no gás este mês?

NO DIÁRIO DO PODER
Combate à corrupção
Príncipe herdeiro saudita manda prender dezenas de governantes
Onze príncipes e quatro ministros são presos por corrupção

Publicado domingo,  05 de novembro de 2017 às 11:00 - Atualizado às 11:01
Redação
Onze príncipes, quatro ministros e "dezenas" de antigos governantes foram presos no sábado 04, em resultado do decreto real que estabelece uma comissão anticorrupção chefiada pelo príncipe herdeiro Mohammad Bin Salman, para combater as "almas fracas que colocaram os seus próprios interesses acima do interesse público para, de forma ilícita, acumularem dinheiro".
A comissão, espécie de "força-tarefa" semelhante à Operação Lava Jato, anunciou que vai reabrir o processo das inundações de Jeddah, em 2009, e investigar o dossiê relativo ao vírus Corona também conhecido como o vírus da Síndrome Respiratória do Médio Oriente, noticiou a al-Arabiya.
A comissão tem o direito de investigar, prender, proibir viagens, congelar contas, monitorar recursos de pessoas envolvidas em práticas de corrupção.
No mesmo dia, o rei Salman demitiu dois ministros e o comandante das forças navais. O ministro da Guarda Nacional, Mutaib bin Abdullah, favorito do falecido rei Abdullah e favorito ao trono até à ascensão de Mohammad, foi afastado e substituído por Khaled bin Ayyaf. O príncipe Mutaib herdou do pai o controlo da Guarda Nacional, uma força de segurança de elite construída a partir de unidades tribais tradicionais.
O príncipe Mutaib foi o último membro do ramo Abdullah a ocupar uma posição superior na estrutura de poder saudita.
O ministro da Economia e do Planeamento Adel Fakieh foi demitido e substituído pelo seu vice, Mohammed al-Tujawiri. Adel Fakieh foi responsável pela execução de reformas econômicas do Reino desde a sua nomeação, em 2015. Como ministro do Trabalho (2010-2015), Fakieh enfrentou uma oposição feroz dos empresários quando estabeleceu quotas para trabalhadores estrangeiros de forma a impulsionar empregos para sauditas.
As mudanças são vistas como um passo na consolidação do controlo do príncipe herdeiro Mohammad Bin Salman sobre as três instituições de segurança armadas do reino, que há muito eram lideradas por ramos separados da família real saudita.

NO BLOG DO JOSIAS
Ruralistas usam MP de Temer para se autoconceder uma farra previdenciária

Por Josias de Souza
Segunda-feira, 06/11/2017 03:50
Fraco, impopular e às voltas com uma erosão em sua base de apoio congressual, Michel Temer tornou-se uma oportunidade que os ruralistas aproveitam ao máximo. Medida provisória editada pelo presidente para parcelar dívidas de produtores rurais foi transformada no Congresso numa farra previdenciária. Nela, os agroparlamentares se autoconcederam o esticamento do prazo, o perdão das multas, a redução da entrada e a eliminação das garantias exigidas pelo governo.
A medida provisória leva o número 793. Contém as regras de um parcelamento das dívidas de produtores rurais com o Funrural, a previdência dos trabalhadores do campo. Parecia apenas mais um privilégio no varejão do fisiologismo, em cujas prateleiras já estão já estão uma portaria escravagista e um anteprojeto de arrendamento de terras indígenas a agricultores. De repente, virou algo muito parecido com um escárnio.
Chama-se Tereza Cristina (PSB-MS), a deputada escolhida para exercer a atribuição de relatora na comissão especial constituída para analisar a MP. Os ruralistas apresentaram emendas reivindicando tudo. E Tereza não hesitou em entregar. A comissão deve se reunir nesta segunda-feira. Se houver quórum, o novo texto será votado. São grandes, muito grandes, enormes as chances de ser aprovado.
Temer brindou o agronegócio com um parcelamento de suas dívidas previdenciárias em 180 meses (pode me chamar de 15 anos). Pelo texto original, os devedores teriam de pagar uma entrada de 4% do total da dívida, diluídos nas quatro primeiras parcelas. O resto seria dividido em 176 meses. Na versão de Tereza Cristina, a entrada cai para apenas 1%.
O texto que veio do Planalto concedia aos devedores que aderissem ao parcelamento um abatimento generoso no valor das multas: 25%. Na proposta que será votada pela Câmara, as multas são 100% perdoadas.
A MP condicionava o parcelamento de dívidas superiores a R$ 15 milhões à apresentação de garantias — cartas de fiança e seguros bancários, por exemplo. No projeto da relatora, esse tipo de exigência sumiu.
Deveriam ser excluídos do programa de parcelamento os devedores que deixassem de pagar três prestações consecutivas ou seis alternadas. Tereza Cristina modificou os termos da MP. Pela sua proposta, o devedor não será importunado se o atraso no pagamento for provocado por uma queda na safra.
Em vigor desde o dia em que foi publicada no Diário Oficial, a medida provisória de Temer fixara o dia 29 de setembro como prazo limite para a adesão ao parcelamento das dívidas do Funrural. A relatora propõe que o prazo seja esticado até 20 de dezembro. A upgrade que guindou o privilégio ao estágio de escárnio beneficiaria retroativamente todos os que já aderiram ao programa.
Costuma-se utilizar como pretexto para a concessão de refinanciamentos de débitos tributários e previdenciários a carga extorsiva de impostos que asfixia a iniciativa privada no Brasil. O argumento não é ruim. O problema é que passaram a coexistir dois guichês no fisco. Num, quem sonega é brindado com sucessivos parcelamentos. Noutro, quem deve paga seus dívidas e faz papel de idiota.

Luislinda queria escravizar contribuinte brasileiro
Por Josias de Souza
Sexta-feira, 03/11/2017 06:12
Responsável pela pasta dos Direitos Humanos, a ministra Luislinda Valois não se revelou uma campeã das causas dos fracos e oprimidos. Mas assimilou rapidamente os maus hábitos dos poderosos. O Estadão conta que Luislinda escreveu 207 páginas para defender o seu direito de receber dois contracheques: o de ministra e o de desembargadora aposentada. Coisa de R$ 61 mil. Pela lei, nenhum servidor pode receber além do teto de R$ 33.700. Mas Luislinda quer furar o teto.
Filiada ao PSDB, Luislinda anotou no seu documento que “se assemelha ao trabalho escravo” o teto que limita seu salário a R$ 33.700 — noves fora o cartão corporativo, a moradia funcional, o carro oficial, o jato da FAB e outras mordomias. Ganha uma biografia de Zumbi dos Palmares quem for capaz de citar uma frase de Luislinda contra a portaria editada pelo governo para dificultar o combate ao trabalho escravo.
Alguém poderia cantarolar para Luislinda um trecho da música Maria Moita, de Carlos Lyra. Diz a letra: “Vou pedir ao meu Babalorixá /Pra fazer uma oração pra Xangô / Pra pôr pra trabalhar /Gente que nunca trabalhou.” Contaminada pelo refrão, Luislinda talvez não volte nunca mais a tentar escravizar o contribuinte brasileiro, que não merece ser acorrentado aos seus privilégios.

NA COLUNA DO AUGUSTO NUNES
A escrava Luislinda
A ministra dos Direitos Humanos, logo ela, quis aproveitar a onda contra o “trabalho escravo” para dobrar o seu salário. Assim também já é demais
Por J. R. Guzzo
Domingo, 05 nov 2017, 22h00 - Publicado em 5 nov 2017, 21h57
Ninguém sabia até algumas horas atrás quem era essa Luislinda Valois, ministra dos Direitos Humanos – sim, acredite ou não, existe tal emprego no Brasil Para Todos: “ministro dos Direitos Humanos”, com direito a carro chapa branca e todas aquelas outras cerejas no bolo que você conhece tão bem. Luislinda, em condições normais, seria mais um caso de alta autoridade que faz a costumeira viagem do anonimato para o anonimato. Mas a ministra resolveu aparecer – e armou um desastre que, a partir de agora, se transforma na história da sua vida. “Luislinda?”, vão dizer no futuro os que ainda se lembrarem do caso. “É aquela que queria ganhar 60.000 reais por mês, porque acha que os 33.000 e tantos que está ganhando são tão pouco que caracterizam trabalho escravo.”
A ministra queria somar o seu salário de desembargadora na Bahia aos vencimentos que tem à frente o ministério. Não pode, embora seja praticado abertamente de Norte a Sul em nosso Brasil brasileiro por um monte de gente que manda mais do que ela. Mas há certas coisas que não dá para fazer nem em Brasília. Dizer-se vítima de “trabalho escravo” ganhando mais de 30.000 reais por mês, e pedir que o erário público lhe pague o dobro do que já está pagando, é uma delas.
Não deu certo. Todo o mundo ficou sabendo, porque foi publicado na imprensa, e Luislinda teve de desistir subitamente do requerimento que havia feito. Porque desistiu, se achava que tinha razão? Afinal, ela foi capaz de escrever uma petição com mais de 200 páginas exigindo os seus 60.000. É coisa muito pensada, que levou tempo e deu trabalho para fazer – só de pensar na obrigação de ler um negócio desses a pessoa já fica exausta. Se considerava a si mesma tão cheia de razão, tinha de insistir no seu pedido – no mínimo, para não incentivar essa turma que, segundo a pregação corrente na praça, quer abolir a abolição da escravatura. Mais: se o governo não iria atender ao seu grito de revolta, ela teria, pelo menos, de pedir demissão do cargo.
Que esperança. Luislinda continua lá, com salário de escrava e tudo, porque no fim das contas é isso o que lhe interessa: ficar. É a atitude clássica do mandarim brasileiro. Se faz alguma coisa escondido e ninguém percebe, beleza. Se ficarem sabendo e der confusão, Suas Excelências caem fora.
O ministério ocupado por Luislinda, em si, já é uma trapaça gigante. Direitos Humanos? Como, num governo que gasta mais de 1 trilhão de reais por ano, não há ninguém para cuidar disso? Precisa de ainda mais gente? É engraçado: quando mais imprestável é alguma coisa no serviço público, maior é a tendência de seus responsáveis se meterem em casos assim. A ministra só é diferente numa coisa, apenas uma, da manada de promotores, procuradores, juízes, desembargadores (ela tem esse cargo, aliás), ministros dos tribunais regionais, superiores e supremos, marajás variados, etc.: quase todos eles violam sem o menor constrangimento a lei do teto salarial e saem ganhando sempre. Luislinda, no fundo, é apenas mais uma prova, agora apresentada de uma forma francamente patética, do mundo de demência em que vivem os altos funcionários deste País. Passam a acreditar, com empenho fanático, que a realidade é aquela que vivem, e que o pagador de impostos tem a obrigação de prover o bem estar que decidem ser indispensável para si próprios. A psiquiatria chama isso de “desordem delusional” – o conjunto de alucinações e crenças psicóticas através das quais o indivíduo nega a realidade ao seu redor e constrói um universo artificial onde tudo existe em função de seu interesse pessoal. É um distúrbio ilusório grave. Parece que não tem cura.

Quatro gotas no oceano de insanidade
As maluquices do feriadão de Finados deixaram desconcertados até os napoleões-de-hospício

Por Augusto Nunes
Domingo, 05 nov 2017, 13h36 - Publicado em 5 nov 2017, 13h35
Nesta virada de outubro para novembro do ano da graça de 2017, milhões de brasileiros imaginaram que o feriadão de Finados (com a consequente desativação dos três Poderes) lhes permitiria descansar por uma semana dos absurdos que inundam diariamente o noticiário jornalístico. Erraram de novo. A folga foi para o espaço a bordo de maluquices que deixaram desconcertados até os napoleões-de-hospício. Confiram quatro gotas no oceano de insanidade que vive ameaçando engolir o País:
1. Luislinda Valois, chefe da Secretaria Nacional de Direitos Humanos, produziu um documento com mais de 200 páginas para corrigir o que considera uma gravíssima injustiça pecuniária. Ela acha que merece embolsar tanto o salário de desembargadora aposentada quanto o de vigia dos direitos humanos com status de ministra. Se fosse dispensada de obedecer à lei que manda optar por um dos salários, Luislinda passaria a ganhar mais de R$ 60 mil por mês. Como ganha pouco mais que a metade dessa bolada, a ministra apresentou-se como prova de que, apesar da Lei Áurea, existe pelo menos um caso de trabalho escravo até no primeiro escalão do governo Temer. Luislinda desistiu do pleito diante da gargalhada que só não foi nacional porque todas as entidades defensoras dos direitos dos afrodescendentes preferiram refugiar-se na cara de paisagem.
2. Geddel Vieira Lima, que exerce desde a infância o ofício de delinquente, solicitou ao Supremo Tribunal Federal a identificação do autor da denúncia que levou à descoberta dos mais de R$ 50 milhões guardados num prédio em Salvador. A ideia do inventor do apartamento com vista para o mar de dinheiro roubado só serviu para confirmar que no faroeste à brasileira o vilão é que persegue o mocinho.
3. Sérgio Cabral, recordista mundial de ladroagem em extensão, altura e abrangência, foi previsivelmente salvo por Gilmar Mendes da mudança para um presídio atulhado de criminosos que, perto do saqueador do Rio, parecem coroinhas que só furtam o vinho do padre. Continua hospedado no hotel-presídio que lhe oferece, entre outras mordomias cinco estrelas, até os serviços de um mordomo.
4. Numa discurseira em Belo Horizonte, Lula prometeu trazer de volta ao Brasil a democracia que está por aqui desde 1989, responsabilizou Michel Temer pelo que o orador e sua sucessora fizeram, exigiu um tratamento mais carinhoso para a Petrobras que assaltou e jurou que tanto a alma viva mais pura do País quanto a falecida Marisa Letícia não nasceram para roubar — verbo que conjugaram incessantemente depois da chegada à vida adulta.
Tom Jobim ensinou que o Brasil não é para amadores. Começa a tornar-se demasiadamente esquisito para os mais devotados profissionais.

NA VEJA.COM
‘Acredito na justiça divina’, escreve Ticiana Villas Boas
A jornalista Ticiana Villas Boas reapareceu nas redes sociais e disse que está 'ganhando forças para voltar a viver e lutar'

Por Da Redação
Domingo, 05 nov 2017, 09h09 - Publicado em 5 nov 2017, 09h05
A jornalista Ticiana Villas Boas, mulher de Joesley Batista, dono do grupo J&F, reapareceu nas redes sociais no sábado, 4, publicando uma foto em seu perfil no Instagram. Na legenda, a ex-apresentadora do SBT conta que está em uma viagem na Bahia e faz um desabafo.
“Somos tão pequenos diante da Natureza. Mas somos parte dela e de Deus. Acredito na força e justiça divinas. Acredito no poder do tempo, que é o senhor da razão. Passei os últimos seis meses me apegando a isso e a Deus. Essa semana estou caminhando por um lugar muito especial, na minha terra, com amigos do coração. Lugar onde passei boa parte da minha infância e adolescência, que sempre me revigorou e acolheu. Conectada com a Natureza estou ganhando forças para voltar a viver e lutar”, escreveu.
A última postagem de Ticiana aconteceu em maio deste ano, quando decidiu confirmar o seu desligamento da TV e afirmar que iria se dedicar integralmente para cuidar da família. Ela havia se afastado por conta dos comentários após as delações de Joesley Batista, dono do grupo J&F.
Joesley está preso preventivamente desde setembro na Operação Tendão de Aquiles, acusado do crime de insider trading, uso de informação privilegiada para lucrar no mercado financeiro.
(Com Estadão Conteúdo)

NO O ANTAGONISTA
Oi, sempre Oi
Brasil  Segunda-feira, 06.11.17 08:21
A Andrade Gutierrez repassou 5 milhões de reais a Luiz Fernando Pezão por meio da NBS, segundo o delator Renato Pereira.
A NBS tinha a conta da Oi, que pertencia à Andrade Gutierrez.
A Lava Jato ignorou os negócios da Oi com Lula.
A compra da fazenda em Atibaia, feita pelos sócios de Lulinha na empresa bancada pela Oi, é a última chance de esclarecer essa história.
A cultura da propina
Brasil 06.11.17 08:02
Marta Suplicy recebeu propina da CDN, segundo Renato Pereira, delator da Lava Jato.
O Globo conta que a CDN ganhou 25,7 milhões de reais em contratos do Ministério da Cultura na gestão de Marta Suplicy.
Em troca desses contratos, a CDN pagou as despesas da pré-campanha de Marta Suplicy à prefeitura de São Paulo.
Diz a reportagem:
“O marqueteiro disse ter sido procurado em dezembro de 2014 por Renato Ganhito, atual vice-presidente de Desenvolvimento de Negócios da CDN, que dizia falar em nome de Marta. Ganhito intermediou encontros de Pereira com a senadora na casa dela, em São Paulo, no ano seguinte, para discutir o cenário e prepará-la para as eleições, de acordo com o relato.
Segundo o delator, a empresa Ideia Inteligência (atual Ideia Big Data), de Maurício Moura, formatou pesquisas de opinião, em custo estimado entre R$ 160 mil e R$ 180 mil, pagos pela CDN. Pereira diz ter cobrado R$ 70 mil por seus serviços.
Os resultados do trabalho foram apresentados em reunião na casa de Marta, em maio de 2015, com a presença do marido dela, Márcio Toledo, segundo o relato. O delator apresentou à Procuradoria-Geral da República três notas fiscais emitidas por sua empresa Rumo Norte, referentes ao serviço prestado à CDN.”

O impeachment estragou o negócio de Leonardo Picciani
Brasil 06.11.17 07:49
Leonardo Picciani, durante o governo de Dilma Rousseff cobrava propina das agências de publicidade que atendiam o Ministério da Saúde, segundo Renato Pereira.
Leia a reportagem de O Globo:
“Em seu acordo de colaboração premiada, Renato Pereira afirma que o ministro do Esporte, Leonardo Picciani, cobrou 4,5% de propina para que a Prole, empresa do marqueteiro, pudesse participar dos contratos de publicidade do Ministério da Saúde, órgão sob influência do PMDB desde 2015.
Pereira diz, inclusive, ter conseguido reduzir para 3% a comissão a ser paga, depois de encontrar-se com Picciani no apartamento do ministro, na Barra da Tijuca. Mas, com o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff e alterações no Ministério, o negócio não foi adiante.”
E o dono da Andrade Gutierrez?
Brasil 06.11.17 07:31
O dono da Odebrecht está preso.
O dono da Andrade Gutierrez, por outro lado, nem foi denunciado.
Marcelo Bretas pode preencher essa lacuna.
O marqueteiro Renato Pereira acusou o empreiteiro Sérgio Andrade de negociar propina diretamente com Luiz Fernando Pezão.
Leia a reportagem de O Globo:
“Pereira afirmou que o próprio Pezão o chamou, em setembro de 2014, a seu apartamento, em Laranjeiras, para informá-lo de que havia conversado com Sérgio Andrade, um dos donos da Andrade Gutierrez. Na ocasião, o então candidato disse a ele que a empreiteira faria um repasse de R$ 10 milhões à campanha, valor que acabaria sendo reduzido, nos dias seguintes, para R$ 5 milhões”.
O repasse foi feito por meio da NBS, que tinha a conta da Oi, pertencente à Andrade Gutierrez:
“O marqueteiro diz ter recebido R$ 3 milhões por meio da agência NBS (…).
Na época do pagamento, a NBS pertencia ao Grupo PPR, que tinha uma parceria operacional com a Prole, agência de Renato Pereira. De acordo com o delator, a NBS simulou o pagamento de uma indenização à Prole para viabilizar o repasse, na ocasião em que o grupo PPR foi dissolvido. Com 317 funcionários, a NBS tem entre seus clientes empresas como Petrobras, Banco de Brasília e Iguatemi.”
Uma nova chance para a Lava Jato
Brasil 06.11.17 06:59
O marqueteiro Renato Pereira detonou o esquema do PMDB carioca.
Mas ele pode colaborar para detonar também o esquema do PT.
O Antagonista repete aborrecidamente há quase três anos que as agências de propaganda do governo de Dilma Rousseff lavaram a propina das empreiteiras da Lava Jato.
O esquema denunciado por Renato Pereira mostra exatamente isso.
A Lava Jato tem uma nova chance para desvendar o Propagandão.
A propaganda da propina
Brasil 06.11.17 07:19
O marqueteiro Renato Pereira contou que Luiz Fernando Pezão recebeu clandestinamente 5 milhões de reais da Andrade Gutierrez.
Em seu relato à PGR, obtido por O Globo, ele disse que o dinheiro foi lavado por duas agências de publicidade, Propeg e NBS.
Propeg e NBS foram duas das maiores beneficiárias de contratos publicitários durante o governo de Dilma Rousseff (releia aqui e aqui, por exemplo).
O esquema do PMDB carioca é o mesmo do PT federal.
A Lava Jato tem uma nova chance para desvendar o Propagandão.
O autor do massacre durante um culto no Texas
Mundo Domingo, 05.11.17 22:56
A Polícia do Texas identificou o homem que matou pelo menos 26 pessoas ao entrar atirando com um rifle em uma igreja batista, durante o culto deste domingo, na pequena cidade de Sutherland Spring, no Texas.
Devin P. Kelley, de 26 anos, segundo as autoridades americanas, é um ex-professor de estudo bíblico que foi expulso da Força Aérea.
Ele foi morto depois de uma breve perseguição, mas segundo o porta-voz do escritório do xerife do condado de Guadalupe, Robert Murphy, não está claro se o atirador se matou ou foi morto.



Paradise papers”: ministros negam irregularidades
Mundo 05.11.17 21:16
Os ministros Henrique Meirelles (Fazenda) e Blairo Maggi (Agricultura) são mencionados nos “Paradise Papers”, documentos do escritório de advocacia Appleby, especializado em empresas offshores, que começaram a ser publicados neste domingo.
As informações são resultado de uma investigação jornalística de iniciativa do ICIJ (Consórcio Internacional de Jornalistas Investigativos), de Washington, nos EUA, e cujo desdobramento no Brasil foi apurado pelo Poder360.
Como explica o UOL: “Cidadãos brasileiros possuem o direito de manter empresas offshores – e as contas bancárias associadas a elas – no exterior. A única exigência da lei é que os recursos sejam devidamente declarados à Receita, para que os impostos sejam pagos. Menções a pessoas e empresas na série ‘Paradise Papers’ não significam necessariamente que tais pessoas estejam envolvidas em irregularidades.”
Meirelles divulgou cópia de sua declaração de Imposto de Renda, provando que a offshore dele “The Sabedoria Trust” está devidamente registrada.
Já Maggi aparece como beneficiário final de uma companhia aberta nas Ilhas Cayman em 2010 pela sociedade firmada entre uma de suas empresas e a gigante holandesa Louis Dreyfus.
Por meio de seus advogados, entretanto, o ministro afirmou ao Poder 360 não ter recebido qualquer valor diretamente da offshore. Diz se tratar de um beneficiário indireto.
“Incontroverso coisíssima nenhuma!”
Brasil 05.11.17 20:48
Três dias após divulgar nota sobre petição de Raquel Dodge ao STF, o ministro das Relações Exteriores, Aloysio Nunes (PSDB-SP), voltou a reagir à afirmação da PGR de que sua campanha embolsou 500 mil reais do departamento de propinas da Odebrecht:
O tucano publicou no Twitter:
“Quero ser investigado no inquérito em curso na PF porque, ao final, não restará dúvida sobre a correção do financiamento de minha campanha.
O que não quero é que o inquérito se eternize. Tanto é assim que tomei a iniciativa de ser ouvido em primeiro lugar.
Se a procuradora Raquel Dodge não ficou satisfeita com as informações que dei, vou novamente à PF independentemente de intimação.
Se ela quer que seja ouvido outra vez o delator Carlos Armando Paschoal, que, por duas vezes, afirmou que eu nunca lhe pedira qualquer contrapartida para providências que tomei no exercício de minhas atribuições de chefe da Casa Civil, que ele seja intimado o quanto antes.
Se a procuradora quer que Rubens Rizek, que foi responsável financeiro por minha campanha em 2010, traga novos esclarecimentos sobre a prestação de contas já aprovada, aliás, pela Justiça Eleitoral, tenho certeza que ele se disporá a fazê-lo como já fez.
A procuradora-geral erra quando afirma que, no que foi apurado até agora, seria ‘incontroverso’ o recebimento de R$ 500 mil a título de financiamento de minha campanha, não registrados em minha prestação de contas."

Incontroverso coisíssima nenhuma!
O delator não soube dizer quem efetivou o suposto pagamento, nem quando ou onde isso teria ocorrido, nem quem recebeu.
O que há é uma mera anotação em uma planilha que indicaria a destinação dessa importância em favor de alguém designado como ‘Manaus’.
A Constituição contém a garantia da ‘duração razoável dos processos’. Eu reivindico a duração razoável dos inquéritos em que sou investigado porque não suporto mais conviver com imputações infundadas de atos ilícitos que não pratiquei.”

As 400 visitas a Henrique Eduardo Alves
Brasil 05.11.17 18:13
Rodrigo Telles, um dos nove procuradores da República à frente da Operação Manus, desdobramento da Lava Jato, traçou o perfil de Henrique Eduardo Alves em entrevista ao Estadão:
“Henrique Alves não só era, como ainda é, um homem muito poderoso, não apenas no Rio Grande do Norte, mas em todo o Brasil. Foi deputado federal por onze mandatos consecutivos, por quarenta e quatro anos, desde a época da ditadura militar, passando pela Assembleia Nacional Constituinte. Na Câmara dos Deputados, depois da redemocratização, foi líder do PMDB e ocupou a presidência da casa legislativa.
Com o fim da sucessão de seus mandatos, chegou a ser ministro do Turismo. É uma das figuras de maior relevo no PMDB, um dos maiores partidos políticos do País. Sua família (tratada por muitos como o ‘clã dos Alves’) tem uma tradição política antiga no Rio Grande do Norte. Uma rápida análise dos seus dados telefônicos, obtidos mediante autorização judicial no decorrer da Operação Manus, mostra constantes contatos com a Presidência da República, deputados federais, senadores, autoridades do Poder Judiciário e do Ministério Público.
Na área econômica, mantinha contatos com executivos de grandes empresas brasileiras e tem seu próprio grupo empresarial no Rio Grande do Norte, formado basicamente por empresas de comunicação (televisão, rádio e jornal) que são responsáveis por significativa difusão de informação e pela formação de boa parte da opinião pública no estado.
Todo esse poder de influência, tanto na esfera estadual, quanto em âmbito nacional, manifesta-se de diversas formas. Uma das principais é a descrença de boa parte da população e, inclusive, de vários agentes do sistema de justiça criminal de que uma ação penal contra ele tenha algum resultado efetivo.
Outra também digna de destaque é a dificuldade em evitar um tratamento privilegiado a ele durante processos e investigações; como exemplo, apenas durante os dois primeiros meses de prisão preventiva, ele teve mais do que 400 visitas, sem um maior controle quanto ao ingresso de pessoas com instrumentos de comunicação como telefones celulares, o que seria impensável em um sistema prisional comum, ao qual se destina a maioria das pessoas.”

O “ali na frente” de Gleisi
Brasil 05.11.17 17:53
A presidente do PT, senadora Gleisi Hoffmann, declarou nas redes sociais “todo apoio” a Manuela D’Ávila como pré-candidata à presidência em 2018 pelo PCdoB:
“Grande quadro político! Grande mulher! Ali na frente nos encontraremos Manu!”
A esperança de Gleisi é que Lula chegue ao segundo turno e Manuela o apoie contra qualquer outro candidato, de modo ainda mais decidido do que fez Luciana Genro (PSOL-RS) em 2014 com Dilma Rousseff.
Ou, quem sabe, que Manuela ganhe visibilidade para compor a chapa de Lula como vice já no primeiro turno.


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